segunda-feira, 26 de novembro de 2007

A história do Islã

O estudo das divisões dinásticas e políticas convencionais do Islã permite retratar como os muçulmanos, ao longo de 14 séculos, conquistaram novos povos e construíram uma civilização e religião internacional.
O Islã foi fundado no século VII da era cristã, na Arábia, por Maomé, como uma religião monoteísta que enfatiza a adesão rigorosa a certas práticas religiosas. A religião muçulmana, assentada na escritura sagrada, o Alcorão, converteu-se numa força unificadora de diversos povos, a partir do elemento original árabe. O império que se formou em virtude da expansão muçulmana pelo Oriente e Ocidente não foi apenas árabe, tampouco teve uma tendência religiosa única. Apesar de criadas diversas facções e seitas, o sentimento de coesão do mundo muçulmano não diminuiu. Essa coesão baseou-se no monoteísmo e na prática religiosa, regedora também da vida civil e da justiça, e principal impulsionadora da expansão territorial, da pregação e da guerra santa.
Arábia pré-islâmica. A península arábica, um grande planalto desértico cercado por cadeias de montanhas e coberto de areia, impôs condições geográficas duras às populações árabes pré-islâmicas, que se adaptaram de forma dispersa e variada. A diferença de clima entre o norte e o sul constituiu fator fundamental para determinar as condições de vida. No sul, as monções (ventos sazonais) procedentes do oceano Índico favoreciam a agricultura. Enquanto isso, no norte e no centro da península, as grandes extensões desérticas e as estepes impediam o cultivo, a não ser nos oásis, e impunham a seus habitantes uma vida nômade.
Alguns oásis na região do Hedjaz deram origem a cidades como Yathrib (a Medina islâmica) e Meca, na rota das caravanas entre a Índia e o Ocidente. A grande maioria da população era composta de tribos independentes de beduínos nômades, cada uma das quais sob o comando de um xeque. No povo árabe, distinguiam-se tradicionalmente dois grupos rivais: os árabes do sul, ou iemenitas, descendentes de Abraão por Qahtan e sedentários, e os árabes do norte, nizaritas, descendentes dele por Ismael e nômades. Esses grupos dividiram-se em muitos ramos, mas mantiveram sua rivalidade.
O sul da Arábia conheceu diversas culturas a partir do século IX a.C., quando floresceu o reino de Mineu. O reino de Sabá criou a lenda da proverbial riqueza da Arábia, baseada no comércio de materiais preciosos com a Índia. A região norte, por sua vez, teve um desenvolvimento mais tardio. A sociedade, fundamentalmente tribal e nômade, constituía-se de ricos cameleiros, que viajavam seguindo rotas determinadas, e de pastores de ovelhas pobres. Outros nômades foram-se estabelecendo de forma sedentária e pagavam tributo aos beduínos do deserto para assegurar sua proteção. Esses grupos, entretanto, não estavam organizados em unidades políticas superiores e viviam em constante confronto. As hostilidades só se amenizaram em virtude das tréguas religiosas e de uma espécie de código de honra estabelecido com base na vingança.
Os habitantes das cidades prosperaram economicamente em comparação com os nômades. Meca desenvolveu-se como centro do comércio entre o oceano Índico e o mar Mediterrâneo. Também estabeleceram-se na cidade criadores de gado, e surgiram diversas atividades vinculadas às comunicações e à passagem de caravanas. Nas regiões de fronteira com a Síria, algumas tribos árabes emigraram em direção ao norte, onde organizaram vários estados. Exemplos deles são o dos nabateus, cuja escrita daria origem ao árabe; o dos gassânidas, relacionados com Bizâncio como guardiães da fronteira sírio-palestina; e o reino de Hira, na fronteira mesopotâmica, submetida ao império persa sassânida. Os súditos deste último reino viriam a desempenhar importante papel na conquista árabe. Converteram-se imediatamente ao Islã e, graças a sua boa organização militar, contribuíram para a vitória dos exércitos árabes. Até o fim do século V, tentou-se unificar as tribos da Arábia central. O reino de Kinda, de curta duração, representou um esforço pela união política.
Os árabes da península adotavam uma religião politeísta, com divindades locais ou tribais, em muitos casos de caráter astral, e que para eles viviam em pedras sagradas (abadir). Os habitantes de Meca possuíam também uma deusa da felicidade e outra do céu e, acima delas, Alá (Deus), que no século VII era o Senhor do Templo, ou da Caaba, em Meca. No século IV, Alá deixara de ser o único deus para os seminômades das estepes sírias.
Maomé e o estabelecimento do poder islâmico. Maomé, que de acordo com a tradição nasceu por volta do ano 570, era membro do respeitado clã Hachim, da tribo dos coraixitas. Órfão e sem recursos, foi educado por um tio. Aos 25 anos, casou com a viúva Cadidja, para cujo serviço havia sido contratado. Após a morte de Cadidja, Maomé teve outras 18 esposas e consumou o casamento com nove delas. Segundo a tradição, o profeta, aos quarenta anos, teve uma visão do anjo Gabriel e soube que Alá o tinha escolhido para ser seu enviado e pregar sua palavra. As revelações de Alá a Maomé foram mais tarde reunidas no Alcorão (que significa "recitação"). No princípio, o profeta encontrou obstáculos para a pregação em sua cidade natal, entregue ao paganismo, e foi obrigado a emigrar para Medina: a chamada hégira (emigração, separação) marcou o início da era islâmica, em setembro do ano 622.
Em Medina, Maomé transformou-se em chefe teocrático e substituiu as antigas organizações tribais pela ummah, ou comunidade de crentes, fundamentada no vínculo religioso. Dois anos depois, a vitória na batalha de Badr, entre os habitantes de Meca e Medina, foi para Maomé uma prova de que Alá estava do seu lado. O prestígio de Maomé cresceu e, após uma campanha para expulsão dos judeus de Medina, o profeta se tornou senhor absoluto da cidade. Em 630, entrou em Meca e conseguiu a rendição pacífica dos chefes coraixitas. O apoio dos habitantes de Meca foi definitivo para a consolidação do novo poder. A expansão do Islã iniciou-se com uma primeira campanha militar contra a Síria. Antes de morrer, em 632, Maomé conseguiu impor sua autoridade a grande parte da Arábia.
Primeiros califas. Maomé não deixou herdeiro varão nem estabeleceu regras a respeito de sua sucessão. Tudo isso engendrou uma crise política que se resolveu com a eleição, como primeiro califa, de Abu Bakr, encarregado por Maomé de dirigir a oração. Antes de morrer, Abu designou seu sucessor, Umar, que foi assassinado dez anos mais tarde, em 644. Depois dele, Uthman, da dinastia omíada, ocupou o califado até 656, ano em que foi assassinado. Finalmente, Ali, primo e genro de Maomé, assumiu o poder.Com os quatro primeiros califas, o Islã iniciou sua expansão. Primeiro, conseguiu a pacificação da península arábica e a eliminação dos falsos profetas. O principal objetivo das conquistas muçulmanas eram a pregação e a propagação da fé. Síria, Mesopotâmia, Pérsia, Egito e Cirenaica foram as primeiras regiões conquistadas. Realizaram-se também incursões na Anatólia, nas ilhas do mar Egeu, no norte da África e na Armênia. A conquista árabe não seguiu um plano estratégico de grande alcance; foi antes um movimento natural das tribos árabes acostumadas ao nomadismo -- e agora também levadas pelo desejo de converter os povos à nova fé --, em direção aos territórios habitados por populações agrícolas e sedentárias.
Califado omíada. A dinastia omíada começou em 661, com Moawia I, e terminou em 750. A capital mudou de Medina para Damasco, onde os omíadas criaram uma autêntica realeza árabe ao adotarem o princípio dinástico, pelo qual, antes de morrer, cada califa designava como herdeiro seu filho -- o que rompia a tradição dos primeiros sucessores de Maomé. Os omíadas transformaram a antiga organização tribal em monarquia centralizada. O sistema administrativo e fiscal que instauraram propiciou um grande enriquecimento do império e favoreceu a islamização, pois os súditos não muçulmanos dos territórios anexados tinham que pagar impostos maiores que os convertidos à nova fé. A dinastia omíada impulsionou a arquitetura muçulmana e criou as grandes mesquitas de Damasco, Medina e Jerusalém.
O império muçulmano do primeiro século da hégira era fundamentalmente árabe e estava unido pela revelação corânica. Os omíadas integraram os sírios convertidos e permitiram que participassem da organização estatal. O povo conquistado aprendeu rapidamente o árabe -- que chegou a ser sua língua oficial -- e converteu-se ao Islã (muitos eram cristãos).
Durante os cem anos que durou a dinastia omíada, os califas tiveram que enfrentar inúmeras dificuldades de ordem interna. Além do antagonismo entre a Arábia do norte e a do sul, lutaram contra os caridjitas e contra um partido que agrupava muitos descontentes que pretendiam devolver o centro do poder à Arábia. Mesmo assim, criaram as bases da grande civilização muçulmana. Nesse período, começaram a desenvolver-se as ciências jurídicas e teológicas, que, mais tarde, durante a dinastia abássida, alcançariam seu esplendor máximo.
No que se refere à expansão das fronteiras do Islã, os omíadas conseguiram a maior extensão territorial alcançada pelo império muçulmano. Chegaram à Tripolitânia, conquistaram o Maghreb e dominaram o norte da África entre os anos 697 e 707. Invadiram e conquistaram a península ibérica e chegaram à França, onde foram detidos na batalha de Poitiers por Carlos Martel, em 732. No Oriente, conseguiram dominar Pérsia, Afeganistão, Transoxiana e o Turquestão chinês e penetraram pelo norte da Índia em Sind, Punjab e Ode. O Islã, nessa época, estendia-se das fronteiras da China ao oceano Atlântico. O povo árabe, praticamente desconhecido na antiguidade, havia imposto seu domínio sobre uma enorme extensão geográfica e transmitido aos povos conquistados sua religião e sua língua.
Nas províncias imperiais, os cristãos e judeus eram considerados cidadãos de categoria social inferior em relação aos muçulmanos, mas reconhecidos como crentes e chamados "povos do Livro", noção que abrange todos os povos detentores de uma escritura sagrada. Por extensão, incluíram-se entre eles os zoroastristas da Pérsia. Os súditos não eram obrigados a converter-se ao Islã, mas apenas a submeter-se ao direito penal e civil islâmico. Os conflitos internos que afetaram diretamente o califado omíada deveram-se fundamentalmente ao confronto com as tendências que condenavam o abandono das primeiras tradições do Islã. Nesse contexto, os xiitas organizaram-se como um forte grupo de oposição ao poder omíada, por eles considerado ilegítimo. Os primeiros califas souberam enfrentar esses movimentos.
Em 680, Yazid I sufocou a rebelião de Hussain, filho de Ali, que foi transformado em mártir pelos xiitas. Depois do califa Walid I (705-715), que levou o império a sua expansão máxima, as desavenças se agravaram e o poder da dinastia declinou. Os rebeldes de Khorasan e do Iraque conseguiram vencer a dinastia omíada em agosto de 750, quando foi derrotado o califa Marwan II. Apenas um dos membros do império, Abd al-Rahman I, conseguiu fugir e fundou a dinastia omíada de Córdoba, na Espanha. Abu al-Abbas proclamou-se o novo califa.
Califado abássida. A dinastia abássida mudou a sede do império para o Iraque e situou a capital em Bagdá. Os abássidas, e o importante contingente de persas em que se apoiavam, transformaram-se em restauradores da tradição islâmica, supostamente traída pelos omíadas. Reforçaram o poder teocrático do califa e deram mais pompa ao cerimonial da corte. O êxito da conspiração que havia levado a dinastia ao poder determinou, nos primeiros tempos, uma atitude tolerante quanto à diversidade de elementos étnicos e culturais que sustentava. O califado sofreu grande influência da civilização persa, que adotou o sistema muçulmano em suas estruturas e regras, de modo bastante superficial. Em consonância com a tradição persa, o direito divino do monarca fortaleceu-se e o sistema político islâmico alcançou seu perfil definitivo. O novo califado assumiu o papel de defensor da fé, mais forte e menos questionado, já que não existia uma hierarquia religiosa reconhecida.
A designação do califa assegurava-se, em princípio, pela escolha de um herdeiro entre seus filhos. A época de esplendor correspondeu ao reinado de Harun al-Rashid, no período compreendido entre os anos 750 e 833. Bagdá transformou-se em importante centro cultural, o que representou o desenvolvimento pleno da civilização cortesã e urbana do Islã. As ciências e as letras passaram por extraordinário desenvolvimento, e muitas vezes incorporaram aspectos de outras culturas, como a indiana, a greco-latina e a persa. Também prosperou a atividade econômica, baseada na manufatura de sedas, tapetes, telas bordadas e papel reciclado de tecido (técnica proveniente da China), e nas transações comerciais entre Oriente e Ocidente.
A criação dos vizirados, no período anterior, possibilitara uma certa descentralização do poder imperial concentrado no califa, que passou a contar com emissários e delegados. O testamento de Harun al-Rashid estabeleceu a ordem de sucessão ao trono e abriu caminho à divisão efetiva do império. Após sua morte, em 809, as ambições pessoais fracionaram o Islã em principados mais ou menos autônomos. A luta entre dois dos filhos de Harun al-Rashid levou ao assassinato do califa al-Amin, de linhagem árabe, em 813, e conduziu ao poder al-Mamun, de mãe persa.
Com o reinado de al-Mamun, os árabes desapareceram da cena política. Prevaleceu ainda mais a influência dos persas, e sua cultura impregnou todos os aspectos da vida de Bagdá. Também foi ganhando importância o número de soldados turcos recrutados na Ásia central para o exército islâmico. Esses mercenários tiveram influência ainda maior que a dos árabes, a ponto de modificar o poder político do Islã. Os mercenários turcos da guarda do califa e seu chefe, o "emir dos emires", governaram Bagdá mas permitiram que o califa mantivesse seu prestígio espiritual.A esse avanço do poder turco no império somaram-se as tensões sociais provocadas pelo desequilíbrio resultante do desenvolvimento econômico desigual. As classes baixas, afundadas na miséria, aderiram aos programas extremistas das seitas xiitas, que provocaram diversas revoltas nos dois últimos anos do século IX e nos primeiros do século X. A devastação da Síria e do Iraque por parte dos bandos chamados cármatas e a sublevação de camponeses e artesãos propiciaram a constituição do estado de Bahrein, cujas tropas conseguiram apoderar-se de Bassora e Kufa, e em 930 saquearam Meca.
No século X, apareceram principados independentes e acelerou-se a fragmentação do império abássida. O emirado andaluz, fundado em 756, transformou-se em califado independente em 929. Os reinos do Maghreb tornaram-se praticamente autônomos e, no Oriente, criaram-se diversos estados iranianos no Khorasan. No Egito e na Síria, também se formaram estados independentes. Durante o século X, cada uma das grandes famílias do Islã criou um reino: o califado omíada consolidou-se em Córdoba; os descendentes do califa Ali e de Fátima (filha de Maomé) instalaram-se no Egito; e, em Bagdá, a dinastia abássida manteve-se até 945, quando caiu sob o poder de Ahmad al-Buye, um xiita das montanhas iranianas. Seu sucessor conseguiu apossar-se de um império que compreendia dois terços do Irã e a Mesopotâmia. A dinastia dos buáiidas desapareceu com a chegada dos turcos seldjúcidas em 1055.
Califado omíada de al-Andalus. A Espanha muçulmana era uma província independente desde o estabelecimento do poder abássida. O último omíada, Abd al-Rahman I, fugiu da matança de sua família em Damasco e refugiou-se na península ibérica, de onde, com a ajuda dos berberes e dos árabes da Síria, apoderou-se de Córdoba em 756 e dominou a maior parte do país. Em 929, o emirado foi transformado em califado por Abd al-Rahman III. Durante seu reinado, os povos cristãos do norte sofreram sangrentas derrotas, ao tentarem reconquistar o território.
No fim do século X, os muçulmanos espanhóis lançaram expedições devastadoras sobre Barcelona, Leão, Santiago, Zamora e Coimbra. Ampliou-se o domínio do califado, e Córdoba conheceu enorme esplendor, que se manteria durante o século seguinte. As tradições sírias permaneceram vivas, e a refinada cultura cordobesa rivalizou com a de Bagdá. A destruição do califado de Córdoba foi conseqüência de diversas questões relacionadas com o progressivo enfraquecimento do poder. Em 1031, foi destituído o último califa omíada. A Espanha muçulmana dividiu-se em reinos de taifas (facções). Ao longo dos séculos XI e XII, almorávidas e almôadas, povos do norte da África, vieram em auxílio desses reinos, que sucumbiram progressivamente ante o avanço da reconquista cristã. O último reduto muçulmano foi o reino nazarita de Granada, que caiu em 1492 em poder dos reis católicos, Fernando e Isabel.
Poder seldjúcida. Em meados do século XI, iniciou-se uma mudança decisiva no mundo islâmico: os turcos seldjúcidas, convertidos à ortodoxia muçulmana dos sunitas, reunificaram durante algum tempo o Oriente Médio. Formavam um conjunto de clãs estabelecidos, nos séculos anteriores, ao longo das fronteiras ocidentais da China. Alguns deles permaneceram dentro das fronteiras do império islâmico e, após converterem-se, iniciaram campanhas de penetração em direção ao Ocidente e ao Oriente, contra os gaznévidas, que haviam islamizado a Índia.
Togrul Beg avançou sobre o Irã e a Anatólia para atacar o império bizantino. Penetrou pelo sul no Iraque, cuja capital, Bagdá, ocupou em 1055, e se fez reconhecer como sultão e protetor do califa. Os três grandes sultões seldjúcidas, Togrul Beg, Alp-Arslan e Malik-Xá, ajudados pelo vizir persa Nizam al-Mulk, deram a seu império uma organização política e social que serviria de modelo a todo o oriente islâmico. Além disso, transformaram-se em defensores da ortodoxia muçulmana sunita. Invadiram a Anatólia e estabeleceram-se na Síria e Palestina, até que os cruzados cristãos fundaram principados na região.
O império seldjúcida dividiu-se, com a morte de Malik-Xá, entre seus filhos e irmãos. Os governadores locais tornaram-se independentes e fundaram dinastias locais na Síria, Mesopotâmia, Armênia e Pérsia. Na luta contra os cruzados, destacaram-se sobretudo os aiúbidas do Egito, cujo califa, Saladino, apoderou-se de Jerusalém em 1187.
Império mongol. A invasão das tropas mongóis acabou definitivamente com o califado de Bagdá, aparentemente mantido durante o império seldjúcida. Em meados do século XIII, o império mongol, fundado por Gengis Khan, penetrou em território muçulmano, depois de haver unificado a Mongólia e iniciar a conquista da China. Os mongóis derrubaram os príncipes dos reinos islâmicos: Bagdá caiu em 1257, e Alepo e Damasco, no ano seguinte. O califa e sua família foram assassinados.
Os mongóis toleravam diversas religiões, como o paganismo, o budismo, o cristianismo e o nestorianismo. Isso permitiu-lhes fazer alianças com os cruzados contra o último reduto do Islã no Oriente: os mamelucos do Egito, que, sob o comando de Baibars, haviam dado proteção aos descendentes do califa. Baibars derrotou os mongóis e tornou-se sultão do reino da Síria e do Egito. No fim do século XIV, o império mongol dividiu-se em várias dinastias locais. Mais tarde, foi aniquilado por um turco muçulmano, Tamerlão (Timur Lang), que tentou reconstruir a unidade política da Anatólia e revitalizar o islamismo sunita. Dominou a Índia, a Síria e a Anatólia, mas seus descendentes não conseguiram manter o império, que ficou reduzido à parte oriental do Irã.
Impérios do deserto. Nos séculos XI, XII e início do XIII, o Maghreb esteve sob o domínio de grandes tribos berberes de tendência sunita: os almorávidas, nômades do Saara originários de uma seita guerreira, e os almôadas, sedentários das montanhas. Esses povos se estabeleceram firmemente em boa parte do norte da África ocidental e na península ibérica. Os almorávidas se constituíram a partir das pregações do missionário muçulmano Abdala ibn Yasin, que preconizava extrema disciplina, baseada na oração e na formação religiosa e militar para a guerra santa. Após um período de lutas, sua doutrina ganhou as tribos do oeste do Saara. Os almorávidas consideravam-se defensores da ortodoxia islâmica e chegaram a conquistar o norte da África e Andaluzia (al-Andalus, como era chamada a Espanha muçulmana). O movimento desses grupos forneceu as bases para a criação do reino do Marrocos, com a fundação de Marrakech, em 1072.
Nas montanhas do Atlas, Ibn Tumart iniciou um movimento religioso e, ao agrupar seus partidários contra os almorávidas, organizou a luta armada para conseguir dominar o Maghreb. Sob o comando de Abd al-Mumin, os almôadas apoderaram-se de Marrakech e estenderam seu domínio a toda a região berbere e andaluza. Abd al-Mumin proclamou-se califa -- o que não se atreveram a fazer os almorávidas -- de modo a reconstituir uma comunidade religiosa com grande organização política. O califado desapareceu em meados do século XIII com o surgimento dos reinos de Túnis, Tlemcen e Fez. A derrota imposta pelos cristãos espanhóis sobre os almôadas, na batalha de Las Navas de Tolosa (1212), acelerou o processo interno de desmembramento.No princípio do século XV, os cristãos atravessaram o estreito de Gibraltar.
Os portugueses estabeleceram-se em Marrocos, e o exército do imperador Carlos V chegou a Túnis. Ao mesmo tempo, ocorria uma retirada cristã no Oriente, em virtude da tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, em 1453, e sua posterior expansão pelos Balcãs.
Império otomano e a origem do mundo islâmico moderno. Seis séculos durou o império otomano, que representou o estado muçulmano mais importante da era moderna. Os otomanos, originários do noroeste de Anatólia, estenderam seu poder até a Europa, dos Balcãs à Síria, Egito e Iraque. A partir do século XVIII, sua decadência começou a se manifestar, apesar de tentativas isoladas de revitalizar o império, cada vez mais debilitado. As regiões européias sob domínio otomano foram se tornando independentes: Grécia, Sérvia, Bulgária etc. O Egito libertou-se também e, sob o comando de Mohamed Ali, reorganizou sua estrutura administrativa em moldes ocidentais; o país obteve a independência com o apoio britânico e conquistou o Sudão. Mesmo assim, a abertura do canal de Suez limitou essa independência, devido ao interesse das potências européias pela atividade comercial naquela região. A França conquistou a Argélia e estabeleceu um protetorado em Túnis. A Itália conquistou a Tripolitânia. As províncias orientais do império otomano desmembraram-se. A Índia, parcialmente islamizada, foi dominada pelo Reino Unido no século XIX, e o Irã sofreu invasões de russos e britânicos.
Após a primeira guerra mundial, os nacionalismos islâmicos se acentuaram. A Turquia passou por profunda transformação, convertendo-se em república laica. O Egito deixou a condição de protetorado britânico em 1922 e, ao longo do século XX, muitos outros estados surgiram no mundo islâmico. A abundância de petróleo em diversos países árabes reforçou o papel da civilização islâmica no mundo, sobretudo a partir da segunda metade do século XX. A descolonização da Síria, Líbano e de várias nações do norte da África, além da oposição dos países árabes à criação do Estado de Israel na Palestina, contribuíram para desenvolver a solidariedade do mundo islâmico. Assim mesmo, a unidade panislâmica encontrou obstáculos na consolidação de nacionalismos locais e na permanência de choques entre xiitas e sunitas.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

