A história da Igreja Cristã é marcada por perseguições e todo tipo de discriminação. Durante o Império Romano os cristãos eram jogados às feras como parte do entretenimento das massas. Outros foram mortos ao fio da espada e lançados em tachos quentes, dentre outras barbaridades.
Na Idade Média não foram poucos que terminaram na fogueira. Hoje em diversos lugares do mundo a perseguição continua. Países como Coréia do Norte, Arábia Saudita, China, Irã, Cuba, Vietnã e outras dezenas de nações têm imprimido um intenso estado de perseguição e discriminação aos cristãos, onde muitos têm pago com o próprio sangue para não negarem a fé em Jesus.
No Brasil, em especial no Nordeste, muitos foram os relatos de perseguição no passado, onde muitas Igrejas foram apedrejadas, principalmente no interior da região.
Hoje temos assistido ao surgimento de outro tipo de perseguição. São leis que estão sendo preparadas e que, caso aprovadas, farão ressurgir o fantasma da perseguição, discriminação e preconceito, que no passado assolou muitos cristãos no Brasil.
Parte da grande mídia tem estado a serviço desses movimentos que visam amordaçar o discurso evangélico no país. Uma demonstração de tudo isso se deu na última quarta-feira, dia 12, onde em horário nobre a Rede Globo veiculou em uma de suas novelas (Duas Caras), uma das cenas mais discriminatórias e preconceituosas que se tem notícia na TV brasileira (http://duascaras.globo.com/Novela/Duascaras/Capitulos/0,,AA1674499-9156,00.html).
No capitulo da referida novela é mostrado uma turma, sendo comandada por um grupo de "evangélicos", se dirigindo a uma casa onde dois homens e uma mulher mantêm um suposto triângulo amoroso — sendo um deles gays. Na cena vemos os "evangélicos" de Bíblia na mão e uma das "irmãs" gritando: "Nós vamos tirar o demônio de seu corpo e vai debaixo de pau e pedra". Em outro momento se ouve uma delas dizer: "Eu sou a mão da força divina". Daí, em certo momento, uma das "evangélicas" atira uma pedra na direção da mulher que estava sendo acusada de manter a aventura amorosa com os dois homens. Depois, ocorre a invasão da casa, onde os "crentes" gritam: "Quem não quiser arder no fogo do inferno me siga". O desfecho da cena é lamentável. A "crente" por nome de Edvânia de faca na mão esfaqueia o colchão dizendo: "O sangue de Jesus tem poder".
Mas o que mais chamou a atenção foi quando um dos homens que é apresentado como suposto homossexual, ao ser agredido, gritou: "O pecado está no preconceito, na intolerância, na violência". Foi aí que revelou-se a intenção da referida cena. Essa frase dita pelo suposto gay é um dos chavões do movimento gay no Brasil, geralmente usada contra a Igreja Evangélica, que fundamentada na Bíblia repudia tal comportamento. Tudo isso faz parte da campanha que visa sensibilizar nossas autoridades para aprovação da denominada "Lei da Mordaça", a dita lei anti-homofobia (PLC 122/2006 E PL 6418/2005). Tudo isso também faz parte de uma campanha ardilosa que visa jogar a opinião pública contra a Igreja e seus líderes, tachando-os de preconceituosos e intolerantes.
Todo o Brasil sabe da contribuição dada pela Igreja Evangélica ao país. Nosso povo também sabe que cenas como as que foram apresentadas nesta novela não condizem com a realidade. Onde já se teve notícia de que evangélicos insuflaram as massas contra os gays no Brasil? Muito pelo contrário: temos sim é pregado o arrependimento, o amor e o perdão para com essas pessoas, em relação Deus.
A Rede Globo agiu de forma maliciosa, discriminadora, preconceituosa e pejorativa em relação a todos os cristãos evangélicos de nossa nação, retratando-nos como fanáticos que desejam impor seu pensamento e seu estilo de vida à sociedade. São fatos como esse que nos fazem acender a luz amarela e percebermos que estamos caminhando para tempos de perseguição religiosa em nosso tão amado e querido Brasil. Lamentável.
Nota importante de Julio Severo: A TV Globo, na cena mencionada acima, passou de todos os limites toleráveis, porém não é a primeira vez que essa emissora realiza manobras para jogar a opinião pública contra os evangélicos, em benefício da aprovação de leis anti-homofobia que têm como objetivo eliminar o direito de expressão de quem não concorda com as práticas homossexuais.