segunda-feira, 7 de abril de 2008

A capa de Elias



Assembléia de Deus de Boston
Conselho de Doutrina e Comissão de Apologia CGADB repudiam modismos de Boston.
O Conselho de Doutrina e a Comissão de Apologia da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil (CGADB), presididos respectivamente pelos pastores Paulo Roberto Freire da Costa e Esequias Soares, reuniram-se mês passado em Campinas (SP) para elaborar manifesto repudiando os principais modismos que têm surgido especialmente em algumas igrejas brasileiras nos Estados Unidos, com repercussão no Brasil. O objetivo do manifesto é alertar o povo de Deus sobre ventos de doutrina advindos de Boston e que vão além da já propalada angelolatria, incluindo até o novo modismo da “unção da capa de Elias” (sic), que está se tornando comum em algumas igrejas brasileiras.
O estopim para a publicação deste parecer da Convenção Geral foi o lançamento do livro O Triunfo Eterno da Igreja, no final de agosto, de autoria do líder da Igreja do Avivamento Mundial Assembléia de Deus de Boston, pastor Ouriel de Jesus. Até então, o líder daquela igreja e seus seguidores insistiam em dizer que não estavam ensinando heresias, mas, muito pelo contrário, estavam sendo mal interpretados. Porém, com o lançamento do livro, toda essa argumentação caiu por Terra. A obra não só esposa os ensinamentos da igreja de Boston já difundidos, embora negados pela sua liderança, como também traz outras bizarrias teológicas, que chocam-se frontalmente com o ensino bíblico.
Os líderes da AD se preocupam ainda com a produção de modismos que surgem como subproduto das heresias de Boston. Um deles, que já está se tornando comum em algumas igrejas brasileiras, é a “unção da capa de Elias”. Alguns pregadores andam ensinando, baseados na passagem de 2 Reis 2.9-15, que se o crente quiser ser vitorioso em sua vida espiritual, deve receber a unção da capa de Elias. Tal unção repousaria sobre esses pregadores e poderia ser transmitida em série, bastando apenas que o pregador impusesse suas mãos ou jogasse seu paletó (que funcionaria como a tal capa) sobre seus ouvintes para que eles a recebessem.
Nessas sessões, algumas pessoas caem no chão, outras desmaiam e dizem ter “arrebatamentos”. O detalhe é que só o pastor da igreja ou o pregador podem despertar o “arrebatado” do seu transe, ninguém mais. As sessões da “capa” estão se tornando populares em alguns lugares e há até alguns “capistas” que estão fazendo novas versões desse modismo, onde a capa ou manto a ser recebido é invisível, pois seria “a capa de um anjo”.
Pastor José Wellington, líder da CGADB, analisa as razões pelas quais esses modismos infelizmente ganham terreno. Segundo ele, o relegar a Palavra de Deus e a ausência de avivamento são as principais causas. “Lamentavelmente, alguns perderam a visão do verdadeiro avivamento e estão criando os seus próprios meios para animar o povo, com marcas com e sem Jesus, cultos-show, recitais etc. Outros tentam o avivamento colocando atrás do pregador ‘abençoadas benzedeiras angelicais’, que invocam anjos. Tais métodos não apenas não produzem avivamento como também contrariam a Palavra de Deus”, afirma o líder.
Pastor Paulo Freire ressalta a importância de tal manifesto e condena esses novos modismos. “Precisamos combater esses modismos”, declara o líder.
Pastor Esequias Soares corrobora suas palavras, frisando a tal “unção da capa”. “Isso é uma invenção do homem e não uma doutrina, e está trazendo problemas para a igreja, porque a pessoa ora com imposição de mãos e quem recebe a oração tem de sentir um peso nas costas. Caso isso não aconteça, ela não recebeu a unção. É a mesma coisa ensinada no mormonismo, onde a pessoa precisa sentir um ardor no peito para ser abençoado, e se ela não sentir nada, ela não é fiel. Tudo isso não passa de pressão psicológica sobre as pessoas”, afirma o líder.
Parecer do Conselho de Doutrina e da Comissão de Apologia da CGADB
O avivamento de Boston e o livro O Triunfo Eterno da Igreja
Em 23 de agosto de 2003, a World Revival Church Assembly of God (Igreja do Avivamento Mundial da Assembléia de Deus), liderada pelo pastor Ouriel de Jesus, com sede na cidade de Boston, Estado de Massachussets (EUA), publicou um livro sob o título O Triunfo Eterno da Igreja, cujo lançamento se deu no mês de setembro.
Considerando que princípios doutrinários bíblicos foram seriamente feridos no referido livro, e considerando ainda a liturgia que vem aquela Igreja praticando sob o suposto “avivamento”, distanciando-se, em muito, da adotada pelas Assembléias de Deus em todo o mundo, membros do Conselho de Doutrina e da Comissão de Apologia da CGADB reuniram-se nos dias 12 a 17 de outubro de 2003 para avaliar não só o livro em foco, mas também o tal “avivamento” que está sendo pregado por aquela igreja, e emitir, em razão disso, o seu parecer.
A publicação do livro O Triunfo Eterno da Igreja marca a ruptura definitiva da World Revival Church Assembly of God com as Assembléias de Deus, em particular, e com as demais igrejas cristãs evangélicas, pois o livro se apresenta como a última revelação de Deus. Seu representante – o pastor Ouriel de Jesus – considera-se a si mesmo como possuidor de uma unção especial, acima de todos os homens. Considera todas as demais igrejas fora do padrão divino, além de emitir vários outros ensinos contrários à Bíblia. São ensinos inovadores, eivados de aberrações doutrinárias, que estão causando divisão no Corpo de Cristo.
As seitas nasceram sob revelações adicionais a líderes, que se consideravam possuidores de unção acima dos outros homens. Há nesse livro muitas características que aparecem também nas seitas.
Fundamentos falsos
O livro O Triunfo Eterno da Igreja (que passará a ser abreviado nesse texto como TEI) traz em suas Considerações do Pastor Ouriel de Jesus (pág 21) o seguinte depoimento:
“Registro aqui a minha perplexidade pela grandeza das revelações que tive a oportunidade de receber ao ter o privilégio de – juntamente com o Grupo de Oração em arrebatamentos de sentidos – adentrar à Sala das Escrituras para, juntos, lermos o livro que foi selado pelo profeta Daniel para o tempo do fim (Dn 12.4), que são, também, as coisas inefáveis que o apóstolo Paulo ouviu no Paraíso e não pôde dizer a sua geração (2Co 12.1-4), bem como o livrinho comido pelo apóstolo João (Ap 10.9-10)”.
O pastor Ouriel afirma que o conteúdo do seu livro é “o livro selado pelo profeta Daniel para o tempo do fim” (Dn.12.4), que é também “as coisas inefáveis” que o apóstolo Paulo ouviu no Paraíso “e não pôde dizer a sua geração (2Co 12.1-4)” e o “livrinho comido pelo apóstolo João (Ap. 10.9-10)”. Esse argumento é infundado e está baseado numa interpretação inventada que não resiste à exegese bíblica. O livro selado de Daniel é a parte apocalíptica do próprio livro do profeta Daniel, que conhecemos em nossa Bíblia. Quanto às coisas inefáveis ouvidas no paraíso por Paulo, nenhum registro deixa-nos a Bíblia para deduzir a revelação delas em qualquer tempo. Já o livrinho comido pelo apóstolo João trata-se de uma parte do livro selado com sete selos, que, após a abertura do último selo, aparece como “livrinho aberto” (Ap 10.2), e não selado.
A linha herética do TEI fica evidenciada nos subtítulos que aparecem na sua capa e que dão o tom de todas as supostas revelações. Se não, vejamos:
1) “Revelações do livro selado pelo profeta Daniel para o tempo do fim”
A referência de Daniel 12.1 e 4 trata-se de uma mensagem figurada de caráter antropomórfico – uso comum na literatura apocalíptica – que não pode ser interpretada com outro sentido senão o que lhe foi proposto. O livro acerca do qual Daniel está falando é apenas um modo figurado de falar e se refere a informações abscônditas que o profeta não tem condições de entender. Na literatura apocalíptica, um livro selado (Ap 5.1-3) indica uma questão que não pode ser revelada, ou que não pode ser entendida, embora possa ser lida (Is 29.11). Mais: a revelação divina transmitida a Daniel – e que o profeta não pôde entender – cobre um período específico na História; não ultrapassa este limite. Isto significa que qualquer interpretação literal do texto fere frontalmente à ciência da interpretação.
Não há aqui evidência alguma de um outro livro oculto no Céu, mas de uma ordem para se preservar e guardar a mensagem que Daniel recebeu para um tempo apropriado. Isso pode ser confirmado por qualquer expositor do Antigo Testamento ao longo da história do Cristianismo. O próprio Senhor Jesus Cristo deixou claro que isso já era de conhecimento dos judeus da sua geração (Mt 24.15). Portanto, a afirmativa de que o conteúdo do TEI é “o livro selado pelo profeta Daniel” é espúria, é de alguém imberbe, sem nenhum conhecimento dos fundamentos da exegese e da hermenêutica; são compreensões infantis, de cunho nostradâmico, e revela o despreparo teológico do autor.
2) “Revelações das coisas inefáveis que o apóstolo Paulo ouviu no Paraíso”
Com referência às palavras inefáveis que o apóstolo Paulo ouviu no Paraíso, encontra-se registrado em 2 Coríntios 14.4: “Foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, de que ao homem não é lícito falar”. Não há na descrição bíblica qualquer menção da existência de um livro. Além disso, o próprio texto sagrado afirma que ao homem não é lícito falar. No entanto o TEI acrescenta: “não pôde dizer à sua geração”, expressão que não se encontra na Bíblia. É, portanto, uma idéia sem sustentação bíblica.
3) “Revelações do livrinho comido pelo apóstolo João”
Relativamente ao livrinho que o apóstolo João comeu, assim se acha a descrição bíblica: “E fui ao anjo, dizendo-lhe: Dá-me o livrinho. E ele disse-me: Toma-o e come-o, e ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como o mel”, Ap 10.9. Há na interpretação exarada na obra do pastor Ouriel uma série de contradições relacionadas a esse “livrinho aberto”. Se trata-se de um livrinho aberto, logo nada há para ser revelado. Além disso, o ato de “comer um livro” indica dominar o seu conteúdo, recebendo-o no mais íntimo do seu ser.
Além disso, o suposto apóstolo João diz na página 51 da obra em tela, no seu primeiro parágrafo:
“Por essa razão, alegrei-me muito e me senti profundamente feliz e realizado ao saber que a Igreja do Cordeiro, nos dias de maior turbulência e angústia na Terra, viverá os melhores e maiores momentos da sua história, levará a término sua missão e conquistará todos os espaços em todas as áreas e segmentos da sociedade conforme o que está escrito no Livro Eterno, ao afirmar que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus”.
O contexto histórico do capítulo 10 de Apocalipse é escatológico. Trata-se aqui do período da Grande Tribulação. Já na página 354, penúltimo parágrafo, a obra afirma que o Arrebatamento da Igreja precederá à Grande Tribulação e isso se acha de acordo com o que cremos e pregamos. Como, então, a Igreja “viverá os melhores e maiores momentos da sua história?”
Unção especial
O TEI traz, logo na sua introdução, um teatro para exaltar o seu líder, na parte intitulada Considerações do Pastor Ouriel de Jesus, como se segue:
“O Céu se abriu e nós vimos e ouvimos o Pai dizendo ao Filho: ‘É hora de a Igreja ser tirada da Terra, pois não está conseguindo cumprir sua missão’, e Jesus Cristo, com um olhar de preocupação, não respondia palavra. Foi quando pudemos ver o Espírito Santo interceder pela Igreja pedindo ao Pai que lhe fosse dada mais uma oportunidade.”
“Foi no momento dessa experiência sobrenatural que eu disse a Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo que eu estava disposto a pagar o preço que fosse necessário para que um avivamento viesse sobre a Igreja ao redor da Terra.”