O Natal e os Adventistas




Natal sim, domingo não. Por quê?


Já dizia Palissot: “O fanatismo é para a religião o que a hipocrisia é para a virtude”.
Lançando mão desta premissa iremos analisar os pressupostos que levaram os adventistas a adotarem a festividade do Natal, mas renegar o dia do Senhor – o domingo. Serão justos os critérios usado para aferir ambas as festividades? Isto é o que propomos demonstrar no desenrolar deste artigo.
É sabido de todos que os Adventistas do Sétimo Dia assim como de resto todos os sabatistas gostam de explorar o assim chamado lado “pagão” do Domingo. Em quase todos os seus livros que tratam do assunto trazem afirmações por demais severas com respeito ao primeiro dia da semana. Por exemplo, Ellen G. White - a profetisa do movimento – disse a respeito do domingo: “...foram os passos por que a festividade pagã alcançou posição de honra no mundo cristão” (O Conflito dos Séculos, pág. 573). Outro autor adventista citando uma autoridade em história diz: “Lemos na North British Review, vol. 18, pág. 409, a seguinte declaração: "O dia era o mesmo de seus vizinhos pagãos e compatriotas; e o patriotismo de boa vontade uniu-se à conveniência de fazer desse dia, de uma vez, o dia do Senhor deles e seu dia de repouso...” (A. B. Christianini, Subtilezas do Erro, 2.ª ed., 1981, pág. 234.)
“Mas Constantino adorava o sol no dia consagrado ao deus sol: o domingo.” (O Terceiro Milênio, Alejandro Bullón)
Bem, não restam dúvidas de que os adventistas acreditam mesmo que quem adora a Deus no domingo está na verdade adorando a Deus num dia espúrio, pagão. A rejeição ao domingo pelos adventistas parece se firmar em três pressupostos básicos, a saber:
1. Escriturístico: Dizem que não há mandamento para se guardar o domingo na Bíblia.
2. Histórico: dizem que outrora tal dia era venerado pelos pagãos como “dies solis” ou dia do deus Mitra – deus solar. E por isto não devemos guardá-lo, pois traz o estigma do paganismo.
3. Eclesiástico: dizem que a igreja romana mudou o sétimo dia da semana para o primeiro dia a fim de congregar cristãos e pagãos debaixo da mesma bandeira. A conseqüência disso está em que muitos pagãos aceitaram o cristianismo nominalmente.
Quando analisamos as alegações das Testemunhas de Jeová com respeito aos alegados costumes “pagãos” da cristandade, vemos que existe uma estreita semelhança entre os dois grupos, até mesmo nas contradições. As Testemunhas de Jeová não festejam aniversários, ano novo, dia das mães, Natal, não guardam o domingo porque julgam tratar-se de práticas pagãs, mas em contrapartida usam aliança de casamento, apóiam a cremação de corpos práticas estas que elas mesmas dizem ser provindas do paganismo, Os adventistas se afinam pelo mesmo diapasão. Enquanto rejeitam o domingo como pagão, aceitam de braços abertos outros costumes considerados pagãos como por exemplo o símbolo da cruz.
Veja as declarações bombásticas de Ellen White sobre o Natal tiradas do livro “O Lar Adventista”:
O NATAL DE ELLEN WHITE
O Natal Como Dia de Festa
"Aproxima-se o Natal", eis a nota que soa através do mundo, de Norte a Sul e de Leste a Oeste. Para os jovens, de idade imatura, e mesmo para os de mais idade, é este um período de alegria geral, de grande regozijo. Mas o que é o Natal, que assim exige tão grande atenção?
O dia 25 de dezembro é supostamente o dia do nascimento de Jesus Cristo, e sua observância tem-se tornado costumeira e popular. Entretanto não há certeza de que se esteja guardando o verdadeiro dia do nascimento de nosso Salvador. A História não nos dá certeza absoluta disto. A Bíblia não nos informa a data precisa. Se o Senhor tivesse considerado este conhecimento essencial para a nossa salvação, Ele Se teria pronunciado através de Seus profetas e apóstolos, para que pudéssemos saber tudo a respeito do assunto. Mas o silêncio das Escrituras sobre este ponto dá-nos a evidência de que ele nos foi ocultado por razões as mais sábias.
A adoração da alma deve ser prestada a Jesus como o Filho do infinito Deus. Review and Herald, 9 de dezembro de 1884.
O Dia não Deve Ser Passado por Alto
Sendo que o dia 25 de dezembro é observado em comemoração do nascimento de Cristo, e sendo que as crianças têm sido instruídas por preceito e exemplo que este foi indubitavelmente um dia de alegria e regozijo, será difícil passar por alto este período sem lhe dar alguma atenção. Ele pode ser utilizado para um bom propósito.
Natal - Ocasião Para Honrar a Deus ( O Lar Adventista, pág. 477-478)
Prestou bem atenção no que ela diz sobre o Natal? Em suma ela crê que:
1. Não existe base bíblica para comemorá-lo;
2. Sua observância é popular e não bíblica;
3. Não há base histórica;
4. Mesmo assim (não tendo base bíblica ou histórica) o dia NÃO DEVE ser passado por alto, mas é uma ocasião para honrar a Deus.
O QUE ELLEN WHITE NÃO DISSE SOBRE O NATAL!
É claro que a srª. White não disse toda a verdade sobre o Natal, caso contrário teria de abandoná-lo, ainda mais se usar o mesmo critério que usou a respeito do domingo. Será que Ellen White como escritora e pesquisadora de história sabia da origem do Natal? É pouco provável que fosse ignorante no assunto, já que seus apologistas consideram-na como grande historiadora chegando a afirmar que ““Tudo quanto disse e escreve foi puro, elevado, cientificamente correto e profeticamente exato.” (Subtileza do Erro, pág. 35).
Não querendo entrar no mérito da originalidade de seus escritos (mesmo por que não faz parte do escopo deste artigo falar sobre seus plágios), Ellen White havia lido vários livros de historiadores que mostravam este lado "pagão" do Natal. Por isso insistimos em dizer: ela não era ignorante quanto a este pormenor.
Tanto é assim, que sua própria igreja anos depois, viria fazer a seguinte declaração a respeito do Natal:
“Como instituição religiosa, o Natal não tem fundamento na Bíblia, e sim no paganismo. Nem Jesus Cristo nem os apóstolos instituíram o Natal. Como costume, ele veio do paganismo, e foi introduzido na Igreja Católica por volta do século IV, baseando-se, portanto, na autoridade dessa igreja e não da Palavra de Deus”.(Revista Adventista, dezembro de 1984 - pag. 14)
QUAL A POSIÇÃO DOS ADVENTISTAS?
Mas os adventistas se importam com isso? Tudo aponta para o fato de que os adventistas, conquanto abominam o domingo como pagão, por outro lado, aceitam sem nenhuma contestação o Natal. Após a explanação acima, ficaríamos na expectativa de os adventistas rejeitarem o Natal como fazem com o domingo, mas qual não foi a surpresa ao lermos a explicação bem embrulhada dada em seguida:
“Em face dos esclarecimentos, revelações, desmistificações, ou fatos e verdades precedentes, alguns poderiam julgar oportuna a pergunta: Como Igreja Adventista do Sétimo Dia, temos razões ou justificativas para comemorar o natal, sendo esta uma festividade de fundo pagão e que honra a autoridade de Roma? Não seria melhor se abolíssemos de nosso meio as programações natalinas? Tendo em mente o verdadeiro significado do Natal, penso que como igreja fazemos bem em observá-lo. Afinal, o nascimento de Jesus não foi um fato, uma realidade?” (ibdem)
Como poderiam ser contra? Certa vez eles até chegaram a ganhar um presente de natal, veja:
“Após duas semanas de orações especiais em favor do Pastor White, os crentes de Rochester passaram o dia 25 de dezembro, o Natal de 1865, em jejum e oração pelo retorno de sua saúde. Deus respondeu concedendo-lhes (e ao mundo) um impressionante presente de Natal." (História do Adventismo, pag. 224)
O entusiasmo pela festa natalina era tanto que Ellen White chegou a incentivar o comércio de livros adventistas por ocasião da festividade (O Lar Adventista pág. 479).
O QUE OUTRAS FONTES DISSERAM SOBRE O ASSUNTO
1. Enciclopédia Secular:
“Os cristãos substituíram a antiga festa romana do solstício de inverno pela do Natal, A piedade popular, movida pela ternura dos motivos da infância, enfatizou essa festividade. Uma de suas manifestações mais típicas são as canções ao Menino Jesus, acompanhadas por instrumentos tradicionais.
A festa do Natal foi instituída oficialmente pelo bispo romano Libério no ano 354. Na verdade, a data de 25 de dezembro não se deve a um estrito aniversário cronológico, mas sim à substituição, com motivos cristãos, das antigas festas pagãs. As alusões dos padres da igreja ao simbolismo de Cristo como sol de justiça (Malaquias 4:2) e luz do mundo (João 8:12), e as primeiras celebrações da festa na colina vaticana -- onde os pagãos tributavam homenagem às divindades do Oriente -- expressam o sincretismo da festividade, de acordo com as medidas de assimilação religiosa adotadas por Constantino.
A razão provável da adoção do dia 25 de dezembro é que os primeiros cristãos desejaram que a data coincidisse com a festa pagã dos romanos dedicada "ao nascimento do sol inconquistado", que comemorava o solstício do inverno. No mundo romano, a Saturnália, comemorada em 17 de dezembro, era um período de alegria e troca de presentes. O dia 25 de dezembro era tido também como o do nascimento do misterioso deus iraniano Mitra, o Sol da Virtude. (©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda)
2. Enciclopédia Católica:
"A festa do Natal não estava incluída entre as primeiras festividades da Igreja... os primeiros indícios dela são provenientes do Egito... os costumes pagãos relacionados com o princípio do ano se concentravam na festa do Natal". (Enciclopédia Católica, edição de 1911)
3. Enciclopédia Protestante:
"Não se pode determinar com precisão até que ponto a data desta festividade teve origem na pagã Brumália (25 de dezembro), que seguia a Saturnália (17 a 24 de dezembro) e comemorava o nascimento do deus sol, no dia mais curto do ano. As festividades pagãs de Saturnália e Brumália estavam demasiadamente arraigadas nos costumes populares para serem suprimidos pela influência cristã. Essas festas agradavam tanto que os cristãos viram com simpatia uma desculpa para continuar celebrando-as sem maiores mudanças no espírito e na forma de sua observância. Pregadores cristãos do ocidente e do oriente próximo protestaram contra a frivolidade indecorosa com que se celebrava o nascimento de Cristo, enquanto os cristãos da Mesopotâmia acusavam a seus irmãos ocidentais de idolatria e de culto ao sol por aceitar como cristã essa festividade pagã.”( The New Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge - A Nova Enciclopédia de Conhecimento Religioso, de Schaff-Herzog)
Você achou tudo isso chocante? O pior ainda está por vir...Ellen White vai mais longe, incentivando até mesmo a ter árvores de natal dentro das igrejas!
"DEVEMOS ARMAR UMA ÁRVORE DE NATAL?"
"Deus muito Se alegraria se no Natal cada igreja tivesse uma árvore de Natal sobre a qual pendurar ofertas, grandes e pequenas, para essas casas de culto. Têm chegado a nós cartas com a interrogação: Devemos ter árvores de Natal? Não seria isto acompanhar o mundo? Respondemos: Podeis fazê-lo à semelhança do mundo, se tiverdes disposição para isto, ou podeis fazê-lo muito diferente. Não há particular pecado em selecionar um fragrante pinheiro e pô-lo em nossas igrejas, mas o pecado está no motivo que induz à ação e no uso que é feito dos presentes postos na árvore.
A árvore pode ser tão alta e seus ramos tão vastos quanto o requeiram a ocasião; mas os seus galhos estejam carregados com o fruto de ouro e prata de vossa beneficência, e apresentai isto a Deus como vosso presente de Natal. Sejam vossas doações santificadas pela oração. Review and Herald, 11 de dezembro de 1879.
“AS FESTIVIDADES DE NATAL E ANO NOVO PODEM E DEVEM SER CELEBRADAS EM FAVOR DOS NECESSITADOS.” Deus é glorificado quando ajudamos os necessitados que têm família grande para sustentar. Manuscrito 13, 1896.
Árvore de Natal com Ofertas Missionárias não é Pecado
Não devem os pais adotar a posição de que uma árvore de Natal posta na igreja para alegrar os alunos da Escola Sabatina seja pecado, pois pode ela ser uma grande bênção. Ponde-lhes diante do espírito objetos benevolentes. Em nenhum caso o mero divertimento deve ser o objetivo dessas reuniões. Conquanto possa haver alguns que transformarão essas reuniões em ocasiões de descuidada leviandade, e cujo espírito não recebeu as impressões divinas, outros espíritos e caracteres há para quem essas reuniões serão altamente
benéficas. Estou plenamente convicta de que inocentes substitutos podem ser providos para muitas reuniões que desmoralizam. Review and Herald, 9 de dezembro de 1884.
Providenciar Recreação Inocente Para o Dia
Não vos levantaríeis, meus irmãos e irmãos cristãos, cingindo-vos a vós mesmos para o dever no temor do Senhor, procurando arranjar este assunto de tal maneira que não seja árido e desinteressante, mas repleto de inocente prazer que leve o sinete do Céu? Eu sei que a classe pobre responderá a estas sugestões. Os mais ricos também devem mostrar interesse e apresentar seus donativos e ofertas proporcionalmente aos meios que Deus lhes confiou. Que se registrem nos livros do Céu um Natal como jamais houve em virtude dos donativos que forem dados para o sustento da obra de Deus e o reerguimento do Seu Reino. Review and Herald, 9 de dezembro de 1884.” (ibdem, pág. 483) (destaque nosso)
