terça-feira, 29 de abril de 2008

Idolatria Evangélica



A confiança em amuletos!

Acreditamos que a fé das pessoas deve e tem que ser estimulada. Infelizmente, vemos que nessa tentativa certas igrejas estão usando um sistema não ensinado pela Bíblia. Sistema este cuja base é a troca da fé genuína, pela fé no visível e palpável. Nós, que somos protestantes, somos conhecidos por crer no Deus invisível e não aceitar o palpável (Jo 20.29). Como aceitar essa doutrina dos amuletos imposta por algumas denominações evangélicas? Cornetas, espadas, sal grosso, arruda, rosa, enxofre e muito mais. Isso tudo é inaceitável, visto não ter bases bíblicas e nunca ter sido praticado pela Igreja primitiva. Devemos ter em mente o nosso verdadeiro alvo, a fé viva em Deus, invisível, mas real (I Tm 1.17).

"...fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé..." (Hb 12.2).

Esse desvio de alvo tornou-se tão sério que as pessoas dessas igrejas precisam quase sempre de um objeto para que sua fé funcione.

Certo dia eu encontrei um irmão, amigo meu, que congregava em uma dessas igrejas. Nesse nosso encontro ele mostrou-me uma corneta e tocou bem forte. Após isso me perguntou:

- "Você sentiu?"

-"Senti o que?"

-"O poder", disse ele.

Demonstrei na minha fisionomia que não havia entendido nada e então ele explicou-me:

- "É uma corneta ungida e o Bispo nos disse que tem poder, poder tão forte que expulsa até demônios."

Chocado eu lhe expliquei que só no nome de Jesus havia poder para tal (Mc 16.17) e que eu não sabia que a igreja dele estava dando aquilo para seus membros. Ele, um tanto chateado, disse-me:

- "Dando não, eu paguei cem reais!".

Depois desse diálogo, disse até logo e fui embora. Relatei esse fato para mostrar que se não for feito nada a coisa não vai ficar boa.

Uma vez ou outra nos deparamos com estes amuletos dependurados nas casas de certos cristãos. Isso é lamentável!

Em outra ocasião fui chamado com urgência para acudir certa pessoa com problema de possessão - era a nora de uma irmã que freqüentava uma dessas igrejas. Ao chegar contemplei sua nora terrivelmente endemoninhada, mas o que mais me chocou não foi o estado de possessão em que se encontrava a moça e sim ao ver a irmã fazendo um exorcismo com um amuleto na mão. O amuleto era o chaveiro da denominação que ela freqüentava. Quando a indaguei sobre o que fazia, a mulher disse-me que o chaveiro era ungido e que o pastor tinha lhe dito que aquilo era poderoso até para expulsar demônio. Mostrei-lhe como era o certo e a aconselhei a jogar fora aquela "idolatria Evangélica".

O Senhor JESUS nos deu autoridade para expulsar o mal em seu nome, e não usar de amuletos e artimanhas. Não nos esquecendo que estes amuletos não são de graça, custam muito dinheiro e usurpam a glória de Deus.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Os quatro perigos das Testemunhas de Jeová



A organização Testemunhas de Jeová afirma ser o único grupo cristão verdadeiro em todo o mundo. Diz que todas as outras igrejas, sejam católicas ou protestantes, ensinam coisas erradas e que qualquer pessoa que não seja Testemunha de Jeová será destruída por Deus. Entretanto, os fatos mostram que esse grupo é uma seita enganosa. Aqui estão quatro razões pelas quais se deve evitar a organização Testemunhas de Jeová.


1. As Testemunhas de Jeová negam os ensinamentos centrais da Bíblia.


A ORGANIZAÇÃO TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGA QUE JESUS CRISTO É DEUS.

Em vez disso, ensinam que Jesus Cristo é um anjo criado. No entanto, a Bíblia ensina claramente que Jesus Cristo, o Filho, é Deus. Por exemplo, Hebreus 1:8 diz "Mas a respeito do Filho, Ele diz: o teu trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos séculos...". Muitos outros versículos também ensinam isso – João 1:1,14; 20:26-28; Atos 20:28; Romanos 9:5; Hebreus 1:3, 8-9; 2ª Pedro 1:1 etc.

AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGAM A RESSURREIÇÃO CORPORAL DE JESUS CRISTO.

Em vez disso, ensinam que Deus Pai eliminou o corpo de Jesus, dissolvendo-o em gases. As publicações das Testemunhas declaram: "Então, que aconteceu ao corpo carnal de Jesus? ... Deus removeu o corpo de Jesus ... assim como fizera antes com o corpo de Moisés", "o homem terrestre, Jesus de Nazaré, não mais existe".1

No entanto, a Bíblia ensina claramente que o corpo de Jesus foi ressuscitado, trazido novamente à vida. Por exemplo, Jesus diz, em Lucas 24:39: "Vede as minhas mãos e os meus pés. Sou eu mesmo! Apalpai-me e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho". Veja também João 2:19-21; João 20:26-28; 1ª Coríntios 15:6,14.

AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGAM QUE O ESPÍRITO SANTO É DEUS.

Em vez disso, ensinam que o Espírito Santo é uma "força" impessoal, como a eletricidade.

No entanto, a Bíblia ensina claramente que o Espírito Santo é Deus. Atos 5:3,4 diz: "Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo...? (...) Não mentiste aos homens, mas a Deus". Veja também — João 14:16,17; 16:13-15; Romanos 8:26,27; 2ª Coríntios 3:6,17,18; Efésios 4:30.


AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGAM QUE A SALVAÇÃO É UMA DÁDIVA GRATUITA DE DEUS.

Em vez disso, ensinam que a salvação só pode ser merecida ou conquistada por se unir à sua organização e trabalhar para a mesma. Esta é a única forma de escapar do juízo de Jeová, pois fora da organização não há possibilidade de salvação.2

No entanto, a Bíblia ensina claramente que a salvação não pode ser conquistada, vindo somente de forma gratuita e por iniciativa e misericórdia do próprio Deus. Efésios 2:8, 9 diz: "Porque pela graça sois salvos, através da fé ¾ e isto não vem de vós, é um dom de Deus; não pode ser obtido por obras, para que ninguém se glorie". Veja também — Romanos 4:1-4; Gálatas 2:16; Tito 3:5.

AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGAM A PUNIÇÃO ETERNA PARA O ÍMPIO.

Em vez disso, ensinam que os maus serão aniquilados e deixarão de existir.
No entanto, a Bíblia ensina claramente a punição eterna do ímpio. Mateus 25:41,46 diz: "Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos... E irão estes para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna". Veja também Mateus 18:8; 2ª Tessalonicenses 1: 8, 9; Apocalipse 14:10,11; 20:10,15.

AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGAM QUE OS SERES HUMANOS TÊM UM ESPÍRITO QUE EXISTE APÓS A MORTE.

Em vez disso, ensinam que, da mesma maneira que acontece aos animais, a vida de uma pessoa deixa de existir quando ela morre.

No entanto, a Bíblia ensina claramente que o espírito humano continua a ter uma existência consciente após a morte. 2ª Coríntios 5:8 diz: "Mas temos confiança, preferindo deixar este corpo e habitar com o Senhor". Veja também Lucas 16:19-31; Filipenses 1:23,24; Apocalipse 6:9-11.

AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ ENSINAM QUE A VIDA ETERNA NA PRESENÇA DE DEUS É SOMENTE PARA UM GRUPO SELETO.

Afirmam que a experiência do novo nascimento será restrita a um grupo de apenas 144.000 testemunhas de Jeová, e que somente estas poderão viver para sempre com Deus no céu; todas as outras testemunhas de Jeová ficarão na terra.

No entanto, a Bíblia ensina claramente que todos que põe sua fé em Jesus Cristo terão vida eterna na presença de Deus. A Bíblia se refere a esse grupo como uma "multidão inumerável". Apocalipse 7:9,15 diz: "Depois destas coisas olhei, e vi uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e perante o Cordeiro... estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no Seu templo...". Veja também João 3:15; 5:24; 12:26; Efésios 2:19; Filipenses 3:20; Colossenses 3:1; Hebreus 3:1; 12:22; 2ª Pedro 1:10,11.

AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGAM A NATUREZA TRIÚNA DE DEUS (A TRINDADE) E ENSINAM QUE SATANÁS INVENTOU A DOUTRINA DA TRINDADE.

Rejeitam todos os escritos que identificam Jesus Cristo como Deus, e o Espírito Santo como Deus.