“Nesse momento, eu ouvi a voz do Pai de forma bem clara, dizendo: ‘O preço é muito alto. Você será caluniado. Vão tentar excluí-lo de sua denominação e vão persegui-lo muito e os seus próprios amigos o chamarão de herege’. Nesse momento, perguntei ao Pai: ‘Quais serão os benefícios de todo esse preço?’ Ele me respondeu: ‘Multidões de almas ao redor da Terra’. Então, eu disse a Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo que podiam contar comigo para o desafio desse grande e último avivamento do tempo do fim (págs. 21 e 22)”.
Com estas declarações – e não há como interpretá-las de outra maneira – o visionário, alegando ainda que esteve diante do Trono de Deus, coloca-se como a quarta pessoa na Deidade, impedindo o Arrebatamento da Igreja, postando-se como alguém capaz de fazer um trabalho que nem o Filho pôde fazer. Segundo ele, o Senhor Jesus, demonstrando-se preocupado, é censurado pelo Pai, quedando-se silente, sem qualquer resposta.
À luz da Bíblia essa invenção é blasfêmia, pois reduz a Divindade à condição humana. Além disso, nenhum personagem da Bíblia chegou diante do Trono de Deus e nenhum deles jamais falou diretamente com o Pai, com o Filho e com o Espírito Santo numa reunião. Aliás, não há reunião desse tipo descrita na Bíblia. Só na Vinda de Jesus veremos a Deus como Ele é (1Jo 3.2).
Jesus disse: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30). A Bíblia diz ainda: “O Espírito penetra todas as coisas, até as profundezas de Deus” (1Co 2.10). O texto do TEI afirma que o Filho permanecia calado, com preocupação, diante de uma censura do Pai. Isso é um ultraje à Santíssima Trindade, visto que os três são iguais em glória, poder e majestade (Mt 28.19; 1Co 12.4-7; 2Co 13.13; Ef 4.4-6).
O líder é apresentado no livro como “Anjo de Fogo”, com intimidade e convivência com as três Pessoas da Trindade e com os anjos, de modo que ele se coloca como alguém superior aos profetas e aos apóstolos da Bíblia. Coloca-se, sobretudo, como uma espécie de quarta pessoa na Deidade.
Revelação adicional como fonte de autoridade
A observação encontrada logo no início do livro de que o referido livro não pretende ser comparado à Bíblia, ou mesmo substituí-la, é desfeita ao longo da obra, com as prerrogativas que o TEI apresenta sobre si mesmo. Essa observação per si é suspeita. Desnecessário dizer que um determinado livro não é igual ou superior à Bíblia, pois todo o mundo tem ciência de que a Bíblia é um livro sui generis, inspirado e a única regra de fé e prática. Todavia, o TEI se coloca como revelação recebida de forma sobrenatural, diretamente de Deus, pelo autor do livro, juntamente com seus companheiros, vindo de uma suposta Sala das Escrituras no Céu, como literatura de caráter singular, cujas palavras são infalíveis para nortear as igrejas em toda a Terra. De fato, assim se acha registrado:
“Deste Livro, o qual foi recebido sobrenaturalmente por ele e pelo Grupo de Oração da World Revival Church Assembly of God entre outubro de 2002 e fevereiro de 2003” – (Prefácio, pág. 14).
“Literatura singular...feita de forma sobrenatural – do livro selado pelo profeta Daniel, comido pelo apóstolo João e das coisas inefáveis que o apóstolo Paulo ouviu no Paraíso acerca das quais não pode falar” (Prólogo, pág. 16).
“Ele nos falou diretamente acerca de profundos mistérios do Seu coração concernentes ao conteúdo deste Livro, bem como outros referentes a este grande e último avivamento do tempo do fim” (pág.19).
Como um livro com essas características não está reivindicando autoridade? A fé cristã está fundamentada exclusivamente nas Escrituras Sagradas (Is 8.20). Acrescentar algo à Palavra de Deus é pecado (Dt 4.2; 12.32; Pv 30.5-6; Ap 22.18-19). Os fundadores de seitas trouxeram revelações adicionais para os seus movimentos, como Maomé, Joseph Smith Jr., Allan Kardec, Ellen White, Charles T. Russell, Mary Baker Eddy, Reverendo Moon.
A autoridade dos profetas e apóstolos
O líder, subscritor de O Triunfo Eterno da Igreja, considera-se portador de uma unção acima de todos os homens, igual ou até superior a dos apóstolos do Novo Testamento, afirmando, ainda, que recebeu a mesma unção recebida pelo rei Davi. Em outras palavras, toda a raça humana deve prestar a ele a mesma obediência prestada à Bíblia. De fato, em seu livro se acham os seguintes registros:
“Eu, João, agradeço muito a Deus por saber que na eternidade estarei ao lado dos maiores apóstolos e profetas que farão, juntamente com o Pai, o Filho e o Espírito Santo, a Grande Colheita dos últimos tempos. Já me foi revelado que, nos últimos dias, o Pai escolherá um homem que será conhecido como ‘Anjo de Fogo’ e, juntamente com ele, será formado e discipulado pelo Pai, pelo Filho e pelo Espírito Santo, um grupo que será conhecido como apóstolos e profetas do grande e último avivamento” ( pág. 128).
“Pude vê-lo também trabalhando ao lado de um servo de Deus que será conhecido no mundo espiritual como ‘Anjo de Fogo’ devido à autoridade, à fé, à coragem, à ousadia e à unção que ele estará recebendo do Deus Altíssimo para ver a Terra ser envolvida pela glória do Senhor e pela abrangência que essa obra do tempo do fim alcançará, visto se tratar da última missão do arcanjo Jadiel, o qual, recebendo as ordens do Altíssimo, estará cumprindo a sua ultima missão com determinação e fidelidade absoluta” (pág. 338).
“Esse líder, o qual será o primeiro a receber a visão da grande obra do tempo do fim, assumirá sem restrição alguma o desafio com a ajuda do Altíssimo e introduzirá essa obra do tempo do fim em toda a Terra sem se preocupar com o preço a ser pago, com as renúncias que terá que fazer e com as perdas de amizades que terá ao se apresentar voluntariamente para introduzir e ver a grande obra do tempo do fim ao redor da Terra ser realizada com os seus frutos em abundância” (pág. 338).
“...ocasiões específicas, fui levado a uma tão intensa e profunda comunhão e intimidade com o Senhor, que recebi dEle essas revelações estando no Paraíso...” (pág. 342).
“E há de ser que, nos últimos dias, Eu levantarei um homem junto com os seus valentes. Da mesma forma que ungi Davi, Eu, o Espírito Santo, o ungirei, e do mesmo modo que ungi seus valentes, assim ungirei os valentes que estarão com ele e eles serão chamados de ‘a nova geração de apóstolos e profetas do Avivamento’ levantada para preparar o caminho como precursores da Volta de Cristo” (pág. 131).
Esse texto se parece com a profecia messiânica de Jeremias 23.5-6.
A suposta apostasia da Igreja
O TEI parece afirmar, como fazem as seitas (Mórmons, Adventistas do Sétimo Dia, Testemunhas de Jeová, entre outras), que a Igreja se apostatou no início do segundo século de nossa era, vindo a ser restaurada só em 14 de setembro de 2001. Isso essas seitas o fazem para dizer que todos aqueles que a elas não pertencem se acham em caminhos errados e necessitam se converteram à religião deles. No teatro forjado sobre a suposta reunião da Trindade, afirma o TEI que a Igreja não está cumprindo a sua missão na Terra.
“Felizmente, essa brecha foi imediatamente fechada no dia 14 de setembro de 2001 AD, com a chegada do grande e último Avivamento do tempo do fim” (pág.85).
“Devido às brechas abertas a começar a reinar no ano 101 da Era Cristã por descuido da liderança da época...” (pág. 249).
“Para os inimigos do grande e último Avivamento, essas revelações e manifestações trarão confusão, nervosismo, irritação e grande ira, pois não poderão crer, visto que o seu entendimento estará endurecido para tais maravilhas e manifestações, porém a Igreja ao redor da Terra desfrutará dessa dimensão até o arrebatamento” (pág. 124).
“Os santos do grande e último Avivamento serão rejeitados por líderes religiosos que não vão querer abrir mão de certos privilégios” (pág. 184).
“Essas ações anularão tradições, costumes, sistemas, resistências impostas pelos líderes que não entenderam e não aceitaram o propósito de Deus para a Sua Igreja no derramamento do Espírito Santo nesse tempo do fim, bem como não entenderam o tempo da visitação de Deus nos últimos dias: o tempo do grande e último Avivamento do tempo do fim” (pág. 237).
O Senhor Jesus Cristo garantiu que as portas do inferno não prevaleceriam contra a Igreja (Mt 16.18). A Bíblia diz ainda: “A esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém!”, Ef 3.21. Não é verdade, pois, que a Igreja não está cumprindo sua missão na Terra.
Sobre os anjos
O TEI apresenta um número considerável de “mistérios de Deus” ou “segredos ocultos”. Além disso, defende manifestações exageradas de anjos. Tudo leva a crer que o livro tem o propósito de promover o líder da Igreja em Boston, com o seu grupo, e legitimar o exagero dos anjos no seu movimento.
Comportamento que se identifica perfeitamente com os gnósticos dos dois primeiros séculos da Era Cristã, os quais fundamentavam sua crença nos “mistérios de Deus” e na teoria da emanação, o “culto dos anjos”, questões feridas pelo apóstolo Paulo em Colossenses 2.18.
O TEI revela ainda a existência de anjos extra-bíblicos, como Elifelete e Jadiel (pág. 337). É verdade que a Bíblia não revela tudo o que aconteceu no período bíblico e nem tudo o que está no Céu, mas o compromisso do cristão é com o que está escrito (1Co 4.6).
Conclusão
No conteúdo da obra examinada, como exposto, há previsões exageradas e repetitivas em torno do movimento que vem ocorrendo em Boston, EUA, sob a liderança do pastor Ouriel de Jesus.
As palavras provindas do “Trono” (no dizer do líder do livro), de que o preço a ser pago é muito alto (será caluniado, excluído da sua denominação, chamado de herege pelos próprios amigos), são uma exteriorização do que se acha instalado no seu íntimo. É a chamada “síndrome de perseguição”. Com receio de que suas visões não serão aplaudidas, nem muito bem recebidas, pelos que se acham atentos às profecias bíblicas para os últimos dias, já previamente faz a sua defesa. Aliás, é comportamento esposado por todos os implantadores de seitas. De outro lado, em todo o livro e na descrição das suas visões, o indigitado líder deixa transparecer a teomania de que se acha tomado.
Em face de todo o exposto, é do parecer do Conselho de Doutrina e da Comissão de Apologia da CGADB, que o pastor Ouriel de Jesus, uma vez que se acha vinculado à Igreja no Brasil, propor à Mesa Diretora da CGADB convocá-lo para justificar seu comportamento destoante da doutrina bíblica pregada pela Igreja, bem assim se retrate das aberrações doutrinárias registradas no livro O Triunfo Eterno da Igreja, por ele subscrito.
Pastor Paulo Roberto Freire Costa
Presidente do Conselho de Doutrina
Pastor Esequias Soares
Presidente da Comissão de Apologia
Mesa Diretora da CGADB comunica o desligamento do Pr. Ouriel de Jesus e da AD em Boston - EUA
A Mesa Diretora da CGADB esteve reunida nesta quarta e quinta na sede da Convcenção geral, no Rio, para deliberar sobre diversos assuntos pendentes desde a última reunião, principalmente sobre os acontecimentos advindos de Boston, nos Estados Unidos, sobre o comportamento e práticas usadas pela "World Revival Church", liderada pelo Pr. Ouriel de Jesus.
De acordo com os últimos acontecimentos ocorridos naquela igreja, principalmente do lançamento do livro "O Triunfo Eterno da Igreja", onde o referido pastor alega ter recebido de Deus as revelações do "Livro selado por 7 selos", do "Livrinho comido por João" e das "Coisas inefáveis vistas por Paulo no paraíso", o presidente da CGADB, Pr. José Wellington Bezerra da Costa, solicitou pareceres da Comissão de Apologética e do Conselho de Doutrinas da CGADB, os quais repudiaram tais afirmações e as práticas liturgicas daquela igreja. Estes pareceres foram publicados no Jornal Mensageiro da Paz n° 1422 - Novembro/2003.
Nesta quarta-feira, 29/10/2003, a Mesa Diretora da CGADB homologou o desligamento do Pr. Ouriel de Jesus do rol de ministros da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil

sábado, 29 de março de 2008

Eutanásia Espiritual

Quando uma igreja adota o modelo "Orientado por Propósitos" do Movimento de Crescimento de Igrejas, seus líderes tornam-se determinados a forçar o afastamento dos membros que questionam as premissas da metodologia. Algumas vezes, essa "eutanásia" de membros antigos torna-se brutal e nada cristã.
Rick Warren associou-se a um místico de Nova Era para ajudá-lo em seu programa de treinamento de líderes na Igreja da Comunidade de Saddleback.
"Muitas vezes, a verdade de uma matéria encontra-se exatamente na direção oposta à indicada pela retórica pública".
A Cutting Edge prega essa realidade desde novembro de 2001, quando observamos a incrível campanha de propaganda que abruptamente foi iniciada após os ataques de 11/9/2001. Escrevemos um artigo sobre esse assunto (N1558), baseado unicamente no conceito da propaganda política. Entretanto, desde a publicação daquele artigo, viemos a perceber que a enganação mais incrível que está ocorrento em todo o mundo atualmente é a enganação espiritual.
Essa enganação espiritual está tomando muitas formas durante este período do fim dos tempos, incluindo a promoção do catolicismo romano como a única igreja cristã genuína, a promoção do reverendo Sun Myung Moon como um legítimo líder espiritual (uma figura messiânica para muitas pessoas), e o modelo "Igreja com Propósitos", de Rick Warren.
Um dos pontos-chave de ênfase na 'Igreja com Propósitos' é sua natureza "sensível ao buscador". Em outras palavras, é dada uma tal ênfase em "atender às necessidades das pessoas" que gente de todas as classes e segmentos sociais estão se encaminhando para esse tipo de igreja. Dezenas de milhares de igrejas de denominações tradicionais estão adotando esse programa, porque ele ajuda a atrair mais pessoas às igrejas!
E por que não atrairia as pessoas assim? Afirmando ser cristão e escrevendo em uma linguagem cristã, o movimento "Orientado por Propósitos" leva as pessoas a acreditarem que receberam a Jesus Cristo e que irão para o céu, repetindo uma oração que deixa de lado a noção do pecado individual inerente, o arrependimento dos pecados e a expiação pelo sangue de Jesus Cristo derramado na cruz.
Essa oração da salvação leva a pessoa a dizer: "Jesus, em ti eu creio e te recebo." (Uma Vida com Propósitos", pg 53).
Eu pessoalmente fui a uma igreja no modelo Orientado por Propósitos em Charleston, na Carolina do Sul, e ouvi uma apresentação sobre a salvação que não fez qualquer menção do pecado pessoal ou do arrependimento dos pecados! O sangue de Jesus como expiação pelo pecado também não foi mencionado.
Não somente essa oração não é uma genuína oração para a salvação, mas representa "outro evangelho". O apóstolo Paulo pregou uma grande e solene advertência contra qualquer um que anunciar "outro evangelho" [Gálatas 1:6-9] Paulo declara que qualquer um que pregar um evangelho falsificado deve ser "amaldiçoado" A palavra que Paulo usou nessa passagem é o item 331 na Concordância de Strong, que significa literalmente:
"Sem esperança de ser redimido" - Greek and Hebrew Dictionary, Strong.
"Uma pesoa ou coisa condenada para a destruição" - Greek and Hebrew Dictionary, Strong.
"Um homem amaldiçoado, destinado às piores aflições." - Greek and Hebrew Dictionary, Strong.
Milhões de pessoas estão comprando esse "outro evangelho", acreditando que estão salvas e indo para o céu! Quando comparecerem diante do Grande Trono Branco do Julgamento, perceberão, tarde demais, que foram enganadas e estão prestes a serem lançadas no lago de fogo por toda a eternidade.
O fato triste que torna essa "Oração de Salvação" inútil é que ela não força a pessoa a confrontar sua natureza pecaminosa inerente, nem requer que sejam levadas ao verdadeiro arrependimento (o que significa dar uma volta de 180 graus em sua vida), e não requer que o penitente confie plenamente no sacrifício de Jesus na cruz. Sem que esses elementos sejam corretamente tratados e aceitos pelo pecador, a salvação não é possível.
Portanto, sob o disfarce de "atender as necessidades das pessoas", e "equipar os santos, assistindo o oprimidos e destituídos", o Movimento Igreja com Propósitos está na verdade negando aos seus seguidores uma das maiores necessidades do ser humano - sua salvação eterna! Saber que você é salvo, que está no caminho para o céu e que nunca terá de enfrentar seus pecados na eternidade, é o conhecimento que produz uma profunda alegria no coração do verdadeiro salvo.
Forçando as Pessoas a Saírem da Igreja - "Eutanásia Espiritual"
Mas há mais horror nesta história. Nâo somente esse movimento nega a uma pessoa uma eternidade no céu (a maior "necessidade" dela), mas os líderes forçam os dissidentes a se desligarem da igreja que está no processo de se converter para o modelo "Orientado por Propósitos". Em vez de ouvir os "resistentes" e considerar o ponto de vista deles, os líderes da igreja estão forçando essas pessoas a se desligarem da comunhão, embora alguns tenham sido membros e contribuintes fiéis há várias décadas.
Vamos revisar alguns exemplos específicos em que membros dissidentes sofreram "eutanásia espiritual" - foram levados a se desligarem de suas igrejas". Essa informação foi tirada de uma mensagem de correio eletrônico que recebi em 26 de abril de 2005. Sundquist é o autor do livro sucesso de vendas Who Is Driving The Purpose Driven Church?, que pode ser adquirido em nossa livraria.
Alguns dias atrás, fui entrevistado no programa Crosstalk, da rádio VYC America, a respeito de meu livro Who Is Driving The Purpose Driven Church?, e que ouvintes de todo o país ligaram para a rádio para dizer que tinham sido forçados a se desligar ou foram marginalizados em suas igrejas por questionarem ou se oporem ao livro e à campanha Uma Vida com Propósitos. Um santo já idoso do Texas ligou para dizer que estava muito aborrecido com um boletim recente do Baptist Standard pois um oponente de Rick Warren tinha sido severamente injuriado. Aquilo foi realmente representativo das milhares de ligações e mensagens de corrreio eletrônico que a VCY America recebeu quando o autor Warren Smith foi entrevistado a respeito de seu livro Deceived on Purpose. Investiguei os ensinos de Rick Warren por vários anos e milhares de horas. Assim, nesse sentido, eu o convido a considerar e ser informado das seguintes atualizações sobre os frutos dos ensinos de Rick Warren e como ele está treinando os pastores e igrejas para lidarem com os que ele chama de 'resistentes'... a maior parte da mídia, e até mesmo a mídia cristã, dá a Rick Warren liberdade total para expor seus ensinos.
Rick Warren na verdade fala sobre como se livrar dos "resistentes" ao seu programa "Orientado por Propósitos"! Em vez de tratar os dissidentes com amor e respeito, ele simplesmente advoga que uma igreja que esteja se convertendo para esse programa remova essas pessoas do rol de membros. A seguir estão alguns dos frutos específicos que James Sundquist revelou que estão fluindo desse plano draconiano.
Acabo de receber uma carta de Carol, do Canadá, sobre uma igreja da Aliança Cristã e Missionária que acaba de colocar para fora 65 membros que se opuseram à metodologia de Rick Warren e à sua "Nova Reforma". Aparentemente, o pastor disse que qualquer pessoa com mais de 65 anos não seria mais bem-vinda."
Essa situação está se tornando tão séria que James Sundquist criou um poema parafraseando o poema do reverendo Martin Neimoeller, escrito em 1945, que tentou explicar por que tão poucos cidadãos alemães ergueram a voz para protestar contra o genocídio iniciado por Adolf Hitler, que muitos sabiam em seus corações que estava ocorrendo. Vamos iniciar com o poema de Neimoller:
Na Alemanha, os nazistas vieram primeiro em busca dos comunistas, e eu não protestei porque não era comunista.
Em seguida, vieram em busca dos judeus, e não protestei porque não era judeu.
Em seguida, vieram em busca dos sindicalistas, mas não protestei porque não era um sindicalista.
Em seguida, vieram em busca dos católicos, mas não reclamei porque era protestante.
Então eles vieram atrás de mim, e neste tempo não restava mais ninguém para protestar por mim."
(Rev. Martin Neimoller, pastor luterano alemão. O rev. Neimoeller foi preso pela Gestapo por se opor a Hitler e foi enviado para o Campo de Dachau em 1938; ele foi libertado pelas Forças Aliadas em 1945.)
Agora, veja à adaptação de Sundquist desse poema para se aplicar à "Eutanásia Espiritual" realizada pelo Movimento da Igreja com Propósitos.
"Primeiro, vieram atrás dos 'resistentes' e dos 'pilares' da Igreja Reformada de Brunswick, em Ohio, por que se opunham ao modelo da Igreja e da Vida com Propósitos, mas não protestei porque não era membro da Igreja Reformada da América."
(Nota: Mac Dominick, da Cutting Edge, o autor do novo livro Outcome-Based Religion: Apostasy, Purpose, and the Paradigm Shift, e do DVD e do VHS de mesmo nome, menciona esta definição de Rick Warren de um 'pilar' da igreja: Em vez de definir 'pilar' como um líder firme e confiável da igreja, Rick Warren define 'pilar' como 'alguém que segura as coisas no alto'.)
Em seguida, vieram atrás de uma senhora que era uma anciã na fé, membro da Primeira Igreja Batista de Dallas desde 1956, fazendo-a sair aos gritos, com eutanásia espiritual e comportamento agressivo e descortês, e a intimidação de sete advogados, por que ela se opunha à transformação do Centro Criswell em um centro de entretenimento Orientado por Propósitos. Mas não protestei porque eu não era uma viúva.
Em seguida, levaram a julgamento duas famílias na Igreja Batista do Vale, em Lakeland, Minessota, mas não protestei, porque não era membro da Convenção Batista Geral."
Em seguida, vieram atrás de 165 membros da Igreja Batista Gardendale, em Corpus Christ, Texas, e fizeram que saíssem da igreja, mas não protestei porque não era um batista sulista.
Finalmente, um irmão protestou e tentou advertir a Comunhão Cristã de Eugene por que terem aderido ao movimento Orientado Por Propósitos, mas ameaçaram entrar com ação judicial contra ele e disseram-lhe para deixar de importuná-los. Mas não protestei por medo de ser acusado de importunação ou de ser processado por uma igreja.
Em seguida, um repórter de notícias de uma grande rede cristã de rádio fez soar o alarme sobre esse perigo claro e atual. Eles divulgaram o assunto, mas receberam um número recorde de ligações de ouvintes irados que rangiam seus dentes, de modo que o assunto foi censurado no serviço de notícias da mídia impressa Agape Press.
Depois, outro irmão em outro ministério de rádio cristão transmitiu o testemunho de cristãos que foram colocados para fora de suas igrejas em diversos pontos do país, mas a emissora ameaçou tirar o programa do ar se ele voltasse a dizer qualquer coisa má sobre Rick Warren. Mas não protestei porque tinha amigos e familiares que trabalhavam para uma organização que promovia o modelo Igrejas com Propósito, ou eram membros de igrejas Orientadas por Propósitos e eu não queria perder o relacionamento com eles.
Em seguida, vieram atrás de um grupo grande de membros da igreja da Nova Esperança, em Bend, Oregon. Mas não protestei porque não era membro da denominação Igreja Evangélica ou da Associação Nacional dos Evangélicos.
Em seguida, vieram atrás de um carpinteiro e de sua mulher na Igreja da Comunidade do Calvário, em Phoenix, Arizona, com a polícia e o xerife e os acompanharam para fora das dependências da igreja por tentarem expor as obras das trevas e os ensinos de Rick Warren e disseram-lhes que se voltassem, seriam levados presos. Mas não protestei porque não era membro da denominação Capela do Calvário.
Então vieram atrás de mim, e agora não restava mais ninguém que protestasse em meu favor, porque todas as igrejas no país já aderiram ao modelo Orientado por Propósitos e ao Plano Global P.E.A.C.E.
Essas táticas agressivas não são um bom fruto espiritual e também não têm base bíblica. A Bíblia diz "Sai dela, povo meu" e "Separai-vos", mas essas admoestações são para os indivíduos que se encontram de repente no meio de igrejas apóstatas e falsas, para que saiam dessas igrejas; não são um padrão para as igrejas expulsarem os membros que discordam do programa Orientado por Propósitos.
Assim, esse movimento Orientado por Propósitos está cometendo "Eutanásia Espiritual" com os membros das igrejas que aderem a esse nefasto sistema, outro "mau fruto espiritual" proveniente desse movimento. Mas, a profecia bíblica nos adverte a esperar a apostasia espiritual (o afastamento da doutrina bíblica) no fim dos tempos. Veja:
"Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição." [2 Tessalonicenses 2:3]
Literalmente, essa passagem significa que todo líder cristão falso e apóstata está abrindo a porta para o aparecimento do Anticristo. Sem esse tipo de apostasia, o Anticristo não poderia aparecer na cena mundial. Embora a igreja cristã tenha visto apostasias vindas de muitas frentes, nada se alastrou de forma tão rápida quanto esse modelo de Igrejas com Propósitos.