QUAL É A VERDADE SOBRE A ÁRVORE DE NATAL?
Ora, a senhora White deveria saber que segundo o conhecimento popular a árvore de Natal está “carregada de símbolos pagãos”.
Diz certa obra: “Muito antes de existir o Natal, os egípcios traziam galhos verdes de palmeiras para dentro de suas casas no dia mais curto do ano em dezembro como um símbolo de triunfo da vida sobre a morte. Já o costume de ornamentar a árvore pode ter surgido do hábito que os druidas tinham de decorar velhos carvalhos com maçãs douradas para as festividades deste mesmo dia do ano. A primeira referência a uma "Árvore de Natal" é do século XVI. Na Alemanha, famílias ricas e pobres decoravam árvores com papel colorido, frutas e doces. Esta tradição se espalhou pela Europa e chegou aos Estados Unidos pelos colonizadores alemães. Logo, a árvore de Natal passou ser popular em todo mundo. O autor do livro "Babilônia: a Religião dos Mistérios", afirma: "A árvore de Natal, como a conhecemos, só data de alguns poucos séculos, embora a idéia a respeito de árvores sagradas seja muito antiga".Woodrow cita uma antiga fábula babilônica onde se diz que um pinheiro nasceu de um velho tronco morto, sendo que esse velho tronco representava Ninrode, que havia morrido, e o novo pinheiro que acabara de nascer era o mesmo Ninrode que estava vindo novamente a habitar em Tamuz. Ralph ainda diz que entre os Druidas, antigos sacerdotes, o carvalho era sagrado; entre os egípcios, sagrada era a palmeira; e em Roma, o abeto, uma planta ornamental, que era decorada com cerejas negras durante a Saturnália, uma festa em devoção ao deus Saturno. Woodrow, na mesma obra, também cita Odin, um deus escandinavo que, segundo crenças, dava presentes especiais na época do Natal àqueles que se aproximavam de seu abeto sagrado.”
Veja que tudo que se pode afirmar sobre o domingo, pode também, da mesma maneira, dizer
sobre a Natal e principalmente sobre as árvores de Natal! Eis como a crença adventista a respeito disto se mostra incoerente:
DOMINGO
-> Dia pagão
-> Relacionado a deuses pagãos
-> Cristianizado por Roma
-> Nasceu na devoção popular
-> NÃO PODE ser observado
NATAL
-> Dia pagão
-> Relacionado a deuses pagãos
-> Cristianizado por Roma
-> Nasceu na devoção popular
-> PODE ser observado
ARVORE DE NATAL
-> Objeto pagão
-> Relacionado a deuses pagãos
-> Cristianizado por Roma
-> Nasceu na devoção popular
-> PODE ser observado
Os adventistas vão continuar obedecendo a sua profetisa na prática de um suposto costume “pagão” ou vão deixar o “espírito de profecia” na mão desta vez?
UM ARTIGO QUE ABALOU OS ADVENTISTAS
Por trazer verdades ainda não totalmente reveladas no meio adventista o artigo em tela causou um impacto tremendo em muitos leitores adventistas. Certo site adventista de esquerda (http://www.adventistas.com/) confrontando as implicações que essas revelações perturbadoras tem para a autoridade profética de Ellen White, expôs o problema da seguinte maneira:
“A publicação do texto Evangélicos Questionam Adventistas: Por Que Natal SIM, Domingo NÃO? deixou alguns de nossos leitores preocupados e até foi-nos solicitado que explicássemos melhor nossa posição quanto ao assunto a fim de evitar que alguns fossem prejudicados em sua fé pela "revelação" de que a irmã White era ser humano como qualquer um de nós, sujeita a erros por falta de informação ou pesquisa e mesmo raciocínio equivocado.”
Veja a declaração de certo adventista:
“Acredito ser importante termos a preocupação com aqueles que já leram e ainda vão ler o artigo "VERGONHA! Evangélicos Questionam Adventistas: Por que Natal Sim, Domingo Não?"
Embora, você já tenha publicado o artigo "Recomenda a Sra. White que Comemoremos o Natal?", penso ser muito importante alguém ou senhor mesmo produzir um texto com citações e exemplos de outros profetas que cometeram quem sabe erros parecidos como este da Sra. White. Não me lembro de nenhum.
Digo isto porque foi forte o artigo "VERGONHA..." e pode abalar as estruturas de algum recém nascido espiritual, que ainda não se alimenta solidamente.
Eu mesmo fiquei um tanto quanto angustiado, pelo fato de nem a irmã White não ter percebido a tamanha semelhança da prática pagã da guarda do domingo com a das comemorações, também pagãs, natalinas e as tremendas contradições que se instalam a partir desta falha.”
Mesmo assim, muitos tentaram dar uma aparente solução no caso alegando as seguintes razões:
1. Quanto à Sra. White, confirmam-se mais uma vez suas palavras em relação possibilidade de erro e da necessidade de termos unicamente a Bíblia como nossa única e infalível regra de fé. Nenhum profeta recebe toda a luz disponível sobre todos e quaisquer pontos doutrinários existentes e a inspiração não é contínua, mas ocasional, o que equivale a dizer que nem todas as palavras ditas ou escritas por um profeta sejam inspiradas. Um incidente bíblico que esclarece esse ponto é o caso do profeta Natã e o rei Davi, quando o primeiro garantiu ao segundo que este construiria o templo para Deus. (I Crônicas 17:1-5)
Resposta: O articulista fala em “possibilidade de erro”, mas tal possibilidade fica excluída pelo julgamento que ela mesma e seus adeptos faziam e fazem ainda de seus escritos. Observe essas declarações logo abaixo:
“Disse o meu anjo assistente. ‘Ai de quem mover um bloco ou mexer num alfinete dessas mensagens. A verdadeira compreensão dessas mensagens é de vital importância. O destino das almas depende da maneira em que forem elas recebidas.’” (Primeiros Escritos, p. 258) (o grifo é nosso)
E mais: “Negamos que: A qualidade ou grau de inspiração dos escritos de Ellen White sejam diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas.” (Revista Adventista, fev. 1984, p. 37)
Diante do exposto acima fica difícil concordar com a argumentação dada em certo site:
"Sabemos que a própria Sra. White recomendou certa vez esta prática para atrair a atenção dos pequenos. Sabemos também, por voz da própria Sra. White que colocássemos seus escritos à luz das escrituras. Compreendemos que, semelhante à Lutero, nem toda a luz possa ter sido transmitida a ela, mas no devido tempo toda a luz seria mostrada para confirmação da fé daqueles que foram chamados para serem santos". (dados colhidos em http://www.jovemadventista.com/arquivo/natal_pagao.htm)
A verdade é que ela cria piamente na inspiração total de seus escritos. Demais disso, é irrelevante argumentar sobre ela não ter recebido “toda a revelação doutrinária”. Ninguém precisaria de “revelação”, para saber estes fatos. A verdade é que o deus que inspirava Ellen White foi um tanto parcial nesta questão, pois lhe revelou pela história que o domingo era pagão, mas deixou de lhe revelar as verdades acerca do natal, que diga-se de passagem, não carecia de tanta “revelação” assim, bastava ler os livros históricos à sua disposição, livros estes que ela estava cansada de folhear com o intuito de sempre conseguir argumentos para denegrir a imagem do domingo.
E pasmem! Os adventistas para salvar sua profetisa do vexame se voltam contra a própria Bíblia sagrada, procurando supostos erros nos escritos dos profetas. Essa não é a primeira vez que eles usam este artifício, a primeira vez foi quanto ao “grande desapontamento”. Alegaram na época em que a profecia de 1843-44 falhou que os discípulos também haviam tido expectativas erradas quanto a volta de Jesus, sendo assim reprovados juntamente com seus colegas de profetadas - as Testemunhas de Jeová. Observe agora a incrível semelhança entre ambas as seitas para tentar tapar seus deslizes escatológicos:
Dizem as Testemunhas de Jeová: “As Testemunhas de Jeová tem estado ansiosas de saber quando virá o dia de Jeová. Na sua ansiedade, às vezes fizeram tentativas de calcular quando viria. Mas por fazerem isso, assim como fizeram os primeiros discípulos de Jesus, deixaram de acatar as palavras de cautela do Amo, de que ‘não sabemos quando é o tempo designado’.” (A Sentinela, 01/09/1997, pág. 22)
Agora compare com essa declaração de Ellen White para justificar o fiasco de 1844:
"Todavia, êste desapontamento ( de 1844) não foi tão grande como o que experimentaram os discípulos por ocasião do primeiro advento de Cristo." (O Grande Conflito, pág. 403)
Conhecendo a origem catastrófica das duas seitas não é exagero dizer que, qualquer semelhança não é mera coincidência!
Mas nem mesmo lançando mão de artifícios cavilosos como esses o articulista conseguiu provar suas alegações, por que o incidente bíblico em que se baseou o articulista para justificar sua profetisa, foi vergonhosamente deturpado. Em nenhuma versão encontraremos o profeta Natã profetizando para Davi construir uma casa a Deus; muito pelo contrário, ele disse que Davi não construiria nenhuma casa para Deus:
“Vá e diga ao meu servo Davi que eu mandei dizer o seguinte: “Você não é a pessoa que vai construir o templo em que eu vou morar.” (NTLH) (ênfase acrescentada)
Outro porém, busca dar a seguinte explicação:
2. PORQUE NATAL SIM E DOMINGO NÃO? A resposta é simples: Porque o Domingo vai diametralmente contra a lei de Deus e o Natal não! Nós não guardamos o domingo não por causa de sua origem no paganismo e, sim, porque fere o decálogo. Esta é a diferença fundamental e a que realmente pesa quando comparamos o Domingo com o Natal ou qualquer outro costume de nossa sociedade com origem no paganismo ou sem origem conhecida.
Resposta: Esta resposta é tão simplória e inexpressiva que o próprio articulista do website tratou de desmontá-la.Veja:
“A ordem "Lembra-te do dia do sábado para o santificar" não proíbe explicitamente que se guarde o domingo também além do sábado, assim como não proíbe também que se comemore o Natal. Aliás, Ellen G. White também sugeriu que ao ser promulgada a lei dominical deveríamos nos abster de atividades seculares no primeiro dia da semana e aproveitar esse dia para o trabalho missionário.”
E prossegue dizendo: “Mas as coisas começam a se complicar, quando se lê a seqüência do quarto mandamento: ‘Seis dias trabalharás, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus.’ Perceba que o mandamento ordena também que trabalhemos durante os seis dias que antecedem ao sábado. Assim, reforça-se a compreensão de que a raça humana recebeu apenas um dia de descanso por semana e esse dia é o sétimo. É errado guardar a sexta-feira à tarde, o domingo ou a segunda-feira, como fazem pastores e obreiros da Organização Adventista.”
“Ora, se a observância do domingo como dia santificado equivalerá à transgressão aberta do quarto mandamento, rebeldia contra Deus e obediência ao poder da besta que procurou mudar os tempos e a lei (Daniel 7:25), porque em lugar de sábado se diz domingo, também é submissão ao decálogo romano comemorar o Natal, que é a principal festa católica hoje.”
“O pior é que existem várias outras festas de origem católica às quais comemoramos deixando de trabalhar, suspendendo aulas, fechando nossas lojas ou mesmo com programações especiais na igreja (ramos, sexta-feira santa, páscoa, dia das mães. dos pais, etc). Em todos esses feriados, babilônia e os comerciantes de todo o mundo são parceiros. Apocalipse 18:11.”
E conclui dizendo: “...A santificação do domingo e a comemoração do Natal representam idêntica submissão e obediência ao decálogo romano.”
O CRISTÃO PODE COMEMORAR O NATAL?
Diante do explorado até aqui perguntamos: é lícito o crente comemorar o natal? Tudo indica que sim! Apesar de algumas práticas ditas “natalinas”, não fazerem parte da festividade original, tais como: papai Noel, árvores de natal, consumismo comercial e outras, o espírito que o crente tem de ter para com a comemoração do nascimento de Jesus Cristo é muito importante. Destituído de todas essas inovações este dia nos leva a refletir melhor na vinda do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Foi nesse dia que a maior e mais esplendida mensagem jamais pregada por um anjo ressoou de forma melodiosa para a alegria e salvação de todo o mundo. Ei-la:
“...Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo: É que vos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” (Lucas 2.10-11)
CONCLUSÃO
Isto posto, nosso objetivo foi alcançado, qual seja, mostrar a incoerência e em muitos casos até mesmo hipocrisia que incorrem os adventistas do sétimo dia quando exaltam o natal em detrimento do domingo. Para serem honestos deveriam chegar às mesmas conclusões para ambas as festividades, morte e ressurreição, já que usaram o mesmo critério na avaliação da origem. Como vimos, muitos adventistas já estão dando conta da seriedade do problema e se debandando para o lado extremista das Testemunhas de Jeová. Sejamos coerentes: ou domingo, Natal e árvores; ou nem domingo nem Natal e nem árvores!
Veja que a IASD está usando dois pesos e duas medidas, assim como fazem as Testemunhas de Jeová...
Natal sim, domingo não. Por que afinal? PENSE NISSO...