No entanto, a Bíblia ensina claramente que o Filho e o Espírito Santo, assim como o Pai, são Deus (João 1:1; 20:28; 1ª João 5:20; Atos 5:3, 4). Mas ela também ensina de maneira clara e firme que há somente um Deus (Isaías 43:10; 44:6,8 etc.). Ensina que os Três são um – uma Trindade.

Não seria perigoso seguir uma organização que nega os ensinamentos centrais da Bíblia?


2. As Testemunhas de Jeová adulteram a Bíblia.


A organização Testemunhas de Jeová tem produzido sua própria versão fraudulenta da Bíblia. Esta versão é chamada de Tradução do Novo Mundo das Sagradas Escrituras. Ela contém vários versículos deliberadamente modificados, distanciando-se do original bíblico. Estas mudanças foram feitas para tentar esconder o fato de que o ensino das testemunhas de Jeová é antibíblico e falso.

Uma comparação entre a Bíblia e a enganosa
Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas

A Bíblia a enganosa Tradução do Novo Mundo

João 1:1 – "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus".

Esta é uma declaração evidente de que Jesus (o Verbo) é Deus. João 1:1 – "No princípio era a Palavra, e a Palavra estava , e a Palavra era [um] deus".
Esta mudança foi feita para apoiar a negação das testemunhas de Jeová de que Jesus é Deus.

Colossenses 1:16 – "Pois nele [Jesus] foram criadas todas as coisas... tudo foi criado por ele e para ele".

Este texto ensina que Jesus é o Criador de tudo, e como tal, não é, ele mesmo, um ser criado.

Colossenses 1:16 – : "Porque mediante ele foram criadas todas as [outras] coisas... Todas as [outras] coisas foram criadas por intermédio dele e para ele".
A palavra "outras" foi erradamente acrescentada a este versículo para apoiar o falso ensino das testemunhas de Jeová de que Jesus é, ele mesmo, um anjo criado.

Hebreus 1:8 – "Mas a respeito do Filho, disse: o Teu trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos séculos...".

Observe aqui que Jesus, o Filho, é chamado de "Deus" pelo próprio Deus, o Pai. Hebreus 1:8 – "Mas, com referência ao Filho: Deus é o teu trono para todo o sempre...".

A ordem das palavras foi alterada erradamente pela organização das testemunhas de Jeová para ocultar o fato de que, na Bíblia, Jesus, o Filho, é chamado de Deus.

Não seria perigoso seguir uma organização que adultera as Sagradas Escrituras?


3. As Testemunhas de Jeová têm uma história de profecias fracassadas.


Os líderes das testemunhas de Jeová afirmam falar por Deus Jeová com autoridade profética, mas eles têm feito muitas profecias que nunca se cumpriram. Por exemplo, predisseram que o Armagedon e o fim do mundo viriam em 1975. Para esconder mais esse fracasso, a maioria das testemunhas de Jeová de hoje em dia nega ter feito essa predição, ainda que se prove facilmente o contrário com sua própria literatura.3

A organização Testemunhas de Jeová também previu que o fim do mundo viria em 1914, 1915, 1918, 1925 e 1941, errando todas as vezes. Predisseram que Abraão, Isaac e Jacó seriam ressuscitados e voltariam à terra em 1925, o que evidentemente não aconteceu4.4 A Bíblia declara que profecia não cumprida é marca inequívoca dos falsos profetas (Deuteronômio 18:21, 22).

Não seria perigoso seguir uma organização com uma história de falsas profecias?


4. A organização Testemunhas de Jeová utiliza sua autoridade de forma abusiva.


Apesar de suas muitas profecias falsas, a organização Testemunhas de Jeová ensina que é a única religião verdadeira, e que somente seus membros são cristãos verdadeiros. Afirma que ninguém pode aprender verdades espirituais, senão com ela. Também ensina que só há salvação para quem se junta à sua organização, e que toda pessoa que não seja testemunha de Jeová será destruída no Armagedon. A organização Testemunhas de Jeová exige que seus membros obedeçam e aceitem, sem questionar, cada ordem e interpretação bíblica dada por meio dela.

Por exemplo, a organização Testemunhas de Jeová proíbe o uso de transfusões sangüíneas. Espera-se que as testemunhas de Jeová prefiram morrer ou deixar seus filhos morrer a quebrar essa ordem, ainda que a Bíblia, em parte alguma, proíba as transfusões de sangue ou sequer mencione que sejam erradas. Qualquer testemunha de Jeová que se atreva a desobedecer esta regra é ameaçada de ser destruída na chegada do Armagedon – o tempo do juízo final.

É assim que os líderes usam o medo e a intimidação para manter seus membros obedientes à organização. Os líderes das testemunhas de Jeová também têm utilizado suas predições em relação ao fim do mundo para colocar medo nos corações de seus seguidores.

Não seria perigoso seguir uma organização que utiliza sua autoridade de maneira abusiva?

Estes quatro pontos ilustram os perigos espirituais associados à organização Testemunhas de Jeová. Talvez você esteja se questionando: "Então, quais são as boas novas da Bíblia?" Os quatro pontos seguintes apresentam a você o resumo do verdadeiro evangelho de Jesus Cristo, conforme encontrado na Bíblia.


COMO ENCONTRAR PAZ COM DEUS


A mensagem da Bíblia pode ser resumida em quatro pontos simples:

1. Nossos pecados nos separam do Deus vivo e verdadeiro.

"Porque todos pecaram, e estão destituídos da glória de Deus" (Romanos 3:23).
"Porque o pagamento pelo pecado é a morte, mas a dádiva gratuita de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Romanos 6:23).

2. Não podemos salvar a nós mesmos, por nossos próprios esforços.

"Por isso ninguém será justificado diante dele pelas obras da lei; antes, pela lei vem o conhecimento do pecado" (Romanos 3:20).

"Ele nos salvou, não por obras de justiça praticadas por nós, mas pela Sua misericórdia, mediante a lavagem de regeneração e renovação pelo Espírito Santo" (Tito 3:5).

3. Jesus Cristo é o "remédio" providenciado por Deus para nosso problema: o pecado.

"Porque Deus amou ao mundo de tal maneira, que deu o Seu único Filho, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16).

"Pois Cristo padeceu uma única vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus" (1ª Pedro 3:18a).

4. Nós precisamos receber pessoalmente Jesus Cristo, por fé, em nossas vidas, para recebermos o perdão pelos nossos pecados e a vida eterna.

"Mas a todos os que O receberam, àqueles que crêem no Seu nome, deu-lhes o poder serem feitos filhos de Deus" (João 1:12).

"Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo" (Romanos 10:9).

Se estas verdades da Palavra de Deus têm tocado seu coração, você pode responder a elas agora mesmo, pedindo que Ele perdoe seus pecados e que lhe dê uma nova vida em Cristo. Esta simples oração a seguir poderá lhe servir de orientação sobre como expressar sua fé em Jesus Cristo para a salvação:

Oração

Deus Todo-poderoso e misericordioso, reconheço que tenho pecado contra Ti em minhas atitudes, em minhas palavras e em meus pensamentos. Careço de Tua justiça, e não posso salvar-me a mim mesmo. Obrigado por enviar Teu Filho, Jesus Cristo, que derramou seu sangue por mim. Peço-lhe que me perdoe por todos os meus pecados, e coloco minha confiança em Jesus Cristo, que morreu em meu lugar, e que se levantou dentre os mortos. Amém.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

