sexta-feira, 9 de março de 2012

A VERDADEIRA HISTÓRIA DOS JOGOS OLÍMPICOS



                deus SOL, ou deus PAN, ou GADU, ou BAFOMET,ou BAAL, ou Diabo ou Satanás.


É uma divindade andrógena (MASCULINA E FEMININA), ou seja, homossexual. No site ALCATÉIA, acessado 10/06/07 (http://www.laslobas.blogger.com.br/2004_02_01_archive.html) o descreve através da ótica mística o deus PAN como deus dos bosques, da natureza selvagem que habita cada um de nós.

O deus PAN é a carta do Diabo no Tarô Mitológico: Quando essa carta sai num jogo, é hora de confrontarmos o medo, de livrarmo-nos das amarras da moralidade, de expandirmos a mente através do encontro com o que há de sombra na nossa psique, com o que há de vergonha nos nossos cotidianos vividos, pensados e guardados.
O deus Pan, o GADU, o Anticristo, é o DEUS DAS OLIMPÍADAS
tem a tocha na mão esquerda e a mão direita espalmada, sinais de ILLUMINATI (super maçom)

OBS: Em nome do nosso satanás lúcifer! Excelso

Está escrito: Mateus 25: 41 “Então, dirá também aos BODES (bafomet) que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o DIABO e seus anjos.”
No livro secular Sociedades Secretas de autoria de Sergio Pereira Couto, edição 2005, na página 66 vêem os ILLUMINATI afirmarem que na iniciação,
“os INICIADOS (MAÇONS) nos altos graus têm a capacidade de transformar a si mesmos na própria divindade, no andrógino divino e alquímico”(Bafomet).
“para nós (maçons), é importante a figura do Deus da Luz, que chamamos de SOMENTE com Bafomet a iniciação é completa”.
“Com os deuses escravizadores e seus “grilhões”, o trabalho iniciático está “castrado” e a iniciação completa não é possível.”
OBS: Os Deuses escravizadores, se referem a Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Acabaram de dizer que um crente jamais conseguiria ser iniciado para super maçons illuminati.
É bom lembrar que o principal cavaleiro templário, homenageado até hoje na maçonaria, Jaques De Molei, o principal adorador de Bafomet, foi morto queimado numa estaca na França sob acusação de ser homossexual e pedofilista. Assim também Leonardo da Vinci, da sociedade secreta Priorado de Sião, também era homossexual.
Está escrito: Salmos 135: 18 Semelhantes aos ídolos, se tornem os que o fazem, e todos os que confiam neles.
Está escrito: Daniel 11: 37 O anticristo não terá afeições a mulheres (será um andrógino, ou seja o Bafomet = GADU)
Antigamente, a cidade de Cesaréia chamava-se Paneas, em honra do deus Pan, a quem era oferecido culto, desde o séc. III a.C., em uma gruta próxima do lugar de uma das nascentes do rio Jordão.

CONCLUSÃO: Este deus andrógino Pan ou Bafomet realmente é, o mesmo deus genérico GADU da maçonaria, aquele que também é andrógino, pois não tem afeição por mulher, portanto é o ANTICRISTO o mesmo que o deus genérico SOL (On, Osires, Rá, Baal, Pan, etc) Mudam os nomes mas é o próprio diabo como mostra a carta de tarot. Os seus seguidores, os maçons (illuminati), desde 1776, têm os planos bem explícitos de dominar o mundo, serem donos de tudo, destruir a família, proibir os cultos ao Deus verdadeiro, unificando os governos, unificando as religiões, mais ou menos o que já fizeram com a revolução francesa, com o comunismo e as guerras mundiais.

Vejam a matéria escrita por Duncan Mackey, em Salt Lake City em 4/2/2002.

"Os Norte-Americanos São Instruídos a Reduzirem o Patriotismo",

Por que o Comitê Olímpico Internacional (COI) se tornou tão intolerante com relação à demonstração fervorosa de nacionalismo pelos atletas?

A resposta é um pouco diferente do que você acredita. O COI não acabou de tornar-se um opositor do nacionalismo fervoroso; ele sempre foi um opositor, pois os Jogos Olímpicos foram estabelecidos como um fórum que uniria as pessoas sob uma bandeira GLOBALIZANTE, ENFRAQUECENDO, DESSA FORMA, O NACIONALISMO FERVOROSO.

Desde o início, os Jogos Olímpicos foram delineados para avançarem as metas da NOVA ORDEM MUNDIAL. http://www.guardian.co.uk/bush/story/0,7369,644538,00.html

Essa Nova Ordem Mundial é realmente um retorno à Antiga 'Sabedoria' Ocultista do Egito e da Babilônia, duas sociedades totalmente pagãs.

Para restabelecer o antigo paganismo, o fundador dos ILLUMINATI, Weishaupt e seus seguidores precisavam atacar a sociedade ocidental em todos os seus segmentos.