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

IURD(Igreja Universal do Reino de Deus) - Que Reino é este ?

Introdução
"Em muitas reuniões da IURD vemos um quadro assombroso - uma verdadeira amostra do inferno... se alguém chegar na hora do culto poderá pensar que está em um centro de Macumba..." (Bispo Edir Macedo no livro "Orixás, Caboclos & Guias" pg. 108 - ed. 2001"
“A Igreja Universal do Reino de Deus é uma mistura de Protestantismo, Catolicismo e Religiões Afro-Brasileiras” - (Pr. Ed Renê Kivitz – Pastor Batista)
“A IURD virou um centro de Macumba evangélico” - (Pr. João Flávio Martinez – presidente do CACP)
Neste estudo não estou querendo arvorar o papel de juiz, mas apenas denunciar, na esfera teológica, os equívocos e os abusos cometidos pela Igreja Universal do Reino de Deus – IURD (Lv. 5; I Co 2.15). Isso é pelo fato de entendermos que a referida denominação, lamentavelmente, saiu da contextualização de “Movimento Contraditório” e passou a condição de seita pseudocrístão.
O CACP classificava a IURD como movimento contraditório devido à confissão de fé da denominação que, apesar das práticas heterodoxas, era semelhante as demais confissões evangélicas. Acontece que a IURD incorporou em suas práticas ritos católicos como; novenas, ramos, água benta, procissão... E também ritos das religiões afro-brasileiras, como; fita, rosa ungida, peixe orado, sabonete do descarrego, espada de S. Jorge, enxofre, sal grosso, desmanche de trabalhos, invocação de espíritos da umbanda e candomblé (exu, pomba-gira, caboclo, guias, tranca-rua e outros)... Enfim, realmente a IURD é um sincretismo místico da cultura brasileira – é uma igreja 100% mande in Brazil! Pra piorar esse marasmo sincrético, a IURD conseguiu superar todos os movimentos heterodoxos incorporados, ou seja, ela ficou mais estereotipada do que as facções que ela aderiu. Afinal de contas, nenhum desses movimentos incorporados a ela defende a Liberalização do Aborto. Podemos arrazoar com certeza que a IURD é muito mais corrompida teologicamente do que a Macumba e o Catolicismo.

Quanto mostro a problemática em que se envolveu a IURD, alguns resolvem sair na sua defesa alegando o exponencial crescimento, tentando assim colocá-la como uma Igreja de Deus. O meu questionamento a essas pessoas giraria em torno das evidências e estatísticas. Será que toda a denominação religiosa que cresce é cristológica ou de acordo com a Bíblia? E o que dizer dos centros espíritas, eles são ajustados com a teologia Protestante? - E por que crescem tanto? E o Kardecismo, que tem se alastrado pelo mundo afora, é um movimento evangélico? E o que dizer do crescimento das religiões orientais como; islamismo, budismo e hinduísmo?

Podemos concluir que o conselho de Gamaliel estava equivocado neste aspecto (Cf. At. 5), pois nem tudo que cresce pode ser definido como sendo um movimento evangélico bíblico.

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HISTÓRICO:

A Igreja Universal do Reino de Deus tem este nome desde 1977. Entretanto, seus membros e dirigentes atribuem sua fundação ao ano de 1977, quando Edir Macedo, então um pregador de uma igreja evangélica estabelecida, decidiu criar sua própria igreja, adequada à sua visão de pregação e da revelação de Deus. Contou para isso com a companhia de Romildo Soares. Após a criação da igreja, este se desligou e fundou outra igreja, a Igreja Internacional da Graça de Deus. De acordo com Marcelo Crivella a Igreja Universal e a Igreja da Graça têm uma origem comum: a Igreja Pentecostal de Nova Vida. A separação das três teria ocorrido pela diferença do foco de seus três dirigentes.

