quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Carnaval




A maior festa popular brasileira

Origem Histórica

Segundo definição genérica, o carnaval é uma festa popular coletiva, que foi transmitida oralmente através dos séculos, como herança das festas pagãs realizadas a 17 de dezembro (Saturnais - em honra a deus Saturno na mitologia grega.) e 15 de fevereiro (Lupercais - em honra a Deus Pã, na Roma Antiga.). Na verdade, não se sabe ao certo qual a origem do carnaval, assim como a origem do nome, que continua sendo polêmica.

Alguns estudiosos afirmam que a comemoração do carnaval tem suas raízes em alguma festa primitiva, de caráter orgíaco, realizada em honra do ressurgimento da primavera. De fato, em certos rituais agrários da Antigüidade, 10 mil anos A.C., homens e mulheres pintavam seus rostos e corpos, deixando-se enlevar pela dança, pela festa e pela embriaguez.

Originariamente os católicos começavam as comemorações do carnaval em 25 de dezembro, compreendendo os festejos do Natal, do Ano Novo e de Reis, onde predominavam jogos e disfarces. Na Gália, tantos foram os excessos que Roma o proibiu por muito tempo. O papa Paulo II, no século XV, foi um dos mais tolerantes, permitindo que se realizassem comemorações na Via Lata, rua próxima ao seu palácio. Já no carnaval romano, viam-se corridas de cavalo, desfiles de carros alegóricos, brigas de confetes, corridas de corcundas, lançamentos de ovos e outros divertimentos.

O baile de máscaras, introduzido pelo papa Paulo II, adquiriu força nos séculos XV e XVI, por influência da Commedia dell'Arte. Eram sucesso na Corte de Carlos VI. Ironicamente, esse rei foi assassinado numa dessas festas fantasiado de urso. As máscaras também eram confeccionadas para as festas religiosas como a Epifania (Dia de Reis). Em Veneza e Florença, no século XVIII, as damas elegantes da nobreza utilizavam-na como instrumento de sedução.

Na França, o carnaval resistiu até mesmo à Revolução Francesa e voltou a renascer com vigor na época do Romantismo, entre 1830 e 1850. Manifestação artística onde prevalecia a ordem e a elegância, com seus bailes e desfiles alegóricos, o carnaval europeu iria desaparecer aos poucos na Europa, em fins do século XIX e começo do século XX.

Há que se registrar, entretanto, que as tradições momescas ainda mantêm-se vivas em algumas cidades européias, como Nice, Veneza e Munique.


Etmologia da Palavra

Assim como a origem do carnaval, as raízes do termo também têm se constituído em objeto de discussão. Para uns, o vocábulo advém da expressão latina "carrum novalis" (carro naval), uma espécie de carro alegórico em forma de barco, com o qual os romanos inauguravam suas comemorações. Apesar de ser foneticamente aceitável, a expressão é refutada por diversos pesquisadores, sob a alegação de que esta não possui fundamento histórico.

Para outros, a palavra seria derivada da expressão do latim "carnem levare", modificada depois para "carne, vale !" (adeus, carne!), palavra originada entre os séculos XI e XII que designava a quarta-feira de cinzas e anunciava a supressão da carne devido à Quaresma. Provavelmente vem também daí a denominação "Dias Gordos", onde a ordem é transgredida e os abusos tolerados, em contraposição ao jejum e à abstenção total do período vindouro (Dias Magros da Quaresma).


Posição da igreja evangélica no período do carnaval

Como pudemos observar, o carnaval tem sua origem em rituais pagãos de adoração a deuses falsos. Trata-se, por, isso de uma manifestação popular eivada de obras da carne, condenadas claramente pela Bíblia.

Seja no Egito, Grécia ou antiga Roma, onde se cultua, respectivamente, os deuses Osíris, Baco ou Saturno, ou hoje em São Paulo, Recife, Porto Alegre ou Rio de Janeiro, sempre notaremos bebedeira desenfreada, danças sensuais, música lasciva, nudez, liberdade sexual e falta de compromisso com as autoridades civis e religiosas.

Traçando o perfil do século XXI, não é possível isentar a Igreja evangélica deste movimento histórico. Então qual deve ser a posição do cristão diante do carnaval? Devemos sair de cena para um retiro espiritual, conforme o costume de muitas igrejas? Devemos por outro lado, ficar aqui e aproveitarmos a oportunidade para a evangelização?Ou isso não vale a pena porque, especialmente neste período, o deus deste século lhes cegou o entendimento?

Cremos que a resposta cabe a cada um. Mas, por outro lado, a personalidade da Igreja de Deus nasce de princípios estreitamente ligados ao seu propósito: fazer conhecido ao mundo um Deus que, dentre muitos atributos, é santo.

Há quem justifique como estratégia evangelística a participação efetiva na festa do carnaval, desfilando com carros alegóricos e blocos evangélicos, o que não deixa de ser uma tremenda associação com a profanação. Pergunta-se, então: será que deveríamos freqüentar boates gays, sessões espíritas e casas de massagem, a fim de conhecer melhor a ação do diabo e investir contra ela? Ou deveríamos traçar estratégias melhores de evangelismo?
No carnaval de hoje, são poucas as diferenças das festas que o originaram, continuamos vendo, imoralidade, promiscuidade sexual e bebedeira.
Como cristãos não podemos concordar e muito menos participar de tal comemoração, que vai contra os princípios claros da Palavra de Deus Romanos 8.5-8; I Co. 6.20).


Evangelismo ou retiro espiritual?

A maioria das igrejas evangélicas hoje tem sua própria opinião quanto ao tipo de atividade que deve ser realizada no período do carnaval.

Opinião, esta que, baseia-se em parte na teologia que cada uma delas prega. Este fato é que normalmente justifica sua posição. A saber: enquanto umas participam de retiros espirituais, outras, no entanto, preferem ficar na cidade durante o carnaval com o objetivo de evangelizar os foliões.