A capa de Elias



Assembléia de Deus de Boston
Conselho de Doutrina e Comissão de Apologia CGADB repudiam modismos de Boston.
O Conselho de Doutrina e a Comissão de Apologia da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil (CGADB), presididos respectivamente pelos pastores Paulo Roberto Freire da Costa e Esequias Soares, reuniram-se mês passado em Campinas (SP) para elaborar manifesto repudiando os principais modismos que têm surgido especialmente em algumas igrejas brasileiras nos Estados Unidos, com repercussão no Brasil. O objetivo do manifesto é alertar o povo de Deus sobre ventos de doutrina advindos de Boston e que vão além da já propalada angelolatria, incluindo até o novo modismo da “unção da capa de Elias” (sic), que está se tornando comum em algumas igrejas brasileiras.
O estopim para a publicação deste parecer da Convenção Geral foi o lançamento do livro O Triunfo Eterno da Igreja, no final de agosto, de autoria do líder da Igreja do Avivamento Mundial Assembléia de Deus de Boston, pastor Ouriel de Jesus. Até então, o líder daquela igreja e seus seguidores insistiam em dizer que não estavam ensinando heresias, mas, muito pelo contrário, estavam sendo mal interpretados. Porém, com o lançamento do livro, toda essa argumentação caiu por Terra. A obra não só esposa os ensinamentos da igreja de Boston já difundidos, embora negados pela sua liderança, como também traz outras bizarrias teológicas, que chocam-se frontalmente com o ensino bíblico.
Os líderes da AD se preocupam ainda com a produção de modismos que surgem como subproduto das heresias de Boston. Um deles, que já está se tornando comum em algumas igrejas brasileiras, é a “unção da capa de Elias”. Alguns pregadores andam ensinando, baseados na passagem de 2 Reis 2.9-15, que se o crente quiser ser vitorioso em sua vida espiritual, deve receber a unção da capa de Elias. Tal unção repousaria sobre esses pregadores e poderia ser transmitida em série, bastando apenas que o pregador impusesse suas mãos ou jogasse seu paletó (que funcionaria como a tal capa) sobre seus ouvintes para que eles a recebessem.
Nessas sessões, algumas pessoas caem no chão, outras desmaiam e dizem ter “arrebatamentos”. O detalhe é que só o pastor da igreja ou o pregador podem despertar o “arrebatado” do seu transe, ninguém mais. As sessões da “capa” estão se tornando populares em alguns lugares e há até alguns “capistas” que estão fazendo novas versões desse modismo, onde a capa ou manto a ser recebido é invisível, pois seria “a capa de um anjo”.
Pastor José Wellington, líder da CGADB, analisa as razões pelas quais esses modismos infelizmente ganham terreno. Segundo ele, o relegar a Palavra de Deus e a ausência de avivamento são as principais causas. “Lamentavelmente, alguns perderam a visão do verdadeiro avivamento e estão criando os seus próprios meios para animar o povo, com marcas com e sem Jesus, cultos-show, recitais etc. Outros tentam o avivamento colocando atrás do pregador ‘abençoadas benzedeiras angelicais’, que invocam anjos. Tais métodos não apenas não produzem avivamento como também contrariam a Palavra de Deus”, afirma o líder.
Pastor Paulo Freire ressalta a importância de tal manifesto e condena esses novos modismos. “Precisamos combater esses modismos”, declara o líder.
Pastor Esequias Soares corrobora suas palavras, frisando a tal “unção da capa”. “Isso é uma invenção do homem e não uma doutrina, e está trazendo problemas para a igreja, porque a pessoa ora com imposição de mãos e quem recebe a oração tem de sentir um peso nas costas. Caso isso não aconteça, ela não recebeu a unção. É a mesma coisa ensinada no mormonismo, onde a pessoa precisa sentir um ardor no peito para ser abençoado, e se ela não sentir nada, ela não é fiel. Tudo isso não passa de pressão psicológica sobre as pessoas”, afirma o líder.
Parecer do Conselho de Doutrina e da Comissão de Apologia da CGADB
O avivamento de Boston e o livro O Triunfo Eterno da Igreja
Em 23 de agosto de 2003, a World Revival Church Assembly of God (Igreja do Avivamento Mundial da Assembléia de Deus), liderada pelo pastor Ouriel de Jesus, com sede na cidade de Boston, Estado de Massachussets (EUA), publicou um livro sob o título O Triunfo Eterno da Igreja, cujo lançamento se deu no mês de setembro.
Considerando que princípios doutrinários bíblicos foram seriamente feridos no referido livro, e considerando ainda a liturgia que vem aquela Igreja praticando sob o suposto “avivamento”, distanciando-se, em muito, da adotada pelas Assembléias de Deus em todo o mundo, membros do Conselho de Doutrina e da Comissão de Apologia da CGADB reuniram-se nos dias 12 a 17 de outubro de 2003 para avaliar não só o livro em foco, mas também o tal “avivamento” que está sendo pregado por aquela igreja, e emitir, em razão disso, o seu parecer.
A publicação do livro O Triunfo Eterno da Igreja marca a ruptura definitiva da World Revival Church Assembly of God com as Assembléias de Deus, em particular, e com as demais igrejas cristãs evangélicas, pois o livro se apresenta como a última revelação de Deus. Seu representante – o pastor Ouriel de Jesus – considera-se a si mesmo como possuidor de uma unção especial, acima de todos os homens. Considera todas as demais igrejas fora do padrão divino, além de emitir vários outros ensinos contrários à Bíblia. São ensinos inovadores, eivados de aberrações doutrinárias, que estão causando divisão no Corpo de Cristo.
As seitas nasceram sob revelações adicionais a líderes, que se consideravam possuidores de unção acima dos outros homens. Há nesse livro muitas características que aparecem também nas seitas.
Fundamentos falsos
O livro O Triunfo Eterno da Igreja (que passará a ser abreviado nesse texto como TEI) traz em suas Considerações do Pastor Ouriel de Jesus (pág 21) o seguinte depoimento:
“Registro aqui a minha perplexidade pela grandeza das revelações que tive a oportunidade de receber ao ter o privilégio de – juntamente com o Grupo de Oração em arrebatamentos de sentidos – adentrar à Sala das Escrituras para, juntos, lermos o livro que foi selado pelo profeta Daniel para o tempo do fim (Dn 12.4), que são, também, as coisas inefáveis que o apóstolo Paulo ouviu no Paraíso e não pôde dizer a sua geração (2Co 12.1-4), bem como o livrinho comido pelo apóstolo João (Ap 10.9-10)”.
O pastor Ouriel afirma que o conteúdo do seu livro é “o livro selado pelo profeta Daniel para o tempo do fim” (Dn.12.4), que é também “as coisas inefáveis” que o apóstolo Paulo ouviu no Paraíso “e não pôde dizer a sua geração (2Co 12.1-4)” e o “livrinho comido pelo apóstolo João (Ap. 10.9-10)”. Esse argumento é infundado e está baseado numa interpretação inventada que não resiste à exegese bíblica. O livro selado de Daniel é a parte apocalíptica do próprio livro do profeta Daniel, que conhecemos em nossa Bíblia. Quanto às coisas inefáveis ouvidas no paraíso por Paulo, nenhum registro deixa-nos a Bíblia para deduzir a revelação delas em qualquer tempo. Já o livrinho comido pelo apóstolo João trata-se de uma parte do livro selado com sete selos, que, após a abertura do último selo, aparece como “livrinho aberto” (Ap 10.2), e não selado.
A linha herética do TEI fica evidenciada nos subtítulos que aparecem na sua capa e que dão o tom de todas as supostas revelações. Se não, vejamos:
1) “Revelações do livro selado pelo profeta Daniel para o tempo do fim”
A referência de Daniel 12.1 e 4 trata-se de uma mensagem figurada de caráter antropomórfico – uso comum na literatura apocalíptica – que não pode ser interpretada com outro sentido senão o que lhe foi proposto. O livro acerca do qual Daniel está falando é apenas um modo figurado de falar e se refere a informações abscônditas que o profeta não tem condições de entender. Na literatura apocalíptica, um livro selado (Ap 5.1-3) indica uma questão que não pode ser revelada, ou que não pode ser entendida, embora possa ser lida (Is 29.11). Mais: a revelação divina transmitida a Daniel – e que o profeta não pôde entender – cobre um período específico na História; não ultrapassa este limite. Isto significa que qualquer interpretação literal do texto fere frontalmente à ciência da interpretação.