Quando tinha apenas doze anos de fundação, a igreja já possuía uma renda financeira suficiente para comprar uma emissora de TV, dinheiro arrecadado dos seguidores, que vivem a ideologia da Teologia da Prosperidade.

Em 1992, Edir Macedo, fundador e líder da seita, passou 11 dias em prisão preventiva, por conta de um processo criminal no qual a principal acusação era a de estelionato (apropriação de bens alheios mediante ardil). Em 1995, a Associação Evangélica Brasileira, que reunia boa parte das instituições do protestantismo local, divulgou um pronunciamento no qual se afirmava que a IURD, devido a suas doutrinas e práticas, carece de autenticidade protestante.


Segue uma relação de motivos que, de acordo com a Palavra de Deus, faz da IURD uma seita:

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SECTARISMO

Sectarismo significa: partidarismo ou espírito de seita (dicionário Língua Portuguesa – Carvalho). Observamos esse partidarismo de maneira acentuada ao ligarmos a emissora da “IURD”. O que ouvimos é sempre uma exaltação denominacional e não da pessoa do Senhor Jesus. Nos “testemunhos” sempre ouvimos que – “quando eu encontrei a IURD...” ou “quando eu aceitei o ensinamento da IURD...”. Quase sempre a denominação vem primeiro e recebe a veneração das pessoas – a IURD é um fim em si mesma! É como se a instituição tivesse o poder soterológico para redimir alguém.

Quanto aos demais evangélicos, são reputados como a margem do cristianismo, sendo a IURD o centro da fé. Esses demais evangélicos são apenas massa de manobra, só participam da Rede Record em momentos especiais, quando a Receita Federal, Policia Federal ou a Rede Globo se volta contra a “IURD”. Aí, meu amigo e minha amiga, eles são “evangélicos”. Convidam os seus “colegas” para participar da defesa da “Igreja de Cristo”. Lembro-me que quando o Bispo Macedo foi preso até o babalorixá do Candomblé foi chamado pra falar em defesa da liberdade de expressão religiosa – isso parece brincadeira, só a IURD mesmo!!!

Outro fato é que quando um membro sai da sua denominação, em alguns casos até excluído, e vai para “IURD”, não há a preocupação em saber do estado que aquela pessoa saiu de sua antiga denominação e muito menos trabalham com essa pessoa focando o seu amadurecimento espiritual, obedecendo assim à determinação da Bíblia que instrui o cristão a submissão (Ap.2:5; Hb 13.7). Convidam abertamente membros de outras denominações para participarem dos seus cultos. Outro dia, ouvia um programa da Rede Aleluia e o pastor dizia: “Meu amigo e minha amiga venha à “IURD” não importa qual seja a sua religião; católico, espírita, macumbeiro ou até mesmo evangélico. É isso mesmo meu amigo e minha amiga, você que tem freqüentado até mesmo uma igreja evangélica e a sua vida não tem mudado, mas você vive uma vida de fracassos... pare de sofrer... Deus te chamou pra ser rico, próspero e cabeça... A miséria é do capeta... Venha pra campanha da Fogueira Santa e você vai ter a sua empresa, seu carrão e sua casa na praia... (falava isso como que se Deus fosse o gênio da lâmpada de Aladim... e ainda culpava a igreja da pessoa por não ter tudo isso)...”

Aqui precisamos fazer algumas reflexões:

1) – Quem salva o indivíduo?

"E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos" (At.4:12)

"Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" (ITm.2:5).

"Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" (Jo.14:6).

Admitir que uma certa denominação seja portadora do poder de salvar o homem é assinar um atestado de ignorância teológica. A IURD ao admitir que uma pessoa foi salva pela fé na denominação se coloca como a única igreja verdadeira, tomando o lugar do singular Salvador. A Bíblia é clara que só Jesus é o caminho e não há mediador entre Deus e o homem a não ser Cristo de Deus (Jo 14.6). As Igrejas são apenas o meio que levam o homem ao fim, que é a salvação através de Jesus.

2) – A Salvação é pela Graça

A salvação não é pelas obras, é um dom. O caminho da salvação provido por Deus é receber a Cristo pessoalmente, confiando nele somente para nos salvar. Tendo você dinheiro ou não, a salvação é pra você. Ela não pode ser comprada pelo seus dízimos ou ofertas, pois foi paga por Jesus na Cruz.

Romanos 6:23: "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor." Não podemos fazer-nos "dignos" da graça de Deus. Salvação é um dom gratuito ao indigno, ao que não merece, e todos nós estamos nesta categoria. "Cristo morreu pelos ímpios" -- Romanos 5:6. Efésios 2:8, 9: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie."

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CONVERSAS COM OS DEMÔNIOS

A Bíblia é enfática, o Diabo e seus demônios são mentirosos e neles não há verdade (Jo.8:44) e que nos últimos dias esses espíritos falariam e ensinariam mentiras. Por isso qualquer movimento religioso que dá muita ênfase no que dizem os espíritos, é uma religião perigosa e antibíblica.

Leiamos: “Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios”. (ITm4:1)

“Mas Jesus o repreendeu (o demônio), dizendo: Cala-te, e sai dele”.(Mc.1:25)

Ficar dialogando com demônios não é recomendável e nem neotestamentário. Há sempre o perigo de estarmos sendo vítimas de um engodo maquiavélico. Jesus era pragmático e objetivo nessa questão, Ele compreendia que quanto mais rápido agisse na vida do problemático, melhor. Para o possesso o momento de endemoninhamento é constrangedor e muito sofrível. Devemos nos preocupar com o estado dessa pessoa e usarmos toda nossa fé para auxiliar o indivíduo de maneira simples e objetiva.

Ter discernimento nesses casos é valioso, pois muitas vezes o indivíduo não está com um problema espiritual, mas o caso é patológico e de saúde. Quando diagnosticamos o problema de maneira correta podemos ajudar com muito mais eficiência. Se for caso de saúde, pode ser um ataque epilético, a pessoa deve ser encaminhada a um especialista médico da área. Quando o caso for psicológico, um psiquiatra deve ser consultado. É papel da Igreja saber ajudar da melhor maneira cada pessoa.

Com relação ao exorcismo praticado dentro da IURD, o caso é muito triste! Pessoas sendo levadas por corredores enormes e muitas vezes de maneira constrangedora, ajoelhada ou arrastada. Em alguns casos a pessoa passa por um interrogatório aonde o suposto espírito possuidor fala e esbraveja. Nesse período a pessoa fica fragilizada e até machucada pela luta corporal que acontece. O paralelo disso é visto dentro da umbanda, macumba e candomblé, aonde os guias, médiuns ou pais-de-santos trabalham para fazer o membro desenvolver seus guias e espíritos – a pessoa é obrigada a se embriagar, fazer ritos, etc. Algo realmente muito similar com algumas práticas de “libertação” da IURD.

Os ensinamentos de Jesus vão contra tudo isso e mostra que a metodologia do Cristo é rápida e não tem nada disso, pois com o uso de uma singela frase o mal cessa e a peleja é resolvida: “Saia em nome de Jesus” (Mc.16:17) - e pronto. Se a libertação não acontecer nesses termos, não é uma libertação bíblica. Embora, eu entenda que há mesmo é muita mistificação dentro da IURD. Não estou dizendo que possessão não exista, estou dizendo que acho que a IURD faz mais manobras espiritualistas fictícias do que libertação cristológica.

Fico pensando como fica a pessoa autenticamente possessa que passou por todo aquele constrangimento diante da família e dos amigos que vão com ela ou até mesmo assistem pela TV. Tudo isso poderia ser evitado com amor e carinho e sem sensacionalismo.

Muitos, dos que vão até lá, nem vão para ouvir a Palavra de Deus, mas para ver os demônios se manifestarem como se isso fosse um espetáculo. Bom seria se as pessoas fossem a igreja para ver a manifestação da Graça de Deus.

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INVOCAÇÃO DE DEMÔNIOS

Leiamos: “Aqueles que escolhem a outros deuses terão as suas dores multiplicadas; eu não oferecerei as suas libações de sangue, nem tomarei os seus nomes nos meus lábios”.(Sl 16.4).

Sobre essa problemática, argumenta o Dr. Paulo Romero: “Em alguns círculos evangélicos, os pregadores da libertação chegam a instigar os demônios para que se manifestem, dando-lhes ordens como: “Comece a manifestar aí, Exu Tranca-rua, comece a manifestar, Exu Caveira”,(...) e uma lista de nomes de orixás da umbanda e do candomblé são mencionados. Parece até ser uma reunião de invocação aos demônios. Não vemos tal modelo na Bíblia. Nem Jesus nem os discípulos mandaram os demônios se manifestarem. As manifestações demoníacas na Bíblia foram espontâneas (veja: Mc 1.23,24; 3.11). A simples presença de Jesus era o bastante para que o inimigo se manifestasse. O mesmo acontecia com os discípulos. Quando esteve em Filipos, Paulo não mandou que o espírito que possuía uma jovem se manifestassem. Muito ao contrário, sentiu-se incomodado com as declarações e o demônio foi expulso (At.16:17-18). Basta a presença do Senhor na Igreja ou na vida do cristão para o inimigo ficar incomodado. O culto cristão deve ser centralizado no Senhor. O objetivo principal do povo de Deus ao se reunir é adorar a Deus em espírito e em verdade”.

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A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE E A GANÂNCIA DO BISPO MACEDO

Gostaria de deixar claro que o dízimo e as ofertas são santos e do Senhor (II Co 9.7). Essas contribuições são tiradas em todas as Igrejas que realmente crêem na Palavra de Deus. A “IURD” de maneira alguma erra em ensinar isso ao povo, entretanto tudo o que é em demasia foge do propósito e padrão divino (Ec 7.16). Certo pastor disse com razão que - “a heresia também pode ser um exagero da verdade”. Há, com certeza, fundamentos nessa asseveração, fazendo com que nos preocupemos com nossas igrejas e seu nível espiritual. É como nos alimentarmos com só um tipo de comida, por melhor que ela seja, trará prejuízos a nossa saúde, ficaremos sem as vitaminas e proteínas necessárias. Devemos ensinar essas coisas sem se esquecer das demais. Veja o que o Senhor Jesus fala: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas” (Mt.23:23). O Senhor mostra nesse versículo que não basta só pregarmos sobre o dízimo, temos que falar sobre a justiça, sobre a misericórdia e sobre a fé. Não basta termos uma igreja que só dízima, mas temos que ter uma Igreja santa (Ef 5.27) que conheça o juízo e exerça misericórdia com fé no seu coração (Hb 11).

“Ou dá, ou desce”.
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O Bispo Macedo e a IURD não pede oferta de maneira equilibrada, eles espoliam as pessoas. Sua ideologia é a do “dá ou desce”. As reuniões da IURD, na maioria das vezes, se resumem na mensagem da doutrina da prosperidade – “Dê um pra ganhar cem” – parece ser atraente, mas não é factual.

Em uma aula de como tirar ofertas o Bispo Macedo diz o seguinte: “... Você tem que chegar e se impor: É seguinte pessoal, vocês vão ajudar agora a obra de Deus... se você quiser ajudar, amém... se não Deus vai levantar um montão de gente pra ajudar... entendeu como é que é? (falando aos seus pastores) Se quiser bem, se não quiser que se danem (se referindo às pessoas que não colaborariam). Aqui é assim – OU DÁ OU DESCE... (ele volta aos seus obreiros) Você não pode ser chocho... você tem que ser o super herói do povo... (continua o exemplo)... Pessoal, nos vamos fazer isso aqui (uma campanha), o grande desafio... é a fé ou não é... tudo ou nada... (ele volta-se aos obreiros)... Eu peguei a Bíblia nos EUA e joguei no chão... ou Deus honra essa palavra ou... ai eu joguei a Bíblia no chão... ela se espalhou toda... Ai eu chutei a Bíblia... Isso chama a atenção... uns vão dizer que esse ai é bom... outros vão dizer que é um falso profeta... mas vai ter pessoas que vão ficar do nosso lado... esses vão por tudo (o dinheiro) lá (na salva)... Você não pode ter vergonha de pedir... Peça, peça e peça... ai eu perguntei quem é que gostaria de ter o cajado de Moisés... O povão disse euuuuuuuu... é isso ai, você pode... Dez mil – entendeu pessoal (pastores) ” (TRANSCRIÇÃO DO VÍDEO DO YOU TUBE). – ISSO É UM ABSURDO!!!

A Teologia da Prosperidade, para quem não sabe, é a doutrina principal pregada pela IURD. Trata-se de uma substituição do Evangelho da Graça, pelo “evangelho” da ganância. É comum ouvimos da boca dos pregadores da prosperidade coisas do tipo: “Você é filho do Rei, não tem por que levar uma vida derrotada.. Deus quer você seja rico, que tenha muito dinheiro... quem é pobre está fazendo a vontade do diabo... está vivendo em pecado... Um homem de Deus é rico!” A teologia da prosperidade une o fútil ao desagradável, ou seja, é uma mistura de ganância e comodismo. Os adeptos da teologia da prosperidade acham que nós temos direito de reivindicarmos o que quisermos de Deus, esquecendo da soberania divina.

