sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Pensão Homossexual:

Parceiro de homossexual pode ter direito a pensão


A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara aprovou nesta quarta um projeto que obriga o INSS a pagar pensão aos companheiros de segurados homossexuais.
Apresentada em 2005 pelo deputado Maurício Rands (PT-PE), a proposta prevê o pagamento de benefícios previdenciários nos casos em que for constatada a união estável de pessoas do mesmo sexo. O projeto ainda precisa passar por duas comissões até se votado em plenário.
A relatora do projeto, Manuela D´Ávila (PCdoB), lembrou em seu voto que o benefício já está previsto por uma instrução normativa publicada em outubro pelo INSS. Antes disso, a pensão para homossexuais já vinha sendo concedida em diversos estados por decisão da Justiça.
- Chegou o momento de atualizar as leis para reconhecer o direito das pessoas que vivem em união homossexual estável - afirmou Manuela.
O projeto de lei também estende o benefício previdenciário aos companheiros de funcionários civis da administração federal. Ao defender a aprovação do texto, a relatora disse que a lei está atrasada em relação à evolução da sociedade, que já aceita a união de pessoas do mesmo sexo.
Para opositores, projeto contraria Constituição
Os opositores da idéia alegam que a ampliação dos direitos de receber pensão contraria a Constituição, que faz referência à relação entre homem e mulher. Rands afirma que que as cláusulas pétreas da Carta não consideram a orientação sexual ao garantir a igualdade de direitos para todos.
"Não existe fundamento, à exceção do recurso ao preconceito filosófico, moral ou religioso, que justifique um integrante de um casal formado por pessoas de sexos opostos poder designar seu dependente o companheiro ou a companheira um partícipe de um casal do mesmo sexo, não", escreveu o autor do projeto.
Na Comissão de Trabalho, a proposta esbarrou na oposição do deputado Filipe Pereira (PSC-RJ), da bancada evangélica. Fiel da Assembléia de Deus, ele apresentou voto em separado contra o relatório de Manuela. Segundo o deputado, o projeto prevê uma "exceção desnecessária" nas leis que regem o regime de previdência social.
- Minhas convicções pessoais são contra a união civil de homossexuais, assim como as do meu eleitorado, que é evangélico - disse Pereira, que negou ter preconceito contra os gays.
O deputado completou:
- Não faço oposição aos homossexuais, e sim ao homossexualismo.
O deputado criticou Rands por tentar regulamentar uma tese que, segundo ele, já é aceita pelos tribunais.
- Na ânsia de aparecer, alguns deputados acabam apresentando projetos para se promover - atacou.
Fonte: Globo Online/ O Verbo

Paulo ,voltando de Roma

Frases que sairam em boletins de Igrejas.

Teria saido em boletins de Igrejas.
As frases a seguir foram retiradas de boletins dominicais das nossas Igrejas. Por razões óbvias, as mesmas não são citadas. Vamos nos deleitar, então, na leitura:
1) "No estudo desta noite nosso pastor trará a mensagem intitulada: 'o que é o inferno' venha cedo e assista o ensaio do coral."
2) "Teremos sorvetada na igreja próximo sábado; as irmãs que forem doar leite, cheguem mais cedo."
3) "Para aquelas irmãs que têm filhos e não sabem o berçário fica no segundo andar".
4) "Após a feijoada do próximo sábado teremos um período de meditação."
5) "Os adolescentes apresentarão no dia 1º uma peça de Shakespeare. Venha assistir esta tragédia."
6) "A irmã Laura agradece a todos os muitos irmãos que contribuíram para que finalmente ela engravidasse. Foi muito difícil, foi uma luta. Sem suas orações..."
7) "A irmã Zilda estará distribuindo Bíblias na favela na próxima terça. O diabo que se cuide."
8) "Precisamos orar intensamente pelo problema de saúde da irmã Cândida. Não
tem Cristo que resolva."
9) "Os irmãos e irmãs que não sabem ler devem devolver os boletins da igreja no final do culto, assim que já tiverem usado."
10) "O novo zelador é o irmão Manuel. Não é casado, mas faz tudo que os outros mandam."
11) "O pastor viajou para o enterro da mãe do irmão Paulo. No culto cantaremos Ouve-se o Júbilo de Todos os Povos."
12) "O diácono irmão Zaqueu convida os homens da igreja para no próximo sábado podarem as árvores."
13) "A todos os irmãos que doaram alimentos à família da irmã Lurdes a igreja agradece, ela morreu em paz."
14) "Convidamos a todos para possessão do nosso novo pastor no dia 25. Traga convidados para assistirem."
E alguns erros, puramente de digitação, para consolar alguns:
1) "E Jesus montado na sua jamanta entra em Jerusalém...."
2) "... ao subir Jesus no pinículo para pregar...."
3) "... e aquele pobre homem deixa cair suas mulatas confiante que sairá andando ... "
4) "... e os irmãos que participarão da reunião de senhoras..."
5) "... a igreja local dever ser como um corpo, com as partes asustadas para funcionar ..."
http://www.filhotesdecristo.hpg.ig.com.br/humor.htm

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Amway - Dinheiro é a Solução?


"Tempo livre, segurança e dinheiro pelo resto da vida". Este é o "discurso messiânico" que oferece a maior empresa de marketing de rede do mundo, a Amway, através de seus 2,5 milhões de "missionários" (foi assim que a revista Exame,18 de junho de 1997 definiu seus distribuidores). Enaltecendo o poder do pensamento positivo, exibindo símbolos de prosperidade, discursando sobre "você-pode-ser-um-vencedor", tudo isso sendo anunciado num estilo missionário, essa empresa familiar continua a prosperar, estando presente em mais de 70 países. No Brasil, a Amway conta com mais de 150.000 distribuidores.

Muitas pessoas têm nos indagado acerca da Amway. Por se tratar de uma empresa muito grande, seria impossível fazer uma análise completa de cada indivíduo envolvido com esta organização. Como várias outras empresas, há muitos pontos positivos e negativos sobre a Amway. A empresa foi fundada na cidade de Ada, Estado de Michigan, nos Estados Unidos, por Richard DeVos e Jay Van Andel, em 1959. Em 1991, o grupo chegou ao Brasil, oferecendo aos brasileiros uma forma rápida de enriquecer. Seus produtos têm a ver com os cuidados do lar, cosméticos, cuidado pessoal, nutrição humana e utensílios domésticos. São mais de 400 produtos consumidos e vendidos por seus "missionários".

A revista ISTOÉ (22 de março de 1994, pp. 66, 67), num artigo intitulado "Religião Amway - A rede Amway cresce no Brasil distribuindo produtos sem intermediários e promete enriquecimento rápido", classificou a Amway de "culto moderno, que usa técnicas de arregimentação quase religiosas". Quando alguém é convidado para ingressar na Amway, a pessoa que o convidou já é associada da empresa e passa a ser a sua patrocinadora. É preciso haver um convite para entrar. Paga-se uma taxa de inscrição, geralmente o equivalente a US$ 80,00, e o novo sócio recebe um kit com os produtos e material didático, como manuais e fitas cassete, que lhe darão mais instruções sobre o programa de vendas e o sucesso nos negócios.

O novo sócio começa a levar outras pessoas para a Amway e passa a ganhar uma porcentagem sobre as compras dos novos sócios que ele recrutou. Elas também passam a fazer o mesmo, levando mais pessoas, e ganhando a porcentagem sobre as compras de seus novos associados, e assim sucessivamente. As pessoas começam então a ganhar bônus e posições ou patentes na hierarquia denominadas rubi, pérola, esmeralda, diamante etc., e assim a pirâmide (rede de distribuição direta) começa a ser levantada. Existe aqui o perigo de a empresa fazer das pessoas um mero produto. Trata-se de um empreendimento que vai exigir muito tempo, esforço e dedicação da pessoa - se ela quiser ganhar alguma coisa.

A revista ISTOÉ disse ainda que os métodos de recrutamento da empresa são parecidos com uma cerimônia de iniciação religiosa, fazendo lembrar os antigos cursilhos católicos e os cultos evangélicos, com a diferença que na Amway o assunto passa a ser o dinheiro. Nos Estados Unidos, esses métodos foram acusados de apresentarem um tipo mais leve de lavagem cerebral, embora a justiça naquele país não tenha aceitado as denúncias.

Muitos distribuidores da Amway, que são cristãos, fazem o seu recrutamento no meio evangélico. Nossa preocupação é que, dessa maneira, entra-se em contato com vários livros e preletores recomendados por alguns líderes da Amway que não são sempre bíblicos em suas abordagens sobre o sucesso e princípios financeiros. Alguns livros de autores como Og Mandino, Dale Carnegie, Joseph Murphy, Napoleon Hill, Norman Vicent Peale e Lair Ribeiro (autor do livro O Sucesso Não Ocorre Por Acaso e vários outros títulos) incluem conceitos da Nova Era.

Em muitos casos, o que acontece é que a fé dos envolvidos vai se misturar com crenças da AMP (Atitude Mental Positiva) e da confissão positiva, que são atualmente assuntos constantes nos congressos e seminários de motivação e sucesso. Dave Hunt e T.A. McMahon, autores norte-americanos, comentam sobre o perigo de tal envolvimento: "A grande jogada hoje em dia é o sucesso. A capacidade de exercer 'o poder da mente sobre a matéria' não é mais considerada algo estranho e oculto, e sim parte de um potencial humano natural, normal e infinito, que pode ser experimentado por qualquer pessoa que siga certas supostas 'leis de sucesso'".

Norman Vincent Peale (já falecido), por exemplo, embora fosse um ministro protestante, tinha ensinos que às vezes contrariavam as Escrituras. Um deles foi o de negar o ensino bíblico da condenação eterna para os que morrem sem Cristo. Por exemplo, quando perguntado no programa de televisão de Phil Donahue nos Estados Unidos, se as pessoas não cristãs poderiam ir ao céu, ele respondeu que sim (Transcrição do Progama de Donahue, nº 10.104, p. 4). Neste mesmo programa ele declarou que Jesus é o "supremo caminho" para o céu, mas não o único caminho (p. 5). A Bíblia diz o contrário, pois o próprio Senhor Jesus declarou: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14.6).

Em seu livro 1001 Maneiras de Enriquecer, Joseph Murphy chega a defender conceitos sobre o homem que estão mais para o panteísmo do que para a Bíblia. Ele declara: "Da mesma forma que o ramo de uma árvore é uma extensão da sua vida, eu também sou um prolongamento da sabedoria, do poder e da energia criadora de Deus. Sou um filho de Deus e herdei todos os direitos, privilégios e benesses de suas riquezas. Acredito na substância e no provimento infinitos. Estou em consciência com o Senhor. Seu poder criador é também meu; Sua sabedoria, força, inteligência e compreensão são igualmente minhas. Deus e o homem são uma mesma criatura. O Senhor e eu somos uma só pessoa" (pp. 23, 24).

Ao contrário do que diz Joseph Murphy, a Bíblia afirma que "Deus não é homem para que minta, nem filho do homem, para que se arrependa" (Números 23.19) e ainda: "porque eu sou Deus e não homem, o Santo no meio de ti" (Oséias 11.9). É preciso lembrar também que Deus é o criador e não a criatura (Isaías 40.28; Jeremias 32.17). Embora interaja com suas criaturas, Ele tem vida distinta da criação.