Essa era uma missão titânica, e parecia além da capacidade do esforço do homem comum. Entretanto, Weishaupt e seus seguidores obtiveram a ajuda sobrenatural de SATANÁS, que certamente queria destruir a sociedade ocidental existente, baseada no cristianismo, e estabelecer seu próprio reino, o reino do anticristo, reino do deus Pan = deus GADU = deus Bafomet que é o deus dos jogos olímpicos. http://www.espada.eti.br/n1613.asp

Jornal O Globo de 12 de maio de 2002 – Nova Ordem Mundial nos Esportes “Nossos objetivos são de um dia conquistar medalhas em cada esporte, e com isso aumentar a participação em todos os esportes para que todos os americanos participem de atividades saudáveis. NOSSA MISSÃO É CONQUISTAR MEDALHAS NAS OLIMPÍADAS E OS CORAÇÕES E MENTES DOS NOSSOS CIDADÃOS AO MESMO TEMPO – afirmou Lloyd Ward, secretário geral do COEA.

Está escrito: Salmos 7: 9 Cesse a malícia dos ímpios, mas estabelece tu o justo; pois sondas a MENTE e o CORAÇÃO, ó justo Deus.


Fonte: http://cpr.org.br/jrpedroza.htm

quinta-feira, 8 de março de 2012

"O $how tem que parar."

O pastor Paulo Siqueira (foto), organizador de protestos durante a Marcha para Jesus, e que chegou a ser agredido em uma das edições do evento, afirmou em entrevista que “está acontecendo um mover em prol de uma Reforma em tudo, pois a verdade precisa prevalecer”, referindo-se ao movimento evangélico brasileiro.

Siqueira, que é pastor licenciado da Igreja do Evangelho Quadrangular, entende que o evento que atrai milhões de pessoas virou “palanque político”, e se tornou um mercado de negócios “e lucros para gravadoras”.

Na entrevista ao site Folha Renascer, afirmou que “Silas (Malafaia), (Edir)Macedo, (Estevam) Hernandes, Valdemiro (Santiago), Renê (Terra Nova), R. R. Soares, apesar de estilos diferentes, são todos farinha do mesmo saco: utilizam-se do pragmatismo em seus ministérios. Todos vivem e pregam suas verdades absolutas, e seus ministérios têm um único sentido: a exaltação do eu e a supremacia do ego humano”.




Sobre seus protestos durante a Marcha, em que usa o slogan “Voltemos ao evangelho puro e simples, o ‘$how’ tem que parar”, Siqueira afirmou que não é contra a Marcha para Jesus, mas que atualmente não apóia o evento porque virou negócio: “O que somos contrários é a mercantilização que ela se tornou. Hoje a marcha é de tudo, menos de Jesus”.




Para Paulo Siqueira a Marcha para Jesus se tornou uma atração de entretenimento. “reunião de crente para sambar e dançar axé, paquerar, beijar na boca, como uma balada qualquer, só isso é uma grande perda de tempo. Onde está a pregação da Palavra que transforma, que chama o ser humano ao arrependimento, a Palavra inspirada por Deus que liberta, quebranta, e faz nascer novas criaturas diante de Deus?”, questiona.




Resignado, o manifestante conta que seus protestos já resultaram em agressão física e perda de amigos: “perdemos o respeito de algumas pessoas, andamos com medo de sermos agredidos ou até mortos por membros de certas igrejas. Na última Marcha, fomos agredidos de forma covarde pelos seguranças de uma igreja. Identificamos os agressores de forma até fácil, foi só ir aos cultos de certa igreja. Porém descobrimos que eles eram policiais, e segundo orientação de membros dissidentes da igreja deixamos o caso de lado, pois se foram capazes de nos agredir no meio da multidão, o que não são capazes de fazer conosco na calada da noite?”.

Ele conta ainda que essas consequências fizeram com que pessoas próximas, que antes eram ativistas como ele, abriram mão de lutar pelo que acreditavam: “Alguns irmãos do movimento, por medo de alguma represália a seus familiares, desistiram do movimento”.

Leia abaixo, a íntegra da entrevista concedida por Paulo Siqueira:

Paulo, o senhor realmente é pastor da Igreja Quadrangular? Se sim, você continua exercendo seu ministério?

No momento estou fora do ministério pastoral, pois todos meus esforços estão nos meus estudos e no Movimento pela Ética Evangélica Brasileira. Deixei meu ministério por não querer envolver a igreja neste projeto e por também não concordar com muitas coisas dentro da IEQ, que também passa por turbulências doutrinárias e desvios terríveis na sua liderança. Eu e minha família estamos bem, como simples membros de uma igreja no interior de São Paulo, onde já fui membro do ministério, mas apesar de todo respeito que temos do pastor, da liderança e dos membros, insisto em ser apenas um membro do Corpo. No momento, meu foco é principalmente na minha vida acadêmica, e também no objetivo de publicar minhas pesquisas sobre a realidade da igreja brasileira. Busco no momento o mestrado e apoio na publicação das minhas pesquisas.