O Pr. Esequias Soares faz um comentário interessante sobre essa ideologia da IURD de Edir Macedo: “Desde muito cedo na história do cristianismo, já havia aproveitadores, que usavam a Palavra de Deus visando lucros pessoais – “Porque nós não somos falsificadores da palavra de Deus, como tantos outros; mas é com sinceridade, é da parte de Deus e na presença do próprio Deus que, em Cristo, falamos” (II Co 2.17). O termo grego para “falsificadores” é “kapeleuo”, negociar com, comerciar no varejo, colocar à venda, traficar, comercializar em pequena escala... falsificar, adulterar, negociar, buscar lucros... Esse verbo aparece referindo-se tanto aos mercadores, aqueles que usam a Palavra de Deus, visando interesses pessoais, como aos falsificadores, que adulteram e sofismam a Palavra para agradar as pessoas e delas tirar vantagens... é a prática da simonia... O apóstolo Paulo já via, em seus dias, essa tendência mercadológica e, para combatê-la, usou uma palavra com o significado de falsificar ou mercadejar a Palavra. Isso envolve práticas da simonia, adulterar a Palavra, fazer da religião comércio e faltar com sinceridade diante de Deus, visando interesses pessoais. O apóstolo rebate os simoníacos e, ao mesmo tempo, reafirma a sua sinceridade, quando diz; antes, falamos de Cristo com sinceridade... muitos confundem fé cristã com negócios e colocam a igreja nessa esfera, isso banaliza o sagrado e reduz as coisas de Deus à categoria de mero produto comercial... O tema do culto cristão é o Senhor Jesus, e não as ofertas.”

Cito alguns textos bíblicos, que refutam esse evangelho falso, que promete ao homem uma vida de prosperidade materialista, atiçando-lhe a ganância.

“Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam” (Mat.6.19,20)

“De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores. Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão”. (ITm 6.4-11)

“...Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece...” (Fl 4.11-13)

“...E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui. E propôs-lhe uma parábola, dizendo: A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância; E ele arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos. E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens; E direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga. Mas Deus lhe disse: Louco! Esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e näo é rico para com Deus...” (Lc 12.15-21)

O IBGE trouxe uma constatação chocante para a ideologia dos propagadores da teologia da prosperidade no Brasil... Foi comprovado, no último censo de 2006, que os evangélicos são os que mais contribuem com a sua religião, apesar disso, são os religiosos mais pobres do País. Ou seja, essa teologia na prática não funciona. Bem, com a palavra os pregadores da prosperidade!

Que possamos nos levantar e espremermos a ferida do pecado que tanto nos assola e traz a verdadeira miséria – a miséria espiritual que leva o homem ao inferno. (Cf. Is 1; ITs 5.23; Heb 12.14).

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A CONFIANÇA EM AMULETOS

Acreditamos que a fé das pessoas deva e tem que ser estimulada, mas da maneira bíblica (Rm 10.17). Infelizmente, vemos que nessa tentativa a “IURD” está usando um sistema não ensinado pela Bíblia. Sistema este cuja base é a troca da fé genuína, pela fé no visível e palpável. Nós, que somos protestantes, somos conhecidos por crer no Deus invisível e não aceitar o palpável (Jo 20.29). Como aceitar essa doutrina dos amuletos? Cornetas, espadas, sal grosso, arruda, rosa, enxofre e muito mais. Isso tudo é inaceitável, visto não ter bases bíblicas e nunca ter sido praticado pela Igreja primitiva. Devemos ter em mente o nosso verdadeiro alvo, a fé viva em Cristo Jesus, invisível, mas real (ITm 1.17).

“...fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé...” (Hb 12.2).

Esse desvio de alvo tornou-se tão sério que as pessoas da “IURD” precisam quase sempre de um objeto para que sua fé funcione. Certo dia encontrei um irmão, amigo meu, que lá congregava. Nesse nosso encontro ele mostrou-me uma corneta e tocou bem forte. Após isso me perguntou:

“Você sentiu?”

“Senti o quê?”.

“O poder” - disse ele.

Demonstrei na minha fisionomia que não havia entendido nada e então ele explicou-me:

“É uma corneta ungida e o pastor nos disse que tem poder, poder tão forte que expulsa até demônios.”

Chocado, eu lhe expliquei que só no nome de Jesus havia poder para tal (Mc.16:17) e que eu não sabia que a “IURD” estava dando aquilo para seus membros. Ele, um tanto chateado, disse:

“Dando não, eu paguei cem reais!”.

Depois dessa conversa, disse até logo e fui embora. Relatei esse fato para mostrar que se não for feito nada a coisa não vai ficar boa. Uma vez ou outra nos deparamos com estes amuletos dependurados nas casas dos seus membros.


NA MACUMBA O MATERIAL DE TRABALHO É DO DIABO – E NA IURD???

O próprio Bispo Macedo condena os macumbeiros por utilizarem esses ritos e objetos em seus cultos, diz ele: “O diabo, confundindo as pessoas, age com misticismo em rituais e com as oferendas que exige. Costuma usar o número sete, usado por Deus na Bíblia... sete charutos, sete galinhas...; pede trabalhos e, sete encruzilhadas, durante sete dias (olha a campanha aqui)... usam flores, cachaça, animais, velas, alimentos...” (Livro: Orixás, Caboclo & Guias – Deuses ou Demônios?”, Edir Macedo, Editora Universal, Ed. 2000, pg. 93)

A questão então seria: E a IURD, não usa flores, enxofre, sal, sabonete, pão do descarrego, fita de pulso...? Quer dizer, quando a Macumba usa, é o diabo que está confundindo as pessoas, mas e quando a IURD manda que os mesmos objetos sejam utilizados? Vejam a contradição desse movimento que crítica outro, mas faz identicamente o mesmo! É o axioma – A IURD se tornou igual a quem antes criticava.

O Senhor JESUS nos deu autoridade em seu nome contra todo o mal, e não ensinou ninguém a ficar usando amuletos mágicos e milagrosos. Não nos esquecendo que tais amuletos não são de graça, mas custam caros aos pobres coitados, vítimas do seu intrínseco misticismo.

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OVELHAS QUE NÃO CONHECEM SEU PASTOR

As ovelhas da “IURD” não conhecem os seus pastores; como vivem, se são casados e bons maridos, onde moram e o que faziam antes... Enfim, as ovelhas desconhecem quem está ministrando, pois são pastoreadas no estilo da impessoalidade.

É vetada às ovelhas da IURD a mesma dedicação que os irmãos de Beréia tinham ao examinar aquilo que lhes era ministrado. Quando o Apóstolo Paulo pregava aos irmãos na cidade de Beréia, eles tinham a liberdade de examinarem nas escrituras se estas coisas eram mesmo assim como era ensinado (Atos 17.10 e 11). Isto inclui a vida moral e social que Paulo tinha, pois como crer na palavra de alguém que eu nem sei quem é?

Não estou dizendo que se deva fazer uma investigação, chamar um detetive para saber da vida do pastor, mas a ovelha tem que saber pelo menos o básico da vida do seu líder espiritual. As ovelhas da IURD são como ovelhas que não têm pastor, pelo fato de não conhecê-los e não desfrutarem de uma comunhão sadia. A Bíblia nos orienta dizendo: “... a ovelha conhece o seu pastor” (Jo 10.4 e 14).

Poderíamos comparar a IURD a uma empresa ou a um Banco. Você reconhece que aquele homem, da mesa mais bonita, é o gerente. Sabe que aquele indivíduo está ali para te ajudar, mesmo que de maneira interesseira, pensando apenas nos dividendos que vai lucrar com você. O fato é que a pessoa não o conhece além do balcão do Banco ou da loja. O atendimento é impessoal e frio. Na ótica comerciária, o mais importante é que a transação mercantil seja devidamente realizada.

Será que é assim que a Igreja de Jesus deve ser pastoreada, como um negócio? Claro que não! Acreditamos que deve haver um relacionamento concreto entre as ovelhas e o pastor, pois foi isso que o Senhor Jesus, o supremo pastor, nos ensinou (Leia: Jr 3.15; Jo 10.4). Para justificar essa ação inadequada, os líderes da IURD arvoram dizendo que tal atitude é para firmarem os seus membros na denominação e não ao líder local. Isso só mostra a impessoalidade do estilo adotado pela IURD!

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BATIZAM AS PESSOAS VÁRIAS VEZES


“Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos” (Ef.4:4-6).

O batismo na Bíblia é simbolismo de morte e ressurreição com Cristo (Cl.2:12; Rm.6:4), por isso deve ser único. O Senhor Jesus morreu uma única vez por todos nós e não muitas vezes.

Quando eles praticam, o que poderíamos chamar de rebatismo, estão fazendo algo inócuo diante de Deus – algo sem valor: “Porque é impossível que os que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus, e os poderes do mundo vindouro, e depois caíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; visto que, quanto a eles, estão crucificando de novo o Filho de Deus, e o expondo ao vitupério”(Hb.6:4-6). Notem que o autor da carta “Aos Hebreus” deixa claro que Jesus morreu uma única vez e que todos nós devemos valorizar isso. Como? Não desprezando o nosso primeiro compromisso e valorizando o nosso batismo. Na “IURD” não são só as pessoas não salvas ou não cristãs que são batizadas, mas também todos aqueles que querem fazer um “novo voto com Deus”. Quando vemos aquela grande multidão a passar belo batismo nem imaginamos que lá no meio há um grande grupo de membros batizados em outras denominações e gente que já foi batizado ali mesmo na IURD. Sabemos disso, pois esta prática é comum a quem quiser ver. Só que isso é inaceitável, pois a Bíblia externa que há: “um só Senhor, uma só fé, um só batismo”. Não devemos brincar com a graça de Deus, batismo é coisa séria e deve ser único, caso contrário é zombaria ao nome do Senhor.

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A FAVOR DO ABORTO

Já faz alguns anos que o CACP tem denunciado as contradições da IURD. Mas agora, entendemos que o Bispo Macedo e a Rede Record foram longe demais. Em uma contextualização bíblica, podemos concluir que o ato de defender o aborto coloca a IURD como uma denominação religiosa apóstata, com requinte herético que supera até mesmo a Igreja Católica Romana!!! Pra se ter uma idéia do tamanho desse absurdo, não há registro de nenhuma facção religiosa no mundo que defenda o aborto como a IURD. Devido a isso, entendemos que qualquer pessoa que realmente entenda o que é ser cristão não deve pertencer a essa denominação anticristã e pró-aborto.


A Bíblia e o Aborto

No Antigo Testamento, a Bíblia se utiliza das mesmas palavras hebraicas para descrever os ainda não nascidos, os bebês e as crianças. No Novo Testamento, o grego se utiliza, também, das mesmas palavras para descrever crianças ainda não nascidas, os bebês e as crianças, o que indica uma continuidade desde a concepção à fase de criança, e daí até a idade adulta.

A palavra grega brephos é empregada com freqüência para os recém-nascidos, para os bebês e para as crianças mais velhas (Lucas 2.12,16; 18.15; 1 Pedro 2.2). Em Atos 7.19, por exemplo, brephos refere-se às crianças mortas por ordem de Faraó. Mas em Lucas 1.41,44 a mesma palavra é empregada referindo-se a João Batista, enquanto ainda não havia nascido, estando no ventre de sua mãe.

Aos olhos de Deus ele era indistinguível com relação a outras crianças. O escritor bíblico também nos informa que João Batista foi cheio do Espírito Santo enquanto ainda se encontrava no ventre materno, indicando, com isso, o inconfundível ser (Lucas 1.15). Mesmo três meses antes de nascer, João conseguia fazer um miraculoso reconhecimento de Jesus, já presente no ventre de Maria (Lucas 1.44).

Com base nisso, encontramos a palavra grega huios significando "filho", utilizada em Lucas 1.36, descrevendo a existência de João Batista no ventre materno, antes de seu nascimento (seis meses antes, para ser preciso).

A palavra hebraica yeled é usada normalmente para se referir a filhos (ou seja, uma criança, um menino etc.). Mas, em Êxodo 21.22, é utilizada para se referir a um filho no ventre. Em Gênesis 25.22 a palavra yeladim (filhos) é usada para se referir aos filhos de Rebeca que se empurravam enquanto ainda no ventre materno. Em Jó 3.3, Jó usa a palavra geber para descrever sua concepção: "Foi concebido um homem! [literalmente, foi concebida uma criança homem]". Mas a palavra geber é um substantivo hebraico normalmente utilizado para traduzir a idéia de um "homem", um "macho" ou ainda um "marido". Em Jó 3.11-16, Jó equipara a criança ainda não nascida ("crianças que nunca viram a luz") com reis, conselheiros e príncipes.

Todos esses textos bíblicos e muitos outros indicam que Deus não faz distinção entre vida em potencial e vida real, ou em delinear estágios do ser – ou seja, entre uma criança ainda não nascida no ventre materno em qualquer que seja o estágio e um recém-nascido ou uma criança. As Escrituras pressupõem reiteradamente a continuidade de uma pessoa, desde a concepção até o ser adulto. Aliás, não há qualquer palavra especial utilizada exclusivamente para descrever o ainda não nascido que permita distingui-lo de um recém-nascido, no tocante a ser e com referência a seu valor pessoal.

E ainda, o próprio Deus se relaciona com pessoas ainda não nascidas. No Salmo 139.16, o salmista diz com referência a Deus: "Os teus olhos me viram a substância ainda informe". O autor se utiliza da palavra golem, traduzida como "substância", para descrever-se a si mesmo enquanto ainda no ventre materno. Ele se utiliza desse termo para se referir ao cuidado pessoal de Deus por ele mesmo durante a primeira parte de seu estado embrionário (desde a nidação até as primeiras semanas de vida), o estado antes do feto estar fisicamente "formado" numa miniatura de ser humano. Sabemos hoje que o embrião é "informe" durante apenas quatro ou cinco semanas. Em outras palavras, mesmo na fase de gestação da "substância ainda informe" (0-4 semanas), Deus diz que Ele se importa com a criança e a está moldando (Salmo 139.13-16).