Não há aqui evidência alguma de um outro livro oculto no Céu, mas de uma ordem para se preservar e guardar a mensagem que Daniel recebeu para um tempo apropriado. Isso pode ser confirmado por qualquer expositor do Antigo Testamento ao longo da história do Cristianismo. O próprio Senhor Jesus Cristo deixou claro que isso já era de conhecimento dos judeus da sua geração (Mt 24.15). Portanto, a afirmativa de que o conteúdo do TEI é “o livro selado pelo profeta Daniel” é espúria, é de alguém imberbe, sem nenhum conhecimento dos fundamentos da exegese e da hermenêutica; são compreensões infantis, de cunho nostradâmico, e revela o despreparo teológico do autor.
2) “Revelações das coisas inefáveis que o apóstolo Paulo ouviu no Paraíso”
Com referência às palavras inefáveis que o apóstolo Paulo ouviu no Paraíso, encontra-se registrado em 2 Coríntios 14.4: “Foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, de que ao homem não é lícito falar”. Não há na descrição bíblica qualquer menção da existência de um livro. Além disso, o próprio texto sagrado afirma que ao homem não é lícito falar. No entanto o TEI acrescenta: “não pôde dizer à sua geração”, expressão que não se encontra na Bíblia. É, portanto, uma idéia sem sustentação bíblica.
3) “Revelações do livrinho comido pelo apóstolo João”
Relativamente ao livrinho que o apóstolo João comeu, assim se acha a descrição bíblica: “E fui ao anjo, dizendo-lhe: Dá-me o livrinho. E ele disse-me: Toma-o e come-o, e ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como o mel”, Ap 10.9. Há na interpretação exarada na obra do pastor Ouriel uma série de contradições relacionadas a esse “livrinho aberto”. Se trata-se de um livrinho aberto, logo nada há para ser revelado. Além disso, o ato de “comer um livro” indica dominar o seu conteúdo, recebendo-o no mais íntimo do seu ser.
Além disso, o suposto apóstolo João diz na página 51 da obra em tela, no seu primeiro parágrafo:
“Por essa razão, alegrei-me muito e me senti profundamente feliz e realizado ao saber que a Igreja do Cordeiro, nos dias de maior turbulência e angústia na Terra, viverá os melhores e maiores momentos da sua história, levará a término sua missão e conquistará todos os espaços em todas as áreas e segmentos da sociedade conforme o que está escrito no Livro Eterno, ao afirmar que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus”.
O contexto histórico do capítulo 10 de Apocalipse é escatológico. Trata-se aqui do período da Grande Tribulação. Já na página 354, penúltimo parágrafo, a obra afirma que o Arrebatamento da Igreja precederá à Grande Tribulação e isso se acha de acordo com o que cremos e pregamos. Como, então, a Igreja “viverá os melhores e maiores momentos da sua história?”
Unção especial
O TEI traz, logo na sua introdução, um teatro para exaltar o seu líder, na parte intitulada Considerações do Pastor Ouriel de Jesus, como se segue:
“O Céu se abriu e nós vimos e ouvimos o Pai dizendo ao Filho: ‘É hora de a Igreja ser tirada da Terra, pois não está conseguindo cumprir sua missão’, e Jesus Cristo, com um olhar de preocupação, não respondia palavra. Foi quando pudemos ver o Espírito Santo interceder pela Igreja pedindo ao Pai que lhe fosse dada mais uma oportunidade.”
“Foi no momento dessa experiência sobrenatural que eu disse a Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo que eu estava disposto a pagar o preço que fosse necessário para que um avivamento viesse sobre a Igreja ao redor da Terra.”
“Nesse momento, eu ouvi a voz do Pai de forma bem clara, dizendo: ‘O preço é muito alto. Você será caluniado. Vão tentar excluí-lo de sua denominação e vão persegui-lo muito e os seus próprios amigos o chamarão de herege’. Nesse momento, perguntei ao Pai: ‘Quais serão os benefícios de todo esse preço?’ Ele me respondeu: ‘Multidões de almas ao redor da Terra’. Então, eu disse a Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo que podiam contar comigo para o desafio desse grande e último avivamento do tempo do fim (págs. 21 e 22)”.
Com estas declarações – e não há como interpretá-las de outra maneira – o visionário, alegando ainda que esteve diante do Trono de Deus, coloca-se como a quarta pessoa na Deidade, impedindo o Arrebatamento da Igreja, postando-se como alguém capaz de fazer um trabalho que nem o Filho pôde fazer. Segundo ele, o Senhor Jesus, demonstrando-se preocupado, é censurado pelo Pai, quedando-se silente, sem qualquer resposta.
À luz da Bíblia essa invenção é blasfêmia, pois reduz a Divindade à condição humana. Além disso, nenhum personagem da Bíblia chegou diante do Trono de Deus e nenhum deles jamais falou diretamente com o Pai, com o Filho e com o Espírito Santo numa reunião. Aliás, não há reunião desse tipo descrita na Bíblia. Só na Vinda de Jesus veremos a Deus como Ele é (1Jo 3.2).
Jesus disse: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30). A Bíblia diz ainda: “O Espírito penetra todas as coisas, até as profundezas de Deus” (1Co 2.10). O texto do TEI afirma que o Filho permanecia calado, com preocupação, diante de uma censura do Pai. Isso é um ultraje à Santíssima Trindade, visto que os três são iguais em glória, poder e majestade (Mt 28.19; 1Co 12.4-7; 2Co 13.13; Ef 4.4-6).
O líder é apresentado no livro como “Anjo de Fogo”, com intimidade e convivência com as três Pessoas da Trindade e com os anjos, de modo que ele se coloca como alguém superior aos profetas e aos apóstolos da Bíblia. Coloca-se, sobretudo, como uma espécie de quarta pessoa na Deidade.
Revelação adicional como fonte de autoridade
A observação encontrada logo no início do livro de que o referido livro não pretende ser comparado à Bíblia, ou mesmo substituí-la, é desfeita ao longo da obra, com as prerrogativas que o TEI apresenta sobre si mesmo. Essa observação per si é suspeita. Desnecessário dizer que um determinado livro não é igual ou superior à Bíblia, pois todo o mundo tem ciência de que a Bíblia é um livro sui generis, inspirado e a única regra de fé e prática. Todavia, o TEI se coloca como revelação recebida de forma sobrenatural, diretamente de Deus, pelo autor do livro, juntamente com seus companheiros, vindo de uma suposta Sala das Escrituras no Céu, como literatura de caráter singular, cujas palavras são infalíveis para nortear as igrejas em toda a Terra. De fato, assim se acha registrado:
“Deste Livro, o qual foi recebido sobrenaturalmente por ele e pelo Grupo de Oração da World Revival Church Assembly of God entre outubro de 2002 e fevereiro de 2003” – (Prefácio, pág. 14).
“Literatura singular...feita de forma sobrenatural – do livro selado pelo profeta Daniel, comido pelo apóstolo João e das coisas inefáveis que o apóstolo Paulo ouviu no Paraíso acerca das quais não pode falar” (Prólogo, pág. 16).
“Ele nos falou diretamente acerca de profundos mistérios do Seu coração concernentes ao conteúdo deste Livro, bem como outros referentes a este grande e último avivamento do tempo do fim” (pág.19).
Como um livro com essas características não está reivindicando autoridade? A fé cristã está fundamentada exclusivamente nas Escrituras Sagradas (Is 8.20). Acrescentar algo à Palavra de Deus é pecado (Dt 4.2; 12.32; Pv 30.5-6; Ap 22.18-19). Os fundadores de seitas trouxeram revelações adicionais para os seus movimentos, como Maomé, Joseph Smith Jr., Allan Kardec, Ellen White, Charles T. Russell, Mary Baker Eddy, Reverendo Moon.
A autoridade dos profetas e apóstolos