Num de seus livros mais conhecidos, O Poder do Subconsciente, Joseph Murphy afirma que "o que é impresso em sua mente subconsciente é expresso no cenário do espaço. Essa mesma verdade foi proclamada por Moisés, Isaías, Jesus, Buda, Zoroastro, Lao-Tsé e todos os outros profetas iluminados da História" (p. 51). A exemplo de Murphy, vários indivíduos e grupos tentam comparar Jesus com outros líderes de religiões, chegando a dizer que todos eles foram portadores de uma única verdade. Entretanto, à luz das Escrituras Sagradas, Jesus ocupa um lugar único no plano da salvação e na história, algo confirmado pelas palavras do apóstolo Pedro: "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (Atos 4.12). A Bíblia afirma que só Jesus tem palavras de vida eterna.

Pode ser dito ainda que existe uma ênfase exagerada sobre o lucro material em alguns círculos da Amway que é antibíblica. Quem faz parte da empresa vai perceber que algumas linhas de distribuição e indivíduos na organização enfatizarão estes ensinos duvidosos, enquanto que outros não. A afirmação de que alguns de que o nome Amway seria uma referência às palavras de Jesus em João14.6, "Eu sou o caminho" (I am the way, em inglês) não é correta. Amway é uma abreviação do nome em inglês, The American Way of Life (o estilo de vida americano).

Pesquisadores que hoje fazem parte da AGIR estiveram pessoalmente no escritório da sede brasileira da Amway, em 1993, em São Paulo, e foram bem recebidos pelo então presidente, o Sr. Kenneth Smith. O Sr. Smith esclareceu na ocasião que a Amway em si nada tem a ver com o movimento da Nova Era, tratando-se exclusivamente de uma empresa de negócios e não de um grupo religioso. Ele mesmo testemunhou ser cristão, freqüentando na época a Calvary International Church (Igreja Internacional do Calvário, em São Paulo, freqüentada principalmente por missionários e empresários de língua inglesa).

Estar envolvido com a Amway ou com qualquer outro negócio não é certo ou errado em si mesmo. Os cristãos devem avaliar os líderes e os materiais aos quais são expostos e verificar se o que é ensinado está de acordo com a Palavra de Deus. Todo cristão tem a responsabilidade de detectar erros nos ensinos, se houver algum, e avisar aos outros ao mesmo tempo. Cada cristão deve avaliar também suas próprias razões pessoais para se envolver em algo assim e isso deve ser feito de acordo com os princípios da Palavra de Deus.

Por se tratar de um empreendimento que exige muito tempo e dedicação dos sócios, o envolvimento com a Amway pode trazer transtornos para o cristão, que já tem tão pouco tempo para dividir entre a família e o serviço do Senhor. Por esta razão, é importante estar atento às palavras do grande apóstolo: "Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento. Que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir, que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida" (I Timóteo 6.17-19).


Artigo do Dr. Paulo Romeiro

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Catolicismo à luz da Bíblia Sagrada




