quarta-feira, 7 de maio de 2008

IURD oferece Óleo Santo contra a Dengue

1. O jornal O ESTADO DE SÃO PAULO de 16 de abril de 2008 p. A-20 traz uma notícia curiosa: A Igreja Universal do Reino de Deus distribuiu panfletos propondo proteção divina contra dengue no Rio. Nos convites para os cultos dominicais na Catedral Mundial da Fé, mencionava-se a distribuição de um cálice com o óleo santo para que todos sejam livres desta epidemia. Também foram entregues capas para caixas d’água.

Pr. Natanael o que diz o irmão sobre essa prática adotada pela Universal no Rio de Janeiro oferecendo óleo santo para que as pessoas fiquem fora dessa epidemia?

Não tem o menor apoio bíblico. Podemos examinar toda a Bíblia e não encontraremos qualquer passagem que alguém tomasse tal providência na Bíblia. Numa reportagem apresentada na Internet sobre o assunto, alguns pastores já se pronunciaram contra tal medida afirmando que orientam seus fiéis a combater o mosquito transmissor da dengue com ações de eliminação dos criadouros. - Não receitamos nem aceitamos qualquer tipo de magia. Essa prática é uma exploração da crendice popular - disse o pastor José Carlos Torres, diretor-geral da Convenção Batista Carioca, que representa 600 igrejas e congregações no Rio.

2. Lemos que houve manifestação de que tal medida pode ser considerada prática ligada à magia ou a exploração da crendice popular. O que realmente significam essas práticas?

Quando uma igreja como a Universal procura anunciar que o “óleo ungido” pode proteger contra o mosquito da dengue, o que dizer de entidades que não se utilizam a Bíblia? Pior ainda e vemos, como nunca, que a fé dos brasileiros tem se tornado supersticiosa ainda depois de se tornarem crentes em Jesus. O pior é que a maioria das pessoas não se dá conta disto. Nos escandalizamos quando dizemos que existem crentes maçons, ou quando dizemos que existem crentes esotéricos, crentes espíritas, crentes umbandistas e como não admitir também que temos crentes supersticiosos?

3. Como reconhecer uma fé supersticiosa?

A fé supersticiosa é aquela que se baseia na fé popular e não inteiramente na Palavra. Baseia-se mais na experiência do que nas Escrituras para firmar-se. Não declara: creio, apoiei minha fé no que li na Bíblia, mas porque experimentei. Vale mais a experiência supersticiosa do que o que está na Bíblia e o problema é maior quando se dá quando aquilo que experimentamos não se ajusta com a Palavra de Deus “E eu, irmãos, apliquei estas coisas, por semelhança, a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, não vos ensoberbecendo a favor de um contra outro”.(1 Co 4.6). Se a Bíblia é “uma lâmpada para os nossos pés e uma luz para o nosso caminho” (Sl 119.105) como é que alguém se vale de uma experiência supersticiosa que não tem apoio na Bíblia? Por que anda com uma Bíblia debaixo do braço?

4. Pode mencionar algumas práticas supersticiosas como essa de usar ‘óleo santo’?

São estas algumas práticas supersticiosas deixando claro que Deus aborrece porque a superstição é uma troca da fé em Deus para objetos quando a Bíblia recomenda que tenhamos fé em Deus. Diz então a Bíblia “Aquele que se aproxima de Deus deve crer que ele existe e que é galardoador das pessoas que o buscam”. Hb 11.6):

1 – Buscar justificar suas experiências pela palavra de Deus e não o inverso

2 – Sincretismo entre a fé cristã e a crendice popular

3 – Crêem no poder da palavra falada

4 – Forte ênfase nos demônios

5 – Forte ênfase na batalha espiritual admitindo que o Diabo possui poder igual ao poder de Deus

6 – Culto á personalidade de determinada pessoa que se apregoa como “O maior pregador de cura divina dos dias atuais e outros títulos que destacam mais a pessoa do que o Senhor Jesus Cristo.

7 – Forte ênfase nas revelações de algum líder com o título de apóstolo, evangelista etc. (sua palavra é lei). Tudo isso faz da fé brasileira dos dias atuais, uma fé essencialmente esotérica e supersticiosa.