Primeiramente, gostaríamos de destacar que respeitamos as duas posições, pois cremos que os cristãos fazem tudo por amor com a intenção de ganhar almas para Cristo, edificando seu Corpo. Entendemos também o propósito dos retiros espirituais: momentos de maior comunhão com o Senhor. Muitos crentes tem sido edificados pela pregação da Palavra e atuação do Espírito Santo nos acampamentos das igrejas.

Todavia, a oportunidade de aproveitarmos o carnaval para testemunhar é pouco difundida em nosso meio.

Em meio à pressão provocada pelo mundo, a igreja deve buscar estratégicas adequadas para posicionar-se à estas mudanças dentro da Bíblia, e não dentro de movimentos contrários a ela. A Bíblia é a fonte, e não fatores externos.

Cristãos de todos os lugares do Brasil possuem opinião diferente s a este respeito de maneira adequada para evangelização no período do carnaval. Mas devemos notar que Cristo nunca perdeu uma oportunidade para pregar.

Partindo deste princípio não podemos deixar de levar o evangelho não importando o momento.

Assim devemos lançar mão da sabedoria que temos recebido do Senhor e optar pela melhor atividade para nossa igreja nesse período tão sombrio que é o carnaval.


Bibliografia:

Revista Defesa da Fé

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Já foi encontrado o local de sepultamento de algum personagem da Bíblia?



Peregrinos do Domingo de Palma dentro da Igreja do Santo Sepulcro
This article is also available in English: Have the burial sites of any people in the Bible been found? English answer...Por toda a extensão do território bíblico existem diversas tumbas "tradicionalmente" atribuídas a vários personagens bíblicos, às vezes muitas para um único indivíduo! Em diversos casos, não há evidência histórica ou arqueológica para validar a identificação. No entanto, existem pelo menos sete ocasiões onde há fortes, senão conclusivas, evidências sobre a localização do local de sepultamento de uma pessoa, ou pessoas, descritas na Bíblia.
Jesus
Igreja do Santo Sepulcro, JerusalémNa atual Jerusalém existem dois locais declarados como a tumba de Jesus: a Igreja do Santo Sepulcro e a Tumba do Jardim. Esta última foi identificada como a tumba de Jesus apenas no final do século XIX e carece de credibilidade histórica. Uma longa tradição, datada do primeiro século, atribui a tumba de Jesus ao local da Igreja do Santo Sepulcro na Antiga Cidade de Jerusalém. No século IV Constantino localizou o local da tumba abaixo de um templo romano do século II e construiu a igreja sobre o local. Esta igreja foi repetidamente restaurada e mantida pelos séculos desde então e é compartilhada por seis credos: Católico Romano, Ortodoxo Grego, Armênios, Sírios, Coptas e Etíopes.
Caifás o Sumo Sacerdote


Ossuário de Caifás o Sumo SacerdoteCaifás foi o sumo sacerdote por 18 anos, A.D. 18-36. Aparentemente, obteve esta posição através do casamento com a filha de Anás, chefe de um poderoso clã de sumo-sacerdotes (João 18:13). Caifás é considerado vil por ter sido o líder na conspiração que culminou na crucificação de Jesus. Em uma reunião de líderes religiosos, Caifás declarou que "vos convém que morra um só homem pelo povo, e que não pereça a nação toda" (João 11:50). Ele se referia à possível intervenção de autoridades romanas caso os ensinamentos de Jesus gerassem uma insurreição. Suas palavras foram proféticas no sentido em que Jesus morreu pelas pessoas, por todas elas do mundo, como sacrifício de expiação dos pecados.
Após ter sido preso, Jesus foi levado à casa de Caifás e ali detido pela noite. Os guardas zombavam dele e feriam-no (Lucas 22:63-65). Na manhã seguinte Ele foi interrogado e novamente agredido. Caifás lhe perguntou "És tu o Cristo (Messias), o Filho do Deus bendito?" "Eu sou", Jesus respondeu (Marcos 14:61-62). Caifás então entregou Jesus a Pilatos para ser julgado.
Após a crucificação de Jesus, Caifás continuou a perseguir a igreja primitiva, levando os apóstolos a líderes religiosos e dizendo-lhes: "Não vos admoestamos expressamente que não ensinásseis nesse nome? E eis que enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem (Jesus)." Pedro e os outros apóstolos responderam: "Importa antes obedecer a Deus que aos homens" (Atos 5:28-29).
A tumba da família de Caifás foi acidentalmente descoberta por operários que construíam uma estrada em um parque ao sul da Antiga Jerusalém. Os arqueologistas foram então ao local em regime de urgência e encontraram 12 ossuários (caixas para ossos feitas de calcáreo) ao examinar o local contendo os restos mortais de 63 indivíduos. O ossuário mais ornamentado tinha a inscrição de nome "José filho de (ou da família de) Caifás." Este era o nome completo do sumo sacerdote que prendeu Jesus, documentado como Josephus (Antiguidades 18: 2, 2; 4, 3). No seu interior existiam os restos de um homem de 60 anos, que quase certamente pertenciam ao mesmo Caifás do Novo Testamento. Este memorável achado provê, pela primeira vez, os restos físicos de um indivíduo descrito na Bíblia.
César Augusto
Um grande político e administrador, Augusto reinou sobre o Império Romano de 27 A.C. a A.D. 14. Foi justamente Augusto que decretou o censo que levou José e Maria a Belém, onde Jesus nasceu (Lucas 2:1-7). Augusto construiu para si mesmo um grande mausoléu em Roma, nas margens orientais do Rio Tibre, um quarto de milha a noroeste do Fórum Romano. Os restos mortais estão atualmente localizados no centro do Piazza Augusto Imperatore. O mausoléu possuía 285 pés de diâmetro e 143 pés de altura e tinha uma estátua do imperador em seu topo. Suas cinzas estavam em uma urna ao centro, enquanto as cinzas dos membros da dinastia foram colocadas em urnas em um corredor que circundava o salão. Embora algumas urnas tenham sido encontradas por excavações, as cinzas já haviam desaparecido há muito tempo.
Tumba dos Patriarcas