INTRODUÇÃO
"Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras e têm a sua própria consciência cauterizada, proibindo o casamento, e ordenando a abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos com ações de graças pelos que são fiéis e que conhecem bem a verdade." (1 Tm 4.1-3 )
A palavra católico vem do grego katholikos, que quer dizer "universal". No nome catolicismo romano já observamos uma contradição. Lorraine Boetner, em seu livro "Catolicismo Romano", cita o Dr. John Gerstner que escreveu: "...rigorosamente falando, católica romana é uma contradição de termos. Católico significa universal; romano significa particular".
Quero, neste estudo, analisar as principais doutrinas católicas com as Escrituras e mostrar a total incompatibilidade que existe entre a fé dos evangélicos e a fé dos católicos. O profeta Amós perguntou: "Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?" (Am 3.3) Não estou pregando a intolerância religiosa, o respeito pelo próximo é uma marca cristã, o direito a escolha religiosa é um direito inegociável. Refiro-me a tentativa ecumênica de unir evangélicos e católicos numa só igreja. Um artigo na Internet divulgou que "João Paulo II vem manifestando interesse em aproximar-se de judeus e evangélicos". A proposta ecumênica dos católicos é de mão única. Estes estão interessados que os evangélicos, por exemplo, aceitem o Papa como cabeça da igreja e muito mais. A meta do ecumenismo é a união de todas as igrejas em uma só Igreja Mundial. É impossível aceitar essa proposta sem abrir mão daquilo que é básico em nossa fé. Sabemos, pelas Escrituras, que o Anticristo virá sobre as asas do ecumenismo se colocando como líder religioso mundial dizendo ser o Cristo.
PEQUENO HISTÓRICO
A igreja católica, que conhecemos hoje, é o resultado de alterações feitas à partir da igreja primitiva. Segundo Aurélio, "...o catolicismo romano é a religião que reconhece o Papa como autoridade máxima, que se expande por meio de sacramentos, que venera a virgem Maria e os santos, que aceita os dogmas como verdades incontestáveis e fundamentais e que tem como ato litúrgico mais importante a missa". O que essa igreja tem em comum com a igreja primitiva? Nada!
Durante os primeiros séculos cristãos ocorreram muitas perseguições, isto cooperou para que a igreja se mantivesse fiel as Escrituras. Este período é chamado de era patrística, ou era dos pais da igreja. Halley fala de Policarpo (69-156 d.C.), discípulo de apóstolo João que foi queimado vivo por se recusar a amaldiçoar a Cristo. Policarpo falou: "oitenta e seis anos faz que sirvo a Cristo e Ele só me tem feito bem, como podia eu, agora, amaldiçoá-lo, sendo Ele meu Senhor e Salvador?"
A corrupção no cristianismo começou já em meados do século III, onde houve o primeiro rompimento sério dos cristãos, por causa da introdução dos batismos de crianças. O rompimento foi chamado de "desfraternização". No século IV, Constantino ascendeu ao posto de Imperador. Este apoiou o cristianismo e fez o mesmo religião oficial do Império Romano. Assim sendo, muitos ímpios se tornaram cristãos por motivos políticos e escusos. Constantino convocou em 325 d.C. o Concílio de Nicéia onde surgiu o catolicismo romano influenciado por doutrinas pagãs. Como pôde haver essa junção entre o cristianismo e Roma? Roma que sempre foi centro de idolatria em que seus imperadores eram considerados deuses. Alcides Peres conta que em 326 d.C., um ano depois do Concílio, Constantino vai a Roma para celebrar o vigésimo ano de seu reinado. Por intriga palaciana, manda prender seu filho Crispo, que é logo julgado, condenado e morto pelo próprio pai... Foi esse homem que deu origem a esta junção do catolicismo com o romanismo.
Muitas doutrinas estranhas continuaram a penetrar no catolicismo romano. Fazendo que cada vez mais a igreja católica se distanciasse de sua origem. Citarei alguns exemplos dando datas aproximadas:
1. A oração pelos mortos começou a ser aceita por volta de 300 d.C.
2. O começo da exaltação a Maria onde o termo "mãe de Deus" surgiu pela primeira vez em 431 d.C.
3. A doutrina do purgatório em 593 d.C. A adoração da cruz, imagens e relíquias em 786 d.C.
4. A canonização dos santos mortos em 995 d.C. O celibato do sacerdócio em 1079 d.C. E assim em diante...
No século XVI ocorreu a tão conhecida reforma protestante que é sempre lembrada no dia 31 de outubro por ser a data que Lutero em 1517 d.C. colocou suas 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. Essas teses combatiam principalmente a compra de indulgências. Segundo Earle E. Cairns: "A indulgência era um documento que se adquiria por uma importância em dinheiro e que livrava aquele que a comprasse da pena do pecado." O pecador deveria arrependendo-se, confessar o seu pecado ao sacerdote, e ainda pagar uma certa quantia para assim obter o perdão, tratando desta forma o sacrifício na cruz como nada. Lutero combateu isto com veemência baseando-se em Romanos 1:17, ensinando que só a fé em Cristo justifica. Com a reforma a Bíblia foi traduzida para a língua do povo. Antes a Bíblia era negada ao povo sob a desculpa que só o sacerdote podia interpretá-la corretamente. A supremacia da Bíblia em todas as questões de fé e prática foi enfatizada (sola scriptura) assim combatendo a idéia que a tradição e as interpretações dos clérigos teriam o mesmo valor que as Escrituras.
Lorraine Boettiner escreveu: "O protestantismo como surgiu no século dezesseis não foi o começo de alguma coisa nova, mas o retorno ao cristianismo bíblico e à simplicidade da igreja apostólica da qual a igreja católica se afastou há muito tempo."
A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS
Para começo de conversa é bom falarmos sobre a autoridade da Bíblia segundo o catolicismo. Segundo o catolicismo existem três grandes autoridades para o ensino: a tradição da igreja, o magistério e as Escrituras Sagradas. Para eles a Bíblia sozinha não é suficiente. Raimundo F. de Oliveira cita o Padre Benhard que em 1929 escreveu: "A Bíblia não é a única fonte de fé, como Lutero ensinou no séc. XVI, porque sem a interpretação de um apostolado divino e infalível, separado da Bíblia, jamais poderemos saber, com certeza, quais são os livros que constituem as Escrituras inspiradas, ou se as cópias que hoje possuímos concordam com os originais. A Bíblia em si mesma, não é mais do que letra morta, esperando por um intérprete divino... Certo número de verdades reveladas têm chegado a nós, somente por meio da tradição divina."
"Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão escritas neste livro." (Ap. 22.18 e 19)
Conforme temos visto, para o catolicismo romano, a Bíblia não é a única regra de fé. A revelação, segundo eles, está apoiada no seguinte tripé: as escrituras, a tradição da Igreja e o magistério. Ainda tiram da Bíblia o valor de ser a autoridade final. Observe a declaração do catecismo de 1994: "O ofício de interpretar autenticamente a Palavra de Deus escrita ou transmitida (tradição) foi confiado unicamente ao magistério vivo da Igreja, cuja autoridade se exerce em nome de Jesus Cristo, isto é, aos bispos em comunhão com o sucessor de Pedro, o bispo de Roma." Ou seja, para os católicos, a interpretação dos magistrados é superior as Escrituras Sagradas. Paulo nos advertiu: "Mas ainda a que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já tenho anunciado, seja anátema." (Gl 1.8). E em Rm 3.4 está escrito "...sempre seja Deus verdadeiro e todo o homem mentiroso."
Além desse tripé errôneo, existe o fato da Igreja Católica possuir livros apócrifos em sua Bíblia. A palavra "apócrifo" vem do grego apokrupha que significa "coisas ocultas". Porém com o decorrer do tempo foi adquirindo o significado de "espúrio" e "não-puro". Os livros apócrifos estão inseridos no Velho Testamento fazendo que o Velho Testamento deles tenham 46 livros enquanto o nosso têm 39 livros. Os apócrifos são: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, 1º e 2º de Macabeus, seis capítulos e dez versículos acrescentados no livro de Ester e dois capítulos de Daniel. Foi no Concílio de Trento em 15 de abril de 1546, em sua quarta sessão que a Igreja Católica declarou estes livros sagrados.
Quero dar quatro razões para não aceitarmos esses livros como inspirados por Deus.
1ª) Esses livros não estão no cânon hebraico. A palavra "cânon" significa literalmente "cana" ou "vara de medir". Esta palavra, com o tempo, passou a classificar os livros que são considerados genuínos e inspirados por Deus. Sendo assim os hebreus consideram os livros apócrifos como não inspirados por Deus.
2ª) Não há no Novo Testamento nenhuma citação desses livros. Jesus e os apóstolos não citaram uma vez sequer um trecho incluído nesses livros. Assim mostrando que não eram considerados genuínos por Cristo ou pelos apóstolos.
3ª) Doutrinas contrárias as escrituras são baseadas nesses livros, tais como: a intercessão pelos mortos, a intercessão dos santos, a salvação pelas obras, etc.
4ª) Os católicos não foram unânimes quanto a inspiração divina nesses livros. No Concílio de Trento houve luta corporal quando este assunto foi tratado. Lorraine Boetner (in Catolicismo Romano) cita o seguinte: "O papa Gregório, o grande, declarou que primeiro Macabeus, um livro apócrifo, não é canônico. O cardeal Ximenes, em sua Bíblia poliglota, exatamente antes do Concílio de Trento, exclui os apócrifos e sua obra foi aprovada pelo papa Leão X. Será que estes papas se enganaram? Se eles estavam certos, a decisão do Concílio de Trento estava errada. Se eles estavam errados, onde fica a infalibilidade do papa como mestre da doutrina?"
SALVAÇÃO
Como o Catolicismo Romano vê a salvação? Adolfo Robleto (in: O Catolicismo Romano) destaca: "Na Igreja Católica, no entanto, o tema da salvação não ocupa um lugar proeminente. Os esforços se encaminham para o sentido de que o povo católico, não falte à igreja e faça obras de caridade." Segundo o catolicismo a salvação é adquirida de três formas básicas: 1ª) graça de Deus, 2ª) fé e obras e 3ª) a igreja e seus sacramentos.
1ª) Graça de Deus – A palavra graça significa favor imerecido e gratuito. É algo concedido por Deus de forma gratuita sem qualquer mérito humano. "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras para que ninguém se glorie." (Ef 2.8 e 9). Por sua vez, a Igreja Católica não vê a graça como um favor gratuito e imerecido. O fiel para receber a graça de Deus precisa ser ligado a Igreja Católica e participar dos sacramentos, sendo só desta forma que Ele pode receber a graça de Deus. Caso não receba a graça, o fiel não poderá ser salvo. Mas as Escrituras deixam bem claro que sendo a salvação pela graça, não pode ser ao mesmo tempo pelas obras. "E se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça." (Rm 11.6).
2ª) Fé e obras – Segundo o catolicismo a fé em Cristo não é suficiente para se adquirir a salvação. É necessário também realizar caridades, esmolas e participar dos sacramentos. No Concílio de Trento (1546-1563) saiu o seguinte decreto: "Se alguém disser que a fé é justificadora não é nada mais que confiança na misericórdia divina que cancela o pecado em nome de Cristo somente; ou que esta confiança sozinha basta para sermos justificados, que seja anátema." O catolicismo chama de maldito aquele que crê que a fé em Cristo sozinha é suficiente para justificá-lo diante de Deus. Mas nas Escrituras está escrito: "Sendo pois justificados pela fé, tenhamos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo." Cristo pouco antes de morrer na cruz disse: "...está tudo consumado". Mostrando assim que o homem não precisaria fazer mais nada para adquirir a salvação. Pois Ele "veio buscar e salvar o que se havia perdido" (Lc 19.10).
A salvação não pode ser comprada pelas obras humanas. "Ou quem lhe deu primeiro a Ele, para que seja recompensado?" (Rm 11.35). Quem crê na salvação pela fé em obras está dizendo que Cristo morreu em vão (Gl 2.21).
Adolfo Robleto escreveu: Qual é então a relação entre a fé e as obras? É a seguinte: a fé é a raiz; as obras são o fruto. A fé nos justifica para com Deus; as obras evidenciam essa fé diante dos homens. Deus vê o coração; os homens vêem as obras da fé no viver. Fazemos boas obras depois que cremos que somos salvos, e não antes da fé para sermos salvos. Em conclusão: as obras não produzem a salvação, mas, sim, são um resultado um resultado dela." Veja Ef 2.10.
3ª) A igreja e seus sacramentos – No catecismo de 1994 está escrito: "Toda salvação vem de Cristo–cabeça, através da igreja, a qual é o seu corpo; apoiado na Sagrada Escritura e na tradição (o Concílio) ensina que esta igreja, agora peregrina na terra, é necessária a salvação... por isso não podem salvar-se, aqueles que, sabendo que a igreja católica foi fundada por Deus através de Jesus Cristo, como instituição necessária, apesar disso não quiserem entrar nela ou perseverar."
Nas Escrituras não há nenhuma indicação que alguém deve entrar numa igreja para obter salvação. A salvação só é por meio de Cristo (At 4.12; Jo 3.36; Jo 5.24; Jo 20.31; At 10.43; I Ts 5.9 etc.). Depois de salvo o cristão deve se ligar a uma igreja realmente cristã para ter comunhão com seus irmãos em Cristo (Hb 10.25, I Jo 1.5-7 e I Jo 4.20 e 21).
A palavra sacramento vem do latim sacramentum que antigamente tinha dois significados básicos:
1.º) Algo que era separado para um propósito sagrado
2.º) Era um juramento que o soldado fazia ao Imperador de Roma ao ingressar no exército. No século V, Agostinho começou a elaborar as doutrinas dos sacramentos, que ele definiu como "a forma visível de um graça invisível" (signum visible de gratia invisible). Só no ano de 1439, no Concílio de Florença, foi que os sete sacramentos foram oficializados pelo catolicismo. Sendo os sete sacramentos: batismo, crisma ou confirmação, penitência, eucaristia ou missa, matrimônio, unção de enfermos ou extrema-unção e santas ordens. Segundo o catecismo de 1994, "a Igreja afirma que para os crentes os sacramentos da nova aliança são necessários à salvação." Os sete sacramentos são nada menos que uma séria de boas obras que os católicos crêem que precisam fazer para alcançar a salvação. Mas em Rm 3.20 está escrito: "Por isso nenhuma carne será justificada diante Dele pelas obras..."
Ao criar esta doutrina o catolicismo forma uma espécie de salvação sacerdotal, pois os sacramentos só podem ser ministrados pelos "sacerdotes" católicos. Transformando os sacerdotes católicos em mediadores entre Deus e os homens. O que é uma tremenda heresia: "Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem." Analisaremos brevemente cada sacramento.
O BATISMO
Os católicos crêem que o batismo é necessário a salvação, que sem o batismo a pessoa está condenada ao inferno. No concílio de Trento foi decretado: "As crianças se não forem regeneradas para Deus através da graça do batismo, quer seus pais sejam cristãos ou infiéis, nascem para miséria e perdição eternas." Quão terrível é esta doutrina! Já nós, evangélicos, cremos que estando a criança na fase da inocência vindo falecer esta irá para o céu. "Por que dos tais é o reino dos céus." (Mt 19.14). O batismo é para quem crê. Enquanto a criança não tiver como decidir sobre a sua fé em Cristo, esta não pode ser batizada. A afirmação que o batismo salva é totalmente equivocada. O batismo é para os salvos e só a ausência de fé em Cristo é que condena. "Quem crer e for batizado será salvo, quem não crê será condenado." (Mc 16.16)
CRISMA OU CONFIRMAÇÃO