Em relação ao ministério, continuo atuando quando convidado em congressos, fóruns e cultos regulares na igreja de amigos que reconhecem minha ordenação. Não faço questão do título pastoral, porém devido à minha formação acadêmica e ao reconhecimento de muitos amigos, ainda sou chamado de pastor por alguns, o que para mim não faz a mínima diferença. Meus esforços são para ser chamado por Deus no grande dia do trono branco. (Mateus 7:20-23)

Não aceito convites para ministração em igrejas frutos de divisões ou rachas turbulentos, como muitos que fazem parte do cotidiano eclesiástico. Não aceito nenhuma forma de pagamento por minhas ministrações, nem mesmo apoio na condução. Meu ministério é totalmente isento de fundos financeiros. Sou um sacerdote e não um homem de negócios. Pois o que de graça recebi, de graça dou.( Mateus 10:08)]Quero deixar claro que foi minha a opção de sair do ministério, já recebi vários convites pra assumir igrejas no interior e em São Paulo, ou para dar aula em seminários ou até mesmo para atuar como co-pastor. Para estar à frente do movimento, é preciso estar livre de qualquer laço eclesiástico, pois é preciso liberdade para agir e assumir as responsabilidades sem prejudicar ninguém.



O apóstolo Estevam em entrevista a revista Kerigma em 1990 afirmou que “movimento como esse, liderado pelo bispo Macedo, não aconteceriam” se as igrejas evangélicas estivessem abertas as necessidades do povo. O também pastor Silas Malafaia aderiu recentemente a moda da Teologia da Prosperidade. Na sua opinião, o que aconteceu com estes e tantos outros líderes?

Primeiramente é preciso dizer que Silas, Macedo, Hernandes, Valdemiro, Rene, R. R. Soares, apesar de estilos diferentes, são todos farinha do mesmo saco: utilizam-se do pragmatismo em seus ministérios. Todos vivem e pregam suas verdades absolutas, e seus ministérios têm um único sentido: a exaltação do eu e a supremacia do ego humano. Para isso, em tempo e histórias diferentes todos buscaram apoio nas mesmas fontes: o pentecostalismo em decomposição americano. No retorno ao Brasil, se posicionaram como inventores da roda, ou como aqueles que acabaram de encontrar Deus no Monte Sinai, com suas verdades absolutas nas mãos, como as tábuas da Lei.

A partir disso, a história está aí para todos verem. Uns estão no auge, outros na moda, e outros em decadência (acredito que em extinção). Nessa busca desenfreada “pelo sucesso”, quem ficou para trás foi a revelação da Palavra de Deus, a vontade de Deus e Seu Reino, e logicamente os que sofrem e clamam por justiça e paz. Digo isso não como mero expectador, mas como um pesquisador da realidade de muitas igrejas. Não falo simplesmente do que ouço ou leio, mas sim do que vejo, pois participo de muitos cultos, de reuniões e encontros de conselhos de pastores, e tenho muitos amigos no ministério, sem contar o contato com as diversas pesquisas sobre o fenômeno religioso.

Para isso, é possível exemplificar com a realidade da própria Renascer. Eu conheço a Renascer desde seus cultos iniciais com Tio Cássio e sua turma. Participei de muitos cultos nas segundas-feiras, participei de encontros, congressos, de ordenações, santas-ceias, ou seja, conheço um pouco da história, e sei bastante dos bastidores, pois tive muitos colegas que migraram para o ministério, quando a Renascer ainda era a “bola da vez”. Por isso, posso afirmar que não só o Macedo, mas muitos líderes eclesiásticos, se esqueceram do povo no meio do caminho. Esqueceram-se da ordenação de Pedro: não se esqueçam nem dos órfãos e nem das viúvas.



Você é o responsável pelas manifestações contra a Marcha para Jesus. O slogan “Voltemos ao Evangelho Puro e Simples. O show tem que parar”, quer dizer o que? Qual o intuito da manifestação?

Primeiramente é preciso dizer que não somos contra a Marcha para Jesus, ao contrário, somos a favor que ela seja realmente para Jesus. A marcha, em seu propósito inicial, é um grande evento para a evangelização de muitos. O que somos contrários é a mercantilização que ela se tornou. Hoje a marcha é de tudo, menos de Jesus.

Ela é palanque político, ela é palco para apresentação e lucros de gravadoras. Ela é a forma de exaltação humana e ministerial. Ela é a forma de barganha com o poder público, pois serve de vitrine e capacitação daqueles que buscam o poder através de votos. Enfim, serve para tudo, menos para louvar e engrandecer ao Nome do Senhor. Nossa luta é que a marcha volte a ser realmente de Jesus. No ano passado demos um exemplo: fomos com um grupo doar sangue no banco de sangue do Hospital das Clínicas. Eu pergunto: o que a marcha faz em prol dos que sofrem? Nem alimentos são recolhidos! Sou até a favor de recolher uma oferta em prol de desabrigados, ou para socorrer vítimas de desastres naturais, que todo dia acontece. Seria uma forma de dizer ao mundo que a igreja se importa com o sofrimento e a dor de muitos. Agora, reunir dois, três milhões de pessoas para exaltação humana, isto merecia fogo do céu.