A Bíblia relata que Sara, Abraão, Isaque, Rebeca, Lia e Jacó foram enterrados em Hebrom, numa caverna denominada a Cova de Macpela, adquirida por Abraão (Gênesis 23). Segundo a tradição, esta caverna está localizada abaixo de Haram el-Khalil ("recinto sagrado do amigo do Deus Único Misericordioso") em Hebrom, e é atualmente uma mesquita muçulmana. Algumas referências datadas do período Helênico (segundo século D.C) atestam que este é o local autêntico de sepultamento dos Patriarcas. A caverna foi explorada pelos Cânons Agostinianos em 1119, sendo declarada a descoberta dos ossos dos Patriarcas nesta data.
Tumbas de Davi e Salomão


Por todo o período dos reinados, os reis de Judá foram enterrados na cidade de Davi. Na divisa sul da Cidade de Davi, ao sul da Antiga Cidade de Jerusalém, existem duas tumbas monumentais compostas de túneis que estudiosos acreditam ser as tumbas de Davi e Salomão. Infelizmente, estas tumbas foram danificadas por guerras posteriores de modo que nenhuma inscrição que poderia identificá-las permaneceu. Na mesma área existem diversas tumbas da Idade do Ferro, possivelmente pertencentes a outros reis de Judá.

Tumbas de TúneisO sepultamento de Uzias foi uma exceção aos costumes da época. Considerando que ele foi um leproso, não foi sepultado com os outros reis, mas " no campo de sepultura que era dos reis; pois disseram: ele é leproso" (2 Crônicas 26:23). Surpreendentemente, uma inscrição foi encontrada no Monte das Oliveiras em 1931, datada do primeiro século D.C que diz: "Aqui foram trazidos os ossos de Uzias, rei de Judá – não abra." Evidentemente, devido à sua lepra, os ossos de Uzias foram removidos do campo que pertencia aos reis e transferido para um local mais distante.
Ciro o Grande

Ciro reinou no Império Persa de 559-530 A.C. Este rei é muito conhecido pela sua captura de Babilônia em 539 A.C. Já no século VIII A.C. Isaías previu esta derrota (Isaías 45:1-3), e complementou dizendo que Ciro iria "libertar os meus cativos" (Isaías 45:13). A libertação dos exilados judeus na Babilônia por Ciro não está documentada na Bíblia (2 Crônicas 36:22-23; Esdras 1:2-4), porém também está implícita no Cilindro de Ciro da mesma época. Este antigo registro relata que "Eu (Ciro) reuni todos os habitantes originais e lhes devolvi suas habitações."
Ciro foi sepultado em uma simples tumba de pedra na periferia de sua capital Pasárgada, no moderno Irã. De acordo com o historiador Estrabo, sua inscrição já deteve os dizeres: "Oh homem, eu sou Ciro, o filho de Cambises, que fundou o Império da Pérsia, e rei da Ásia. Que este monumento não me cause rancores." (Geografia xv.3.7).
Dario I o Grande
Dario I foi rei do Império Persa de 522 a 486 A.C. Este rei concedeu permissão para reiniciar a reconstrução do Templo (Esdras 6:1-12), que foi anteriormente adiada por 10 anos. É de sua propriedade a primeira das três monumentais tumbas esculpidas no rochedo próximo à capital persa Persépolis, no Irã. A inscrição na sua tumba diz:
Rei Dario declara: Oh Rei, quem quer que sejas Tu, que venha a surgir após mim, proteja-se bem das mentiras. Não confie no homem que profere mentiras… Creia nisto e diga sempre a verdade às pessoas. Não o escondas. Se estas palavras não forem escondidas, mas se disser a verdade ao povo, que Ahura Mayda o proteja…
Existem outras três tumbas no local, que acredita-se serem dos reis persas Xerxes (485-465 A.C.), Artaxerxes I (465-424 A.C.) e Dario II (423-405 A.C.). Não há, no entanto, inscrições nestas tumbas que permitiriam ter certeza sobre suas identificações. Xerxes é o Assuero do livro de Ester, o rei que Ester se desposou. Esdras foi um escriba (Esdras 7:6) e Neemias um mordomo (Neemias 2:1) servindo a Artaxerxes I. Este autorizou tanto a Esdras quanto a Neemias a retornarem a Jerusalém: Esdras iria assumir assuntos religiosos e judiciais (Esdras 7:12-26), e Neemias iria reconstruir os muros da cidade (Neemias 2:1-9). Dario II pode ser o Dario mencionado em Neemias 12:22, porém isto é ainda um pouco duvidoso

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Jesus pregou aos espíritos em prisão?