Segundo eles, é um ato de aprofundamento em Cristo para todos aqueles que já foram batizados. No catecismo de 1994 está escrito: "a confirmação aperfeiçoa a graça batismal; é o sacramento que dá o Espírito Santo para enraizar-nos mais profundamente na filiação divina; incorporar-nos mais firmemente a Cristo, tornar mais sólida a nossa vinculação com a Igreja..." Preste atenção! Segundo eles, este sacramento concede o Espírito Santo. Por isto no crisma o bispo impõe suas mãos sobre a cabeça da pessoa com o propósito de transmitir o Espírito Santo. Não existem nenhum ritual, nas Escrituras, que aprofunde alguém espiritualmente. A filiação divina não é aprofundada por um ritual mas é conseguida plenamente no momento em que se crê em Cristo. É o que está escrito em João 1.12: "Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no Seu nome." E é neste momento que recebemos o Espírito Santo. "Pois todos nós fomos batizados em um Espírito formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres e todos temos bebidos de um Espírito."
PENITÊNCIA
Segundo o catolicismo é a maneira de remover a penalidade dos pecados cometidos depois do batismo e crisma. O padre depois de ouvir a confissão dos pecados recomenda aos fiéis penitências como: orações, ofertas, ajuda ao próximo ou algum tipo de privação. No catecismo de 1994 está escrito: "A absolvição tira o pecado, mas não remedia todas as desordens que ele causou. Liberto do pecado, o pecador deve ainda recobrar a plena saúde espiritual. Deve, portanto, fazer alguma coisa mais para reparar seus pecados; deve satisfazer de modo apropriado ou expiar seus pecados. Esta satisfação chama-se também penitência." Esta doutrina é uma verdadeira aberração. O sacrifício de cristo é único e suficiente (Hb 10.12).
EUCARISTIA OU MISSA
Lorraine Boetner cita o catecismo de Nova York que diz o seguinte:
"Jesus Cristo nos deu o sacrifício na cruz da missa para que a sua Igreja tenha um sacrifício visível que prolongue o Seu sacrifício na cruz até o fim dos tempos. A missa é o mesmo sacrifício que o sacrifício da cruz. A santa comunhão é participar do corpo e do sangue de Jesus Cristo sob a aparência de pão e vinho".
Vemos que para os católicos a eucaristia ou missa é onde Cristo volta a ser crucificado para que os benefícios da cruz se apliquem continuamente aos seus participantes. Na epístola aos Hebreus capítulo 9 vemos Jesus sendo comparado aos sacerdotes no templo. Porém o autor mostra que Cristo é superior aos sacerdotes, sendo Ele o Sumo Sacerdote perfeito que ofereceu-se uma vez.
Observe:
"Nem também para si mesmo oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio. Doutra maneira, necessário lhe fora padecer desde a fundação do mundo; mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez vindo depois disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos..." (Hb 9.25-28).
No versículo 12 afirma que entrou "uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção." A redenção é eterna então não há necessidade de rituais para que a redenção continue.
Ensina a teologia católica a transubstanciação (alteração de substância) durante a eucaristia. Após a consagração dos elementos, pão e vinho, e a recita feita pelo padre das palavras de Cristo, "isto é o meu corpo" e "isto é o meu sangue", o pão se transforma na carne de Cristo e o vinho no sangue de Cristo. Esquecem os católicos que Jesus Cristo, em pessoa, institui a ceia do Senhor e pronunciou as palavras: "isto é o meu corpo e o meu sangue." Se a transubstanciação fosse verdadeira, Cristo teria comido a sua própria carne e bebido do seu próprio sangue. Isso seria impossível, pois Cristo estava em pessoa celebrando a ceia e seria um absurdo comer o próprio corpo e beber do próprio sangue. Cristo foi bem claro "fazei isto em memória de mim". Se é "em memória" é forçoso admitir que Cristo não estava presente nos elementos: pão e vinho. (Lc 22.19 e 20).
Paulo ao instruir sobre a ceia do Senhor chamou o pão de pão e vinho de vinho. Note bem: "Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha" (I Co 11.26). E ainda, em algumas passagens da Bíblia vemos a ceia do Senhor sendo chamada de "o partir do pão" e não o partir do corpo (At 2. 46). Os católicos costumam usar como base bíblica para a eucaristia, as seguintes palavras de Cristo: "Porque a minha carne verdadeiramente é comida e o meu sangue verdadeiramente é bebida" (Jo 6.55). É claro que Cristo falou estas palavras no sentido figurado, ou será, que Cristo pregou o canibalismo. Mas os católicos, ainda insistem, pois Cristo falou "verdadeiramente". Como Cristo também falou: "Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o lavrador." (Jo 15.1) Cristo é uma planta? Não. Fica evidente que Ele usou o sentido figurado como usou em Jo 6.55. O capítulo 6 de João é o registro da multiplicação de pães. A multidão começou a seguir a Jesus por causa do pão terreno. Mas Cristo queria lhes oferecer o pão espiritual: "Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede" (Jo 6.35). É claro que Jesus falou no sentido espiritual como também falou em Jo 6.55.
Os católicos ainda crêem que ao participar da eucaristia os fiéis têm a purificação dos pecados presentes, preservação dos pecados futuros e ainda ajudam os mortos. No catecismo de 1994 está escrito: "O sacrifício eucarístico é também oferecido pelos fiéis defuntos que morreram em Cristo e não estão ainda plenamente purificados, para que possam entrar na luz e na paz de Cristo." As Escrituras são claras ao dizer que todos os pecados são removidos através do sangue de Cristo (veja I Jo 1.7 e Ap 1.5.)
MATRIMÔNIO
Sem dúvida alguma, Deus institui o casamento, sendo este a primeira instituição divina, quando uniu Adão e Eva (Gn 2.23 e 24). Uma coisa é considerar o casamento uma instituição divina. Outra coisa, totalmente diferente, é considerar o casamento como sacramento (meio de graça). Os católicos crêem que quando seus "sacerdotes" realizam seus casamentos, a graça de Deus vem através dos mesmos.
Com este tipo de pensamento, os católicos só consideram os casamentos realizados pelos seus sacerdotes. O erro de considerar o casamento como um sacramento se deu por um erro de tradução da Vulgata (versão latina das Escrituras, traduzida por Jerônimo) que traduziu Efésios 5.32 como "Este é um grande sacramento" enquanto a tradução correta é "Este é um grande mistério". Sabemos que a Igreja Católica costuma cobrar uma taxa para realizar casamentos.
UNÇÃO DOS ENFERMOS OU EXTREMA UNÇÃO
Segundo o catolicismo, é um meio de conferir graças aos enfermos, anciãos e moribundos, ajudando assim no perdão dos pecados. Normalmente é ministrado pelo "sacerdote" a pessoa que está à beira da morte. O "sacerdote" unge os olhos, nariz, mãos e pés enquanto recita uma "oração especial" em latim. Este ritual visa diminuir a quantidade de pecados da pessoa devendo o restante ser "pago" pelos parentes através das missas.
Em nenhum lugar das Escrituras vemos a recomendação para a realização desse ritual. O sangue de Cristo é suficiente para perdoar os pecados e não precisa de "óleo sagrado" para aperfeiçoar este. Na Bíblia, existe a recomendação de orar pelo enfermo com o uso do óleo (sendo o óleo apenas um símbolo do Espírito Santo) mas não para o perdão dos pecados, e sim, para cura do corpo. (Tg 5.14-16)
SANTAS ORDENS
Segundo o catolicismo é ato de conferir graça especial e poder espiritual aos padres, bispos, arcebispos, cardeais e papas. Fazendo destes sacerdotes, portanto, representantes de Cristo na terra. A idéia do sacerdócio é do Antigo testamento, onde os sacerdotes basicamente exerciam três funções:
1ª) Ofereciam sacrifícios no santuário diante de Deus em benefício do povo.
2ª) Ensinavam a lei de Deus.
3ª) Buscavam a vontade de Deus.
O sacerdócio era uma sombra ou tipo daquele que haveria de vir – Cristo. Com a vinda de Cristo não há necessidade nenhuma de sacerdotes. Em Hb 9.11 e 12 está escrito: "Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito de mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue dos bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção". E em Hb 9.24 está escrito: "Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos de homens, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer por nós perante a face de Deus."
O sacerdote era uma espécie de mediador dos homens diante de Deus. Hoje temos um único mediador: "Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem." (I Tm 2.5). Hoje cada crente pode ir a Deus através de Cristo. "Pedi e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e o que busca, encontra; e o que bate, se abre." (Mt 7. 7 e 8). Diante dessas irrevogáveis verdades bíblicas, pasmem com que está escrito no Concílio de Trento:
"O sacerdote é o homem de Deus, o ministro de Deus... Aquele que despreza o sacerdote despreza Deus; aquele que o ouve, ouve a Deus. O sacerdote perdoa pecados como Deus, e aquilo que ele chama de seu corpo no altar é adorado como Deus por ele mesmo e pela congregação... Está claro que a sua função é tal que não se pode conceber nenhuma maior. Portanto, eles não são simplesmente chamados de anjos, mas também de Deus, mantendo como fazer o poder e autoridade do Deus imortal em nós."
Pura blasfêmia! Ainda leia o que está escrito num livro romano citado por Lorraine Boettner:
"Sem o sacerdote, a morte e a paixão de nosso Senhor não teria nenhum valor para nós. Veja o poder do sacerdote! Através de uma palavra dos seus lábios ele transforma um pedaço de pão em Deus! Um fato maior que a criação do mundo. Se eu me encontrasse com um sacerdote e um anjo, eu saudaria o sacerdote antes de saudar o anjo. O sacerdote ocupa o lugar de Deus." Pura blasfêmia!
PURGATÓRIO
A doutrina do purgatório teve o seu início no Concílio de Florença (1439). Lá foi estabelecido a diferença entre o pecado cometido e a tendência inata para o pecado. Chegando-se a conclusão que o perdão (conseguido através da confissão ao sacerdote e a participação dos sacramentos) acaba com o pecado, mas não acaba com a má tendência. Há portanto, a necessidade do purgatório, um lugar intermediário entre o céu e a terra, onde os fiéis que ainda tenham alguma dívida e a má tendência para o pecado, irão sofrer no fogo do purgatório, até a purificação completa.
O autor John M. Haffert (livro: Saturday in Purgatory) escreveu: "Não há menor dúvida que os sofrimentos do purgatório em alguns casos duram através de séculos inteiros." Sobre o sofrimento do purgatório, o manual da sociedade do purgatório registra: "Segundo os santos padres da igreja, o fogo do purgatório não difere do fogo do inferno, exceto quanto à sua duração. É o mesmo fogo, diz S. Tomás de Aquino, que atormenta os réprobos no inferno e o justo no purgatório. A dor mais amena no purgatório, ele diz, ultrapassa os maiores sofrimentos desta vida. Nada além da duração eterna torna o fogo do inferno mais terrível do que o purgatório." Segundo os católicos as orações e esmolas dos vivos e o "sacrifício da missa" ajudam a diminuir o tormento do purgatório. Como será que os católicos encaram a morte? Se eles pensam que depois da morte vão encarar o purgatório.
Os teólogos tentam basear a doutrina do purgatório nos livros de Macabeus e em algumas passagens das Escrituras. Sabemos que Macabeus é um livro apócrifo e espúrio. Quanto às passagens das Escrituras, os católicos usam o fato de existir um pecado imperdoável (blasfêmia contra o Espírito Santo) e a passagem de I Co 3.15. Quando Cristo chama a blasfêmia contra o Espírito Santo de pecado imperdoável, não faz referência nenhuma ao purgatório, que segundo os católicos seria, o lugar onde este pecado seria perdoado. Pelo contrário, Jesus disse: "Não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro" (Mt 12.32) e "nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo." (Mc 3.29). Quanto a passagem de Coríntios, Paulo trata da questão dos galardões e não da salvação. Tanto que mesmo que as obras se queimem "o tal será salvo, todavia como pelo fogo."
Quero destacar três argumentos bíblicos que liquidam a doutrina do purgatório:
1º) A suficiência do sacrifício de Cristo
Não há como crer na suficiência do sacrifício de Cristo e na doutrina do purgatório ao mesmo tempo. Só pode se crer em um e descartar o outro. Cristo falou: "Porque o filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido" (Lc 19.10). Ele veio salvar, não se tem nenhuma necessidade do purgatório para aperfeiçoar a salvação que Cristo trouxe. Paulo escreveu: "Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal." (I Tm 1.15). Cristo na cruz disse: "Está tudo consumado", mostrando assim que cumpriu a sua missão.
2º) Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo (Rm 8.1 e Jo 3.18).
3º) É na presente vida que a salvação ou a condenação é definida (Hb 9.27).
Observamos que o catolicismo não fica satisfeito com nada. Não crê que o sacrifício de Cristo foi o suficiente para a nossa salvação, nem fica satisfeito com a sua própria mirabolante doutrina dos sacramentos. Para eles há necessidade do purgatório, enquanto a Bíblia é bem mais simples afirmando que Cristo satisfez a justiça divina (Rm 3.21-26), não havendo necessidade de mais nada.
O PAPADO
Os primeiros aspectos que quero analisar sobre o papado são os títulos que estes carregam e as reivindicações que fazem para si. A palavra "papa" vem do latim papa que significa "pai". Cristo foi bem claro que ninguém poderia ser chamado de pai espiritual a não ser Deus: "E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso pai, o qual está nos céus. Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso mestre, que é o Cristo." (Mt 23.9 e 10).
O papa também é chamado de "doutor supremo de todos os fiéis", o que vai contra o que Cristo ordenou, citado logo acima. São muitos títulos equivocados e arrogantes que o papa carrega em seus ombros. Estarei comentando mais alguns, tais como: "vigário de Cristo", "sumo-pontífice" e "santo padre".
A palavra "vigário" quer dizer "substituto". O papa é chamado de "vigário de Cristo", ou seja, "substituto de Cristo". Cristo afirmou claramente que o seu substituto na terra seria a pessoa do Espírito Santo (Jo 14.16-18, Jo 15.26 e Jo 16.7 e 13). O título "pontífice", que quer dizer literalmente "construtor de pontes", não veio da Bíblia mas do romanismo, onde o imperador declarava-se o elo de ligação a Deus. O papa é chamado de sumo-pontífice, ou seja, o máximo elo de ligação a Deus. É uma blasfêmia e arrogância um homem se colocar nesta posição. Só Cristo é a ponte para Deus (Jo 14.6 e I Tm 2.5) e o cabeça da Igreja (Ef 1.22 e 23 e Cl 1.18). O título "santo padre" quer dizer "santo pai", ou obviamente "pai santo". Sem dúvida alguma este título só deve ser dado a Deus (Ap 15.4). Pois Deus não divide a Sua glória com ninguém (Is 42.8). Para resumir as pretensões papais, quero citar o catecismo de New York citado por Lorraine Boettner:
"O papa assume o lugar de Jesus Cristo sobre a terra... Por direito divino o papa tem poder supremo e total na fé e na moral sobre cada e todo pastor e seu rebanho. Ele é o verdadeiro vigário de Cristo, o cabeça de toda a igreja, o pai e o mestre de todos os cristãos. Ele é o governador infalível, o instituidor dos dogmas, o autor e o juiz dos concílios; o soberano universal da verdade, o árbitro do mundo, o supremo juiz do céu e da terra, o juiz de todos, sendo julgado apenas por um, o próprio Deus na terra."
No apogeu do papado, foi "consagrado" ao papado o monge Hildebrando que exerceu o papado no período de 1073 a 1075 como título de Gregório VII. Assim que assumiu, Gregório VII publicou as suas máximas que ficaram sendo conhecidas como "máximas de Hildebrando". Segundo o autor Abraão de Almeida (in: Lições da História) essas máximas são consideradas a essência do papado. Este mesmo autor citas as máximas das quais transcrevi algumas:
1. Nenhuma pessoa pode viver debaixo do mesmo teto com outra excomungada pelo papa.
2. É o papa a única pessoa cujo os pés devem ser beijados por príncipes e soberanos.
3. A sua decisão não pode ser contestada por ninguém e que somente ele pode revisar.
4. A Igreja Romana nunca errou nem jamais errará, como as Escrituras testifica (Leia Obadias nos versículos 3 e 4).
PEDRO COMO PRIMEIRO PAPA
Vimos os títulos equivocados e arrogantes que o papa carrega sobre si. Agora veremos que a própria existência do papado é uma deturpação das Escrituras. É impossível abordar este assunto sem falar a respeito do trecho bíblico em que os católicos se baseiam para firmar a doutrina do papado: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja" (Mt. 16.13-20). Os católicos pegam esta afirmação de Cristo para afirmar que Pedro é a pedra ou rocha em que Cristo fundamentou a sua igreja, sendo assim o primeiro papa da igreja. Quando Cristo falou "...esta pedra..." não estava se referindo a Pedro, mas sim à anterior declaração de Pedro a respeito de Jesus – "Tu és o Cristo, O Filho do Deus vivo". Cristo é a pedra fundamental da igreja. Paulo afirmou: "Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já esta posto, o qual é Jesus Cristo." (I Co 3.11). No grego, a palavra Pedro é petros, do gênero masculino, enquanto pedra ou rocha é petra, do gênero feminino. O que Cristo disse: "Tu és Petros (masculino), e sobre esta petra (feminino) eu edificarei a minha igreja."
Mostra-se assim que Cristo não estava falando de Pedro como a pedra ou rocha, mas sim a respeito da declaração de Pedro – "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo." Se Pedro fosse a rocha, Cristo teria dito: "sobre ti edificarei a minha igreja", mas não disse. É interessante observar que na narrativa de Marcos a frase de Cristo: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja", é omitida (Mc 8.27-30). Marcos por muito tempo foi companheiro de Pedro e no seu evangelho há uma profunda influência do mesmo. Pedro chamava Marcos de filho (I Pe 5.13). Pedro em nenhum momento disse de si mesmo como a rocha ou pedra da igreja. Pelo contrário, sempre mostrou a Cristo como a pedra: "Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posto como cabeça de esquina" (At 4.11). Veja também I Pe 2.4-8.
Há também a afirmação católica que Pedro teria recebido as chaves do céu. É outra deturpação das Escrituras, baseada em Mateus 16.19: "Eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus." Não podemos entender a declaração de Cristo como se esta fosse somente dirigida a Pedro, mas esta é dirigida a toda igreja. Veja Mateus 18.15 a 18. Fica então patente aos nossos olhos que o ligar e desligar não refere-se apenas a um homem, mas à toda igreja, que têm a Cristo como cabeça , "...o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre" (Ap 3.7). O que seria abrir e fechar ou ligar e desligar que Cristo fala que a igreja realizaria com respeito as pessoas? O que se segue: quando a igreja prega o evangelho, abre o reino; quando deixa de pregar, o fecha. Isto fica bem claro quando observamos o "ai" de Cristo a respeito dos fariseus. "Mais ai de vós escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando." (Mt 23.13). Porque os fariseus fechavam o reino? Por não divulgarem corretamente as Escrituras, o Antigo Testamento, naquela época. Veja: "ai de vós, doutores da lei, que tiraste a chave da ciência; vós mesmos não entrastes, e impedistes os que entravam." (Lc 11.52). Assim observamos que quando a igreja prega o evangelho genuíno esta abre o reino dos céus, quando não, fecha o reino.
Ao analisarmos o trecho bíblico de Mt 16.13-20, devemos partir para a análise da afirmação católica que Pedro foi o primeiro papa. Se ele realmente foi o primeiro papa, o foi de maneira totalmente diferente dos padrões papais. Há um abismo enorme entre Pedro e os seus pretensos sucessores. A verdade é que Pedro não foi o primeiro papa e a ordenação de um dirigente humano universal para a igreja está totalmente contrária às Escrituras.
Jorge Buarque Lyra (in: Catolicismo Romano) argumentou muito bem: "Poderia, acaso, de alguma forma, um homem ser fundamento de uma obra divina? Se pudesse (admitindo-se o absurdo), tal obra deixaria de ser divina."
Vejamos as seguintes características de Pedro:
1ª) Pedro não era celibatário. Tanto que teve sogra curada por Cristo (Mc 1.29-31). O papa é celibatário, sendo o celibato uma imposição a todo o clero. Em I Timóteo está escrito: "Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e doutrinas de demônios; ...proibindo o casamento."
2ª) Pedro era pobre. "E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro..." (At 3.6). O papa está cercado de riquezas.
3ª) Pedro nunca esteve em Roma. Não é interessante observar que o chefe da igreja de Roma nunca esteve em Roma? Os católicos lançam mão de fontes extra-bíblicas para afirmar que Pedro esteve em Roma.
4ª) Pedro nunca consentiu que ninguém se ajoelhasse a seus pés. "E aconteceu que, entrando Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo, e, prostrando-se a seus pés, o adorou. Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem." (At 10.25 e 26). O papa constantemente recebe este tipo de reverência e adoração.
5ª) Pedro não era infalível. "E, chegando Pedro a Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível. Porque antes que alguns tivessem chegado da parte de Tiago, comia com os gentios; mas, depois que chegaram, se foi retirando, e se apartando deles, temendo os que eram da circuncisão." (Gl 2.11 e 12). O papa é considerado infalível. A infalibilidade papal foi definida e aceita oficialmente em 1870 no Concílio do Vaticano I. A Igreja Católica demorou 1870 anos para considerar o papa infalível. É importante observar que não foi Deus que decidiu mas foram homens pecadores reunidos que chegaram a conclusão que o papa era infalível. Na Bíblia está escrito: "porque todos pecaram e destituídos da glória de Deus" (Rm 3.23) e ainda está escrito que quando dizemos que não temos pecado fazemos a Deus mentiroso. Veja: "Se dissermos que não pecamos fazemo-lo mentiroso, e a Sua palavra não está em nós." (I Jo 1.10).
6ª) Pedro não tinha a primazia na igreja. Observe o que Pedro escreveu: "Aos presbíteros, que estão entre vós, que sou também presbítero como eles e testemunha das aflições de Cristo..." (I Pe 5.1). Em At 8.14 está escrito: "Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a Palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João." Note bem: não foi Pedro que enviou alguns dos apóstolos, mas foram os apóstolos que lhe enviaram. Onde está a primazia de Pedro? Em At 11.1-18 vemos Pedro justificando-se perante a igreja. Quero destacar principalmente o versículo 2: "E subindo Pedro a Jerusalém, disputavam com ele os que eram da circuncisão." Enquanto que a igreja Católica afirma que as decisões do papa não podem ser questionadas.
MARIOLATRIA
Entre os inúmeros pontos de divergências que existem entre Católicos Romanos e Evangélicos, um se destaca: Maria. Os católicos praticam a adoração à Maria, dando um maior destaque à mesma do que a Cristo. Já os evangélicos a consideram como um exemplo de vida cristã e humildade. Paulo deixou a advertência: "Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém." (Rm 1.25) Maria é criatura. Cristo é Criador. "Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam povos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades: tudo foi criado para Ele e por Ele." (Cl 1.16)
Veremos, neste estudo que as doutrinas católicas em relação à Maria carecem totalmente de base nas Escrituras. São doutrinas criadas por homens influenciados pelo paganismo. Adolfo Robleto escreveu bem: "Os egípcios tinham sua deusa Ísis; os fenícios, sua Astarte; os caldeus, sua Semíramis; os gregos, sua Ártemis; de maneira que o romanismo escolheu sua deusa feminina, e Maria foi a mais adequada para o caso."
A Mariolatria católica está sustentada no seguinte tripé:
1ª) Imaculada Conceição de Maria,
2ª) Perpétua virgindade de Maria
3ª) Assunção de Maria.
IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA
Este dogma afirma que Maria nasceu sem pecado, ou seja, ela não herdou a mancha do pecado original, e ainda se manteve sem pecado por toda a sua vida. Atribuem assim à Maria um atributo divino – a impecabilidade. Maria não poderia pecar e nunca pecou, segundo o catolicismo.
Este dogma só foi aceito oficialmente em 8 de dezembro de 1854, quando o papa Pio IX proferiu o seguinte:
"Declaramos e definimos que a bem-aventurada virgem Maria desde o primeiro momento de sua concepção, foi reservada imaculada de toda mancha do pecado original, por graça singular e privilégio do Deus Onipotente, em virtude dos méritos de Jesus Cristo, o Salvador da humanidade, e que esta doutrina foi revelada por Deus e, portanto, deve ser firmemente e constantemente crida por todos os fiéis." Com base neste dogma, a Igreja Católica celebra a festa da Imaculada Conceição.
É interessante observar que nem Maria sabia dessa sua suposta imaculada conceição. No seu cântico diz: "e o meu Espírito se alegra em Deus, meu Salvador." (Lc 1.47). Só um pecador é que necessita de um Salvador. Ela falou "...Deus meu Salvador". Quando depois do nascimento de Cristo, Maria levou as duas ofertas que a lei mandava, a oferta queimada e a oferta pelo pecado. (Lc 2.22-24 e Lv 12.6-8). Mas se não tinha pecado, para que levar as ofertas? Nas Escrituras, em nenhum momento, se afirma que Maria não cometeu pecado. Pelo contrário: "Pois todos pecaram e destituídos da glória de Deus." (Rm 3.23); "Não há um justo, nem sequer um." (Rm 3.10). Só Cristo é identificado como o único sem pecado. "Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós: para que nele fossemos feitos justiça de Deus." (II Co 5.21).
Os católicos gostam de usar o texto de Gn 3.15: "E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar", para afirmar que Maria pisou a cabeça da serpente, ou seja, a cabeça do Diabo. Quando a promessa fala que é a semente da mulher (Jesus Cristo) que pisaria a cabeça da serpente. Veja Hb 2.14: "...para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o Diabo." E I Jo 3.8: "...para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo." Fica claro que a promessa de Gn 3.15 refere-se a Cristo, e não à Maria. Cristo é o que pisaria a cabeça da serpente.
A PERPÉTUA VIRGINDA DE MARIA
O segundo pé de apoio à doutrina católica sobre Maria é a sua perpétua virgindade. Os católicos afirmam que Maria, em toda sua vida, nunca conheceu sexualmente o seu esposo José. Fica evidenciado, nas Escrituras, que até o nascimento de Jesus, Maria foi virgem. Mas afirmar que ficou sempre assim é afirmar o que a Bíblia não afirma.
Em Mt 1.24 e 25 está escrito: "E José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher: e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus." Há dois aspectos interessantes nestes versículos: 1º) O "...até..."; mostra que José conheceu sexualmente Maria depois do nascimento de Cristo; e 2º) Jesus é chamado de primogênito, ou seja, Jesus é chamado de o primeiro filho gerado por Maria, mostrando que Maria gerou outros filhos. Deus chama Jesus de unigênito (Jo 3:16), ou seja, o único filho gerado. Fica claro que Jesus é o único filho gerado por Deus e o primeiro filho entre os filhos de Maria.
Em diversas passagens vemos que Jesus teve irmãos e irmãs. "Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele." (Mc 6.3). Veja também Mt 13.54-56. Paulo chegou a afirmar que os irmãos do Senhor eram casados (I Co 9.5). Por sua vez, os católicos crêem que quando se fala em irmãos, na verdade, está se referindo aos primos de Cristo, e que estes são filhos de uma irmã de Maria. Os católicos identificam três dos irmãos de Jesus com três dos discípulos que tinham os mesmos nomes: Tiago, filho de Alfeu; Simão, o Zelote; e Judas, filho de Tiago (Lc 6.15 e 16). O que é um tremendo equívoco, porque as Escrituras sempre mostram diferenças entre os discípulos e os irmãos do Senhor (Jo 2.12, Mt 12.46 e 47 e At 1.14) e a mais clara diferença está em Jo 7.5: "Porque nem mesmo seus irmãos criam nele." Isto é um cumprimento da profecia messiânica em Sl 69.8: "Tenho-me tornado como um estranho para com meus irmãos, e um desconhecido para com os filhos de minha mãe." Como pessoas que eram os discípulos do Senhor não iriam crer no Senhor? Mostra-se assim que estes discípulos não eram irmãos do Senhor.
Nas referências do N. T. sobre os irmãos de Cristo, a palavra grega que sempre é usada é adelfoV, adelphos (irmão), nunca se usou sungeneV, sungenes (parente) ou anhyioV, anepsiós (primos), palavra esta que Paulo usou em Cl 4.10 e que foi traduzida corretamente como primo.
Os católicos estão indo contra a essência do casamento quando afirmam que Maria e José nunca se conheceram sexualmente. A relação sexual no casamento é algo lícito e aprovado por Deus. Além do mais os católicos consideram o casamento como um dos sacramentos, caindo assim em contradição. Veja Gn 2.24: "Portanto deixará o varão o seu pai e sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne." Paulo recomendou que a abstinência sexual entre o casal durasse pouco tempo, em I Co 7.5: "Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás vos não tente pela vossa incontinência."
A ASSENÇÃO DE MARIA
A teologia católica é uma verdadeira colcha de retalhos, um remendo leva a outro. Como consideram que Maria foi concebida sem pecado, e ainda que viveu sem pecar, chegaram a mirabolante conclusão que seu corpo na morte não experimentou a decomposição e nem permaneceu na sepultura. "Um abismo chama outro abismo." Enquanto a profecia a respeito de Cristo diz: "Nem permitiras que o teu santo veja corrupção" (Sl 16.11) com referências em At 2.27-32 e At 13.33-37, fala a respeito do santo não ver a corrupção e nunca a uma santa não ver a corrupção.
Os católicos crêem que:
"No terceiro dia depois da morte de Maria, quando os apóstolos se reuniram ao redor de sua sepultura, eles a encontraram vazia. O sagrado corpo fora levado para o paraíso celestial. O próprio Jesus veio para levá-la até lá, toda a corte dos céus veio para receber com hinos de triunfo a mãe do divino Senhor. Que coro de exultação! Ouçam como eles cantam: Levantai-vos as vossas portas, ó príncipes, ó portas eternas para que a Rainha da Glória possa entrar." (descrição da tradição católica citada por Lorraine Boettner).
É de deixar pasmo o fato da Igreja Católica criar um dogma sem nenhuma base nas Escrituras. Nenhum dos apóstolos citam essa criação fraudulenta. Depois de At 1.14 há um profundo silêncio nas Escrituras a respeito de Maria, não se fala na morte e muito menos na assunção de Maria. Como pode criar-se um dogma sem base nas Escrituras? Um dogma que só foi elaborado em 1º de novembro de 1950 pelo mariólatra Papa Pio XII. As Escrituras deixam claro que a glorificação dos santos só acontecerá depois da volta de Cristo e não fala que Maria seria uma exceção. Veja I Co 15.20-23:
"Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo na sua vinda."
Os católicos ainda crêem que ao chegar aos céus Maria foi coroada "Rainha dos céus". Este título nunca foi dado à Maria nas Escrituras. Pelo contrário, a Bíblia condena este título, que tinha sido dado a uma falsa deusa. "Os filhos apanham a lenha, e os pais ascendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha, para fazerem bolos à rainha dos céus, e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira." (Jr 7.18) Veja também Jr 44.17-23. Observamos que esse título mariano foi tirado de uma prática pagã totalmente condenada pela Bíblia.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