O líder, subscritor de O Triunfo Eterno da Igreja, considera-se portador de uma unção acima de todos os homens, igual ou até superior a dos apóstolos do Novo Testamento, afirmando, ainda, que recebeu a mesma unção recebida pelo rei Davi. Em outras palavras, toda a raça humana deve prestar a ele a mesma obediência prestada à Bíblia. De fato, em seu livro se acham os seguintes registros:
“Eu, João, agradeço muito a Deus por saber que na eternidade estarei ao lado dos maiores apóstolos e profetas que farão, juntamente com o Pai, o Filho e o Espírito Santo, a Grande Colheita dos últimos tempos. Já me foi revelado que, nos últimos dias, o Pai escolherá um homem que será conhecido como ‘Anjo de Fogo’ e, juntamente com ele, será formado e discipulado pelo Pai, pelo Filho e pelo Espírito Santo, um grupo que será conhecido como apóstolos e profetas do grande e último avivamento” ( pág. 128).
“Pude vê-lo também trabalhando ao lado de um servo de Deus que será conhecido no mundo espiritual como ‘Anjo de Fogo’ devido à autoridade, à fé, à coragem, à ousadia e à unção que ele estará recebendo do Deus Altíssimo para ver a Terra ser envolvida pela glória do Senhor e pela abrangência que essa obra do tempo do fim alcançará, visto se tratar da última missão do arcanjo Jadiel, o qual, recebendo as ordens do Altíssimo, estará cumprindo a sua ultima missão com determinação e fidelidade absoluta” (pág. 338).
“Esse líder, o qual será o primeiro a receber a visão da grande obra do tempo do fim, assumirá sem restrição alguma o desafio com a ajuda do Altíssimo e introduzirá essa obra do tempo do fim em toda a Terra sem se preocupar com o preço a ser pago, com as renúncias que terá que fazer e com as perdas de amizades que terá ao se apresentar voluntariamente para introduzir e ver a grande obra do tempo do fim ao redor da Terra ser realizada com os seus frutos em abundância” (pág. 338).
“...ocasiões específicas, fui levado a uma tão intensa e profunda comunhão e intimidade com o Senhor, que recebi dEle essas revelações estando no Paraíso...” (pág. 342).
“E há de ser que, nos últimos dias, Eu levantarei um homem junto com os seus valentes. Da mesma forma que ungi Davi, Eu, o Espírito Santo, o ungirei, e do mesmo modo que ungi seus valentes, assim ungirei os valentes que estarão com ele e eles serão chamados de ‘a nova geração de apóstolos e profetas do Avivamento’ levantada para preparar o caminho como precursores da Volta de Cristo” (pág. 131).
Esse texto se parece com a profecia messiânica de Jeremias 23.5-6.
A suposta apostasia da Igreja
O TEI parece afirmar, como fazem as seitas (Mórmons, Adventistas do Sétimo Dia, Testemunhas de Jeová, entre outras), que a Igreja se apostatou no início do segundo século de nossa era, vindo a ser restaurada só em 14 de setembro de 2001. Isso essas seitas o fazem para dizer que todos aqueles que a elas não pertencem se acham em caminhos errados e necessitam se converteram à religião deles. No teatro forjado sobre a suposta reunião da Trindade, afirma o TEI que a Igreja não está cumprindo a sua missão na Terra.
“Felizmente, essa brecha foi imediatamente fechada no dia 14 de setembro de 2001 AD, com a chegada do grande e último Avivamento do tempo do fim” (pág.85).
“Devido às brechas abertas a começar a reinar no ano 101 da Era Cristã por descuido da liderança da época...” (pág. 249).
“Para os inimigos do grande e último Avivamento, essas revelações e manifestações trarão confusão, nervosismo, irritação e grande ira, pois não poderão crer, visto que o seu entendimento estará endurecido para tais maravilhas e manifestações, porém a Igreja ao redor da Terra desfrutará dessa dimensão até o arrebatamento” (pág. 124).
“Os santos do grande e último Avivamento serão rejeitados por líderes religiosos que não vão querer abrir mão de certos privilégios” (pág. 184).
“Essas ações anularão tradições, costumes, sistemas, resistências impostas pelos líderes que não entenderam e não aceitaram o propósito de Deus para a Sua Igreja no derramamento do Espírito Santo nesse tempo do fim, bem como não entenderam o tempo da visitação de Deus nos últimos dias: o tempo do grande e último Avivamento do tempo do fim” (pág. 237).
O Senhor Jesus Cristo garantiu que as portas do inferno não prevaleceriam contra a Igreja (Mt 16.18). A Bíblia diz ainda: “A esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém!”, Ef 3.21. Não é verdade, pois, que a Igreja não está cumprindo sua missão na Terra.
Sobre os anjos
O TEI apresenta um número considerável de “mistérios de Deus” ou “segredos ocultos”. Além disso, defende manifestações exageradas de anjos. Tudo leva a crer que o livro tem o propósito de promover o líder da Igreja em Boston, com o seu grupo, e legitimar o exagero dos anjos no seu movimento.
Comportamento que se identifica perfeitamente com os gnósticos dos dois primeiros séculos da Era Cristã, os quais fundamentavam sua crença nos “mistérios de Deus” e na teoria da emanação, o “culto dos anjos”, questões feridas pelo apóstolo Paulo em Colossenses 2.18.
O TEI revela ainda a existência de anjos extra-bíblicos, como Elifelete e Jadiel (pág. 337). É verdade que a Bíblia não revela tudo o que aconteceu no período bíblico e nem tudo o que está no Céu, mas o compromisso do cristão é com o que está escrito (1Co 4.6).
Conclusão
No conteúdo da obra examinada, como exposto, há previsões exageradas e repetitivas em torno do movimento que vem ocorrendo em Boston, EUA, sob a liderança do pastor Ouriel de Jesus.
As palavras provindas do “Trono” (no dizer do líder do livro), de que o preço a ser pago é muito alto (será caluniado, excluído da sua denominação, chamado de herege pelos próprios amigos), são uma exteriorização do que se acha instalado no seu íntimo. É a chamada “síndrome de perseguição”. Com receio de que suas visões não serão aplaudidas, nem muito bem recebidas, pelos que se acham atentos às profecias bíblicas para os últimos dias, já previamente faz a sua defesa. Aliás, é comportamento esposado por todos os implantadores de seitas. De outro lado, em todo o livro e na descrição das suas visões, o indigitado líder deixa transparecer a teomania de que se acha tomado.
Em face de todo o exposto, é do parecer do Conselho de Doutrina e da Comissão de Apologia da CGADB, que o pastor Ouriel de Jesus, uma vez que se acha vinculado à Igreja no Brasil, propor à Mesa Diretora da CGADB convocá-lo para justificar seu comportamento destoante da doutrina bíblica pregada pela Igreja, bem assim se retrate das aberrações doutrinárias registradas no livro O Triunfo Eterno da Igreja, por ele subscrito.
Pastor Paulo Roberto Freire Costa
Presidente do Conselho de Doutrina
Pastor Esequias Soares
Presidente da Comissão de Apologia
Mesa Diretora da CGADB comunica o desligamento do Pr. Ouriel de Jesus e da AD em Boston - EUA
A Mesa Diretora da CGADB esteve reunida nesta quarta e quinta na sede da Convcenção geral, no Rio, para deliberar sobre diversos assuntos pendentes desde a última reunião, principalmente sobre os acontecimentos advindos de Boston, nos Estados Unidos, sobre o comportamento e práticas usadas pela "World Revival Church", liderada pelo Pr. Ouriel de Jesus.
De acordo com os últimos acontecimentos ocorridos naquela igreja, principalmente do lançamento do livro "O Triunfo Eterno da Igreja", onde o referido pastor alega ter recebido de Deus as revelações do "Livro selado por 7 selos", do "Livrinho comido por João" e das "Coisas inefáveis vistas por Paulo no paraíso", o presidente da CGADB, Pr. José Wellington Bezerra da Costa, solicitou pareceres da Comissão de Apologética e do Conselho de Doutrinas da CGADB, os quais repudiaram tais afirmações e as práticas liturgicas daquela igreja. Estes pareceres foram publicados no Jornal Mensageiro da Paz n° 1422 - Novembro/2003.
Nesta quarta-feira, 29/10/2003, a Mesa Diretora da CGADB homologou o desligamento do Pr. Ouriel de Jesus do rol de ministros da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil

sábado, 29 de março de 2008

Eutanásia Espiritual

Quando uma igreja adota o modelo "Orientado por Propósitos" do Movimento de Crescimento de Igrejas, seus líderes tornam-se determinados a forçar o afastamento dos membros que questionam as premissas da metodologia. Algumas vezes, essa "eutanásia" de membros antigos torna-se brutal e nada cristã.
Rick Warren associou-se a um místico de Nova Era para ajudá-lo em seu programa de treinamento de líderes na Igreja da Comunidade de Saddleback.
"Muitas vezes, a verdade de uma matéria encontra-se exatamente na direção oposta à indicada pela retórica pública".
A Cutting Edge prega essa realidade desde novembro de 2001, quando observamos a incrível campanha de propaganda que abruptamente foi iniciada após os ataques de 11/9/2001. Escrevemos um artigo sobre esse assunto (N1558), baseado unicamente no conceito da propaganda política. Entretanto, desde a publicação daquele artigo, viemos a perceber que a enganação mais incrível que está ocorrento em todo o mundo atualmente é a enganação espiritual.
Essa enganação espiritual está tomando muitas formas durante este período do fim dos tempos, incluindo a promoção do catolicismo romano como a única igreja cristã genuína, a promoção do reverendo Sun Myung Moon como um legítimo líder espiritual (uma figura messiânica para muitas pessoas), e o modelo "Igreja com Propósitos", de Rick Warren.
Um dos pontos-chave de ênfase na 'Igreja com Propósitos' é sua natureza "sensível ao buscador". Em outras palavras, é dada uma tal ênfase em "atender às necessidades das pessoas" que gente de todas as classes e segmentos sociais estão se encaminhando para esse tipo de igreja. Dezenas de milhares de igrejas de denominações tradicionais estão adotando esse programa, porque ele ajuda a atrair mais pessoas às igrejas!
E por que não atrairia as pessoas assim? Afirmando ser cristão e escrevendo em uma linguagem cristã, o movimento "Orientado por Propósitos" leva as pessoas a acreditarem que receberam a Jesus Cristo e que irão para o céu, repetindo uma oração que deixa de lado a noção do pecado individual inerente, o arrependimento dos pecados e a expiação pelo sangue de Jesus Cristo derramado na cruz.
Essa oração da salvação leva a pessoa a dizer: "Jesus, em ti eu creio e te recebo." (Uma Vida com Propósitos", pg 53).
Eu pessoalmente fui a uma igreja no modelo Orientado por Propósitos em Charleston, na Carolina do Sul, e ouvi uma apresentação sobre a salvação que não fez qualquer menção do pecado pessoal ou do arrependimento dos pecados! O sangue de Jesus como expiação pelo pecado também não foi mencionado.
Não somente essa oração não é uma genuína oração para a salvação, mas representa "outro evangelho". O apóstolo Paulo pregou uma grande e solene advertência contra qualquer um que anunciar "outro evangelho" [Gálatas 1:6-9] Paulo declara que qualquer um que pregar um evangelho falsificado deve ser "amaldiçoado" A palavra que Paulo usou nessa passagem é o item 331 na Concordância de Strong, que significa literalmente:
"Sem esperança de ser redimido" - Greek and Hebrew Dictionary, Strong.
"Uma pesoa ou coisa condenada para a destruição" - Greek and Hebrew Dictionary, Strong.
"Um homem amaldiçoado, destinado às piores aflições." - Greek and Hebrew Dictionary, Strong.
Milhões de pessoas estão comprando esse "outro evangelho", acreditando que estão salvas e indo para o céu! Quando comparecerem diante do Grande Trono Branco do Julgamento, perceberão, tarde demais, que foram enganadas e estão prestes a serem lançadas no lago de fogo por toda a eternidade.
O fato triste que torna essa "Oração de Salvação" inútil é que ela não força a pessoa a confrontar sua natureza pecaminosa inerente, nem requer que sejam levadas ao verdadeiro arrependimento (o que significa dar uma volta de 180 graus em sua vida), e não requer que o penitente confie plenamente no sacrifício de Jesus na cruz. Sem que esses elementos sejam corretamente tratados e aceitos pelo pecador, a salvação não é possível.
Portanto, sob o disfarce de "atender as necessidades das pessoas", e "equipar os santos, assistindo o oprimidos e destituídos", o Movimento Igreja com Propósitos está na verdade negando aos seus seguidores uma das maiores necessidades do ser humano - sua salvação eterna! Saber que você é salvo, que está no caminho para o céu e que nunca terá de enfrentar seus pecados na eternidade, é o conhecimento que produz uma profunda alegria no coração do verdadeiro salvo.
Forçando as Pessoas a Saírem da Igreja - "Eutanásia Espiritual"
Mas há mais horror nesta história. Nâo somente esse movimento nega a uma pessoa uma eternidade no céu (a maior "necessidade" dela), mas os líderes forçam os dissidentes a se desligarem da igreja que está no processo de se converter para o modelo "Orientado por Propósitos". Em vez de ouvir os "resistentes" e considerar o ponto de vista deles, os líderes da igreja estão forçando essas pessoas a se desligarem da comunhão, embora alguns tenham sido membros e contribuintes fiéis há várias décadas.
Vamos revisar alguns exemplos específicos em que membros dissidentes sofreram "eutanásia espiritual" - foram levados a se desligarem de suas igrejas". Essa informação foi tirada de uma mensagem de correio eletrônico que recebi em 26 de abril de 2005. Sundquist é o autor do livro sucesso de vendas Who Is Driving The Purpose Driven Church?, que pode ser adquirido em nossa livraria.
Alguns dias atrás, fui entrevistado no programa Crosstalk, da rádio VYC America, a respeito de meu livro Who Is Driving The Purpose Driven Church?, e que ouvintes de todo o país ligaram para a rádio para dizer que tinham sido forçados a se desligar ou foram marginalizados em suas igrejas por questionarem ou se oporem ao livro e à campanha Uma Vida com Propósitos. Um santo já idoso do Texas ligou para dizer que estava muito aborrecido com um boletim recente do Baptist Standard pois um oponente de Rick Warren tinha sido severamente injuriado. Aquilo foi realmente representativo das milhares de ligações e mensagens de corrreio eletrônico que a VCY America recebeu quando o autor Warren Smith foi entrevistado a respeito de seu livro Deceived on Purpose. Investiguei os ensinos de Rick Warren por vários anos e milhares de horas. Assim, nesse sentido, eu o convido a considerar e ser informado das seguintes atualizações sobre os frutos dos ensinos de Rick Warren e como ele está treinando os pastores e igrejas para lidarem com os que ele chama de 'resistentes'... a maior parte da mídia, e até mesmo a mídia cristã, dá a Rick Warren liberdade total para expor seus ensinos.
Rick Warren na verdade fala sobre como se livrar dos "resistentes" ao seu programa "Orientado por Propósitos"! Em vez de tratar os dissidentes com amor e respeito, ele simplesmente advoga que uma igreja que esteja se convertendo para esse programa remova essas pessoas do rol de membros. A seguir estão alguns dos frutos específicos que James Sundquist revelou que estão fluindo desse plano draconiano.
Acabo de receber uma carta de Carol, do Canadá, sobre uma igreja da Aliança Cristã e Missionária que acaba de colocar para fora 65 membros que se opuseram à metodologia de Rick Warren e à sua "Nova Reforma". Aparentemente, o pastor disse que qualquer pessoa com mais de 65 anos não seria mais bem-vinda."
Essa situação está se tornando tão séria que James Sundquist criou um poema parafraseando o poema do reverendo Martin Neimoeller, escrito em 1945, que tentou explicar por que tão poucos cidadãos alemães ergueram a voz para protestar contra o genocídio iniciado por Adolf Hitler, que muitos sabiam em seus corações que estava ocorrendo. Vamos iniciar com o poema de Neimoller:
Na Alemanha, os nazistas vieram primeiro em busca dos comunistas, e eu não protestei porque não era comunista.
Em seguida, vieram em busca dos judeus, e não protestei porque não era judeu.
Em seguida, vieram em busca dos sindicalistas, mas não protestei porque não era um sindicalista.
Em seguida, vieram em busca dos católicos, mas não reclamei porque era protestante.
Então eles vieram atrás de mim, e neste tempo não restava mais ninguém para protestar por mim."
(Rev. Martin Neimoller, pastor luterano alemão. O rev. Neimoeller foi preso pela Gestapo por se opor a Hitler e foi enviado para o Campo de Dachau em 1938; ele foi libertado pelas Forças Aliadas em 1945.)
Agora, veja à adaptação de Sundquist desse poema para se aplicar à "Eutanásia Espiritual" realizada pelo Movimento da Igreja com Propósitos.
"Primeiro, vieram atrás dos 'resistentes' e dos 'pilares' da Igreja Reformada de Brunswick, em Ohio, por que se opunham ao modelo da Igreja e da Vida com Propósitos, mas não protestei porque não era membro da Igreja Reformada da América."
(Nota: Mac Dominick, da Cutting Edge, o autor do novo livro Outcome-Based Religion: Apostasy, Purpose, and the Paradigm Shift, e do DVD e do VHS de mesmo nome, menciona esta definição de Rick Warren de um 'pilar' da igreja: Em vez de definir 'pilar' como um líder firme e confiável da igreja, Rick Warren define 'pilar' como 'alguém que segura as coisas no alto'.)
Em seguida, vieram atrás de uma senhora que era uma anciã na fé, membro da Primeira Igreja Batista de Dallas desde 1956, fazendo-a sair aos gritos, com eutanásia espiritual e comportamento agressivo e descortês, e a intimidação de sete advogados, por que ela se opunha à transformação do Centro Criswell em um centro de entretenimento Orientado por Propósitos. Mas não protestei porque eu não era uma viúva.
Em seguida, levaram a julgamento duas famílias na Igreja Batista do Vale, em Lakeland, Minessota, mas não protestei, porque não era membro da Convenção Batista Geral."
Em seguida, vieram atrás de 165 membros da Igreja Batista Gardendale, em Corpus Christ, Texas, e fizeram que saíssem da igreja, mas não protestei porque não era um batista sulista.
Finalmente, um irmão protestou e tentou advertir a Comunhão Cristã de Eugene por que terem aderido ao movimento Orientado Por Propósitos, mas ameaçaram entrar com ação judicial contra ele e disseram-lhe para deixar de importuná-los. Mas não protestei por medo de ser acusado de importunação ou de ser processado por uma igreja.
Em seguida, um repórter de notícias de uma grande rede cristã de rádio fez soar o alarme sobre esse perigo claro e atual. Eles divulgaram o assunto, mas receberam um número recorde de ligações de ouvintes irados que rangiam seus dentes, de modo que o assunto foi censurado no serviço de notícias da mídia impressa Agape Press.
Depois, outro irmão em outro ministério de rádio cristão transmitiu o testemunho de cristãos que foram colocados para fora de suas igrejas em diversos pontos do país, mas a emissora ameaçou tirar o programa do ar se ele voltasse a dizer qualquer coisa má sobre Rick Warren. Mas não protestei porque tinha amigos e familiares que trabalhavam para uma organização que promovia o modelo Igrejas com Propósito, ou eram membros de igrejas Orientadas por Propósitos e eu não queria perder o relacionamento com eles.
Em seguida, vieram atrás de um grupo grande de membros da igreja da Nova Esperança, em Bend, Oregon. Mas não protestei porque não era membro da denominação Igreja Evangélica ou da Associação Nacional dos Evangélicos.
Em seguida, vieram atrás de um carpinteiro e de sua mulher na Igreja da Comunidade do Calvário, em Phoenix, Arizona, com a polícia e o xerife e os acompanharam para fora das dependências da igreja por tentarem expor as obras das trevas e os ensinos de Rick Warren e disseram-lhes que se voltassem, seriam levados presos. Mas não protestei porque não era membro da denominação Capela do Calvário.
Então vieram atrás de mim, e agora não restava mais ninguém que protestasse em meu favor, porque todas as igrejas no país já aderiram ao modelo Orientado por Propósitos e ao Plano Global P.E.A.C.E.
Essas táticas agressivas não são um bom fruto espiritual e também não têm base bíblica. A Bíblia diz "Sai dela, povo meu" e "Separai-vos", mas essas admoestações são para os indivíduos que se encontram de repente no meio de igrejas apóstatas e falsas, para que saiam dessas igrejas; não são um padrão para as igrejas expulsarem os membros que discordam do programa Orientado por Propósitos.
Assim, esse movimento Orientado por Propósitos está cometendo "Eutanásia Espiritual" com os membros das igrejas que aderem a esse nefasto sistema, outro "mau fruto espiritual" proveniente desse movimento. Mas, a profecia bíblica nos adverte a esperar a apostasia espiritual (o afastamento da doutrina bíblica) no fim dos tempos. Veja:
"Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição." [2 Tessalonicenses 2:3]
Literalmente, essa passagem significa que todo líder cristão falso e apóstata está abrindo a porta para o aparecimento do Anticristo. Sem esse tipo de apostasia, o Anticristo não poderia aparecer na cena mundial. Embora a igreja cristã tenha visto apostasias vindas de muitas frentes, nada se alastrou de forma tão rápida quanto esse modelo de Igrejas com Propósitos.