"No qual também foi e pregou aos espíritos em prisão..." (I Pe. 3:19)Qual é o sentido de IPe. 3.19, que se refere à pregação de Cristo aos espíritos em prisão no Hades? Pregou Cristo a eles, dando-lhes a oportunidade de salvar-se, após terem morrido? Se examinarmos essa sentença cuidadosamente, em seu escopo total, descobriremos que a passagem não ensina tal coisa — pois contrariaria Hb. 9:27 - "... aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo".Na versão NASB, IPe. 3:18-20 foi traduzido assim: Porque Cristo morreu pelos pecados, de uma vez por todas, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus, tendo sido sentenciado à morte na carne, mas vivificado no espírito; no qual ele foi também e fez proclamação aos espíritos agora na prisão, que outrora foram desobedientes, quando a paciência de Deus esperou nos dias de Noé, durante a construção da arca, pela qual uns poucos, isto é, oito pessoas, se salvaram das águas. Observamos, pela tradução acima, que o verbo que se traduz por pregou em King James Version não equivale ao grego euangelizomai ("pregar ou levar boas-novas"), que certamente significaria que depois de sua crucificação Cristo realmente levou uma mensagem de salvação às almas perdidas no Hades; antes, o verbo é ekëryxen, derivado de kërysso ("proclamar uma mensagem", da parte de um rei ou potentado). O que o v. 19 diz na verdade é que Cristo fez uma proclamação às almas que estavam aprisionadas no Sheol ou Hades.Há duas possibilidades para o conteúdo dessa proclamação: 1º) a proclamação feita pelo Cristo crucificado no Hades a todas as almas dos mortos pode ter sido essa: o preço do pecado havia sido pago, e todos os que haviam morrido na fé deveriam aprontar-se para subir ao céu, o que ocorreria logo, no domingo da ressurreição. 2º) a proclamação poderia dizer respeito àquela urgente advertência que Noé havia feito à sua própria geração, no sentido que se refugiassem na arca, antes que o grande dilúvio destruísse toda a raça humana. Dessas duas opções, a primeira diz respeito a uma ocorrência real (cf. Ef. 4:8); essa proclamação teria sido feita a todos os habitantes do Hades, em geral, ou então só aos redimidos, em particular. Mas a segunda, significa que Cristo, mediante o Espírito Santo solenemente advertiu os contemporâneos de Noé, por meio do próprio Noé (conforme descrição em IIPe. 2:5) como pregador ou arauto da justiça. Portanto, parece-nos muito evidente que a passagem discutida nos assegura que até mesmo naqueles tempos antigos, nos dias de Noé, quando o Senhor estava em estado de pré-encarnação, o Verbo estava interessado na salvação dos pecadores. Assim é que o ato pelo qual a família de Noé se salvou mediante a arca foi um evento profético, apontando para a provisão graciosa de Deus pela expiação substitutiva numa cruz de madeira — à semelhança do instrumento de livramento, a arca, que salvou Noé do julgamento divino sobre a humanidade culpada. Em ambos os casos apenas os que pela fé se refugiam no meio de salvação proposto por Deus podem livrar-se da destruição.Esse relacionamento entre tipo/antítipo é equacionado com clareza em IPe. 3:21 - "a qual, figurando [ARA traduz assim antitypon] o batismo, agora também vos salva, não sendo a remoção da imundícia da carne, mas a indagação [epërótëma] de uma boa consciência para com Deus, por meio da ressurreição de Jesus Cristo". Em outras palavras, o arrependimento do pecado e a confiança só em Cristo, para a salvação com base em sua expiação e ressurreição, são os elementos que suprem o livramento do pecador culpado e tornam possível que esse obtenha "uma boa consciência", com base na convicção de que todos os seus pecados foram pagos completamente pelo sangue de Jesus.Diante das conjecturas podemos pressupor que: 1º) Jesus desceu ao Hades e proclamou a sua vitória ou 2º) Podemos concluir também que a proclamação a que se refere o v. 19 ocorreu, não quando Cristo desceu ao Hades, após sua morte no Calvário, mas em Espírito, o qual falou pela boca de Noé, durante aqueles anos em que a arca era construída (v. 20). Portanto, uma coisa é certa, o v. 19 nenhuma esperança oferece de uma "segunda oportunidade" para aqueles que rejeitaram Cristo durante sua vida aqui na Terra.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Homossexualismo não é...



Condição Biológica ou Opção?

• Genético: "... o homossexual masculino ou feminino é basicamente um homem ou uma mulher por determinação genética, com orientação homossexual por preferência aprendida"1 (Masters e Johnson, especialistas em sexo).
"... não existe fundamento no qual possa se justificar a hipótese de que homossexuais ou bissexuais de qualquer grau ou tipo tenham cromossomos diferentes dos heterossexuais"2 (Dr. John Money, principal pesquisador de sexo da Universidade Johns Hopkins).
• Doença: "Na minha opinião, qualquer pessoa que tenta se aproximar da literatura de pesquisa fisiológica e psicológica com a mente aberta, terá de admitir que a melhor interpretação de homossexualidade deve ser a idéia de uma variante neurótica [i.e., um distúrbio psicológico ou emocional]"3 (Dr. van den Aardweg, autor do livro Homossexuality and Hope - Homossexualidade e Esperança).
"Esses dois livros contém a obra de mais de 30 psicanalistas - professores, psicanalistas célebres e pessoal da área médica de todo o país - e todos afirmam o fato de que a homossexualidade é uma condição psico-patológica que pode ser alterada..."4 (Dr. Socarides, psicólogo e professor na Faculdade de Medicina Albert Einstein de N.York, referindo-se a dois livros que publicou: The Homossexualities: Fantasy, Reality and the Arts e The Homossexualities and the Therapeutic Process).
• Irreversível: "Schwarz e Masters (no relatório do Johnson Institute de 1984) revelam um grau de sucesso de 79,9% de homossexuais mudando sua orientação sexual para a heterossexualidade. Seu índice de seis anos de acompanhamento foram impressionantes 71.6%."5
"O Dr. van den Aarweg (1986) relatou um grau de sucesso de 65%."5
"Até o ativista liberal e apresentador de TV Phil Donahue [líder de audiência nos EUA], que acreditava na teoria biológica, agora diz aos homossexuais: 'Se você quiser mudar, você pode mudar'."5
Homossexualismo é...
• Psicologicamente: Comportamento aprendido e dependência emocional.
• Fisicamente: Condicionamento que gera compulsão (e toda compulsão é fisicamente degenerativa).
• Espiritualmente: Transgressão da vontade de Deus, porque fere o caráter santo de Deus.
Joe Dallas, que durante cinco anos foi membro e pastor da Metropolitan Community Church, a mais famosa denominação "gay-cristã" dos Estados Unidos, e autor do livro A Operação do Erro depois de deixar a comunidade gay, comenta: "Levou menos de cinco minutos para eu me iludir e pensar que o homossexualismo era aceitável diante de Deus. Levaria cinco anos para eu estar disposto a reconsiderar.6 (...) Eu fui afortunado. Amigos cheios de amor me receberam quando me arrependi. Irmãos fortes me acolheram em sua comunhão. Fui perdoado, aceito e restaurado. Só posso desejar a mesma coisa para cada mulher e homem que, pela graça de Deus, também seja trazido para fora da ilusão.7 (...) Três anos mais tarde, depois de terapia e reflexão intensiva, comecei a aconselhar outros que estiveram em minha situação, e fiquei assombrado de ver quantos eram! (...) E durante esses oito anos tenho sido lembrado de que, se alguém tão iludido como eu pôde ser trazido para fora do homossexualismo, certamente qualquer pessoa pode."8
"Não se enganem, não herdarão o reino de Deus os imorais, os que adoram ídolos, os adúlteros, os homossexuais, os ladrões, os avarentos, os bêbados, os difamadores, os marginais. Alguns de vocês eram assim. Mas foram lavados do pecado, separados para pertencerem a Deus e aceitos por ele por meio do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito do nosso Deus" (1 Coríntios 6:9-11).