DÍZIMO: CONTRIBUIÇÃO DA LEI OU DA GRAÇA?

Para que, no caso de eu tardar, saibas como se deve proceder na casa de Deus, a qual é a igreja do Deus vivo, coluna e esteio da verdade. (I Timóteo 3:15)
O objetivo deste estudo não é o de se contrapor ao dízimo, mas de esclarecer a verdade da forma certa de como contribuir pela graça, não por coação psicológica e doutrinária, utilizada por muitos líderes de igrejas, através de versículos da lei judaica, mas sim contribuir sem constrangimento exposto em (II Coríntios 9:7).
O cristão não é obrigado a dar o dízimo, nem por medo do “devorador” (Malaquias 3:11) ou de ser amaldiçoado, porque o dízimo é um mandamento da lei judaica, além disso, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo e Ele já nos abençoou com todas as bênçãos nas regiões celestiais (Romanos 8:1) e (Efésios 1:3). Nem rouba a Deus o cristão que não dá o dízimo... não temos o dever de chamar de ladrão a quem Jesus libertou, se ele contribui com 0% ou 100% é uma atitude pessoal, ele é livre para decidir. Jesus condenou a atitude dos judeus escribas e fariseus que dizimavam até o cominho e não ofertavam o seu amor ao próximo. (Mateus 23:23), infelizmente, muitos cristãos têm repetido esta mesma atitude.
Não há um só versículo no Novo Testamento, que registre a obrigatoriedade do cristão dizimar.
Por outro lado, se o cristão deixa de contribuir ou diminui esta contribuição, por que descobre que não é obrigado, está agindo de má fé para com Deus, como fez Ananias e Safira, ele deve contribuir sim e feliz porque sabe que pode fazê-lo por amor a Deus e não por imposição de homens, e segundo o que propuser em seu coração. Toda a contribuição para a Igreja era feita unicamente através de ofertas e partilha de bens. Nós, cristãos, devemos ter o cuidado de não ficarmos como passarinho no ninho: obrigados a engolir o que colocam na nossa boca.
Pela Lei, o dízimo era destinado à tribo levítica, aos sacerdotes desta tribo.
Eles recebiam e se mantinham dos dízimos, porque não tinham herança e cuidavam do Templo de Deus, a Casa do Senhor, para onde os dízimos eram levados (Números 18:21/30). O Templo foi destruído e não existem mais os sacerdotes levitas. Pela Graça, a instituição do dízimo é ilegal e sem respaldo bíblico, porque todos nós somos sacerdotes de Cristo. (Apocalipse 1:6), pois não há mais necessidade desta tribo sacerdotal. O Dízimo foi estabelecido para os judeus; não para a igreja de Jesus Cristo. (Hebreus 7:5).
Devemos compreender a diferença entre contribuir em LEI e o contribuir em GRAÇA, para não ficarmos debaixo de maldição, e obrigados a guardar toda a lei, se escolhermos seguir um mandamento dela, como disse o apóstolo Paulo em (Gálatas 5:3/4), pois quem cumpre um mandamento da lei é obrigado a guardar toda a lei.
Somos servos do Senhor Jesus, não escravos de homens. (I Coríntios 7:23); (Gálatas 5:1) e foi para a liberdade que Ele nos chamou.
Na Lei, o DÍZIMO era a causa principal da bênção do povo judeu e a bênção era consequência deste DÍZIMO (Malaquias 3:10). A maneira certa do povo judeu contribuir na LEI era dando o Dízimo para ser abençoado.
Na GRAÇA, o Sacrifício de Cristo é a causa principal da bênção do povo cristão.
Paulo, em (Efésios 1:3) nos afirma que Deus nos abençoou “EM CRISTO”, não “EM DÍZIMO”, por este motivo, a maneira correta do povo cristão contribuir em GRAÇA é no uso de (II Coríntios 9:7), porque abençoados já somos.
Ao invés de incentivar os cristãos, com amor, a contribuírem na casa de Deus, muitas autoridades dizem que não o obrigam o pagamento do dízimo, mas usam textos do antigo testamento, como: ...repreenderei o devorador; ...roubais ao Senhor nos dízimos.. etc, que produzem temor nas pessoas e medo de maldição, porque tais autoridades dependem de altos salários pagos pelas igrejas ou têm receio que a obra do Senhor seja prejudicada se não houver imposição ou, por despreparo repetem os erros dos outros líderes, a todos faltando fé suficiente de que Deus prosperará a igreja, através da contribuição espontânea dos irmãos, como ocorria na igreja primitiva. O resultado disso tudo é o engano, o desvio da Verdade.
Cristo não colocou “VINHO NOVO”(A GRAÇA) em “ODRES VELHOS”(A LEI). (Marcos 2:22).
Jesus estabeleceu tudo novo e jogou fora o que era velho (Gálatas 4:30); (Hebreus 8:13). Não podemos fazer do cristianismo uma seita judaica. Paulo afirma (Gálatas 2:14). Toda esta confusão sobre o Dízimo seria erradicada do nosso meio se nos empenhássemos mais em conhecer profundamente a Palavra, sermos adultos na fé e não meninos. Se quisermos nos aprofundar na Palavra, devemos confrontar sempre o que as pessoas ensinam com o que a Bíblia realmente diz (I João 2:27), fazermos como os crentes de Beréia.