segunda-feira, 24 de março de 2008

A Ressurreição de Jesus





Espiritismo kardecista e Espiritismo Cristão são a mesma coisa. Difícil mesmo é encontrarmos, nesse sincretismo proposto, algo que possa conciliar Cristianismo e Espiritismo.
Surpreende qualquer um o fato de não haver Allan Kardec feito qualquer menção à ressurreição de Jesus, no seu livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. Ora, a ressurreição de Jesus é doutrina fundamental do Cristianismo. Se Ele não tivesse ressurgido dos mortos, então não seria o Messias prometido, e suas palavras não teriam nenhum sentido. Também no Livro dos Espíritos os “espíritos” nada dizem a respeito desse assunto importantíssimo para a comunidade cristã.
Ao contrário, o codificador da doutrina espírita manifesta sua incredulidade quanto à possibilidade de um corpo morto voltar à vida, quando declara que ...”a ressurreição dá idéia de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a Ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde muito tempo dispersos e absorvidos” (E.S.E. cap. IV, item 4). Com essas palavras o Espiritismo descarta a possibilidade da ressurreição de Jesus.
O Espiritismo Cristão ou Kardecista deveria aceitar como verdadeiras, por óbvias razões, todas as palavras de Jesus. Quem afirmou isso foi o próprio Kardec ao dizer que Jesus foi a Segunda Revelação de Deus; que Jesus foi um Espírito Puro, que veio à terra com a missão divina de ensinar aos homens. Tais virtudes e títulos colocam Jesus numa condição de insuspeito em tudo aquilo que nos revelou. Então, vejamos o que Jesus e os evangelistas disseram sobre o assunto:
“Mas, depois de eu ressuscitar, irei adiante de vós para a Galiléia” (Palavras de Jesus, Mt 26.32).
“Desde então, começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia” (Palavras do evangelista, Mt 16.21).
“E o entregarão aos gentios para que dele escarneçam, e o açoitem, e crucifiquem, e ao terceiro dia ressuscitará” (Palavras de Jesus, Mt 20.19).
“Derribai este templo, e em três dias o levantarei” (Jesus, Jo 2.19).
“Quando, pois, ressuscitou dos mortos, os seus discípulos lembraram-se de que lhes dissera isso” (Evangelista, Jo 2.22).
“Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como tinha dito. Vinde e vede o lugar onde o Senhor jazia. Ide, pois, imediatamente, e dizei aos seus discípulos que já ressuscitou dos mortos: (Mt 28.6-7).
Além desses registros, dentre outros, que comprovam a predição e o cumprimento da ressurreição de Jesus, outras passagens mostram que Ele falou sobre uma futura ressurreição: “Os que fizeram o bem sairão [dos sepulcros] para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação” (Jo 5.28-29; 6.39-40, 44,54). A Ressurreição coletiva ensinada por Jesus é detalhada por Paulo em 1 Tessalonicenses 4.16: “Os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro”(v.1Co 15.23); e em Apocalipse 20.4-5, 12-13, que corroboram o ensino da ressurreição coletiva, no Juízo. Tais afirmações são sintetizadas em Hebreus 9.27: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação”.
No livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo VI-5, Kardec registrou a palavra de um “espírito”, que diz ser Jesus, nos seguintes termos: “Venho, como outrora aos transviados filhos de Israel, trazer-vos a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como o fez antigamente a minha palavra, tem de lembrar aos incrédulos que acima deles reina a imutável verdade: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinem as plantas e se levantem as ondas. Revelei a doutrina divinal... Mas, ingratos, os homens afastaram-se do caminho reto e largo que conduz ao reino de meu Pai e enveredaram pelas ásperas sendas da impiedade. Meu Pai não quer aniquilar a raça humana; quer que, ajudando-vos uns aos outros, mortos e vivos, isto é, mortos segundo a carne, porquanto não existe a morte, vos socorrais mutuamente, e que se faça ouvir não mais a voz dos profetas e dos apóstolos, mas a dos que já não vivem na Terra, a clamar: Orai e crede! Pois que A MORTE É A RESSURREIÇÃO, sendo a vida a prova buscada e durante a qual as virtudes que houverdes cultivado crescerão e se desenvolverão como o cedro... Espíritas! Amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. No Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do além-túmulo, que julgáveis o nada, vozes vos clamam: (O Espírito de Verdade – Paris, 1860)”.
Esse “Jesus” do Espiritismo trouxe uma palavra um tanto diferente do Jesus bíblico.
Vejamos:
a) Jesus disse que viria com todos os santos anjos para julgar. Os condenados seriam enviados para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25.31,32,41). O “Jesus” de Kardec disse que “meu Pai não quer aniquilar a raça humana”. É claro. Deus não deseja a condenação de ninguém, mas fará justiça segundo a Sua palavra.
b) Jesus nos ensinou na história do rico e Lázaro que os mortos não podem ajudar os vivos (Lc 19.19-31). O “Jesus” de Kardec exorta mortos e vivos a uma mútua ajuda.
c) O “Jesus” de Kardec conclama a todos para não mais ouvirem a voz dos profetas e dos apóstolos, e sim a voz dos mortos. O Jesus bíblico, pela história de rico e Lázaro, ensina que devemos ouvir Moisés e os profetas, ou seja, a Palavra (Lc 16.29). Já ressurreto, recomendou que o Seu evangelho fosse pregado em todo o mundo (Mt 24.14).
d) O “Jesus” de Kardec declara que a morte é a ressurreição, tentando com isso afirmar que “com a morte do corpo, o Espírito liberta-se para o plano espiritual”, o que significaria uma ressurreição. Jesus bíblico afirmou que a verdadeira ressurreição dar-se-á num momento futuro, e não logo após a morte: “Pois vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua [a de Jesus] voz e sairão” (Jo 5.28). Aqui Jesus fala de ressurreição corporal, idêntica à dEle. Ressurreição não é, como entende os espíritas, a libertação do espírito. Assim fosse, cada um teria sua ressurreição individual. Jesus afirmou que haverá um dia determinado para a ressurreição (Jo 5.25; 6.44,54; 1 Ts 4.16-17).
e) O “Jesus” de Kardec falou de dois mandamentos: (a) Os espíritas deverão amar uns aos outros; e (b) todos devem adquirir conhecimento. O Jesus bíblico citou mandamentos diferentes: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento; amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.37-40).f) O “Jesus” de Kardec disse que o caminho que conduz ao reino de Deus é “reto e largo”. O Jesus da Bíblia disse que “estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida” (Mt 7.14). É evidente que o caminho indicado pelo Espiritismo é largo, folgado, sem dificuldades: sem pecado, sem inferno, sem juízo final, sem necessidade de perdão, todos atingirão a plenitude, o clímax, a perfeição, mediante sucessivas reencarnações.
Os kardecistas, no afã de buscarem na Bíblia passagens que legitimem a crença reencarnacionista, citam Primeira aos Coríntios 15.50: “E agora digo isto, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus...”. Com isso, tentam convencer que não pode haver ressurreição corporal. Acontece que fecham a Bíblia muito cedo e não lêem o versículo seguinte em que Paulo diz que “todos seremos transformados”. E tudo isso é um mistério como bem diz o autor da epístola. Mas a Bíblia permite-nos avançar um pouco.
A ressurreição é do corpo. Espírito não ressuscita porque tem vida eterna. Ressurgir significa tornar a surgir. Não se pode empregar este termo com relação aos espíritos humanos, que não morrem. Retornando ao mistério, os mortos em Cristo ressucitarão porém num corpo transformado; um corpo glorioso, poderoso, espiritual, adequado às regiões celestiais. O corpo será o mesmo que desceu à terra, porém revestido de incorruptibilidade, de imortalidade. Daí haver Paulo dito: “os mortos ressuscitarão incorruptíveis” (1 Co15.52). São os mortos que ressuscitarão, e não os espíritos. A ressurreição dos crentes será a grande vitória sobre a morte. Assim como Cristo venceu a morte, nós, com Ele, venceremos (1 Co 15.54; Hb 22.14).
Quando a Bíblia fala em ressurreição dos mortos está se referindo à ressurreição corporal destes. Vejam: “Assim também será a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo em corrupção, ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor” (1 Co 15.42-43). Mais uma vez temos aqui a evidência da transformação “dos corpos”.
Com relação ao aparecimento corporal de Jesus pós-ressurreição, o Espiritismo atribui o evento à ectoplasmia, ou seja, a capacidade que tem o espírito de materializar-se; e citam como prova Mateus 27.52-53. Nada mais fantasioso do que esse argumento. A passagem apresentada como prova é um prenúncio da ressurreição coletiva dos crentes, quando da vinda de Jesus. Lê-se, ali, que os mortos saíram dos sepulcros logo após a ressurreição de Jesus. Se considerada a hipótese de materializações ou de perispíritos, não haveria necessidade de os corpos reviverem, porque as materializações se processariam independentes do corpo morto.
Outra dificuldade do Espiritismo Cristão ou Kardecista é quanto ao desaparecimento do corpo de Jesus. Onde está Seu corpo? O sepulcro onde O puseram estava fortemente guardado, segundo a Escritura do Novo Testamento (Mt 27.64-66). A ninguém interessava roubar o corpo de Jesus; nem aos seus discípulos, fracos, perseguidos e desanimados; nem aos seus inimigos, temerosos de que o corpo desaparecesse (Mt 27.64).
Entenda-se que a redenção em Jesus não se limita ao espírito recriado. Deus deseja que seu plano de redenção alcance todo o homem, assim compreendido corpo, alma, espírito. Vejam: “E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará o vosso corpo mortal, pelo Espírito que em nós habita” (Rm 8.11); ...”e também nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23).A trasladação de Enoque (Gn 5.24; Hb 11.5) e Elias (2 Rs 2.11) confirma a possibilidade da ressurreição corporal.
O mais sensato, porque verdadeiro, é admitirmos que Jesus ressuscitou corporalmente, apareceu a centenas de pessoas, e virá em glória, segunda vez, para arrebatar a sua Igreja. Nesta ocasião, haverá uma ressurreição coletiva dos santos, segundo a Escritura (1 Ts 4.16-17). No final dos tempos, após o Seu reinado de mil anos, os ímpios também ressuscitarão, coletivamente, para receberem a condenação eterna (Ap 20.5).