segunda-feira, 24 de março de 2008

A Ressurreição de Jesus





Espiritismo kardecista e Espiritismo Cristão são a mesma coisa. Difícil mesmo é encontrarmos, nesse sincretismo proposto, algo que possa conciliar Cristianismo e Espiritismo.
Surpreende qualquer um o fato de não haver Allan Kardec feito qualquer menção à ressurreição de Jesus, no seu livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. Ora, a ressurreição de Jesus é doutrina fundamental do Cristianismo. Se Ele não tivesse ressurgido dos mortos, então não seria o Messias prometido, e suas palavras não teriam nenhum sentido. Também no Livro dos Espíritos os “espíritos” nada dizem a respeito desse assunto importantíssimo para a comunidade cristã.
Ao contrário, o codificador da doutrina espírita manifesta sua incredulidade quanto à possibilidade de um corpo morto voltar à vida, quando declara que ...”a ressurreição dá idéia de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a Ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde muito tempo dispersos e absorvidos” (E.S.E. cap. IV, item 4). Com essas palavras o Espiritismo descarta a possibilidade da ressurreição de Jesus.
O Espiritismo Cristão ou Kardecista deveria aceitar como verdadeiras, por óbvias razões, todas as palavras de Jesus. Quem afirmou isso foi o próprio Kardec ao dizer que Jesus foi a Segunda Revelação de Deus; que Jesus foi um Espírito Puro, que veio à terra com a missão divina de ensinar aos homens. Tais virtudes e títulos colocam Jesus numa condição de insuspeito em tudo aquilo que nos revelou. Então, vejamos o que Jesus e os evangelistas disseram sobre o assunto:
“Mas, depois de eu ressuscitar, irei adiante de vós para a Galiléia” (Palavras de Jesus, Mt 26.32).
“Desde então, começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia” (Palavras do evangelista, Mt 16.21).
“E o entregarão aos gentios para que dele escarneçam, e o açoitem, e crucifiquem, e ao terceiro dia ressuscitará” (Palavras de Jesus, Mt 20.19).
“Derribai este templo, e em três dias o levantarei” (Jesus, Jo 2.19).
“Quando, pois, ressuscitou dos mortos, os seus discípulos lembraram-se de que lhes dissera isso” (Evangelista, Jo 2.22).
“Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como tinha dito. Vinde e vede o lugar onde o Senhor jazia. Ide, pois, imediatamente, e dizei aos seus discípulos que já ressuscitou dos mortos: (Mt 28.6-7).
Além desses registros, dentre outros, que comprovam a predição e o cumprimento da ressurreição de Jesus, outras passagens mostram que Ele falou sobre uma futura ressurreição: “Os que fizeram o bem sairão [dos sepulcros] para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação” (Jo 5.28-29; 6.39-40, 44,54). A Ressurreição coletiva ensinada por Jesus é detalhada por Paulo em 1 Tessalonicenses 4.16: “Os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro”(v.1Co 15.23); e em Apocalipse 20.4-5, 12-13, que corroboram o ensino da ressurreição coletiva, no Juízo. Tais afirmações são sintetizadas em Hebreus 9.27: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação”.
No livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo VI-5, Kardec registrou a palavra de um “espírito”, que diz ser Jesus, nos seguintes termos: “Venho, como outrora aos transviados filhos de Israel, trazer-vos a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como o fez antigamente a minha palavra, tem de lembrar aos incrédulos que acima deles reina a imutável verdade: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinem as plantas e se levantem as ondas. Revelei a doutrina divinal... Mas, ingratos, os homens afastaram-se do caminho reto e largo que conduz ao reino de meu Pai e enveredaram pelas ásperas sendas da impiedade. Meu Pai não quer aniquilar a raça humana; quer que, ajudando-vos uns aos outros, mortos e vivos, isto é, mortos segundo a carne, porquanto não existe a morte, vos socorrais mutuamente, e que se faça ouvir não mais a voz dos profetas e dos apóstolos, mas a dos que já não vivem na Terra, a clamar: Orai e crede! Pois que A MORTE É A RESSURREIÇÃO, sendo a vida a prova buscada e durante a qual as virtudes que houverdes cultivado crescerão e se desenvolverão como o cedro... Espíritas! Amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. No Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do além-túmulo, que julgáveis o nada, vozes vos clamam: (O Espírito de Verdade – Paris, 1860)”.
Esse “Jesus” do Espiritismo trouxe uma palavra um tanto diferente do Jesus bíblico.
Vejamos:
a) Jesus disse que viria com todos os santos anjos para julgar. Os condenados seriam enviados para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25.31,32,41). O “Jesus” de Kardec disse que “meu Pai não quer aniquilar a raça humana”. É claro. Deus não deseja a condenação de ninguém, mas fará justiça segundo a Sua palavra.
b) Jesus nos ensinou na história do rico e Lázaro que os mortos não podem ajudar os vivos (Lc 19.19-31). O “Jesus” de Kardec exorta mortos e vivos a uma mútua ajuda.
c) O “Jesus” de Kardec conclama a todos para não mais ouvirem a voz dos profetas e dos apóstolos, e sim a voz dos mortos. O Jesus bíblico, pela história de rico e Lázaro, ensina que devemos ouvir Moisés e os profetas, ou seja, a Palavra (Lc 16.29). Já ressurreto, recomendou que o Seu evangelho fosse pregado em todo o mundo (Mt 24.14).
d) O “Jesus” de Kardec declara que a morte é a ressurreição, tentando com isso afirmar que “com a morte do corpo, o Espírito liberta-se para o plano espiritual”, o que significaria uma ressurreição. Jesus bíblico afirmou que a verdadeira ressurreição dar-se-á num momento futuro, e não logo após a morte: “Pois vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua [a de Jesus] voz e sairão” (Jo 5.28). Aqui Jesus fala de ressurreição corporal, idêntica à dEle. Ressurreição não é, como entende os espíritas, a libertação do espírito. Assim fosse, cada um teria sua ressurreição individual. Jesus afirmou que haverá um dia determinado para a ressurreição (Jo 5.25; 6.44,54; 1 Ts 4.16-17).
e) O “Jesus” de Kardec falou de dois mandamentos: (a) Os espíritas deverão amar uns aos outros; e (b) todos devem adquirir conhecimento. O Jesus bíblico citou mandamentos diferentes: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento; amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.37-40).f) O “Jesus” de Kardec disse que o caminho que conduz ao reino de Deus é “reto e largo”. O Jesus da Bíblia disse que “estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida” (Mt 7.14). É evidente que o caminho indicado pelo Espiritismo é largo, folgado, sem dificuldades: sem pecado, sem inferno, sem juízo final, sem necessidade de perdão, todos atingirão a plenitude, o clímax, a perfeição, mediante sucessivas reencarnações.
Os kardecistas, no afã de buscarem na Bíblia passagens que legitimem a crença reencarnacionista, citam Primeira aos Coríntios 15.50: “E agora digo isto, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus...”. Com isso, tentam convencer que não pode haver ressurreição corporal. Acontece que fecham a Bíblia muito cedo e não lêem o versículo seguinte em que Paulo diz que “todos seremos transformados”. E tudo isso é um mistério como bem diz o autor da epístola. Mas a Bíblia permite-nos avançar um pouco.
A ressurreição é do corpo. Espírito não ressuscita porque tem vida eterna. Ressurgir significa tornar a surgir. Não se pode empregar este termo com relação aos espíritos humanos, que não morrem. Retornando ao mistério, os mortos em Cristo ressucitarão porém num corpo transformado; um corpo glorioso, poderoso, espiritual, adequado às regiões celestiais. O corpo será o mesmo que desceu à terra, porém revestido de incorruptibilidade, de imortalidade. Daí haver Paulo dito: “os mortos ressuscitarão incorruptíveis” (1 Co15.52). São os mortos que ressuscitarão, e não os espíritos. A ressurreição dos crentes será a grande vitória sobre a morte. Assim como Cristo venceu a morte, nós, com Ele, venceremos (1 Co 15.54; Hb 22.14).
Quando a Bíblia fala em ressurreição dos mortos está se referindo à ressurreição corporal destes. Vejam: “Assim também será a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo em corrupção, ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor” (1 Co 15.42-43). Mais uma vez temos aqui a evidência da transformação “dos corpos”.
Com relação ao aparecimento corporal de Jesus pós-ressurreição, o Espiritismo atribui o evento à ectoplasmia, ou seja, a capacidade que tem o espírito de materializar-se; e citam como prova Mateus 27.52-53. Nada mais fantasioso do que esse argumento. A passagem apresentada como prova é um prenúncio da ressurreição coletiva dos crentes, quando da vinda de Jesus. Lê-se, ali, que os mortos saíram dos sepulcros logo após a ressurreição de Jesus. Se considerada a hipótese de materializações ou de perispíritos, não haveria necessidade de os corpos reviverem, porque as materializações se processariam independentes do corpo morto.
Outra dificuldade do Espiritismo Cristão ou Kardecista é quanto ao desaparecimento do corpo de Jesus. Onde está Seu corpo? O sepulcro onde O puseram estava fortemente guardado, segundo a Escritura do Novo Testamento (Mt 27.64-66). A ninguém interessava roubar o corpo de Jesus; nem aos seus discípulos, fracos, perseguidos e desanimados; nem aos seus inimigos, temerosos de que o corpo desaparecesse (Mt 27.64).
Entenda-se que a redenção em Jesus não se limita ao espírito recriado. Deus deseja que seu plano de redenção alcance todo o homem, assim compreendido corpo, alma, espírito. Vejam: “E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará o vosso corpo mortal, pelo Espírito que em nós habita” (Rm 8.11); ...”e também nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23).A trasladação de Enoque (Gn 5.24; Hb 11.5) e Elias (2 Rs 2.11) confirma a possibilidade da ressurreição corporal.
O mais sensato, porque verdadeiro, é admitirmos que Jesus ressuscitou corporalmente, apareceu a centenas de pessoas, e virá em glória, segunda vez, para arrebatar a sua Igreja. Nesta ocasião, haverá uma ressurreição coletiva dos santos, segundo a Escritura (1 Ts 4.16-17). No final dos tempos, após o Seu reinado de mil anos, os ímpios também ressuscitarão, coletivamente, para receberem a condenação eterna (Ap 20.5).