Origens do dízimo

DÍZIMO é um preceito da LEI de Moisés (Números 18:24), embora Abraão tenha dizimado antes da Lei, no lugar do número dos sacerdotes, os quais se encontravam nos seus lombos. (Hebreus 7:9/10). O Dízimo passou a ser um pacto (Deuteronômio 12:6/17), um contrato, entre Deus e os israelitas (Deuteronômio 14:22/28). Todavia, nem os gentios, e nenhum representante da Igreja de Cristo estavam lá para ouvir este pacto, ficando assim, a Igreja atualmente, comprometida com o dízimo. Porém, como Jesus cumpriu toda a lei (Romanos 10:4), ao estabelecer uma Novo Testamento (Hebreus 8:13), nem mesmo o judeu tem qualquer compromisso com a observância do Dízimo, uma vez convertido a Cristo.
DISPENSAÇÃO: É um período em que o homem é provado na sua obediência a certa revelação da vontade de Deus. Encontra-se três vezes no Novo Testamento, em (Efésios 1:10); (Efésios 3:2) e (Colossenses 1:25).
POVOS nas Escrituras Sagradas: judeus, gentios e Igreja (judeus + gentios).
O DÍZIMO surgiu na dispensação da Promessa, de Abraão até Moisés. Deus estava para estabelecer o número de sacerdotes (10% da tribo de Levi), na dispensação da Lei, dentre os filhos de Levi, que já se encontravam nos lombos (no corpo) de Abraão, seriam seus descendentes (Hebreus 7:9/10) com a finalidade de ministrarem no Templo onde passariam a habitar. Foi o principal motivo, pelo qual, o Espírito inspirou Abraão a pagar a Melquisedeque o dízimo (Hebreus 7:4), referente a 10% dos sacerdotes da tribo de Levi que estavam nos seus lombos. Quando o dízimo foi instituído na Lei, os levitas ficaram isentos de pagá-lo, como diz o texto: ...Levi que recebe dízimos, pagou-os na pessoa de Abraão. (Hebreus 7:5/9).
Ficaram isentos porque o dízimo deles foi pago na pessoa de Abraão a Melquisedeque, que era a figura do sacerdócio eterno de Cristo. Os sacerdotes levitas foram os únicos autorizados por Deus, aqui na terra, segundo as Escrituras, a receberem dízimo (II Crónicas 31:5/6) e (II Crónicas 31:12); (Neemias 10:37) e (Neemias 12:44), não o Sistema eclesiástico atual.
Muitos irmãos indagam: “Mas porque Deus tem me abençoado, depois que tenho dado o dízimo?”
Ora, se a Palavra diz que Deus é misericordioso até com os maus (Mateus 5:45), quanto mais com um filho seu, que é generoso para contribuir na Obra do Senhor, mesmo que não tenha conhecimento real da profundidade desta contribuição, sendo o seu coração sincero diante de Deus, Deus o prosperaria independentemente do que ele oferta ou do que vota. Deus está mais interessado na misericórdia dos nossos corações, que nos sacrifícios de nossas mãos, como dito em (Mateus 9:13).
Foi extinto o sacerdócio levítico, que era da lei, para que um outro sacerdócio fosse levantado, segundo a Graça, Eterno (Hebreus 7:11/12). Somos livres em tudo, inclusive na forma de contribuir:
Não há limite de contribuição, é segundo o que você propõe no seu coração, 0% ou 100%. A obrigação do dízimo, não mais existe. É um preceito da Lei judaica! (II Coríntios 9:7)
Como contribuir? Em Lei ou em Graça?
Para você entender melhor, usamos o seguinte exemplo:
O Adultério
Na Lei: Para não adulterar, o meio utilizado foi o apedrejamento (Levítico 20:10).
Na Graça: Para não adulterar, o meio utilizado foi o amor a Cristo (II Coríntios 5:14).
Contribuição
Na Lei: Para contribuir, o meio utilizado foi o medo do devorador (Malaquias 3:10/11).
Na Graça: Para contribuir, o meio utilizado é o amor a Cristo (II Coríntios 9:7).
No Adultério e na Contribuição, mudou o meio, mas o objetivo foi o mesmo: Não adulterar e sempre contribuir.
É isto que Deus quer revelar à sua igreja. Você vive debaixo da GRAÇA e não debaixo da LEI. Porque quando se faz uso da lei estando em graça, para alcançar certo objetivo, mesmo que certo, mas se o meio utilizado estiver errado, o resultado é a separação de Cristo e o cair da graça, sendo assim, a pessoa é obrigada a cumprir toda a lei, como nos afirma o Espírito Santo através de Paulo em (Gálatas 5:3/4). É por este motivo que se torna um erro gravíssimo o uso de (Malaquias 3:10) em plena GRAÇA em que vivemos, neste sentido (Malaquias 3:10), tornou-se no meio evangélico, “o pezinho de coelho” e “ferradura da sorte” para muita gente, principalmente para o Sistema Religioso atual, que não consegue viver por fé, porque a fé não é de todos (II Tessalonicenses 3:2) é só dos eleitos de Deus (Tito 1:1). Infelizmente, muitos se comportam como aqueles que queriam atirar a primeira pedra na mulher adúltera, provavelmente, se Jesus estivesse aqui diriam: “Mestre, este irmão ou irmã foi apanhado(a) em flagrante roubo, não tem dado o dízimo, vive roubando a Deus, (Malaquias 3:10) diz que tais sejam entregues ao devorador e que Deus não deve abrir as janelas dos céus para abençoá-las. Tu, pois o que dizes?” Creio que Jesus daria esta resposta: “O que você tem a ver com isso?”. Assim como ninguém vive perguntando se você é adúltero, também não deve viver perguntando se você é dizimista. Muitos chegam até ao absurdo a constranger o irmão ou irmã, expondo-o à vergonha de ter o seu nome numa relação de não dizimistas pregada na porta da igreja, quando não, tiram-lhe o ministério ou o discriminam, mas quando é um(a) irmão(ã) que dá um dízimo elevado, este, muitas vezes, é o mais honrado na igreja.
Notemos que O Deus que fala em (Malaquias 3:10), é o mesmo que diz em (Malaquias 2:16) “... Pois eu detesto o divórcio, diz o Senhor Deus de Israel...” e quase não ouvimos falar deste assunto nas igrejas. Repetimos: não se faz aqui, apologia à AVAREZA, porque isso não é de Deus e os avarentos, diz a Bíblia, não herdarão o Seu Reino, podemos dar até tudo o que temos, por amor, ao Senhor e isto alegra o coração de Deus: como alegrou o coração de Jesus observar a viúva pobre que deu tudo o que tinha. O que é errado é a forma escandalosa e nada cristã, relativa às contribuições. O crente em Jesus dá com alegria e amor, até mais de 10%, se puder.
Mateus 23:23
Jesus, acima, está falando para os fariseus daquela época, não para a igreja, que até então, não havia sido totalmente formada com fundamentos da graça, o ministério de Cristo não havia ainda sido consumado. (o véu do templo não havia sido rasgado) , tanto que Jesus ordenou ao homem que era leproso para apresentar-se ao sacerdote e fazer oferta pela purificação, conforme a Lei (Lucas 5:14).
Os conservadores do dízimo ainda dizem: O DÍZIMO é uma tradição que devemos manter para não transgredir. O mesmo argumento utilizaram para Jesus em relação ao Sábado (Marcos 2:24) e o Lavar as mãos antes de comer (Mateus 15:2). Porque o Sábado fazia parte da Torá (lei judaica) e o Lavar as mãos fazia parte da Halaká (comportamento judaico). Veja o que o dinheiro faz, a ponto de esquecerem que, tanto o Dízimo como o Sábado e o Lavar as mãos eram tradições judaicas e não gentílicas. O DÏZIMO passou a ser a única tradição judaica que o Sistema Religioso vem mantendo até hoje no seio da Igreja gentílica. Não é um absurdo???
Fazem uma lavagem cerebral religiosa porque o dízimo é a galinha dos ovos de ouro para muitos: é a única tradição que traz estabilidade financeira, mas não para Deus, porque Ele de nada necessita, pois é o dono de todas as coisas. Nem tampouco é servido por mãos humanas, (Atos 17:25).
Infelizmente, muitas igrejas têm se tornado bem parecidas com a Antiga Igreja Romana, que usava as indulgências como fonte de lucro, induzindo os fiéis a contribuírem por medo da maldição, a comprarem sua salvação do Inferno e do Purgatório. Se um crente amaldiçoado pelo falta do seu dízimo, é ladrão, como pode estar liberto? Isto nos faz julgar o irmão e afirmar que o sacrifício de Cristo não foi suficiente na sua vida, como faz a Igreja Romana.
Pare !... Confira na Palavra e reflita sobre tudo o que foi escrito aqui, Não permaneça debaixo da lei, mas se dizimar, faça-o com uma consciência liberta, mesmo que preguem ou façam o contrário.
A Verdade deve sempre prevalecer, como disse o apóstolo Paulo: “Tornei-me acaso vosso inimigo, porque vos disse a verdade?” (Gálatas 4:16); (Romanos 7:4); (Gálatas 5:1).

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Nostradamus - PROFETA OU ADIVINHO?