Eu e minha esposa Vera, indignados com a realidade da igreja brasileira, há muito tempo buscávamos diante de Deus alguma direção para que algo fosse feito a fim de que muitos tivessem seus olhos abertos para a realidade da vontade de Deus para a Sua Igreja e para o mundo. É preciso lembrar que sou um teólogo e um estudioso da Palavra de Deus desde minha infância. Espiritualidade para nós é nosso modo de vida. Com isso, após acompanhar o retorno da família Hernandes, após a prisão nos EUA, para o Brasil, e ver que mais uma vez o dinheiro, a mentira e as armações políticas iriam prevalecer diante de toda a sujeira pecaminosa envolvendo o contexto, numa noite, enquanto voltava da faculdade, tive em minha mente essa frase: “voltemos ao Evangelho puro e simples, o $how tem que parar”. Corri para minha casa, comuniquei minha esposa, e assim nasceu o slogan do movimento.

Voltemos ao Evangelho, por quê?

O que temos visto em muitos púlpitos são movimentos puramente humanos, reflexos da vaidade e da soberba de muitos homens, totalmente em desacordo com as tradições e contextos históricos do verdadeiro cristianismo. São atos que transformaram a igreja em um verdadeiro picadeiro ou palco, onde o misticismo, as mágicas, as palavras desencontradas ou até mesmo dirigidas por técnicas de neurolinguistica, fazem com que a herança cristã não seja a essência em muitas igrejas.

Exemplifico com a exacerbação do poder pessoal do pastor ou do líder, que se auto intitula apóstolo, bispo, patriarca, etc., fazendo com que não haja espaço para outro senhorio, a não ser o do líder, que no caso da Renascer chegou aos extremos, ao ponto de membros da igreja tatuarem em seus corpos que morreriam pela sua liderança.

Puro e simples, por quê?

Porque os evangelhos nos mostram, através da vida dos apóstolos e da Igreja Primitiva, que devemos seguir a simplicidade de Cristo, e acima de tudo, a Sua pureza, tanto na vida pessoal como na vida espiritual, nos alertando a viver uma vida em santidade. Isso quer dizer que nossa vida cotidiana deve seguir os padrões morais e éticos dentro das essências do Evangelho. Para isso, o Senhor Jesus nos enviou o Espírito Santo, para nos capacitar com os Seus frutos na vida neste mundo tenebroso. Isso quer dizer que aquele que vive segundo os preceitos bíblicos não vive segundo a ganância e os desejos do mundo. Isso inclui todos os desejos pertencentes ao contexto mercadológico do mundo, pois prosperidade é uma das grandes promessas de Deus, porém não é fruto de vaidades e ganância.

O $how tem que parar, por quê?

Porque a casa de Deus é casa de oração, casa de súplicas, local santo, onde homens e mulheres se achegam diante de Deus para O louvarem e Lhe render graças. Não é local para exaltação humana, mas ao contrário, é o local onde os humanos se anulam para que o Criador seja exaltado, pois Ele é o único digno de ser louvado.

O $how tem que parar porque a igreja perdeu sua identidade, perdeu sua herança histórica. Muitos frequentadores de igrejas evangélicas nada sabem da história do cristianismo, de seus valores e de todo o contexto litúrgico, histórico, que envolve o ser igreja. Basta, para isso, buscarmos em muitas igrejas marcas da Reforma Protestante, marcas de um verdadeiro protestantismo. Muitas igrejas pentecostais nem sequer sabem o porquê do pentecostalismo. Com isso, o que temos é uma igreja como instrumento de entretenimento pessoal e social, muitas igrejas se tornaram verdadeiros clubes sócias, onde encontro minha tribo, onde vou desfilar meu tênis, meu celular, meu perfume minhas roupas caras. E hoje, com a Teologia da Prosperidade e os movimentos místicos e mágicos, muitos cultos se distanciaram de forma assustadora das essências do cristianismo.

Se a marcha para Jesus fosse liderada por outra pessoa, o senhor apoiaria?

Como disse anteriormente, não tenho nada contra a Marcha. Sou totalmente a favor, desde que ela seja fundamentada na evangelização e resposta à responsabilidade social da igreja para com o mundo.

Agora, reunião de crente para sambar e dançar axé, paquerar, beijar na boca, como uma balada qualquer, só isso é uma grande perda de tempo. Onde está a pregação da Palavra que transforma, que chama o ser humano ao arrependimento, a Palavra inspirada por Deus que liberta, quebranta, e faz nascer novas criaturas diante de Deus?

Muitos desses sermões não podem ser pregados, pois os líderes não têm autoridade moral para pregar contra o pecado. Então tudo se resume a falsas promessas, busca de poder e testemunhos para exaltação humana. Enquanto a Marcha for palanque político e fugir dos verdadeiros propósitos da sua existência, nós estaremos lá para dizer a todos que Deus está esperando seu povo acordar do sono da indolência e da preguiça. Oramos para os olhos de muitos sejam abertos para isso.

O povo evangélico tem um débito muito grande com o Brasil, por conta da ganância de alguns líderes, que só enxergam seus umbigos sem olhar para mais ninguém. Dizia-se no início da marcha: o Brasil será do Senhor Jesus. Quando??? A Palavra nos diz que Ele não barganha sua glória com ninguém.