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

O Ossuário de Jesus


A mídia tem sido um instrumento de controvérsia já por algum tempo. Além da mídia, cientistas e especuladores com sede de poder, fazem de tudo para vender e aparecer. Cientistas que dizem ter feito clones de homens; fósseis que comporiam o elo perdido; contatos extraterrestres; enfim, muitas são as conjecturas dessas mentes arrogantes, mas que nunca não passaram de fraudes. A coisa é tão séria que a Revista Scientific American História Nº 6 publicou de capa a seguinte matéria – “OS GRANDES ERROS DA CIÊNCIA – NA ATIVIDADE CIENTÍFICA, ERRAR É A REGRA, NÃO A EXCEÇÃO”.
Dessa vez o irresponsável não é o escritor Dan Brawn, mas o seu congênere, o cineasta James Cameron, diretor de Titanic. Ele produziu um documentário de 2 milhões de dólares, onde mostra as supostas e mais recentes descobertas da arqueologia envolvendo Jesus Cristo. No filme, Cameron afirma ter encontrado, em um sepulcro, o ossuário de Jesus Cristo, Maria, José, Maria Madalena, Mateus e Judá, filho de Jesus. Esse túmulo teria sido encontrado em 1980 no subúrbio de Talpiot, em Jerusalém. Na época não chamou muita atenção devido ao fato de ser natural encontrar esses ossuários, além do que os nomes em questão são comuns em demasia.
O arqueólogo Amos Kloner, que documentou a tumba como a sepultura de uma família judaica há mais de 10 anos, está convicto de que não há provas para sustentar a tese de que o túmulo é de Jesus - "Sou um acadêmico. Faço trabalho acadêmico, o que não tem nada a ver com a realização de documentários. Não há possibilidade de se apropriar de uma história religiosa e transformá-la em algo científico. Eu ainda insisto no fato de que é uma tumba comum do século 1 antes de Cristo", disse Kloner, acrescentando que os nomes eram uma coincidência. "Quem disse que 'Maria' é Magdalena e 'Judá' é o filho de Jesus? Isto não pode ser provado. Existem muitos nomes populares e comuns do primeiro século antes de Cristo", disse o acadêmico na Israel's Bar Ilan University.
É preciso levar em alta relevância que Jesus, o Jesus bíblico, e seus parentes eram de uma família da Galiléia, sem laços com Jerusalém. A tumba de Talpiot pertencia a uma família de classe média do primeiro século e não tinha nada a ver com os pobres Galileus.
A priori, entendo que o basilar desta nova polêmica fica aqui esclarecido, aguardando o desenrolar das argumentações do tal documentário que será exibido em redes de TV de todo o mundo. Além do que, o caso desses ossuários pode terminar como o ossuário de Tiago, ou seja, a relíquia era legítima, mas o escrito na urna era posterior. Ainda não temos a confirmação se os escritos nas urnas são realmente correspondentes à data dos ossuários.
Somente alertamos nossos irmãos a persistirem na fé, pois é mister que tudo isso aconteça. O inimigo de nossas almas fará de tudo para derrotar-nos e tirar o que mais temos de valioso – a nossa fé.
“... olhai não vos perturbeis; porque forçoso é que assim aconteça; mas ainda não é o fim” (Mt. 24:6).
Leia o que o arqueólogo que descobriu a tumba pensa de tudo isso:
http://noticias.bol.com.br/mundo/2007/02/26/ult1806u5596.jhtm

terça-feira, 8 de janeiro de 2008



Senhor Jesus descreveu os tempos anteriores à Sua volta em glória como dos mais terríveis que já houve. Ele falou de um Apocalipse vindouro, que aconteceria como julgamento sobre todo o mundo, antes dEle mesmo voltar. Este tempo é descrito como semelhante aos "dias de Noé e de Ló". Os dias de Ló eram a época de Sodoma, donde procede a palavra "sodomia". Naquela sociedade as pessoas viviam inteiramente segundo suas inclinações e paixões. Elas comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam, sem se importarem com Deus. Pretendia-se estabelecer uma era de bem-estar sem Deus. Ao mesmo tempo a imoralidade tomava conta, de modo que a homossexualidade fazia parte do cotidiano (Gn 19.4-5).

Quando analisamos nossos dias, somos levados a pensar que as fronteiras de Somoma já estão sendo ultrapassadas. Como em muitos outros países, os debates a respeito do tema têm sido muito acirrados na França:

O confronto entre a direita e a esquerda tem apresentado atualmente uma violência incomum, porque a maioria esquerdista pretende legalizar a união de casais homossexuais. Deste modo, os partidários do primeiro-ministro Lionel Jospin estão cumprindo uma promessa eleitoral. Trata-se de estabelecer um contrato para todos os casais – quer sejam homossexuais ou heterossexuais...

Apontando para Sua vinda em grande poder e glória, o Senhor Jesus disse: "O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e destruiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar" (Lc 17.28-30). Em Gênesis 18.20 lemos porque Deus castigou de tal maneira as cidades corrompidas no vale do Jordão: "Disse mais o Senhor: Com efeito, o clamor de Sodoma e Gomorra tem-se multiplicado, e o seu pecado se tem agravado muito."