terça-feira, 18 de março de 2008

O Preconceito da TV Globo

A história da Igreja Cristã é marcada por perseguições e todo tipo de discriminação. Durante o Império Romano os cristãos eram jogados às feras como parte do entretenimento das massas. Outros foram mortos ao fio da espada e lançados em tachos quentes, dentre outras barbaridades.
Na Idade Média não foram poucos que terminaram na fogueira. Hoje em diversos lugares do mundo a perseguição continua. Países como Coréia do Norte, Arábia Saudita, China, Irã, Cuba, Vietnã e outras dezenas de nações têm imprimido um intenso estado de perseguição e discriminação aos cristãos, onde muitos têm pago com o próprio sangue para não negarem a fé em Jesus.
No Brasil, em especial no Nordeste, muitos foram os relatos de perseguição no passado, onde muitas Igrejas foram apedrejadas, principalmente no interior da região.
Hoje temos assistido ao surgimento de outro tipo de perseguição. São leis que estão sendo preparadas e que, caso aprovadas, farão ressurgir o fantasma da perseguição, discriminação e preconceito, que no passado assolou muitos cristãos no Brasil.
Parte da grande mídia tem estado a serviço desses movimentos que visam amordaçar o discurso evangélico no país. Uma demonstração de tudo isso se deu na última quarta-feira, dia 12, onde em horário nobre a Rede Globo veiculou em uma de suas novelas (Duas Caras), uma das cenas mais discriminatórias e preconceituosas que se tem notícia na TV brasileira (http://duascaras.globo.com/Novela/Duascaras/Capitulos/0,,AA1674499-9156,00.html).
No capitulo da referida novela é mostrado uma turma, sendo comandada por um grupo de "evangélicos", se dirigindo a uma casa onde dois homens e uma mulher mantêm um suposto triângulo amoroso — sendo um deles gays. Na cena vemos os "evangélicos" de Bíblia na mão e uma das "irmãs" gritando: "Nós vamos tirar o demônio de seu corpo e vai debaixo de pau e pedra". Em outro momento se ouve uma delas dizer: "Eu sou a mão da força divina". Daí, em certo momento, uma das "evangélicas" atira uma pedra na direção da mulher que estava sendo acusada de manter a aventura amorosa com os dois homens. Depois, ocorre a invasão da casa, onde os "crentes" gritam: "Quem não quiser arder no fogo do inferno me siga". O desfecho da cena é lamentável. A "crente" por nome de Edvânia de faca na mão esfaqueia o colchão dizendo: "O sangue de Jesus tem poder".
Mas o que mais chamou a atenção foi quando um dos homens que é apresentado como suposto homossexual, ao ser agredido, gritou: "O pecado está no preconceito, na intolerância, na violência". Foi aí que revelou-se a intenção da referida cena. Essa frase dita pelo suposto gay é um dos chavões do movimento gay no Brasil, geralmente usada contra a Igreja Evangélica, que fundamentada na Bíblia repudia tal comportamento. Tudo isso faz parte da campanha que visa sensibilizar nossas autoridades para aprovação da denominada "Lei da Mordaça", a dita lei anti-homofobia (PLC 122/2006 E PL 6418/2005). Tudo isso também faz parte de uma campanha ardilosa que visa jogar a opinião pública contra a Igreja e seus líderes, tachando-os de preconceituosos e intolerantes.
Todo o Brasil sabe da contribuição dada pela Igreja Evangélica ao país. Nosso povo também sabe que cenas como as que foram apresentadas nesta novela não condizem com a realidade. Onde já se teve notícia de que evangélicos insuflaram as massas contra os gays no Brasil? Muito pelo contrário: temos sim é pregado o arrependimento, o amor e o perdão para com essas pessoas, em relação Deus.
A Rede Globo agiu de forma maliciosa, discriminadora, preconceituosa e pejorativa em relação a todos os cristãos evangélicos de nossa nação, retratando-nos como fanáticos que desejam impor seu pensamento e seu estilo de vida à sociedade. São fatos como esse que nos fazem acender a luz amarela e percebermos que estamos caminhando para tempos de perseguição religiosa em nosso tão amado e querido Brasil. Lamentável.
Nota importante de Julio Severo: A TV Globo, na cena mencionada acima, passou de todos os limites toleráveis, porém não é a primeira vez que essa emissora realiza manobras para jogar a opinião pública contra os evangélicos, em benefício da aprovação de leis anti-homofobia que têm como objetivo eliminar o direito de expressão de quem não concorda com as práticas homossexuais.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Piadas de portugas

27. PELO TELEFONE
- Está lá?
- Estou. Está lá?
- Estou.
- Quem está lá?
- Maria.
- Qual Maria, a criada ou a minha mulher?
- A criada, dr. Manoel, as suas ordens.
- Maria, ouça bem: estou cá no aeroporto, a aguardar embarque no próximo vôo, e esqueci-me de levar ao correio uma carta urgente. A carta estava aí sobrescritada e selada, creio que a deixei ao por de cima daquela cômoda do dormitório. Tu vais lá, apanhas a carta e entregas a estação de correio ainda hoje, percebeste bem?
Caso lá não esteja, tu voltas cá ao aparelho auscultador e me avisas.
Fico a esperar cá na linha. Vai.
- Pois não, dr. Manoel. (tempo) Dr. Manoel, eu estava quase a entrar ao aposento, mas vi que dona Maria esta lá, despida.
- Ora, Maria, basta que batas a porta, que peças licença. A patroa sabe que se trata de coisa urgente. Anda, volta lá e faz o que te mandei.
- Pois não, dr. Manoel. (tempo) Dr. Manoel, perdão, mas eu cá lá já não entro, não.
- Como? Por que não?
- Agora não, dr. Manoel. Acabo de ver que dona Maria está acompanhada.
- Como?? Acompanhada de quem?
- É um cavalheiro que não conheço, dr. Manoel.
- Um cavalheiro? Mas que diabos ! E esta também despido, o cavalheiro?
- Não se pode ver, dr. Manoel, pois que o quarto esta todo as escuras.
- Ah, raios me partam, pelos cornos de Belzebu ! Maria, conjuro-te a fazer o que te vou mandar. Sabes onde guardo meu revólver?
- Sei, dr. Manoel.
- Pois bem, volta ao quarto com a arma e mata os dois. A ambos, percebes?
- Aguardo cá na linha e só quero ouvir-te de novo para me dizeres que
estão mortos. Vai!
- Esta bem, dr. Manoel. (tempo) Pronto, dr. Manoel, fiz o que o doutor mandou.
- Mataste? Os dois?
- (ofegante) Matei, dr. Manoel. Entrei ao quarto e consegui atingir dona Maria ao primeiro disparo, mas o cavalheiro escapuliu pelo corredor e tive que ir-lhe ao encalco. Correu de mim de assoalhada em assoalhada, de lanço em lanço, de patamar em patamar, escoriou-se todo na mobília, e disparei varias vezes, sem atingi-lo. Mesmo despido, saltou a janela ao jardim e corria a galgar o muro, quando consegui mirar o último disparo. Ele cambaleou e caiu morto a piscina...
Com? Piscina? De onde estão a falar? Ih, e engano!
Outra
Um grupo de cientistas portugueses começaram uma profunda pesquisa sobre os aracnídeos... Pegaram uma aranha e falaram:
- Ande aranha. - E ela andou...
Depois cortaram uma perna da aranha e repetiram a pergunta:
E ela meio manca continuou andando...
Intrigados os portugueses continuaram a pesquisa cortando cada vez
uma perna do pobre aracnídeo. Até que só sobrou uma perna dai eles falaram
- Ande animal !
E a aranha se rastejando toda andou com muita dificuldade.
Depois cortaram esta última perna deixando sem nenhuma perna e falaram:
- Ande aranha..! E ela evidentemente não se mexeu....
Ao final da pesquisa eles chegaram a seguinte conclusão:
"Depois de cortar a última perna de uma aracnídeo este fica surdo"

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008




A Confissão Auricular - Um Desastre Espiritual
Rebecca A. Sexton, Former Catholics For Christ e Tradução: Walter Nunes Braz Jr.

Os fiéis católicos aprendem que devem confessar seus pecados mortais pelo menos uma vez por ano a um sacerdote humano, pois isso é essencial para a obtenção do perdão de Deus. Examinamos a doutrina da Confissão Auricular à luz dos escritos do catolicismo romano e da Bíblia Sagrada.

Definição dos Tipos de Pecados

O Catolicismo ensina que existem dois tipos de pecado: mortal e venial.

"Escolher deliberadamente, isto é, sabendo e querendo, uma coisa gravemente contrária à lei divina e ao fim último do homem é cometer pecado mortal. Este destrói em nós a caridade, sem a qual é impossível a bem-aventurança eterna. Caso não haja arrependimento, o pecado mortal acarreta a morte eterna. O pecado venial constituiu uma desordem moral reparável pela caridade, que ele deixa subsistir em nós. A repetição dos pecados, mesmo veniais, produz os vícios, entre os quais avultam os pecados capitais. [Catecismo da Igreja Católica, Edições Loyola, itens 1874-1876]

"Para que um pecado seja mortal requerem-se três condições ao mesmo tempo: 'É pecado mortal todo pecado que tem como objeto uma matéria grave, e que é cometido com plena consciência e deliberadamente." [Ibidem, item 1857].

Para um pecado ser venial, duas coisas são necessárias: "Comete-se pecado venial quando não se observa, em matéria leve, a medida prescrita pela lei moral, ou então quando se desobedece à lei moral em matéria grave, mas sem pleno conhecimento ou sem pleno consentimento." [Ibidem, item 1862].

Essa diferença é importante para o católico quando ele entra no confessionário, uma cabine escura com um lugar para se ajoelhar diante de uma janela fechada e contemplar seus pecados até que o sacerdote abra a janela e ouça o penitente relatar seus pecados secretos mais sujos, vis, profundos e tenebrosos da carne e do coração (e tudo isto em nome de Deus!). O penitente é instruído a confessar todos os seus pecados o melhor que puder lembrar, especialmente os pecados mortais, visto que, como diz o Catecismo no item 1874, "...o pecado mortal acarreta a morte eterna."

No Catecismo de Butler, lemos na página 62:

"... que todos os penitentes se examinem a respeito dos pecados capitais e confessem todos, sem exceção, sob pena de condenação eterna."

Os Sacerdotes Podem Encorajar o Pecado

O pecado mortal não confessado impede o católico de receber a Eucaristia [pg 148]. O pecado venial, por outro lado, apenas "merece punição temporária" [pg 147]. Tão importante é a diferença entre pecado mortal e pecado venial que no Manual de Teologia Moral I, de Slater, nas páginas 201 e 202, diz: "Se eu (um sacerdote) sei que alguém decidiu firmemente cometer pecado e não há outro meio de apartá-lo, posso legitimamente induzi-lo a se satisfazer com alguma ofensa menor a Deus do que estava propenso a cometer. Assim, se um homem estava determinado a cometer adultério, não faço nada moralmente errado, muito pelo contrário, em persuadi-lo a fornicar." Assim, temos o espetáculo de um sacerdote encorajando um dos seus paroquianos a pecar!