Como outro líder, se a Marcha tem dono e até registro de patente, o que a torna uma marca registrada, um produto de uso exclusivo de um único grupo? Qualquer utilização da Marca registrada incorrerá em ônus financeiro. Então, como é possível outro líder?

Isso só seria possível se houvesse uma renúncia ou a união verdadeira através do reconhecimento de outros ministérios. É o primeiro passo para que a Marcha volte a ser realmente de Jesus, e deixe de ser um evento eleitoreiro e mercantilista.



As manifestações na marcha para Jesus já tiveram consequências graves para vocês?

Sim, claro. Perdemos amigos, perdemos o respeito de algumas pessoas, andamos com medo de sermos agredidos ou até mortos por membros de certas igrejas. Na última Marcha, fomos agredidos de forma covarde pelos seguranças de uma igreja. Identificamos os agressores de forma até fácil, foi só ir aos cultos de certa igreja. Porém descobrimos que eles eram policiais, e segundo orientação de membros dissidentes da igreja deixamos o caso de lado, pois se foram capazes de nos agredir no meio da multidão, o que não são capazes de fazer conosco na calada da noite? Alguns irmãos do movimento, por medo de alguma represália a seus familiares, desistiram do movimento.

O que nos assusta é fato de uma repórter da Folha de São Paulo presenciar a agressão, isso provado por vídeo disponibilizado no Youtube por uma pessoa que filmou pelo celular, e pelo crachá que ela portava, e depois a própria redação dizer que ela não existia. A partir disso, estamos agora tomando todos os cuidados possíveis, pois percebemos que a Marcha tem de tudo, até intenções nada cristãs na sua liderança. Acredito que agora vão tomar mais cuidado, pois estamos exercendo nossos direitos, e legalmente nada de ilegal estamos fazendo. Se algo mais sério acontecer será mais um processo na lista enorme de irregularidades de certas igrejas. Mas nós também acreditamos na justiça de Deus, que não se compra com bons advogados.

Fico feliz, pois recentemente tive um encontro com o líder da Marcha e agradeci a ele pessoalmente pela agressão sofrida.

Mas nem tudo são derrotas, já conseguimos despertar grupos em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Amazonas, nordeste. Grupos que estão abrindo seus olhos e proclamando o Evangelho puro e simples em suas cidades e igrejas. Pois onde está tendo uma marcha, lá está alguém com a faixa e as camisetas proclamando a volta ao Evangelho puro e simples de Jesus.

Recebemos emails e telefonemas de todos o Brasil e até do exterior em apoio ao nosso movimento. Já tentaram nos enviar ofertas para ajuda do movimento, o que não aceitamos, pois queremos mostrar que os verdadeiros valores da igreja não são movidos pelo dinheiro de quem participa, mas sim pelo amor ao Evangelho e aos que sofrem no mundo.

O que defendemos é uma igreja justa e verdadeira, que assuma sua responsabilidade social, que ame os que sofrem. Que não barganhe a Graça de Deus pelos tesouros desta terra. Que a igreja seja realmente sal e luz para o mundo, e homens e mulheres sejam realmente habitação do Deus altíssimo e encham a terra da Glória de Deus, sem ter que para isso vender suas almas ao deus deste mundo. Combatemos a teologia da prosperidade, pois ela em nada tem a ver com a realidade do nosso país. É uma teologia manipulada por teólogos irresponsáveis e gananciosos vindos principalmente dos EUA, com sua ganância, para deturbar nossa cultura e se aproveitar da imaturidade de nossos líderes e suas igrejas. Muitos são os cegos pela prosperidade, vinda do consumismo desenfreado que congela e endurece os corações, e cega o ser humano para as verdadeiras necessidades e verdades do mundo.

Uma teologia que não se relaciona com a verdade da vida, para nada serve. A prosperidade só traz proveitos para seus proclamadores, que enriquecem aos olhos de todos que, cegos na esperança de prosperar, de igual forma não enxergam as verdades. Essa é nossa luta: abrir os olhos e quebrar as correntes e libertar a muitos desta cegueira espiritual, que é o grande mal dos nossos dias.



Recentemente você e alguns de seus manifestantes, fixaram algumas folhas na porta da igreja Renascer. O que estava escrito nessas folhas e se esse tipo de ato não seria mais algo carnal do que espiritual?

Sim, fomos nós, no dia 31 de outubro, dia da Reforma Protestante, que fixamos a Declaração de Cambridge . Pena que muitos não leram (a igreja brasileira não é estimulada a buscar o conhecimento, que traz a verdade). Eram as bases do protestantismo vinda da Reforma Protestante. Bases que poderiam abrir os olhos de muitos para as verdades sobre a igreja de Cristo no mundo.

Sobre ser espiritual ou carnal, nossos atos são movidos no sentido de que todo misticismo e as meias-verdades de alguns líderes e ministérios caiam por terra. Para isso, nos utilizamos de bases perpétuas, documentos históricos da fé cristã, para mostrar que essas igrejas e suas lideranças não estão de acordo com as verdades bíblicas.