Dentro de um contexto secular, quando o assunto é profecia, o nome mais comum que vem à mente das pessoas não é Isaías, Jeremias, Daniel ou até mesmo Jesus, embora tenham proferido grandes e impressionantes predições. O nome mais sugerido é Nostradamus. No pensamento popular, ele quase chega a ser identificado como um dos profetas bíblicos e o grau de acerto de suas previsões é considerado altíssimo. Marques da Cruz, professor, gramático, poeta, escritor e um dos maiores pesquisadores brasileiros da obra de Nostradamus, classifica-o como "o mais minucioso vidente que o mundo já conheceu". Nostradamus foi realmente um profeta?
O que se pode dizer de sua vida e de suas obras, à luz das Escrituras? Qual é o perigo por trás de suas profecias? Será que ele possui de fato a infalibilidade que lhe é atribuída?
QUEM FOI NOSTRADAMUS?
Michel de Nostre Dame (1503-1566) ou Notredame, mais tarde Nostradamus, nasceu no dia 14 de dezembro de 1503, na cidade de Saint-Rémy, Provence, França. Seus pais eram judeus e, aos 9 anos de idade, ele e sua família ingressaram no catolicismo.
Desde cedo, demonstrou interesse pela matemática e pela astrologia, tendo recebido orientação nesse sentido do seu avô, Jean. Fez o curso de medicina e trabalhou intensamente no tratamento de vítimas da peste, epidemia que se alastrava na França no século XVI. Em 1530, sua primeira mulher e seus dois filhos morreram de peste.
Em 1555, então com 52 anos, ele publicou a primeira parte das suas ditas "centúrias". Ao todo são dez livros ou centúrias e cada centúria é composta de cem quadras, daí o nome centúria, dado a cada um dos livros, embora a autoria de uma parte de sua obra seja controvertida.
O PROBLEMA DA FONTE
Como crentes na Bíblia, nossa primeira preocupação com os escritos de Nostradamus não é se suas predições se cumpriram ou não, mas, sim, qual é a alegada origem dessas predições. O fato de uma predição se cumprir não encerra a questão: "Quando um profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti, e te der um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los; não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porquanto o Senhor vosso Deus vos prova, para saber se amais o Senhor vosso Deus com todo o vosso coração, e com toda a vossa alma" (Dt 13.1-3).
Os profetas bíblicos não eram meros prognosticadores do futuro. Suas mensagens não se resumiam em falar o que ia acontecer. A inspiração divina em seus lábios tinha por objetivo revelar os planos de Deus e manifestar a vontade do Senhor. O povo estava acostumado a buscar os necromantes e adivinhos para saber a respeito do futuro. Os profetas bíblicos anunciavam todo o propósito de Deus, relacionando-os com o futuro somente quando assim era necessário.
Mas Nostradamus nada teve em comum com esses profetas. Seus métodos estavam mais de acordo com os oráculos pagãos da Grécia e de Roma, ou com os bruxos da Idade Média, ou mesmo com os atuais praticantes do espiritismo, do que com os profetas de Deus. Essa distinção é vital!
Em verdade, não é o fato de prever ou não o futuro que distingue os mensageiros de Deus, mas o poder que está por trás de suas palavras. E, neste caso, a fonte do suposto poder de Nostradamus não está oculta aos pesquisadores. Vejamos o que revela a seguinte declaração: "Diz (Nostradamus) na Carta a Henrique II que se utilizou em parte da mesa de três pés, isto é, do tripé de bronze (Tripode Aeneo), usado desde a antiguidade, como, por exemplo, pela pitonisa Pítia, de Delfos, e, hoje, pelos espíritas, a partir de Allan Kardec, que usavam mesa de três pés, mesmo de madeira [...] Parece que esta declaração espontânea, ao começar as Centúrias, indica que ele praticava a magia [...] Sabe-se que este processo foi praticado pelos sacerdotes assírios, caldeus, egípcios, persas, gregos e de outros povos".(1)
Diante disso, é fácil perceber, mesmo por seus textos mais famosos, elementos comuns às artes mágicas e ao ocultismo, como fogo, transe e fumaça de enxofre. Em sua famosa carta ao seu filho César, há inúmeras declarações nas quais ele deixa transparecer seu ocultismo. Num trecho desta ele diz: "Certamente, meu filho, falo de modo um tanto incompreensível. Mas os fatos ligados a previsões secretas, transmitidos pelo espírito sutil do fogo, confundem, às vezes, o entendimento [...] Todavia, uma vez por semana caio numa espécie de estado de transe. Por meio de apurados cálculos, limpo posteriormente minhas anotações noturnas dos vapores de enxofre, conferindo-lhes aroma agradável".(2)
Não é novidade para nenhum biógrafo de Nostradamus que quando ele esteve em Avinhão (cidade do Sul da França), surgiu-lhe grande interesse por tudo o que se referia ao ocultismo, pois a biblioteca daquele lugar possuía muitos livros sobre o assunto. Também é sabido que quando morava na cidade de Salon o andar superior de sua casa foi convertido em um estúdio e, como ele mesmo narra em suas profecias, fechava-se ali de noite com seus livros de ocultismo. Embora tenha declarado haver queimado essas literaturas em ocasião posterior (o que prova que os tinha e se utilizava deles), isso, provavelmente, foi uma manobra para despistar a inquisição.
MUDANDO OS TERMOS
O título de "profeta", aplicado a Nostradamus, conferiu-lhe, com o passar dos séculos, uma aura de santidade e credibilidade indevidas. Identificou-o erroneamente com os profetas bíblicos. Mas em verdade, se queremos ser bíblicos, o título correto a ser aplicado a ele seria "agoureiro", "prognosticador" ou "feiticeiro", pois estes estão mais de acordo com a natureza e as práticas de Michel de Notredame. Nostradamus jamais empregou expressões tais como "assim diz o Senhor". Longe de ser um profeta, ele nada mais foi do que um adivinho ocultista.
Esta simples manipulação de títulos tomou simpático à sociedade um personagem que exerceu uma atividade completamente condenada por Deus nas Escrituras. Nele, a bruxaria e a feitiçaria adquiriram glamour. Depois de tantos séculos, ficou difícil convencer as pessoas de que uma consulta a Nostradamus equivale a uma consulta aos praticantes de bruxaria, tão comuns em toda a história e em todos os povos.
CUMPRIMENTOS REAIS OU APARENTES?
Outra fama adquirida por Nostradamus e que precisa ser devidamente analisada está ligada à exatidão de suas previsões e do grande número de acertos. Até que ponto suas previsões foram exatas? Quantas realmente podem ser comprovadas?
AMBIGÜIDADE
Um dos problemas que ocorria com as previsões dos adivinhadores pagãos sempre foi as ambigüidades, ou seja, os duplos sentidos que suas profecias apresentavam, de modo que qualquer cumprimento se encaixava em suas palavras.
Um célebre exemplo histórico que envolveu o oráculo de Delfos foi narrado por Heródoto, considerado o pai da História. Ele conta que havia na cidade de Lídia um rei muito rico, de nome Creso, que estava sendo atacado por Ciro, o persa. Como Ciro, para chegar às suas terras, teria de atravessar um rio, Creso consultou o oráculo para saber se aguardava a travessia do rio para lhe dar combate ou se ele atravessava o rio para ir ao encontro de Ciro. A resposta do oráculo foi: "Se tu atravessares o rio, um grande reino cairá". Confiante que derrubaria então o reino da Pérsia liderado por Ciro, Creso atravessou o rio e lhe deu combate. Foi completamente vencido e aprisionado e, de fato, um grande reino caiu - o dele. A ambigüidade está no fato de que ambos os reinos eram grandes e, portanto, independente do resultado, o oráculo tinha assegurado seu "acerto".
Comentaremos um exemplo de ambigüidade nos textos de Nostradamus, em uma análise feita por um estudioso de suas profecias, referente à guerra em Kososvo, em 1999.
O conflito que aconteceu na província de Kosovo, na Iugoslávia, foi interpretado por muitos astrólogos e estudiosos das profecias de Nostradamus como o início da guerra prevista pelo francês, que em sua centúria X, quadra 72, teria dito:
"No ano de 1999, sétimo mês Do céu virá um grande rei de assustar Ressuscita o grande rei de Angoulmois, Antes depois Marte reina pela felicidade".
Veja só o que Fábio Araújo, criador do site "profecias on-line", disse sobre a quadra 72 em 1999: "A primeira linha é clara e diz somente 'em julho de 1999'. Entendo que a expressão do céu virá pode ser entendida como um extraterrestre. Mas pode ser também que esteja usando uma expressão para dizer que "um rei de assustar" será um rei bom, ou seja, ele virá do céu e não do inferno [...] A terceira linha diz: 'Ressuscita o grande rei de Angoulmois' , que designa, provavelmente, dois personagens: o anticristo, vindo da Ásia, e o futuro salvador da Europa, que seria descendente de Luís XVI, morto na guilhotina com sua esposa na Revolução Francesa, em 1792. Bem, o conflito na Iugoslávia começou em março deste ano (1999) e a hipótese de uma guerra mundial já foi colocada em cena pelo presidente da Rússia, Boris Yeltsin, que ameaçou apontar mísseis russos para os países da Otan, a aliança ocidental liderada pelos Estados Unidos que atacou a província de Kosovo. Seria este o estopim da Terceira Guerra Mundial?".(3)
Como vemos pelas expressões "pode ser", "provavelmente", "seria", etc., seus textos podem oferecer diversas aplicações. Seu relacionamento com a guerra de Kosovo mostrou-se sem fundamento desde então e, provavelmente, voltará a ser aplicado a outro evento qualquer. E o pior, provavelmente será crido por muitos.
HERMENÊUTICA DUVIDOSA
Como sabemos, as centúrias foram escritas em uma linguagem de códigos, símbolos e imagens. Não há referências diretas a acontecimentos futuros, mas para se chegar a isto se faz necessário uma interpretação, ou seja, uma hermenêutica de seu texto.
Na teologia bíblica foi desenvolvida, com o decorrer dos anos, uma hermenêutica que possibilitasse interpretar corretamente seu significado. Portanto, existem regras de interpretação que devem ser obedecidas.
Com relação às profecias de Nostradamus isto não ocorre. Os que se propuseram a interpretar seus escritos não possuem uma regra e criam várias delas arbitrariamente sem qualquer base segura. Desta forma, se torna fácil adaptar eventos históricos às centúrias, fazendo que estas signifiquem o que aconteceu. Como exemplo, tomemos uma interpretação feita por um dos maiores estudantes das profecias de Nostradamus, Jean-Charles de Fontbrune. Vejamos, a seguir, a tradução da centúria 84 que, segundo Fontbrune, versa sobre o nascimento do anticristo na Ásia e sua penetração até a França:
"Ele nascerá da infelicidade e numa cidade incomensurável (cidade chinesa ou japonesa), filho de pais obscuros e pérfidos; quando o poder do grande rei (da França) for reconhecido, ele destruirá (o Ocidente) até Rouen e Evreux".(4)
Na própria tradução o autor já interpreta os textos, alterando-o segundo sua própria opinião. Por que a referida cidade incomensurável tem de ser chinesa ou japonesa e não outra qualquer? O que determina esse posicionamento? Por que o grande rei tem de ser o da França? Por que a destruição se refere ao Ocidente?
"As chamadas profecias de Nostradamus foram escritas numa linguagem tão herméticas (de compreensão difícil) que todos - absolutamente todos - os acontecimentos fundamentais da história da humanidade podem ser por elas explicados: mas somente depois de acontecerem (nunca antes do acontecimento), e isso graças aos aguerridos intérpretes das famosas centúrias. Elas não são herméticas por serem proféticas, mas são proféticas por serem herméticas".(5)
CUMPRIMENTO PÓS-FATO
Todas as vezes que se relacionaram as profecias de Nostradamus com algum acontecimento, não foi previamente. Ninguém predisse a história com alguma centúria dele. Mas quando algum fato marcante aconteceu, ou durante algum estudo da história, foi dito: "Nostradamus já havia predito isto em tal e tal lugar". Vejamos o exemplo da execução de Maria Antonieta (rainha da França, esposa de Luís XVI), na Sextilha 55:
"Ante o povo, pouco depois a rainha será guilhotinada e sua alma subirá ao céu. Será lamentada por muitos. Seus parentes ficarão aflitos: as lágrimas e suspiros de sua filha. Deixará de luto seus dois (cunhados)".
Mas o texto original em francês não diz guilhotinada, até porque esta ainda não tinha sido inventada no tempo de Nostradamus. Diz apenas que sua alma foi para o céu e seu corpo para a lama. A expressão "cunhados", que aparece entre parênteses na tradução, foi apenas uma tentativa de adaptar a suposta profecia ao suposto cumprimento.
USO ARBITRÁRIO DOS TEXTOS
Um exemplo muito curioso está relacionado ao período hitlerista (Hitler). Goebbels, o ministro de comunicação do terceiro Reich (período nazista), responsável por toda a propaganda nazista, utilizou-se freqüentemente de Nostradamus. Ele escreveu em seu diário, em 1942: "Foi traçado um plano, mostrando como podemos obter ajuda do ocultismo em nossa propaganda. Estamos realmente fazendo progressos [...] Portanto, estamos contratando os serviços de todos os peritos que podemos encontrar em ocultismo, profecias, etc. Nostradamus terá, novamente, de conformar-se em ser citado".(6)
Ele (Goebbells) se apropriou de uma suposta profecia da centúria 3, quadra 8, que parecia indicar uma derrota total da França, para incentivar seus soldados de que a vitória já estava garantida. Quando ele começou a campanha contra a França, Nostradamus estava em todas as bocas. Até nos EUA se ouvia dizer: "Ele predisse tudo". Mas, em seguida, houve tanta confusão e o fim foi a derrota total de Hitler e de sua Alemanha.
Podemos então perceber como é fácil interpretar Nostradamus para qualquer propósito.
A PROFECIA BíBLICA
"Nenhuma ciência é mais bem comprovada do que a religião da Bíblia" (Isaac Newton).
Uma breve comparação com a exatidão das profecias bíblicas já é o suficiente para perceber a diferença entre esta e as centúrias de Nostradamus. Embora tenha sua linguagem própria e sua própria hermenêutica, alguns fatores devem ser levados em consideração:
Existem cerca de trezentas profecias que se cumpriram literalmente na vida de Jesus, como o Messias de Israel.
Entre essas predições, muitas delas envolviam lugares e acontecimentos exatos, como a cidade onde nasceu, a forma como falou, a forma como morreu e o resultado de sua obra. Não há nada escondido, não é necessário tecer conjeturas e suposições arbitrárias para "interpretá-las". Tudo é muito claro! Um especialista em probabilidade, Peter Stoner, em seu livro A ciência fala, calculou que a chance de um homem que tenha vivido até hoje cumprir somente oito das mais de trezentas profecias messiânicas é de 1 para 10.
Existem profecias no Antigo Testamento sobre cidades como Nínive, Babilônia, Tiro, Petra, etc, que tiveram cumprimento literal. Tomando somente uma das cidades para exemplo, temos que a probabilidade de se cumprirem todas as predições acerca de Tiro é de 1 para 75.000.000. Isso prova que só Deus conhece infalivelmente o futuro.
Profecias sobre o retorno e o renascimento de Israel à Palestina (Is 66.8), que se encontram em toda a Escritura, são um cumprimento histórico significativo, muito superior às supostas previsões do adivinho francês, e estão diante dos olhos do mundo inteiro.
Mas se isso tudo é assim, por que então as pessoas não se voltam para as profecias bíblicas? Por que preferem ficar a mercê do subjetivismo e manipulação das centúrias? Por que se predispõem a crer num "agoureiro", considerado por alguns estudiosos do assunto como o "profeta" da moda? Cremos que é possível encontrar nas palavras do apóstolo Paulo pelo menos um indício disso: "O deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus" (2Co 4.4).

Tumba de Maria

esse vídeo mostra a tumba de Maria,embora o resto do video seja adventista,más preste atenção no vídeo.