A Bíblia não faz distinção entre pecados mortais e veniais, mas claramente diz, em Romanos 6.23: "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, em Cristo Jesus, nosso Senhor." (Observe, Paulo diz que o salário do pecado é a morte, não o purgatório ou uma punição temporária). A Igreja Católica Romana ensina que seus sacerdotes, como ministros de Deus e em seu nome (não importa quão ímpios ou pecadores possam pessoalmente ser), exercem o poder de outorgar o perdão aos pecados que lhes forem confessados. Todo católico deve prestar contas a um sacerdote de todo pensamento ou obras más, e acusar a si mesmo diante de um sacerdote de todo pecado que puder lembrar. O que acontece quando uma pessoa "sabidamente" se esquece de um pecado mortal na confissão?

"A pessoa que tenha sabidamente omitido um pecado mortal na confissão deve confessar que fez uma confissão incompleta, revelar o pecado que omitiu, mencionar os sacramentos que recebeu desde então, e confessar todos os outros pecados mortais que cometeu desde sua última boa confissão." (The New Saint Joseph Baltimore Catechism, pg 151)

Após confessar seus pecados, o fiel católico é instruído a "responder de forma correta a qualquer pergunta que o sacerdote fizer" [pg 157]. Em The True Spouse of Christ [A Verdadeira Esposa de Cristo], de São Ligório, lemos na página 352:

"Obedeça (o confessor) cegamente, isto é, sem questionar as razões. Seja cuidadoso, então, em nunca questionar as instruções de seu confessor... Em resumo, mantenha diante de seus olhos esta grande regra, que obedecendo seu confessor você obedece a Deus. Forçe-se então a obedecê-lo, sem medos. Entenda que se você não for obediente, será impossível que as coisas sigam bem para você, mas se obedecer, estará seguro. Mas, você diz, e se eu for condenado em conseqüência da obediência ao meu confessor, quem me resgatará do Inferno? Isso é totalmente impossível."

Essa falsa doutrina provoca culpa, vergonha, medo, desgraça, imoralidade sexual e hipocrisia naqueles que precisam participar dela. O medo e culpa ocorrem porque uma jovem não pode expor diante de qualquer homem coisas que não ousaria revelar às suas melhores amigas. Vergonha e desgraça ocorrem se ela confessar esses pecados secretos. O abuso de mulheres solitárias, mal-orientadas e espiritualmente fracas por seus confessores é reconhecido pela Igreja Católica: "Quando, portanto, há necessidade de uma Confissão Geral no caso de uma mulher, o confessor é, logicamente, obrigado a ouvi-la. No entanto, é necessário grande cautela nos casos de:

Curiosidade no tocante aos métodos de um novo confessor

Enfatuação, que faz o penitente procurar oportunidade para longas conversas com o confessor

O excesso de zelo faz pessoa passar mais tempo no confessionário que outros penitentes do mesmo sexo

Intenções maliciosas, ou de jovens confusas e confessores inexperientes, ou mesmo levar ambos a tentações pela invenção de pecados contra terceiros, etc." [The Casuist, pg 111, 211]

Em muitos outros incidentes na vil história da Confissão Auricular, os sacerdotes usaram o confessionário para seduzir e destruir mulheres jovens e maduras, casadas e solteiras. O confessionário tem sido usado para encontrar os indivíduos mais fracos que então passam a ser controlados e/ou molestados por confessor.

"O ex-arcebispo Robert Sanchez disse que casos de abuso sexual contra crianças na Arquidiocese de Santa Fé [mais de 140 processos judiciais foram movidos contra a arquidiocese] foram mantidos em segredo porque ele não sabia que aquilo era um crime" (Proclaiming The Gospel, outubro a dezembro de 1996, pg 6)

Quem melhor para saber quais indivíduos são os mais frágeis e mais fáceis de se tornarem presas do que o homem que ouve seus pecados secretos? Um sacerdote pode cometer um pecado com uma de suas penitentes e depois perdoar aquele pecado! Veja apenas esta citação de São Tomás de Aquino em sua Suma Teológica, Parte III, vol 4, pg 274 e 276: "...pode acontecer a um sacerdote compartilhar em um pecado cometido por seus atendidos, por exemplo, conhecimento [carnal] de uma mulher que é atendida por ele... Se, entretanto, ele for absolvê-la, isso seria válido."

Você pode estar perguntando a si mesmo: "O sacerdote não quebra seu voto de castidade (esse voto significa abstenção das relações sexuais)?" A resposta de acordo com a Igreja Católica:

"Um sacerdote não quebra seu 'voto de castidade' pecando contra o Sexto Mandamento [a versão católica dos Dez Mandamentos difere dos Dez Mandamentos de Deus - veja o artigo RC108 (não-traduzido) no site da The Cutting Edge.]" (Explanation of Catholic Morals [Explicação da Moral Católica], Stapleton, pg 149).

Até mesmo um sacerdote que esteja pessoalmente envolvido em pecado mortal pode ainda perdoar pecados no confessionário! "A Igreja pede que um sacerdote que absolva um penitente esteja em estado de graça. Isto não quer dizer, entretanto, que um sacerdote em estado de pecado mortal não possua o poder de perdoar pecados ou que, quando exercido, não seja eficaz para o penitente." [Peace of Soul (Paz da Alma), Bispo Fulton J. Sheen, 136; 1949; McGraw Hill, Nova York].

Permita-me deixar isto bem claro. A Igreja Católica está dizendo que um sacerdote, por exemplo, culpado de pedofilia, pode não apenas perdoar os pecados de quem molestou, como também pode perdoar outros também! Enquanto em estado de pecado mortal, pode ainda rezer uma missa válida, apesar de a Igreja proibir o leigo de receber os sacramentos quando estiver em estado de pecado mortal. O sacerdote provavelmente não fez uma boa confissão ao seu confessor - ou então seu confessor é de tão baixas convicções morais que não sentiu a necessidade de proteger aquelas crianças avisando seus pais ou tomando alguma atitude para remover aquele sacerdote da sua posição de autoridade.

Os testemunhos de pessoas que foram corrompidas ou desajustadas por causa desse auto-intitulado "sacramento" chega a milhões, e ainda assim eles sustentam: "Não há nenhum perigo de engano para as pessoas." [Catholic Dictionary [Dicionário Católico], Addis and Arnold, pg 738]

A citação acima é enganosa ao católico mediano, mas os sacerdotes sabem que ela é falsa! A citação seguinte comprova. "Apesar disso, o sacerdote, que é na verdade o médico de almas, pode se tornar o destruidor delas, se não for adequado ao trabalho no confessionário. Ele causaria inumeráveis pecados, produzindo falsas consciências, obrigando as pessoas a fazerem restituição quando não deveriam, recusando uma absolvição que deveria ser dada, ou concedendo-a quando deveria ser negada. Verdadeiramente, as Escrituras dizem: 'Se um cego guiar outro cego cairão ambos no abismo'" [The Priest, His Dignity and Obligations (O Sacerdote, Sua Dignidade e Suas Obrigações), Eudes, pg 147, ênfase acrescentada].

Má Interpretação das Escrituras

Em toda a Bíblia, a remissão de pecados e a salvação estão conectadas com a fé em Cristo, nunca com a absolvição sacerdotal. De forma a dar suporte ao seu tribunal na Terra, a Igreja Católica Romana propositadamente interpreta de maneira errônea Mateus 16.19: "E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus."

Veja também Mateus 18.18: "Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu."

O verbo que Jesus usou tanto em Mateus 16.19 quanto em Mateus 18.18 é tão preciso que ninguém que estaja familiarizado com a linguagem original poderia acreditar que qualquer igreja, ou alguém dentro da igreja Católica, poderia decidir quais pecados deveriam ser perdoados ou quais deveriam ter o perdão recusado. O verbo no texto original está no particípio perfeito passivo, referindo-se a um estado de já ter sido proibido ou permitido" [The New Testament: A Translation (O Novo Testamento: Uma Tradução), de Charles B. Williams]

Assim, a Igreja Católica, que certamente teve tradutores competentes nos últimos 1.200 anos, distorce as Escrituras para justificar a prática sem base bíblica da Confissão Auricular!

Em João 20.23, lemos: "Àqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos."

Em primeiro lugar, as "chaves do reino" referem-se à autoridade para proclamar os termos da salvação em Cristo. Esse é um privilégio e responsabilidade de todos os cristãos. A autoridade para ligar e desligar é primeiramente a comissão de proclamar o evangelho, que liberta todos que nele crêem e confirma a condenação daqueles que o rejeitam. A Igreja Católica Romana distorce esse texto de modo a justificar a prática da confissão auricular a um sacerdote. Entretanto, o contexto bíblico indica claramente que as palavras de Mateus 16:19, 18:18 e João 20.23 foram ditas não apenas para os apóstolos, mas também aos que estavam com eles. Os ministros cristãos devem pregar o arrependimento, mas nada se diz sobre ouvir confissões e conceder a absolvição (o perdão dos pecados).

A Confissão Deve Ser Feita Apenas ao Próprio Deus!

Esdras 10.11 diz: "Agora, pois, fazei confissão ao SENHOR Deus de vossos pais ...". Em Marcos 2.7, temos: "... quem pode perdoar pecados, senão Deus?"

I João 1.9 diz:"... Se confessarmos os nossos pecados [a Deus, não a um sacerdote], ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça"

I João 2.1: "Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo."

Salmos 32.5: "Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado."

O Senhor mesmo diz: "E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniqüidades." [Hebreus 10:17] Em Mateus 18:15-18, temos o modelo para lidar com o pecado na igreja: "Se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu."

Isso está longe da confissão auricular na Igreja Católica. Quando o homem em Corinto cometeu fornicação, a igreja inteira soube e julgou; aquilo não era um "pecado secreto" [1 Coríntios 5]. O homem voltou em lágrimas ao arrependimento [2 Coríntios 2.5-11]. Somos instruídos a "Confessai as vossas culpas uns aos outros" [Tiago 5.16]. No Velho Testamento, o rei Davi pecou ao possuir a mulher de outro homem e depois tentou esconder seu pecado enviando o marido dela para a frente de batalha para que morresse. No entanto, Deus mandou Natã para dizer estas palavras ao rei:

"Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei este negócio perante todo o Israel e perante o sol." [2 Samuel 12.12]

Destruindo as Mulheres Jovens e Inocentes

No entanto, os sacerdotes de Roma preferem esconder a revelar a verdade.

"Para aquele que ousar revelar um pecado confidenciado em um tribunal de penitência decretamos que seja não apenas deposto do ofício sacerdotal como também relegado a um monastério de obediência rígida para fazer penitência pelo resto da vida" [Quarto Concílio de Latrão, Canon XXI, conforme registrado em Disciplinary Decrees of the General Councils (Decretos Disciplinares dos Concílios Gerais), Schroeder, pg 259].

Satanás é sutil quando tenta instilar medo e culpa em uma criança em lugar de confiança e amor. Não seria melhor ensinar nossos filhos "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. [João 3.16]?

Tendo sido uma jovem católica que foi toda semana ao confessionário, posso dizer por experiência própria que o sacerdote nunca recebeu de mim uma verdadeira confissão, mesmo que eu acreditasse que tivesse feito uma "boa confissão". O católico não confessa seus pecados de idolatria (adoração às imagens) e de blasfêmia (atribuir a Maria os atributos que pertencem a Deus somente e a adoração a uma bolacha como Deus).