Não falamos de nós mesmos, mas sim daquilo que a Palavra já nos revelou. Como teólogo que sou, tenho total liberdade para expressar minhas críticas e meus pontos de vista a respeito de qualquer forma de fé. Para isso, estudo e continuarei a estudar.

Já publiquei no Youtube minhas opiniões e estou totalmente aberto ao debate, sei que isto vai ser difícil, pois alguns líderes dizem que somos insignificantes. Talvez um dia, quando estivermos aos milhares em nossos protesto, nossos blogs e sites e nossas ideias sejam melhor percebidas.

Em nossos projetos estão muitos outros atos públicos, que vão com certeza chamar a sociedade a refletir sobre a realidade pregada por muitos ministérios.

É preciso lembrar que o próprio Jesus reprimiu a banalização da fé no templo, e eu pergunto: Ele agiu na carne ou foi espiritual?

”E os ensinava, dizendo: Não está escrito: A minha casa será chamada, por todas as nações, casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões”. (Marcos 11:17)

Depois de tantas provas contra o apóstolo Estevam e a bispa Sonia Hernandes, muitos membros e não membros continuam defendendo-os. Como o senhor vê isso?

São frutos das meias-verdades. A fé só tem sentido quando acrescida de racionalidade, fora disso temos o fanatismo fundamentalista de diversas religiões. Para mim, todo ser humano deve ter uma segunda oportunidade, bastaria o casal se dizer arrependido, pois o perdão eles acertariam com Deus. O que fico indignado é que eles vivem como se nada estivesse acontecendo. Todo o mundo está errado, e eles certos. Posso amar alguém de toda forma possível, porém não posso ir contra a verdade e o que é justo.

Tornamo-nos iguais aos que praticam a iniquidade se a eles nos unirmos. Ou seja, são tantos pontos em contradição com a Palavra, que espero que Deus tenha misericórdia e que mais pessoas não sejam prejudicadas com tudo isso. O que dizer da saída do Kaká e sua família, e agora a saída contínua de bispos e pastores? Quantas pessoas mais terão que morrer para que a verdade seja reconhecida?

Tenho acompanhado as notícias e comentários no site da Folha Renascer e vejo que já está acontecendo um mover em prol de uma Reforma em tudo, pois a verdade precisa prevalecer. São tantos processos, denúncias.

O maior cego é aquele que não quer ver. E nesse sentido pode-se chamar de tudo, menos fé, pois a fé tem um sentido. Para mim, esse apoio pode ir de sentimentalismo desequilibrado, patológico, até perda total dos sentidos, dos valores reais da vida. É preciso reequilibrar, ou seja, trazer as coisas ao eixo natural, para que tudo seja tratado de forma sadia, sem sentimentalismo e espiritualidade falsa. É preciso abrir os olhos e assumir as verdades a serem enfrentadas. Vejo que o Ministério Público deixa às claras todos os processos, as denúncias, mas todos fingem não ver. É como Alice no país das maravilhas, tudo é o diabo, tudo é mentira, vamos vencer, os anjos estão conosco, vamos fazer atos proféticos, ir para o monte. É preciso trazer esse povo ao chão e ao planeta terra de volta, antes que seja tarde demais. Que Deus tenha misericórdia e abençoe tudo isso.

Quero deixar claro que nada tenho contra Hernandes e sua família. Em meu encontro com ele, senti que houve simpatia, não me foi agressivo (apesar de estar rodeado de seguranças). Minhas orações são para que ele seja realmente revestido pelo Espírito Santo e seus frutos sejam sentidos. Que ele não se deixe levar pela vaidade e soberba, mas que a simplicidade de Cristo seja sua bandeira.

Só assim, acredito eu, seu ministério será restaurado e seus frutos serão acrescidos da verdade, e não mais será necessário ostentar riquezas deste mundo para mostrar que ele é habitação do Deus altíssimo.

Nota: O Pastor Jecer Goes da Igreja Canaã (Fortaleza-Ceará), em praticamente todos os seus sermões e avisos, também clama por uma reforma na igreja evangélica. Seria interessante uma união de forças?

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Ministério Internacional Creciendo en Gracias



Um outro evangelho!

“Vocês são todos abençoados”, diz o líder, ao abrir a reunião. Em seguida, em meio a aplausos e murmúrios de frases nada convencionais, ordena que as pessoas digam que “esteja ativada a mente de Cristo”. Apesar de certas frases e a liturgia serem semelhantes à de algumas igrejas evangélicas, todavia, estamos diante de um dos grupos pseudocristãos mais perigosos que têm surgido nos últimos tempos: o Ministério Creciendo en Gracias [Crescendo em Graça], o qual, daqui por diante, chamaremos de MCG. 

O MCG se mostra um movimento muito fértil em produzir heresias. Tais desvios doutrinários, por vezes, vêm camuflados com nomes atrativos, como, por exemplo, “cápsulas de graça”, que, segundo eles, nada mais são do que “o resumo de um fundamento da doutrina da graça que contém a posição tradicional e desviada dos religiosos...”.
Neste artigo, pretendemos expor os ensinos pregados por esse movimento para que o povo de Deus não seja “levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente” (Ef 4.14). 