Outros textos da Bíblia também indicam que Deus se relaciona com o feto como pessoa. Jó 31.15 diz: "Aquele que me formou no ventre materno, não os fez também a eles? Ou não é o mesmo que nos formou na madre?"

Em Jó 10.8,11 lemos: "As tuas mãos me plasmaram e me aperfeiçoaram... De pele e carne me vestiste e de ossos e tendões me entreteceste".

O Salmo 78.5-6 revela o cuidado de Deus com os "filhos que ainda hão de nascer".

O Salmo 139.13-16 afirma: "Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste... Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado, e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe".

Esses textos bíblicos revelam os pronomes pessoais que são utilizados para descrever o relacionamento entre Deus e os que estão no ventre materno.

Esses versículos e outros (Jeremias 1.5; Gálatas 1.15, 16; Isaías 49.1,5) demonstram que Deus enxerga os que ainda não nasceram e se encontram no ventre materno como pessoas. Não há outra conclusão possível. Precisamos concordar com o teólogo John Frame: "Não há nada nas Escrituras que possa sugerir, ainda que remotamente, que uma criança ainda não nascida seja qualquer coisa menos que uma pessoa humana, a partir do momento da concepção".[1]

À luz do acima exposto, precisamos concluir que esses textos das Escrituras demonstram que a vida humana pertence a Deus, e não a nós, e que, por isso, proíbem o aborto. A Bíblia ensina que, em última análise, as pessoas pertencem a Deus porque todos os homens foram criados por Ele.

A prática do aborto sempre foi e continuará a ser condenada pela Igreja Cristã na figura de suas denominações sérias e verdadeiras, comprometidas com a Bíblia Sagrada e suas doutrinas, doutrinas que são imutáveis, não vulneráveis ao tempo e aos costumes de regiões! Esse repúdio não parte apenas de fundamentos bíblicos (aonde se tem inumeráveis contra a prática do aborto), mas também da boa ética e moral, tanto médicas quanto jurídicas. A imoralidade e promiscuidade que tomam conta do Brasil e do mundo não podem vitimar inocentes que não pediram para serem gerados!

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POLÊMICAS

(Tópico escrito por Afonso Martins em 1995)

“Jesus, porém, disse: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não estás pensando nas coisas que são de Deus, mas sim nas que são dos homens” (Mt 16.23).

Temos visto inúmeros escândalos que deturpam e envergonha o nome do Senhor Jesus, é claro que os servos de DEUS são perseguidos e injuriados, mas seria ridículo usar desta desculpa para encobrir os escândalos. No Congresso Nacional surgiu o pedido de CPI para investigar como a “IURD” se enriqueceu. Estima-se que seu faturamento gira em torno de 800 milhões de dólares, são comparados a uma empresa de grande porte como Pirelli e Alcoa (Veja - Ano 28/N 43). O ex-pastor Carlos Magno, afirmou que chegou a receber cerca de 40 mil dólares por mês por bonificações geradas pelas igrejas de sua responsabilidade, e podem receber algo em torno de R$ 5 mil por mês, mais percentual de acordo com o crescimento das ofertas. E aqueles que conseguem aumentar a arrecadação utilizando-se de várias campanhas, passam a ter seu trabalho recompensado também com aparições em programas de Rádio e TV (Vinde - Ano 3/n33). Tudo isto nos dá a entender que, para se crescer como pastor nesta denominação tem que se produzir, mas produzir o quê? Ovelhas? Não!, dinheiro mesmo, e muito dinheiro ! O ex-pastor Mário Justino, desta Igreja, recebeu asilo político do governo dos EUA, ao declarar-se ameaçado pela cúpula da denominação, ele escreveu o livro NOS BASTIDORES DO REINO fazendo graves denuncias contra líderes desta Igreja, inclusive escândalos sexuais e desvios de recursos oriundos das ofertas dos fiéis (Vinde).

Você já notou como eles têm o poder de abafar aqueles que saíram do seu reino? Onde se encontram hoje o bispo Renato Suet, o bispo Ronaldo Didini, e muitos outros que deixaram aquele reino. E o escândalo do chute na imagem da Aparecida? E muitos outros escândalos que dia a dia surgem e atrapalham aqueles que querem fazer a obra com sinceridade.

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FINALIZAÇÃO

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade” (Mt.7.21-23)

Assim, agora, dirijo-me às suas mentes, para que coloquem-na para funcionar e meditem com honestidade e atenção sobre todo o material deste breve estudo, a fim de que conheçam mais esse movimento heterodoxo e sectário.

Não é de estarrecer que um homem que se diga enviado de Deus pregue a matança de crianças pelo egoísmo materialista de seus pais? Sim, Este homem é o Bispo Edir Macedo, que agindo em favor da liberalização do aborto subverte o mandamento de Deus(cf. Dt 5.17) e reputa por nada os ensinos do cristianismo. No sentido teológico da palavra, ele não passa de um homicida!

Que Deus nos abençoe e nos livre dos lobos devoradores.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

As Pinturas de Leonardo da Vinci - De novo...




O canal Discovery Channel, ontem, apresentou mais uma descoberta.
Foi encontrado uma pintura de dois bebês (crianças) se beijando.
Depois, foi mostrado que os bebês eram os mesmos que apareciam em outro quadro, como Jesus e João Batista.
Ficou então, a insinuação de que o quadro pintado, representava Jesus Cristo beijando na boca João Batista, demonstrando assim, tendências homossexuais de ambos.
1) Beijo na boca não tinha conotações sexuais
O Jesus Cristo da Bíblia até poderia ter beijado na boca de João Batista, ou mesmo de Judas.
Beijo na boca, entre cidadãos da mesma classe social, era uma saudação praticada pelos persas.
Heródoto, no século 5 a.C., listou todos os tipos de beijos e seus significados entre persas e árabes, e o beijo na boca passou também a representar uma espécie de contrato entre o senhor feudal e o seu vassalo, significando como "dou minha palavra".
Os burgueses adotaram o beijo na face como sinal de saudação; os nobres usavam o beijo na boca para o mesmo fim, e somente no século 17 que os homens deram fim ao beijo na boca, o substituíram, então, por um abraço cerimonial.
Paralelamente, os religiosos substituíram o beijo na boca por beijo nos pés, o beijo nas mãos, chegando ao aperto de mão e ao abraço da paz.
2) Validade das pinturas de Da Vinci, ou de qualquer pintura
Essa talvez seja a questão principal.
Suponhamos que Da Vinci, Salvador Dali, ou qualquer outro pintor - tenha pintado Jesus Cristo como um sodomita, em meio a uma orgia homossexual, ou qualquer outra coisa abominável e profana - Que validade isso teria?
Só por que Da Vinci fez algumas pinturas no Vaticano, agora qualquer coisa que ele pinte, tem valor maior que o da Bíblia?
A fisionomia de Jesus, ou mesmo a de Maria, são conhecidas ao certo, para que se reclame?
3) Os Apócrifos são fábulas
Quando acusações infundadas como essas surgem, então são citados trechos de evangelhos apócrifos como sendo a prova.
Os apócrifos são verdadeiras "fábulas e estórias de velhas", que foram escritos para defender uma visão distorcida e grosseira do Evangelho verdadeiro, ou até mesmo, de homens profanos para satirizar o Evangelho de Cristo.
Conclusão:
Não ausência de acusações contra o Evangelho, toda a sorte de armadilhas são montadas, distorções históricas, uso de pinturas ou obras de arte sem valor nenhum, evangelhos apócrifos, conspirações absurdas, ou mesmo falsificações históricas.

Eclesiastes 6.3 é base para defender o aborto?




“Sou a favor do direito de escolha da mulher. Sou a favor do aborto, sim. A Bíblia também é.” (Bispo Edir Macedo)
O Bispo Macedo costuma usar essa passagem de Eclesiastes 6.3 para dizer que a tese da liberalização do aborto tem algum respaldo bíblico, vejamos esse texto em algumas versões:
“Se o homem gerar cem filhos, e viver muitos anos, e os dias dos seus anos forem muitos, e se a sua alma não se fartar do bem, e além disso não tiver sepultura, digo que um aborto é melhor do que ele”. (Almeida)
Mesmo que um home tem cem filhos e filhas, mesmo que viva muitos anos, se não aproveitou do que ganhou, nem deixou dinheiro suficiente para que seus filhos lhe dêem um enterro decente – acho que teria sido melhor para esse homem ter nascido morto. (Bíblia Viva – Ed. Mudo Cristão)
Veja o texto na Bíblia Linguagem de Hoje: "que adianta um homem viver muitos anos e ter cem filhos se não aproveitar as coisas boas da vida e não tiver um enterro decente? Eu digo que uma criança que nasce morta tem mais sorte que ele".
O livro de Eclesiastes é repleto de pensamentos alegóricos em que o homem é levado a pensar em seu fim, que é estar junto a seu criador. Neste caminho, o homem é confrontado com pensamentos melancólicos sobre o suor gasto no seu dia-a-dia, em seu trabalho, na vaidade de tantas ações humanas e que muitas vezes mais nos afastam que nos aproximam do Altíssimo. O dia-a-dia pode ser sufocante e é necessário que o homem, esta criatura amada infinitamente por Deus, tenha sempre à sua frente seu destino, seu rumo, seu Deus. O belíssimo texto em questão mostra o quanto à vida pode ser improdutiva mesmo que tantas vezes pareça a muitos que ela é bem-sucedida. Uma vida vazia é uma vida sem Deus, e o Eclesiastes mostra que quem não encontra a verdadeira felicidade - Deus – por mais que tenha trabalhado e lutado, sua existencialidade foi nula, como alguém que não viveu, como uma pessoa que nasceu morta.
Corrobora com minha exegese o Dr. Mattew Henry: Uma família numerosa era questão de entranhável desejo, e muita honra para os hebreus; uma vida longa é o desejo da humanidade em geral. Mesmo possuidor destas bênçãos, o homem pode não ser capaz de desfrutar suas riquezas, família e vida. Nesse contexto, tal homem, em sua passagem pela vida, parece haver nascido para nenhuma finalidade ou utilidade. O que nasceu e viveu alguns momentos tem uma sorte preferível ao que viveu muito, mas sem objetividade producente. (Livro “Comentário Bíblico”, Ed. CPAD).
Em síntese, a exegese do texto não fala nada da possibilidade de uma mulher optar pelo aborto. Somente na mente fértil do Bispo Macedo é que existe essa interpretação! Cabe a ele explicar, do alto da sua sapiência teológica, como um trecho como este pode ser utilizado para justificar o aborto.
A prática do aborto sempre foi e continuará a ser condenada pela Igreja Cristã na figura de suas denominações sérias e verdadeiras, comprometidas com a Bíblia Sagrada e suas doutrinas, doutrinas que são imutáveis, não vulneráveis ao tempo e aos costumes de regiões!

sábado, 17 de novembro de 2007

Onde Jesus esteve entre os doze e trinta anos?