Não temos a intenção de apontar o dedo friamente para nossa sociedade, pois todos nós somos pecadores necessitados de redenção. Também não pretendemos pintar um cenário de terror apocalíptico. Pelo contrário, queremos lembrar que o Senhor procura atualmente homens de oração dedicados, que se colocam na brecha (Ez 22.30), da mesma forma como Abraão o fez (Gn 18.22-33). O texto ressalta que Abraão não ameaçou nem julgou a Sodoma – e nem mesmo esperou satisfeito pelo julgamento ameaçador de Deus. Pelo contrário, ele colocou-se diante do Senhor e intercedeu por Sodoma e Gomorra.

Mas, naturalmente também é preciso falar a verdade com clareza, mesmo que não se queira mais ouvi-la e sob o risco de sermos acusados de fanáticos fundamentalistas. O Senhor Jesus Cristo, que morreu na cruz como um criminoso, sem ter cometido pecado, tomou nossos pecados sobre si para que nós – libertos de toda culpa – possamos tornar-nos participantes do reino de Deus. Quem, entretanto, fecha a porta do seu coração para o Senhor Jesus, rejeita a oferta de Deus de completo perdão dos pecados e, assim, exclui a si mesmo do reino de Deus. Aquele, porém, que entrega sua própria vida e a deposita aos pés de Jesus, vai recebê-la. Foi o que o próprio Senhor disse com relação à mulher de Ló: "Quem quiser preservar a sua própria vida perdê-la-á; e quem a perder, de fato a salvará" (Lc 17.33). (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)

sábado, 5 de janeiro de 2008

¨¨Cair no espírito ¨¨

Depois deste video,leia o texto e tirem suas proprias coclusões.


Irmãos... aprendais a não ir além do que está escrito!(Apóstolo Paulo aos Coríntios)
O “cair no espírito” é um dos mais famosos e proliferados modismos na igreja evangélica. Em várias reuniões e cultos, pessoas caem após sopros, empurrões e jogadas de paletós de pregadores sensacionalistas. Hoje, inúmeros crentes estão em busca desse novo e conhecido movimento. Mas onde começou essa onda? Quais os termos que o descreve? Esse fenômeno faz parte do pentecostalismo? O cair no espírito tem apoio escriturístico e histórico?


Divulgação do “cair no espírito”.

No ano de 1994, na Toronto Airport Chiristian Fellowship (Comunhão da Videira do Aeroporto de Toronto), o fenômeno do cair no espírito começou a ser divulgado por meio de um conferência ministrada pelo pastor Randy Clark, convidado do pastor John Arnott e da pastora Carol Arnott, dirigentes da igreja em Toronto. Antes, os Arnott já tinham conhecido esse fenômeno por meio do evangelista neopentecostal Benny Hinn, que já praticava o “cair no espírito” em suas reuniões[1]. Benny Hinn aprendeu essas manifestação exóticas por meio do ministério de Kathryn Kuhlman, uma famosa “evangelista” norte-americana que morreu em 1976, onde em sua reuniões, dezenas de pessoas caiam ao mesmo tempo mediante sua oração.

Classificações do fenômeno na teologia pentecostal.

Na teologia pentecostal, o modismo de “cair no espírito” é classificado como “pentecostalismo manikos”, que segundo Joseph L. Castleberry - Deão acadêmico do Seminário Teológico das Assembléias de Deus em Springfield, Missouri (EUA)- é uma “adoração caracterizada por manifestações maníacas que distorcem e abusam dos dons espirituais”[2]. O hermeneuta Esdras Costa Bentho, pastor de confissão pentecostal, lembra outro termo que pode descrever manifestações excêntricas: a carismania. Carismania é mistura de carismata (dons) e manikos (manifestações exóticas). Bentho comenta:
Não é sem razão que manifestações pseudo-pneumáticas (espiritualmente falsas), que geralmente são gerenciadas por “figurões” do pentecostalismo, são chamadas de “carismania”- uma mistura de charismata com manikos.[3]
Esses fenômenos neopentecostais, são também conhecidos como “Bênção de Toronto”, devido a divulgação dessas práticas pela igreja da Videira localiza em Toronto- Canadá, como acima descrito. Alguns apologistas (a maioria pentecostais) preferem chamar, de forma irônica, o “cair no espírito” de movimento “cai-cai”.


Posição dos neopentecostais em relação ao fenômeno.

Apesar de vários nomes ligados ao “cair no espírito”, com Kathryn Kuhlman, Benny Hinn, Kenneth Hagin, Charles Hunter, foi a igreja de Toronto por meio do pastor John Arnott, que espalhou o fenômeno do “cair no espírito” para o mundo inteiro, como um grande avivamento do Espírito Santo. Hoje, esse modismo é amplamente aceito na maioria da denominações neopentecostais, com exceção da Igreja Universal do Reino de Deus[4] e da Igreja Internacional da Graça de Deus[5]. Muitas paróquias que pertencem a RCC (Renovação Católica Carismática) praticam o “cair no espírito”, que entre os católicos carismáticos é denominado de “repouso no espírito”.

Posição dos Pentecostais Clássicos em relação ao fenômeno.
Algumas igrejas ou instituições relacionadas a denominações pentecostais incentivam a prática do cair no espírito. Todavia, a Assembléia de Deus, por meio da CGADB (Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil) é contra o “cair no espírito”. Na oitava ELAD, que é um encontro de pastores assembleianos ligados a CGADB, na cidade de Porto-Seguro- BA, em outubro de 2002, foi reafirmado a posição contrária da Assembléia de Deus em relação aos modismos neopentecostais[6]. No relatório da ELAD, está escrito:

Sob o esfuziante tema “Não extingais o Espírito” o 8° ELAD trouxe a tona os fenômenos promovidos pelos movimentos neo-pentecostais como: “cair no Espírito”, “sopro do Espírito”, “benção de Toronto”, “dançar no Espírito”, “dentes de ouro” e outras enxurradas de práticas inovadoras que andavam perturbando o seio da igreja. Nas palestras ministradas pelos pastores José Wellington Bezerra da Costa, Antonio Gilberto, Elienai Cabral e Elinaldo Renovato de Lima, os mais de 700 pastores e evangelistas inscritos no encontro, puderam constatar que a Bíblia não oferece nenhum respaldo para tais acontecimentos e reafirmaram que o autêntico mover do Espírito é aquele que traz avivamento espiritual, batismo no Espírito Santo e transformação na vida do homem.