Toda a nossa pesquisa está baseada no site oficial do MGC.

Origem do movimento 

Seu idealizador foi o porto-riquenho José Luiz de Jesus Miranda, mais conhecido como “o apóstolo”, fundador e líder do MCG. Não nos deteremos em refutar todas as heresias concernentes à sua pessoa, mas somente as heresias que consideramos de maior importância para a manutenção da ortodoxia doutrinária. 

A sede mundial do MCG fica em Miami, Flórida, EUA. Fundado por volta de 1986, o movimento chegou ao Brasil dez anos atrás, aproximadamente.1 Atualmente, a central do movimento por aqui fica em Guadalupe, bairro do Rio de Janeiro, RJ. O MCG alega que está presente em todo o continente americano e na Austrália, perfazendo um total de 24 países. No Brasil, estão fixados em nove Estados, sendo que em São Paulo possui seis igrejas, as quais denominam “centros educativos”. Mantêm ainda vários programas de rádio e TV. 

Um movimento excêntrico

Problemas com a hermenêutica

Pesquisando o MCG por meio de seus sermões, testemunhos e credos, fica fácil traçar o perfil doutrinário e a tendência psicológica do grupo. São pessoas que vivem sob a tutela de “revelações”. O próprio fundador alega ter recebido sua doutrina diretamente de Jesus: “A fé é uma ciência, olhe, essa ciência ninguém nesta terra conhece [...] nem eu a conhecia. O Senhor me comunicou, pessoalmente...”. O MCG usa e abusa de textos bíblicos de maneira inescrupulosa a ponto de truncar determinados versículos a fim de sustentar seus pontos de vista heréticos. Veremos isso nas distorções apresentadas mais adiante. 

Problemas com a semântica

Fazem uso de uma semântica enganosa, pois, ao mesmo tempo em que exprimem suas doutrinas usando termos tipicamente cristãos, atribuem, contudo, significados totalmente diferentes, reinterpretando os termos bíblicos. Um exemplo disso é o que eles entendem pela palavra cristão: “... Ser cristão não é receber a Cristo como Salvador ou crer nele, mas, sim, receber e aceitar os ensinos que o apóstolo Paulo deixou como fundamento, e que agora o apóstolo José Luis de Jesus explica para a edificação do Corpo de Cristo”.

Semelhanças do MCG com as demais seitas

Unicismo

Não acreditam na Trindade. São modalistas. Para eles, Deus é uma só pessoa que se manifestou de três maneiras diferentes (também chamado de sabelianismo). Dizem: “ Cremos que Deus é um, e um é o seu nome. O trinitarismo é uma falsa doutrina que pretende separar a pessoa de Jesus Cristo de Deus Pai como dois seres em separado. O unitarismo ensina que é só Jesus. Ao contrário, nós ensinamos que Jesus é também o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Três manifestações, porém, um só Deus”, semelhante ao que crêem os grupos Tabernáculo da Fé, Voz da Verdade e Igreja Local”.

Aniquilacionismo

De forma idêntica às testemunhas-de-jeová e aos adventistas do sétimo dia, são aniquilacionistas. Não crêem no inferno de fogo e chegam a afirmar: “Com respeito ao evangelho, quer dizer, às quatorze cartas que Paulo escreveu depois da cruz, nunca mencionou a palavra inferno, isto se deve ao fato de que o inferno não existe”.

Reencarnacionismo

Também acreditam na possibilidade da reencarnação: “Veja bem, a reencarnação é um recurso usado por Deus do jeito que Ele quer. Não é uma forma automática na vida do crente. É totalmente regulada por Deus”.

Preexistência dos espíritos

Semelhante à crença mórmon, acreditam na preexistência dos espíritos. Na verdade, acreditam que os anjos não são nada mais que espíritos sem corpos e os seres humanos, anjos com corpos. Referindo-se aos adeptos do grupo, dizem: “Os membros desta família sabem que existiam em condição de anjos antes da fundação do mundo”.

Adão como Satanás

Para eles, Adão foi Satanás encarnado. Ao morrer na cruz, Jesus aniquilou o pecado de Adão que seria a obra do diabo; ou seja, o diabo e o pecado não existem mais, foram aniquilados. “Deus depositou no primeiro homem o espírito de Satanás; ou seja, Adão era Satanás...”. 

Deificação do homem

Assim como os localistas e os novaerenses, também acreditam que são deuses: “Você é um espírito criado por Deus à sua imagem e semelhança, porque Deus teve filhos, e Deus os chamou de deuses. Diga: SOMOS DEUSES...”.