Jesus dos 12 aos 30 anos
Num primeiro momento, a pergunta “O que fez Jesus dos doze aos trinta anos?” não parece oferecer nenhum problema. A curiosidade sobre este fato é normal. O problema começou quando certos grupos ligados ao movimento Nova Era pretenderam respondê-la utilizando fontes duvidosas.
Como sabemos, esse movimento rejeita toda a cultura judaico-cristã do Ocidente, logo rejeita também as Sagradas Escrituras como padrão de verdade religiosa e verdade histórica. Em seu lugar, abraça toda sorte de idéias, filosofias e doutrinas orientais, principalmente as hindus. Conseqüentemente, a figura que emergiu daí é completamente estranha ao Jesus, filho de Maria, apresentado nas páginas dos evangelhos.
Ao invés do carpinteiro de Nazaré, seguidor do judaísmo de sua época, foi pintado o quadro de um asceta hindu, viajante oriental, aluno de gurus e praticante de todo um misticismo que os cristãos jamais imaginaram fazer parte do comportamento de Jesus. Ele teria viajado ao Extremo Oriente, após o incidente no Templo de Jerusalém (Lc 2.46), e se iniciado nas doutrinas e práticas da Índia e do Tibete. Na verdade, os adeptos da Nova Era criaram um Jesus à sua própria imagem e semelhança, para que, assim, pudessem justificar todas as suas práticas ocultistas.
Como fez outrora o kardescismo, os novaerenses não poderiam também deixar de incluir Jesus (a quem chamam de Issa ou Isa, seu nome no Alcorão) em seu círculo. Qualquer movimento religioso que queira alcançar destaque no Ocidente terá de incluir Jesus de alguma forma em seu credo, nem que para isso seja preciso “criar seu próprio Jesus”. Mas apenas usar o nome ou a figura dele não é suficiente. Por isso, Paulo advertiu aos cristãos em Corinto: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo. Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis” (2Co 11.3,4).
Inconformados com o Jesus bíblico
O dr. Otto Borchet, em seu livro O Jesus histórico, fez um excelente comentário sobre as muitas tentativas históricas de distorcer a imagem de Jesus, conforme ela nos é fidedignamente mostrada por Mateus, Marcos, Lucas e João, testemunhas oculares e contemporâneas dele. “Indubitavelmente [...] cada geração que se aproxima da figura de Jesus novamente, tem tentado retificar essa imagem no que acha nela deficiente”.1 A verdade, porém, é que qualquer tentativa de acrescentar algo ao Jesus bíblico falha. Assim se dá com o Cristo da Nova Era. Acabam apresentando um Jesus totalmente às avessas do que é declarado na Bíblia. “A verdade é que a figura de Jesus, apresentada nos evangelhos, tem todas as características de um metal que resiste a todas as ligas. Qualquer coisa acrescentada a ela [...] mostra-se como substância estranha que não pode misturar-se no crisol”.2
De modos diferentes, em épocas diferentes, culturas diferentes têm tentado distorcer o Jesus simples dos evangelhos. O Jesus dos evangelhos apócrifos e o Jesus sem carne e osso, desprovido de matéria, dos gnósticos do primeiro século da era cristã foram uma reação da cultura daquela época, que se recusava a aceitar o Homem de Nazaré, exatamente como ele é. “Cada vez que o espírito de uma raça diferente entrou no espírito do evangelho, tentou manipular a figura daquele que é o Senhor dessa mesma história, algumas vezes a ponto de ela ficar deformada e irreconhecível”.3
Portanto, em nada nos espanta o fato de a invasão das religiões orientais no Ocidente ter levado muitos a alterar novamente as características do Senhor. Para tanto, esse movimento, encabeçado por adeptos da Nova Era, buscou utilizar-se de um período de silêncio biográfico sobre Jesus para tecer um amontoado de informações que, longe de acrescentar algo ao conhecimento dele, distorceu-o completamente.
Assim, sem quaisquer evidências, eles se baseiam em mistificações e boatos estranhos e duvidosos. O resultado só poderia ser alguém completamente estranho às características de Jesus, conforme nos é mostrado de forma tão clara nas páginas do Novo Testamento.
Documentos versus divagações
Entre as fontes que se propõem a contar o que ocorreu com Jesus entre os doze e os trinta anos está o que os adeptos da Nova Era chamam de “Arquivos Akáshicos” ou “Registros Akáshikos”, que, segundo eles, trata-se de um espaço invisível, simbolizado pelo éter, também conhecido como o reservatório cósmico de memórias individuais. Seria como uma espécie de “memória do Universo” para os esotéricos. Nesses registros, supõe-se estarem escritas todas as palavras, ações e pensamentos de todos os seres e de todos os indivíduos que já existiram ou existem no Universo. Eles afirmam que somente as pessoas iniciadas no esoterismo conseguem consultar essas informações.
Foi baseado nesses registros que Levi H. Dowling, ex-capelão do exército americano, escreveu o livro O evangelho de Jesus, o Cristo, para a era de aquário. Tal obra contém muitos relatos da peregrinação de Jesus (ou Issa) pelo Extremo Oriente. O capítulo 23 ressalta que Jesus esteve na Índia e “procurou aprender a arte hindu de curar, de modo que se tornou discípulo de Udraka, o maior dos curadores hindus”. Após aprender alguns conceitos sobre cura, Jesus teria baixado “a cabeça em reconhecimento pela sabedoria daquela alma superior e seguiu seu caminho”.4
O livro também diz que Jesus esteve em um templo em Lhasa, capital do Tibete, onde conheceu o grande sábio oriental Meng-tse, que o ajudou a ler os manuscritos antigos: “E Meng-tse abriu as portas do templo de par em par e todos os sacerdotes e mestres deram as boas-vindas ao sábio hebreu”.5
O grande problema com essas e outras passagens é que elas são estranhas ao que lemos sobre Jesus no Novo Testamento. Ele jamais curvou a cabeça ou teve qualquer atitude que lembrasse o misticismo hindu. Nem mesmo a História registra algum grande sábio oriental por nome Meng-Tse. Então, fica a pergunta: “Que credibilidade podemos dar às informações retiradas de um arquivo que ninguém pode ver? Alguém pode dizer que elas são confiáveis?”.
A coisa fica mais discrepante quando comparamos ambas as fontes de informações — as do Jesus bíblico e as dos registros atávicos. Pedro escreveu em sua segunda epístola: “Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade” (2Pe 1.16). Outrossim, Lucas comenta, na introdução de seu evangelho: “Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio, e foram ministros da palavra, pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio; para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado” (Lc 1.1-4).
Todos esses textos mostram que, ao lidarmos com o Novo Testamento, estamos mexendo com documentos históricos escritos por testemunhas oculares ou por investigadores que tiveram contato com essas testemunhas oculares. Isso está em aberto contraste com pessoas que dizem ter retirado suas informações de um suposto arquivo invisível, acessível apenas a um restrito grupo de pessoas exóticas.
Documentos fidedignos versus documentos duvidosos
Outra fonte que procura informar as atividades de Jesus dos doze aos trinta anos é descrita pelo jornalista russo Nicolai Notovitch, que teria, em 1887, quando então com 29 anos, conhecido o mosteiro budista de Hemis, em Ladakh, no norte da Índia. E lá, soube da existência de escritos tibetanos sobre um misterioso profeta chamado “Santo Issa” e que os dados sobre a vida desse Issa eram muito semelhantes aos dados da vida de Jesus de Nazaré. Segundo o jornalista, o reverendo abade do mosteiro budista traduzia e lia os escritos, às vezes incompletos, e ele, por sua vez, tomava nota de tudo.
Esses supostos escritos afirmavam que um adolescente de Israel com o nome de Issa tinha fugido de casa e chegado àquela região trazido por mercadores com o objetivo de se preparar espiritualmente. Os textos diziam ainda que esse suposto Issa foi discipulado nos mosteiros budistas e hindus.6
Antes de darmos crédito a tais relatos, seria bom compararmos documentalmente nossos evangelhos com as narrações do jornalista russo. Segundo o escritor Josh McDowell, existem hoje cerca de 24.000 cópias antigas do Novo Testamento, mais do que qualquer outro livro da antiguidade, as quais são suficientes para confirmar a historicidade de Jesus.7
Em nenhum lugar esses textos fazem qualquer referência à visita de Jesus ao Extremo Oriente ou apresenta qualquer ensino ou prática que lembrem os hindus e os budistas ou suas escrituras. Portanto, basear-se em um manuscrito obscuro, do qual até hoje ninguém, além de Nicolai Notovitch, tem conhecimento para saber quem é Jesus é algo fora de lógica. Seria o equivalente a abraçar boatos e a rejeitar documentos históricos.
A falácia essênica
Para termos uma idéia de quanto tem sido inútil procurar evidências do Jesus histórico fora da Bíblia basta citarmos o caso dos essênios. Em 1947, foram descobertos, junto ao Mar Morto, rolos de vários livros da Bíblia e outros escritos pertencentes a uma comunidade ascética, supostamente, os essênios. Os essênios eram praticantes de um tipo monástico de judaísmo e não tardou para que afirmassem que Jesus era essênio e que havia estado entre eles nos anos de silêncio de sua vida.
A questão dos contatos entre Jesus e a comunidade essênia foi abordada da seguinte forma: “...Mas um episódio específico assume aqui a sua significação: o da tentação. Mateus escreve que Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto para aí ser tentado (Mt 4.1). Ora, vimos que o deserto, sem outra indicação, parece, no meio em que estamos, designar a solidão dos essênios. Da mesma forma, o lugar tradicional da tentação é situado na região onde foram encontrados os manuscritos, um pouco ao norte de Qumran. Não é apenas o tema da tentação que nos leva a pensar nos monges de Qumran [...] a atitude de Cristo com relação às seitas judaicas, prolonga a de João Batista. Os essênios nunca são nomeados no evangelho, e a razão disso parece realmente ser que, para Cristo, eles correspondem aos ‘verdadeiros israelitas, aos pobres de Israel’”.8
Chegou-se a dizer que os documentos de Qumran abalariam os conceitos tradicionais do cristianismo, revelando fatos desconhecidos sobre Jesus e os primeiros cristãos que a Igreja Cristã havia mantido oculto.
Hoje, mais de meio século de pesquisas arqueológicas tem mostrado que não houve qualquer relação entre Jesus e os essênios. Tudo não passou de pura especulação de inúmeros céticos que continuam tentando, de alguma forma, negar ou distorcer a pessoa de Jesus Cristo. Até mesmo a mídia secular cita estudiosos que negam qualquer relação entre Jesus e os essênios: “Para alguns estudiosos, nada disso prova o vínculo entre Jesus e os essênios: não existe nenhum fato ou indício convincente, afirma o doutor em teologia e especialista em Novo Testamento, Archibald Mulford Woodruff, da Universidade Metodista de São Paulo. Há apenas relatos paralelos entre os manuscritos do Mar Morto e o evangelho, o que não chega a configurar uma influência essênia sobre Jesus”.9 Tudo não passou de um engano.
Jesus, o judeu de Nazaré da Galiléia
Quando lemos os relatos bíblicos da vida de Jesus, ficamos convencidos de que sua viagem à Índia, entre os doze e trinta anos, não passam de divagação de homens que querem transtornar o cristianismo, “deformando” a pessoa de Jesus para embasar seus ensinos.
Quando Jesus começou seu ministério, todos o identificaram como alguém de seu meio:
a) Filho do carpinteiro, irmão de Tiago, José, Simão e Judas (Mt 13.55);
b) Carpinteiro, filho de Maria (Mc 6.2);
c) Filho de José (Lc 4.22).
O epíteto “Jesus de Nazaré” ou “Jesus Nazareno” era um identificador de uma de suas principais características. Os apelidos, que funcionavam como sobrenome, geralmente eram dados de acordo com um fator importante que o distinguia de outra pessoa com o mesmo nome. Esse acréscimo ao nome, poderia ser a filiação, como, por exemplo, “Simão Bar Jonas”, isto é, filho de Jonas (Mt 16.17). Poderia ser de função como João, o Batista (Mt 3.1) ou Simão, o curtidor (At 10.6). Poderia ser de qualidade, como “Boanerges”, que significa “Filhos do Trovão”, como no caso de Tiago e João (Mc 3.17). Ou ainda poderia ser de lugares, como José de Arimatéia (Lc 19.38).
No caso de Jesus, todos o identificavam como sendo de Nazaré, pequena cidade da Galiléia. Em nenhuma parte dos evangelhos há qualquer menção, por menor que seja, que relacione Jesus a outra localidade geográfica. Se ele tivesse passado esses dezoito anos em outro lugar, não o teriam identificado com sendo de Nazaré, mas, sim, de outro lugar. E para concluir, Lucas 4.16 diz que ele foi criado em Nazaré.
Os ensinos de Jesus nada têm a ver com os ensinos do hinduísmo e do budismo. Para alguém que supostamente passou toda sua juventude na Índia, isto é estranho:
a) Jesus ensinava a ressurreição, não a reencarnação (Mt 22.29-32; Lc 16.19-31);
b) Jesus dizia que os seres humanos valem mais do que os animais (Mt 6.26);
c) Jesus cria em um único Deus (Mc 12.29-30);
d) Jesus comia carne de animais (Lc 24.40-44);
e) Jesus colocava os judeus como o principal povo (Jo 4.22).
Tudo isto está em explícito contraste com os ensinos do hinduísmo e do budismo.
Portanto, não há quaisquer evidências ou sinais, por menor que sejam, que indiquem que Jesus esteve na Índia. E se os evangelhos não são explícitos sobre o período da vida dele dos doze aos trinta anos, é porque esse período não foi o mais importante de sua vida. Mas homens que rejeitam o verdadeiro Cristo querem fazer o silêncio falar demais. Não se conformam com Jesus tal como Ele é e se apegam a um Jesus que não pode salvar.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Cabala




O termo vem do hebraico kabalah, e quer dizer “recebimento”, “aceitação”.A Cabala surgiu no século 200 a.c. como uma doutrina teológica, filosófica e metafísica dos hebreus que era transmitida de geração em geração.O vocábulo na língua portuguesa derivou de qabbalah, palavra que os árabes introduziram na Península Ibérica no século XIII e que já por essa época havia adquirido uma conotação diversa passando a referir-se à interpretação dos textos do Antigo Testamento.A Cabala foi sempre cercada de muito mistério e até mesmo superstição porque se utilizava de preceitos e especulações místicas e esotéricas como forma de obter uma compreensão mais acurada a respeito da natureza de Deus, do Universo, e do próprio homem.Os cabalistas encontravam na abundância de metáforas, alegorias e símbolos presentes nos escritos antigo-testamentários um campo fértil para as interpretações que visavam revelar seus significados ocultos.
Dois livros, o Sefer Ietzirah, o Livro da Criação, e o Sefer ha Zohar, são o baluarte da doutrina cabalista e representam, respectivamente cada uma das duas partes principais em que se divide essa doutrina.A primeira relaciona-se com o princípio de todas as coisas, com a gênese, buscando uma explicação simbólica para a criação.Já no Zohar, “luz”, “resplendor”,encontrava-se um sistema teológico e metafísico que buscava esclarecer a exata essência de Deus, definindo com isso o processo pelo qual Ele havia formado o universo.Com isso, os cabalistas julgavam também chegar a antecipar o futuro da alma humana.
Os cabalistas por volta do século III , quando foi escrito o Sefer Ietzirah, já se preocupavam com a manipulação das 22 letras e dos 10 algarismos formando 32 caminhos em direção à sabedoria, e aos quais atribuíam papel indispensável às suas especulações místico-filosóficas que contribuíram para a instituição da cabala prática.Esta, muitas vezes lançou mão da magia , nas interpretações numéricas e gramaticais resultados práticos que pudessem contribuir para os problemas cotidianos das comunidades judaicas.

Tumba de Maria

esse vídeo mostra a tumba de Maria,embora o resto do video seja adventista,más preste atenção no vídeo.