Por meios dos periódicos oficias, a Assembléia de Deus tem se colocado contra essas práticas. Exemplo disso é o Jornal Mensageiro da Paz, que na edição de Setembro de 2007, trouxe uma matéria de capa sobre o pastor Paul Gowdy, um ex-líder da igreja em Toronto, que hoje revela a farsa do movimento. Vários teólogos assembleianos e pentecostais se posicionaram contra o “cair no espírito”. O renomado pastor assembleiano Antonio Gilberto comenta de forma crítica:

“Cair no Espírito” é cair e ficar inconsciente; cair não subjetivamente; cair à toda hora; cair em grupos; cair por manipulação de alguém esperto, e ainda mais citando textos bíblicos truncados [7]. E continua: Nas reuniões de “riso no Espírito” há pouco ou nada de leitura bíblica, de pregação e ensino da Palavra de Deus. Durante essas reuniões, eles proferem repetidamente frases como: -Não tente usar sua mente para entender isso, Não ore agora; beba! Receba! Receba um pouco mais. Ora tudo isso é contrário aos ensinos da Palavra de Deus, pois a fé abrange a mente.[8]

O teólogo pentecostal Claudionor Corrêa de Andrade escrevendo sobre o “cair no espírito”, cita exemplo de Gunnar Vingren, um dos fundadores das Assembléias de Deus no Brasil, que viajou em 1923 de Belém do Pará até Santa Catarina para combater o que hoje é conhecido com “Bênção de Toronto”, e Andrade comenta:

Embora fervoroso pentecostal, Gunnar Vingren não se deixou embair pelo emocionalismo nem pelas aparências. Ele sabia que nem tudo o que é místico, é espiritual; pode brilhar, mas não é avivamento. O misticismo manifesta-se também em rebeldias e mentiras. Haja vista as seitas proféticas e messiânicas.[9]
O Dr. Paulo Romeiro, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e pastor de uma igreja pentecostal em São Paulo, lembra do equilíbrio em relação ao assunto, mas sem deixar de destacar as mazelas que fenômeno tem trazido ao evangelicalismo, ele diz:

Reconheço que Deus tem poder para tocar alguém hoje de tal forma que a pessoa venha a cair. De modo algum sou contra a verdadeira manifestação do poder de Deus. Esta não me preocupa nem um pouco, pois quanto mais, melhor. O que realmente me preocupa são os abusos gerados em torno de tal prática. Estes trazem mais transtornos e divisões para o Corpo de Cristo do que edificação espiritual.[10]

José Gonçalves, pastor da Assembléia de Deus no Piauí, escrevendo sobre fenômenos neopentecostais, lembra do perigo do sensacionalismo e pauta o assunto pelo equilíbrio. Em artigo, escreveu sobre a possibilidade de alguém cair sob influência divina assim como nos avivamentos do Século 19, mas reconhece os atuais exageros sobre o fenômeno. Gonçalves escreve:
Há o perigo dos “pneumatismos” que conduzem à anarquia espiritual. Na gênese das seitas que dizem ser criação do Espírito de Deus, encontra-se com abundância as mais insidiosas aberrações teológicas. Esse é um problema que não pode ser simplesmente ignorado por se desejar preservar um evangelicalismo ou um suposto avivamento. [11]
Outra observação importante de um teólogo pentecostal, é o que está descrito no Dicionário do Movimento Pentecostal, em relação ao “cair no espírito”. Isael de Araújo escreve:
A comprovação para o fenômeno está inconclusiva. Do ponto de vista experimental, é inquestionável que, ao longos dos séculos, crentes venham experimentando fenômenos psicofísicos nos quais caem no chão. Além disso, eles sempre atribuem a experiência a Deus. É igualmente inquestionável que não existe nenhuma prova bíblica para a experiência como norma para a vida cristã. [12]
Bases bíblicas e evidência histórica.
Fica bem claro, que a posição oficial dos pentecostais clássicos, é que não se deve ir além do que está escrito, como bem recomendou o apóstolo Paulo(I Co 4.6) . A Bíblia menciona nove dons espirituais (carismata pneumatikos), mas não cita o cair no espírito como evidência da plenitude do Espírito Santo. Não há nenhum textos não escrituras que dê espaço para essa manifestações. Muitos neopentecostais insistem que há base bíblica e história para as suas atuais práticas de jogar paletó nas pessoas e essas caírem ou soprar sobre um publico e esses serem cheios do Espírito.

Para muitos neopentecostais, os textos em que personagens bíblicos caem prostrados, como Gn 15.12; I Sm 19; II Cr 5.13,14; Dn 8.17; Mt 2.11; Mt 28.4; At 10.10 e Ap 1.7 são evidências do atual cair no espírito. Ora, nenhum desses personagens bíblicos caíram por ter recebido poder ou algum vigor espiritual, mas antes caíram diante de um estado de reverência ou medo. Eles caíram diante de serem angelicais e com o rosto em terra, não para trás como acontece hoje. Esses versículos nada provam! São textos fora de um contexto, gerando pretextos. Um texto que esses “apologistas” não citam é João 20.22, onde Jesus sopra sobre os apóstolos e disse: “Receberei o Espírito Santo”, mas ninguém caiu! Muito bem leciona o pastor pentecostal Ciro Zibordi:

Os que defendem a “queda no poder” ignoram os fatos de que o culto a Deus é racional (Rm 12.1) e de que o espírito do profeta está sujeito ao profeta (I Co 14.32). Isso significa que, por mais que sintamos a presença do Senhor, em um culto, devemos ser prudentes quantos às reações. Devemos ser meninos apenas na malícia, e adultos no entendimento (I Co 14.20)[13].