Quando eu era jovem, jovem demais para ter quaisquer pensamentos "impuros", o medo de ir a uma cabine escura para confessar qualquer coisa me produzia um pânico tal que eu não podia me lembrar de todos os meus pecados. Tentava listá-los na minha mente, mas quando a janela abria, ficava aterrorizada e esquecia todas as coisas que estava preparada para dizer. Começava então a inventar pecados que não tinha cometido e esquecia aqueles que tinha cometido. Novamente, a Igreja Católica estava atenta a esse medo que instilou nos jovens, e em seus resultados, como escreveu o barão Van Heensbroech nas páginas 34 a 39 de seu livro, Fourteen Years a Jesuit [Quatorze Anos Como Jesuíta]:

"O dano feito à religião e à moral por essa confissão precoce (aos sete anos de idade) é óbvio a qualquer um que não esteja cego pelas concepções dogmáticas e hieráticas do Ultramontanismo... Se a criança for de natureza delicada e tímida, a confissão se torna um tormento, uma fonte de dúvidas e problemas; se for de uma natureza mais rude, o mecanismo de confissão tende a destruir a tão pequena e delicada consciência que ela possui."

Quando estava amadurecendo e me transformando em uma jovem mulher, sempre que o sacerdote perguntava se eu tinha pensamentos impuros, eu ruborizava ao pensar em revelar àquele homem qualquer coisa tão pessoal que nem Deus me perguntaria para me rebaixar de tal maneira, de modo que mentia e fingia que meus únicos pensamentos impuros eram ficar zangada com minha santa mãe, e fingia que era pura demais até mesmo para entender a pergunta. Mas eu entendia. Quando adulta, eu me recusava a me rebaixar. Lembre-se que eu não era uma "protestante"... era uma católica devota que estava em uma boa situação diante do sacerdote. Eu lecionava para as crianças e era bem respeitada. Minha rejeição à confissão ao sacerdote não era um incidente isolado, pois muitas de minhas colegas eram exatamente tão rebeldes quanto eu nesse assunto. A hipocrisia é um resultado muito típico de forçar alguém a expor seus mais secretos pecados sexuais. Um ex-sacerdote católico, Chiniquy, pergunta com toda a razão:

"Como pode aquele homem, cujo coração e cuja memória acabaram de se tornar o reservatório de todas as mais grotescas impurezas que o mundo já conheceu, ajudar outros a serem castos e puros?" [The Priest, The Woman, and The Confessional (O Sacerdote, a Mulher e o Confessionário), Chiniquy, pg 80]

A invenção da confissão auricular preenche a mente dos devotos com um medo e uma ansiedade que é impossível ter paz total, como Chiniquy reconheceu:

"Mas não há paz possível, enquanto o penitente não tiver certeza que lembrou, contou e confessou cada pensamento, palavra e ato pecaminoso do passado. Portanto, é impossível! É moralmente e fisicamente impossível para uma alma encontrar paz por meio da confissão auricular. Se a lei que diz a todo pecador 'você está obrigado, sob pena de condenação eterna, de lembrar-se de todos os maus pensamentos e confessá-los tão bem quanto puder lembrar', não fosse tão evidentemente uma invenção satânica, deveria ser posta entre as mais infames idéias que já surgiram do cérebro do homem caído. Afinal quem pode se lembrar e contar os pensamentos de uma semana, de um dia, mesmo de uma hora desta vida em pecados?... Apesar de se dizer ao penitente que deve confessar seus pensamentos apenas de acordo com sua melhor lembrança, ele nunca, nunca saberá se fez seus melhores esforços para se lembrar de tudo: temerá constantemente que não tenha feito seu melhor para contá-los e confessá-los corretamente?" [Chiniquy, op. cit., pg 101].

Conversei com uma moça católica, Sharon (ainda católica, mas não praticante) e ela me falou a respeito do medo e da agonia que o confessionário lhe trouxe. Quando era muito jovem, sua família estava se arrumando para ir à igreja e tinha combinado em receber a Eucaristia "em família". Os pais fizeram as crianças jejuar antes de ir à Igreja (naquele tempo você não poderia comer nada após a meia-noite para tomar a Eucaristia). Sharon estava com tanta fome que comeu um pedaço de pão às escondidas e foi para a comunhão assim mesmo. Ela tinha certeza que seu pecado garantia o Inferno e acreditava de coração que se não confessasse, certamente passaria a eternidade lá. Na hora da confessar, temendo o sacerdote, que conhecia sua família e poderia contar o ocorrido, deixou de confessar aquele pecado. Por muito tempo, viveu com medo da desgraça eterna, um pensamento aterrorizador para um adulto, quanto mais para uma criança.

Mike, um ex-católico de vinte anos de idade, me disse que nunca confessava tudo ao sacerdote. Achava que "não era da conta dele", uma atitude típica. Meu próprio irmão teve uma experiência muito constrangedora com a confissão durante a adolescência. Aos dezessete anos, foi ao sacerdote para confessar que havia "tocado os seios de uma moça". O sacerdote recusou-se a absolvê-lo e os dois ficaram discutindo na frente da igreja. Meu irmão disse ao sacerdote "O senhor não tem autoridade para dizer que os meus pecados não podem ser perdoados". [Meu irmão, sua mulher e seus três filhos são salvos agora e conhecem o verdadeiro perdão dos pecados!]

De todos os católicos e ex-católicos para quem perguntei, nenhum foi totalmente honesto com o sacerdote. No entanto, em particular, muitas daquelas pessoas apelavam para Deus e confessavam a ele com total honestidade e lágrimas sinceras! O jugo de escravidão que a confissão auricular causa é tão pesado, degradante e humilhante que está muito longe das palavras de nosso Senhor Jesus Cristo em Mateus 11:28-30:

"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve." [Mateus 11:28-30]

Chiniquy, na página 117 de seu livro referido observa:

"É um fato público, e nenhum estudioso católico romano nega, que a confissão auricular tornou-se um dogma e uma prática obrigatória da Igreja apenas do Concílio de Latrão, no ano 1215, durante o pontificado de Inocêncio III. Nem um único vestígio da confissão auricular, como dogma, pode ser encontrado antes desse ano."

Chiniquy também comenta: "Sei que os defensores da confissão auricular apresentam aos seus incautos ouvintes várias passagens dos escritos dos Santos Pais, onde se diz que os pecadores iam diante de um sacerdote ou de um bispo para confessar seus pecados: mas é um modo desonesto de apresentar o fato - pois é evidente para todos os que conhecem um pouco da história da Igreja daqueles tempos que aquilo se refere apenas às confissões públicas das transgressões públicas por meio do ofício da penitenciaria... que era assim: Em cada grande cidade, um sacerdote ou um ministro era especialmente encarregado de presidir os encontros da igreja, em que os membros que tivessem cometido pecados públicos eram obrigados a vir e confessar publicamente diante da assembléia, para ser restaurado em seus privilégios como membro da igreja... isso estava perfeitamente de acordo com o que Paulo recomendou no tocante ao indivíduo envolvido no caso de incesto em Corinto; aquele pecador, que envergonhou o nome dos cristãos, após confessar e expor seus pecados diante da igreja, obteve o perdão, não de um sacerdote, para quem tivesse contado todos os detalhes do relacionamento incestuoso, mas de toda a igreja reunida... Há tanta diferença entre tais confissões públicas e as confissões auriculares quanto entre o Céu e Inferno, entre Deus e seu grande adversário, Satanás." [Chiniquy, op. cit., pg 116].

No que se refere às Confissões de Agostinho: "... é inútil procurar no livro uma única palavra sobre a confissão auricular. Aquele livro é um testemunho indiscutível de que tanto Agostinho quanto sua santa mãe, Mônica, que é mencionada freqüentemente, viveram e morreram ser nunca terem ido a um confessionário. Aquele livro pode ser chamado de a mais esmagadora evidência para provar que 'o dogma da confissão auricular' é uma impostura moderna." [Chiniquy, op. cit., pg 114]

No décimo livro de suas Confissões, no Capítulo 3, Agostinho protestou contra a idéia de que o homem poderia fazer alguma coisa para curar a lepra espiritual, ou perdoar os pecados de seus irmãos: "O que devo fazer com os homens para que devam ouvir minhas confissões, como se pudessem curar minhas enfermidades? A raça humana é muito curiosa para conhecer a vida das outras pessoas, mas muito preguiçosa para corrigi-la." [Chiniquy, op. cit., pg 114)

João Crisóstomo, em sua homília De Paenitentia, volume IV, Coluna 901, também levantou sua voz contra a confissão auricular:

"Não pedimos que confesse seus pecados a qualquer um de seus semelhantes, mas apenas a Deus... Você não precisa de testemunhas para sua confissão. Reconheça secretamente seus pecados e permita que Deus somente ouça a confissão." [Chiniquy, op. cit., pg 114]

São Basílio, em seu comentário acerca do Salmo 37 diz: "Não venho diante do mundo para fazer uma confissão com minha boca. No entanto, fecho os olhos, e confesso meus pecados do fundo do meu coração. Diante de ti, ó Deus, derramo meus lamentos, e tu apenas és a testemunha. Meus gemidos estão dentro da minha alma. Não há necessidade de muitas palavras para confessar: pesar e arrependimento são a melhor confissão. Sim, as lamentações da alma, que te agradam ouvir, são a melhor confissão [Chiniquy, op. cit. pg 115]

Em uma pequena obra de Crisóstomo intitulada Catethesis ad Illuminandos, Volume 2, pg 210, lemos:

"O que devíamos mais admirar não é que Deus perdoa nossos pecados, mas que não os expõe para ninguém, nem deseja que façamos isso. O que requer de nós é que confessemos nossas transgressões a ele somente para obtermos o perdão."

Destruição Satânica Por Meio do Confessionário

A prática da confissão auricular tornou-se um dos mais degradantes "sacramentos" que o homem poderia imaginar! Com livros tais como The Mirror of the Clergy (O Espelho do Clero), página 357, a porta foi aberta para Satanás operar seus estragos:

"É necessário que o confessor saiba de tudo para poder exercer o julgamento. Que ele então, com sabedoria e sutileza, interrogue os penitentes sobre os pecados que possam ignorar ou omitir, por causa da vergonha!"

E Satanás semeou destruição no catolicismo, pois as abominações diárias se tornaram um problema tal que, por volta do ano 1560, Pio IV publicou uma bula pela qual todas as meninas e todas as mulheres casadas que tinham sido seduzidas a pecar por seus confessoras, foram ordenadas a denunciá-los:

"... e um certo número de altos oficiais da Santa Inquisição foram autorizados a ouvir os depoimentos dos penitentes. A experiência foi coisa foi feita inicialmente em Sevilha, uma das principais cidades da Espanha. Assim que o édito foi publicado, o número de mulheres que se sentiram obrigadas pela consciência de ir e depor contra seus padres confessores foi tão grande que, apesar dos trinta escrivães, e tantos inquisitores para ouvir os depoimentos, eles foram incapazes de realizar o trabalho no tempo previsto. O prazo foi esticado em mais trinta dias, mas os inquisitores estavam tão sobrecarregados com a quantidade de depoimentos que o prazo foi prorrogado por mais outro período igual de tempo. Novamente, porém, verificou-se que seria insuficiente. Ao final, descobriu-se que o número de sacerdotes que tinha destruído a pureza de suas penitentes era tão grande que era impossível punir a todos. O inquérito foi cancelado e os confessores culpados continuaram impunes. Várias tentativas de mesma natureza foram feitas por outros papas, mas com o mesmo fracasso." [Chiniquy, op. cit. pg 43, ênfase acrescentada)

Isso não soa como o problema de hoje, especialmente com sacerdotes que abusam sexualmente de meninos?!

Essas bulas são testemunho irrefutável de que a confissão auricular é uma das mais poderosas invenções do Diabo para corromper o coração, contaminar o corpo e condenar a alma!

Qual é a Origem da Confissão Auricular?