terça-feira, 18 de março de 2008

O Preconceito da TV Globo

A história da Igreja Cristã é marcada por perseguições e todo tipo de discriminação. Durante o Império Romano os cristãos eram jogados às feras como parte do entretenimento das massas. Outros foram mortos ao fio da espada e lançados em tachos quentes, dentre outras barbaridades.
Na Idade Média não foram poucos que terminaram na fogueira. Hoje em diversos lugares do mundo a perseguição continua. Países como Coréia do Norte, Arábia Saudita, China, Irã, Cuba, Vietnã e outras dezenas de nações têm imprimido um intenso estado de perseguição e discriminação aos cristãos, onde muitos têm pago com o próprio sangue para não negarem a fé em Jesus.
No Brasil, em especial no Nordeste, muitos foram os relatos de perseguição no passado, onde muitas Igrejas foram apedrejadas, principalmente no interior da região.
Hoje temos assistido ao surgimento de outro tipo de perseguição. São leis que estão sendo preparadas e que, caso aprovadas, farão ressurgir o fantasma da perseguição, discriminação e preconceito, que no passado assolou muitos cristãos no Brasil.
Parte da grande mídia tem estado a serviço desses movimentos que visam amordaçar o discurso evangélico no país. Uma demonstração de tudo isso se deu na última quarta-feira, dia 12, onde em horário nobre a Rede Globo veiculou em uma de suas novelas (Duas Caras), uma das cenas mais discriminatórias e preconceituosas que se tem notícia na TV brasileira (http://duascaras.globo.com/Novela/Duascaras/Capitulos/0,,AA1674499-9156,00.html).
No capitulo da referida novela é mostrado uma turma, sendo comandada por um grupo de "evangélicos", se dirigindo a uma casa onde dois homens e uma mulher mantêm um suposto triângulo amoroso — sendo um deles gays. Na cena vemos os "evangélicos" de Bíblia na mão e uma das "irmãs" gritando: "Nós vamos tirar o demônio de seu corpo e vai debaixo de pau e pedra". Em outro momento se ouve uma delas dizer: "Eu sou a mão da força divina". Daí, em certo momento, uma das "evangélicas" atira uma pedra na direção da mulher que estava sendo acusada de manter a aventura amorosa com os dois homens. Depois, ocorre a invasão da casa, onde os "crentes" gritam: "Quem não quiser arder no fogo do inferno me siga". O desfecho da cena é lamentável. A "crente" por nome de Edvânia de faca na mão esfaqueia o colchão dizendo: "O sangue de Jesus tem poder".
Mas o que mais chamou a atenção foi quando um dos homens que é apresentado como suposto homossexual, ao ser agredido, gritou: "O pecado está no preconceito, na intolerância, na violência". Foi aí que revelou-se a intenção da referida cena. Essa frase dita pelo suposto gay é um dos chavões do movimento gay no Brasil, geralmente usada contra a Igreja Evangélica, que fundamentada na Bíblia repudia tal comportamento. Tudo isso faz parte da campanha que visa sensibilizar nossas autoridades para aprovação da denominada "Lei da Mordaça", a dita lei anti-homofobia (PLC 122/2006 E PL 6418/2005). Tudo isso também faz parte de uma campanha ardilosa que visa jogar a opinião pública contra a Igreja e seus líderes, tachando-os de preconceituosos e intolerantes.
Todo o Brasil sabe da contribuição dada pela Igreja Evangélica ao país. Nosso povo também sabe que cenas como as que foram apresentadas nesta novela não condizem com a realidade. Onde já se teve notícia de que evangélicos insuflaram as massas contra os gays no Brasil? Muito pelo contrário: temos sim é pregado o arrependimento, o amor e o perdão para com essas pessoas, em relação Deus.
A Rede Globo agiu de forma maliciosa, discriminadora, preconceituosa e pejorativa em relação a todos os cristãos evangélicos de nossa nação, retratando-nos como fanáticos que desejam impor seu pensamento e seu estilo de vida à sociedade. São fatos como esse que nos fazem acender a luz amarela e percebermos que estamos caminhando para tempos de perseguição religiosa em nosso tão amado e querido Brasil. Lamentável.
Nota importante de Julio Severo: A TV Globo, na cena mencionada acima, passou de todos os limites toleráveis, porém não é a primeira vez que essa emissora realiza manobras para jogar a opinião pública contra os evangélicos, em benefício da aprovação de leis anti-homofobia que têm como objetivo eliminar o direito de expressão de quem não concorda com as práticas homossexuais.

Tumba de Maria

esse vídeo mostra a tumba de Maria,embora o resto do video seja adventista,más preste atenção no vídeo.