Não há evidência bíblicas, mas há evidências históricas? O pastor neopentecostal Marco Feliciano diz que sim, pois no seu livro Chamada de Fogo, Feliciano cita que várias pessoas caiam nas reuniões de D. L. Moddy, Charles Finney e John Wesley. Isso é verdade, mas as pessoas que caiam nas reuniões de Finney, Edwards, Spurgeon, Moddy, Wesley e outros, caiam de maneira diferente ao que acontece hoje. Hoje as pessoas caem por receber alguma coisa, no tempo dos grandes avivalistas as pessoas caiam por convicção de pecado. Hoje as pessoas caem após mensagens de auto-ajuda e triunfalismo, no tempo dos avivalistas as pessoas caiam mediante mensagens como “Pecadores na mão de um Deus irado”. Hoje as pessoas caem após empurrões ou por causa de paletós de pregadores sensacionalistas, no tempo dos avivalistas os que caiam não caíram por causa de gerenciamento, provocações e manipulações de pastores. Hoje os pregadores propagam o cair, no tempo dos avivalistas os grandes homens de fé procuravam desencorajar essas manifestações. Hoje as pessoas tornam o cair um espetáculo, no tempo dos avivalistas esses fenômenos não eram casos de exibicionismos.

O teólogo Erwin Lutzer lembra outra diferença:
Os superapóstolos de hoje afirmam fazer em questão de minutos o que pregadores mais antigos nos dizem que apenas pode ocorrer por quebrantamento diário e submissão a Deus, em geral por sofrimento. Atualmente, nos dizem que só podemos ter poder sendo tocados por um apóstolo supercheio de unção. Eles têm poder próprio.[14]
Portanto, o atual movimento de “cair no espírito” e fenômenos relacionados como: “riso santo”, “dança do Espírito”, “aviãozinho”, “unção da lagartixa”, “reteté de Jeová” etc, não apresentam nenhuma evidência bíblica e chegam a ferir vários princípios bíblicos, como o culto racional, decente e com ordem (Rm 12.1, I Co 14.40).

Conclusão:
Qual é a causa para tanto sucesso de fenômenos excêntricos, extravagantes, exóticos, anti-bíblicos, irracionais, no evangelicalismo?

01. A busca pela espiritualidade superficial. Hoje a dedicação de tempo à oração, meditação bíblica e comunhão entre irmãos é cada vez mais raro no meio evangélico, então a busca por soluções espirituais mais rápidas e instantâneas são frequentes nos cultos.

02. Desequilíbrios eclesiásticos. Como é difícil ser equilibrado no meio evangélico, pois muitos em busca de uma “cristianismo racional”, buscaram um racionalismo cético, naturalista e anti-bíblico denominado de liberalismo teológico. Em contrapartida, outro extremo se levantou, que é a busca por um “cristianismo emocional”, onde o emocionalismo contamina as mentes que pararam de pensar e refletir na Palavra de Deus.

03. Pragmatismo e empirismo evangélico. Um legião de pessoas buscam aquilo que é prático e experimental, sendo presas fáceis de pregadores sensacionalistas, que buscam produzir shows em lugar de cultos. O espetáculos dos anfiteatros tomam conta dos púlpitos que deveriam ser destinados à Palavra.

04. Falta da consciência na suficiência da Palavra. Ir além do que está escrito é a grande moda dos evangélicos contemporâneos, sendo que a Bíblia deixa de ser a regra de fé e prática das liturgias e manifestações espirituais. Já não é suficiente os dons espirituais descritos em diversos textos das Sagradas Escrituras? Para que buscar mais coisas que fogem da Palavra?




Notas e Referências Bibliográficas:
1- Benny Hinn, em 1992, veio ao Brasil em um congresso da ADHONEP (Associação de Homens de Negócios do Evangelho Pleno), onde “derrubou” muita gente!

2- CASTLEBERRY, Joseph L. Pós-Pentecostalismo: Estranha moda tenta apagar as manifestações espirituais na igreja. Revista Manual do Obreiro. Rio de Janeiro: CPAD, Ano 27, n° 32, 2005.

3- BENTHO, Esdras Costa. A Bíblia tem a resposta: Há respaldo para “cair no poder”? In Mensageiro da Paz. Rio de Janeiro: CPAD, Ano 76, n° 1458, Novembro de 2006, p. 17.

4- Edir Macedo, pontífice máximo da IURD, é contra o modismo de “cair no espírito”. Na IURD, dificilmente um membro será incentivado a exercer os dons espirituais, consequentemente, os exageros relacionados aos dons são ausentes. Mas a IURD não escapa de uma demostração exótica de experiências, aja vista a prática de exorcismos, que é um verdadeiro espetáculo!

5- R.R. Soares, apesar de ter sua teologia moldada por Kenneth Hagin, é contra o “cair no espírito” e disse no Jornal Show da Fé, que quem cai são “os endemoninhados”.
6- Alguns estudiosos preferem chamar as igrejas praticantes desses modismos de “ultra-pentecostais”.
7- GILBERTO, Antonio. Desvios da Doutrina Bíblica. in Revista Ensinador Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, Ano 7, n° 28, p. 19.
8- Idem, n° 29, p. 20.
9- ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 142.
10- ROMEIRO, Paulo. Evangélicos em Crise. 4. ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1999, p. 77.
11- GONÇALVES, José. Espiritualidade, Avivamento e Equilíbrio. Revista Manual do Obreiro. Rio de Janeiro: CPAD, ano 27, n° 29, Janeiro-Março, p. 40-45.
12- ARAÚJO, Isael de. Dicionário do Movimento Pentecostal. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 616.
13- ZIBORDI, Ciro Sanches. Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 34.
14- LUTZER, Erwin W. Quem é Você Para Julgar? 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 104.
Retirado do blog do Gutierres Siqueira(Teologia Pentecostal)

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

A verdade do mundo evângelico

Eu vi este video no blog do Lion of Zion,e não poderia deixar de divulgar ,pois é a pura realidade do que acontece nos dias de hoje.Reflitam sobre ele.

VIDEO 1


VIDEO2



VIDEO3

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Marmotologia




Irmão tirem suas proprias conclusões,isso é de Deus?