A prática da confissão auricular não se baseia em princípios bíblicos, mas sim no paganismo. Chiniquy vê a similaridade da confissão auricular à luz do Romanismo:

"Aqueles que querem mais informações sobre esse assunto devem ler os poemas de Juvenal, de Propércio e de Tibelo. Examinem atentamente todos os historiadores da Roma antiga, e então verão a perfeita semelhança que existe entre os sacerdotes do papa e os sacerdotes de Baco, em referência aos votos de celibato, aos segredos da confissão auricular, a celebração dos assim chamados 'mistérios sagrados' e toda a corrupção moral dos dois sistemas religiosos. De fato, quando alguém lê os poemas de Juvenal, pensa que está diante dos livros de Den, Liguori, Lebreyne, Kenric." [Chiniquy, op. cit., pg 140]

A Confissão de uma Jovem Mulher

Chiniquy, quando era um jovem sacerdote, defrontou o problema da corrupção na confissão auricular. No princípio do seu sacerdócio, teve uma experiência que o mudaria para sempre. Uma linda jovem entrou no confessionário e com lágrimas escorrendo pelas faces e uma voz abafada pelos soluços, começou a falar. Seu testemunho foi o seguinte:

"Querido padre... sou uma grande pecadora. Temo que esteja perdida! Se ainda houver alguma esperança para mim, por amor de Deus, não me rejeite! Antes de começar minha confissão, peço que não polua meus ouvidos com o tipo de perguntas que os confessores freqüentemente fazem às mulheres penitentes; já fui destruída por essas perguntas. Deus sabe que antes de eu completar dezessete anos, os anjos nos céus não eram mais puros do que eu; mas o capelão do Convento para o qual meus pais me enviaram para estudar, apesar de já estar entrando na velhice, me fez no confessionário uma pergunta que eu inicialmente não entendi, mas, infelizmente, ele fez as mesmas perguntas a uma de minhas colegas de classe, que gracejou delas e as explicou para mim; porque as entendia muito bem.

A primeira conversa impura da minha vida mergulhou meus pensamentos em um mar de iniqüidade, até então desconhecido para mim; tentações do caráter mais humilhante me assaltaram por uma semana, dia e noite; depois disso, pecados que eu apagaria com meu sangue, se fosse possível, inundaram minha alma como uma enchente.

No entanto, as alegrias do pecador são curtas. Impactada com terror dos julgamentos de Deus, depois de algumas semanas da mais deplorável vida, decidi abandonar meus pecados e me reconciliar com Deus. Coberta de vergonha e tremendo da cabeça aos pés, fui me confessar com meu velho confessor, a quem respeitava como um santo e amava como um pai. Com lágrimas sinceras de arrependimento, confessei-lhe a maior parte dos meus pecados, apesar de ter omitido um deles, de vergonha, e respeito pelo meu guia espiritual. Entretanto, não escondi que suas estranhas perguntas na minha última confissão foram, com a corrupção natural do meu coração, a principal causa da minha destruição.

Ele falou comigo de forma muito gentil, me encorajou a lutar contra as más inclinações e, principalmente, me deu muitos conselhos gentis e bons. Mas, quando pensei que ele tivesse acabado de falar, ao me preparar para deixar o confessionário, ele me fez duas novas perguntas de um caráter tão poluído que temo que nem o sangue de Cristo nem todo o fogo do Inferno seriam capazes de apagá-las da minha memória. Essas perguntas provocaram minha ruína; fixaram-se na minha mente como duas setas mortais; estão dia e noite na minha imaginação; enchem minhas artérias e veias com veneno mortal. É verdade que, primeiramente, elas me encheram com horror e desgosto; mas ai de mim!

Em breve estava tão acostumada a elas que pareciam estar incorporadas em mim, como se tivessem se tornado uma segunda natureza. Esses pensamentos tornaram-se uma nova fonte de inumeráveis pensamentos, desejos e ações pecaminosos. Um mês mais tarde, fomos obrigadas pelas regras do convento a ir confessar; mas dessa vez, estava tão completamente perdida, que não mais me ruborizava com a idéia de confessar meus pecados vergonhosos a um homem; muito pelo contrário. Sentia um prazer real, diabólico ao pensar que teria uma longa conversa com meu confessor sobre esses assuntos, e que ele me faria mais algumas de suas estranhas perguntas. De fato, quando contei tudo sem vergonha, ele começou a me interrogar, e Deus sabe quão corrompidas coisas saíram da sua boca para dentro do meu pobre coração pecador! Cada uma de suas perguntas abalava meus nervos, e me enchia com as mais vergonhosas sensações. Depois de uma hora de um tête-à-tête criminal com meu velho confessor (porque aquilo não era nada mais que um tête-à-tête criminal), percebi que ele era tão depravado quanto eu mesma. Com algumas palavras de duplo sentido, ele me fez uma proposta criminosa, que aceitei com palavras de duplo sentido também; e por mais de um ano, vivemos juntos na mais pecaminosa intimidade. Apesar de ele ser muito mais velho, eu o amei de uma forma desvairada.

Quando o meu curso no convento acabou, meus pais me chamaram de volta para casa. Fiqiuei realmente contente de mudar de residência, porque estava começando a me cansar da minha vida criminosa. Tinha esperanças de que, sob a direção de outro confessor, deveria me reconciliar com Deus e começar uma vida cristã. Infelizmente, meu novo confessor, que era muito jovem, começou também seus interrogatórios. Ele logo se apaixonou por mim, e o amei da forma mais criminosa. Fiz com ele coisas que espero que o senhor nunca me peça para descrever, porque são monstruosas demais para serem repetidas, mesmo no confessionário, por uma mulher a um homem. Não digo isso para tirar de meus ombros a responsabilidade das minhas iniqüidades com meu jovem confessor, porque acho que fui mais pecadora do que ele. É minha firme convicção que ele era um bom e santo sacerdote antes de me conhecer, mas as perguntas que me fez, e as respostas que lhe dei derreteram seu coração - sei disso - exatamente como o chumbo derretido derrete o gelo onde é derramado.

Sei que essa não é uma confissão detalhada como nossa santa Igreja requer que eu faça, mas achei necessário para lhe apresentar a curta história de vida da maior e mais miserável pecadora que já pediu sua ajuda para se livrar do peso de seus pecados. Essa é a forma como tenho vivido nos últimos anos. No último sábado, porém, Deus, em sua infinita misericórdia, olhou para mim. Ele o inspirou para nos falar sobre o Filho Pródigo como o modelo da verdadeira conversão, e como a mais maravilhosa prova da infinita compaixão do Salvador pelo pecador. Tenho chorado continuamente desde aquele dia feliz, em que me lancei nos braços do amoroso e misericordioso Pai Celestial. Mesmo agora, mal consigo falar, porque meu arrependimento pelas iniqüidades passadas e minha alegria de poder banhar os pés do Salvador com minhas lágrimas é tão grande que a minha voz está embargada. É claro que me afastei definitivamente do meu último confessor. Quero pedir que o senhor me aceite como sua penitente. Por favor, não me rejeite, pelo amor do Salvador! Não tenha medo de ter ao seu lado este monstro de iniqüidades. Mas, antes de mais nada, quero pedir dois favores. O primeiro é que nunca tente saber meu nome; o segundo é que nunca me fará quaisquer daquelas perguntas pelas quais muitas penitentes são perdidas e muitos sacerdotes destruídos para sempre. Duas vezes me perdi por causa dessas perguntas. Vamos aos nossos confessores para que derramem as águas purificadoras dos céus sobre os nossos pecados; mas, em vez disso, com suas perguntas indecentes, acabam lançando querosone nas chamas ardentes que já estão queimando nos nossos corações pecaminosos."

Chiniquy não podia atender ao pedido dela de não ouvir a confissão inteira e absolvê-la de seus pecados, pois estaria indo contra a doutrina Romana. Ela deixou o confessionário em lágrimas: "Ai, meu Deus, então estou perdida, perdida para sempre!". A jovem desmaiou e Chiniquy a levou para a casa de seus pais. Ela teve um sonho:

"Oh, não! Aquilo não foi um sonho, foi realidade. Meu Jesus veio a mim; ele estava sangrando; a coroa de espinhos estava na sua cabeça, a cruz pesada feria seus ombros. Ele me disse, com uma voz tão suave que nenhuma língua humana poderia imitar: 'Tenho visto tuas lágrimas e ouvido teus clamores; sei do teu amor por mim; teus pecados estão perdoados; coragem, em poucos dias estarás comigo!'"

No mês seguinte ela estava claramente perto de morrer. Chiniquy continuou ao seu lado instando-a a se confessar, mas em vez de ver uma jovem torturada pela culpa, viu uma calma e uma paz nela quando dizia: "Ele me amou tanto que morreu pelos meus pecados!". Enquanto ela meditava nessas palavras, lágrimas escorriam pelo seu rosto. Chiniquy, sentindo que a morte dela estava próxima, caiu de joelhos e implorou que deixasse a vergonha de lado e obedecesse à igreja de Roma e confessasse todos os pecados, mas ela, com um ar de dignidade, dizia:

"É verdade que após o pecado de Adão e Eva, Deus mesmo fez vestes de peles, e os vestiu para que não vissem a nudez um do outro? Como nossos confessores se atrevem a tirar de nós essas vestes santas e divinas de modéstia e de auto-respeito?"

Chiniquy presenciou a jovem morrer com "a paz de excede a todo o entendimento" [Filipenses 4:7]. As últimas palavras dela foram verdadeiras palavras de sabedoria:

"Agradeço e o abençôo, querido padre, pelo seu sermão sobre o filho pródigo, que pregou no mês passado. O senhor me trouxe aos pés do querido Salvador; lá encontrei uma paz e uma alegria que excede a qualquer coisa que o coração humano possa sentir; coloquei-me nos braços do Pai Celestial, e sei que ele aceitou e perdou sua filha pródiga! Vejo os anjos com suas harpas douradas ao redor do trono do Cordeiro! O senhor não ouve a harmonia celestial das músicas? Eu vou - vou me juntar a eles na casa do meu Pai. Não estarei perdida!"

O testemunho dela na hora da morte tocou Chiniquy, que somente mais tarde compreendeu a paz que a jovem experimentou. É a mesma paz que encontrei pessoalmente em Jesus Cristo. A paz de saber que seu sangue "nos purifica de todo o pecado". [1 João 1.7].

Miquéias 7:19 diz: "Tornará a apiedar-se de nós; sujeitará as nossas iniqüidades, e tu lançarás todos os seus pecados nas profundezas do mar."

A confissão auricular produz tormento e medo.

I João 4:18 diz: "No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor, porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor."

Como conheci nosso Senhor e Salvador e compreendi quão verdadeiro é seu perdão não vivi mais com medo e em tormentos. Não escondo mais meus pecados, mas me arrependo e me desvio deles, conhecendo completamente que meu Senhor e Salvador Jesus Cristo pagou por cada um, não apenas os meus, mas de cada pessoa que já tenha vivido ou que venha a viver na Terra. Nenhum homem o nenhuma instituição humana pode arrancar esse poder de nosso Deus [Romanos 8:38-39]. Não há mais do que se envergonhar, porque, como dizem as Escrituras:

"Porém tu, SENHOR, és um escudo para mim, a minha grande glória, e o que exalta a minha cabeça." [Salmos 3.3]

Autora: Rebecca A. Sexton, Former Catholics For Christ.

Comentário final do diretor da Cutting Edge:

Verdadeiramente, Satanás criou a abominação da Confissão Auricular em muitas de suas religiões pagãs ao longo da história para aprisionar as almas dos pobres pecadores, para destruir as mentes e as almas dos sacerdotes e conduzir todos os seus aderentes direto ao Inferno. O Catolicismo Romano faz isso tudo, em nome de Jesus Cristo!

Oramos para que você reconheça a gravidade dessa prática pecaminosa, e veja a pureza de confessar seus mais recônditos pecados diretamente ao Santíssimo Deus, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor! Como mencionado anteriormente, achamos impressionante que Jesus Cristo não apenas perdoa nossos pecados, mas também não os torna públicos para que os outros vejam quão sujos realmente somos no íntimo de nossos corações e das nossas mentes.

Tumba de Maria

esse vídeo mostra a tumba de Maria,embora o resto do video seja adventista,más preste atenção no vídeo.