Peculiaridades doutrinárias do MCG

Afirmam que existem dois evangelhos: um falso (o da circuncisão), pregado por Pedro e os demais apóstolos, e outro verdadeiro (o da incircuncisão), pregado por Paulo e agora por José Luiz de Jesus; 

Fazem diferença entre Jesus de Nazaré e Jesus Cristo. Dizem: “É por isso que Paulo ensinava a servir àquele que ressuscitou e não a Jesus de Nazaré, que foi o corpo de Cristo (Rm 7.4). Em outras palavras, servir a Jesus Cristo ressuscitado é colocar-se depois da cruz e imitar a Jesus de Nazaré é colocar-se antes da cruz”. E mais: “O evangelho diz que, para darmos fruto para Deus, devemos ser do ressuscitado. Se você é de Jesus de Nazaré dá fruto, porém, para os homens, porque a doutrina de Jesus de Nazaré produz fé fingida”. 

Tentam fazer uma antítese entre o evangelho pregado por Paulo e o evangelho pregado dos demais apóstolos, principalmente Pedro e João. Referindo-se a Pedro, afirmam: “Paulo profeticamente disse: ‘Com a minha partida, entrarão lobos vorazes que não perdoarão o rebanho’ (At 20.29). E mais: “Que antes da vinda do Senhor se manifestaria a apostasia, o iníquo (2Ts 2.4). Quem se opôs ao sacrifício de Jesus (Mt 16.21-23), quem se opôs ao evangelho de Paulo (Gl 2.11-14)? Pedro, o mesmo que deu a mão a Paulo em sinal de companheirismo e que, em seguida, Paulo repreendeu por ser hipócrita (Gl 2.9-14). Foi por isso que Paulo disse que o mistério da iniqüidade já estava em ação (Pedro), mas havia quem o deteria (Paulo), até que fosse tirado do meio (2Ts 2.7)”. 

Referindo-se a João, afirmam, no mesmo fôlego: “Quando um crente é iluminado, ele entende que o diabo já não existe mais, que o pecado foi aniquilado, que está morto à lei, que foi Deus quem o escolheu antes da fundação do mundo, que é santo e está sem mancha diante do Senhor. Do contrário, ele chama esta revelação de blasfêmia, heresia. E mais, porque João não foi iluminado por esta palavra, ele chamou Paulo de anticristo, porque Paulo ensinava a não imitar a Jesus de Nazaré, mas a Jesus Cristo, o ressuscitado (Rm 7.4)”. Sustentam, ainda, que somente o apóstolo Paulo recebeu a revelação do evangelho da graça.

Segundo o MCG, as igrejas cristãs foram somente aquelas fundadas a partir do apóstolo Paulo. As demais, ainda na concepção deles, eram todas seitas judaicas, não tendo nada a ver com o evangelho de Cristo.

Não batizam, não tomam a santa ceia e não incentivam os membros ao arrependimento de pecados, pois entendem que tudo isso deve ser deixado de lado. Para que possam sustentar tal absurdo, argumentam que essas coisas são apenas rudimentos da doutrina de Cristo que ficaram para trás.

Neomarcionismo

Sem dúvida, o senhor José Luiz pretende reviver, com todo o vigor, as antigas heresias marcionitas. É o neomarcionismo redivivo em pleno século XXI.

Marcião foi um presbítero do século 2o que, no esforço de afastar e eliminar do cristianismo todos os elementos judaicos das Escrituras do Novo Testamento, com o objetivo de “desjudaizar” a religião cristã, elaborou uma depuração dos escritos neotestamentários. Rejeitou os evangelhos de Marcos, Mateus e João. Forjou seu próprio cânone com textos selecionados do evangelho de Lucas e das cartas paulinas, muitas delas mutiladas. Para ele, nenhum dos apóstolos havia entendido perfeitamente a doutrina de Jesus, com a exceção de Paulo. Por isso, Paulo, para Marcião, é o apóstolo por excelência, pois recebeu de Jesus, por revelação, o verdadeiro evangelho. Fazia, ainda, distinção entre o deus mau do Antigo Testamento com o deus bom do Novo Testamento. 

Esses ensinamentos são hoje apregoados por José Luiz de Jesus, que os confirma com a seguinte declaração: “Você não pode conhecer a Deus na lei. Imagine você. Esse Deus do Antigo Testamento. Deus não é assim. Esse é um lado de Deus. Esse é o lado mau de Deus, porque Deus é bom e Deus é mau”.

É interessante que a semelhança entre os dois sistemas é idêntica até mesmo nos pormenores. É sabido que Marcião foi o primeiro a formular um cânon pessoal, enquanto o senhor José Luiz divide arbitrariamente a Palavra de Deus da seguinte forma: Escrituras (escritos do Antigo Testamento), História (os quatro evangelhos e o livro de Atos) e Evangelho (somente as epístolas paulinas, inclusive Hebreus).


Adão e Satanás são a mesma pessoa? 

“Como caíste do céu [...] Como foste lançado por terra...” (Is 14.12-16).
Os adeptos do MCG acreditam que este texto aponta para Adão, o qual seria o próprio Satanás. Dizem que a palavra “cortado”, em certa tradução, está errada. O certo seria “foste formado”.

Resposta apologética

Antes de tecermos quaisquer comentários sobre isso, é bom lembrar que a Bíblia sempre compara Satanás com a antiga serpente, o dragão, o leão (2Co 11.3,14; Ap12.9; 20.2), mas nunca com Adão. A serpente é a mesma que tentou Adão e Eva (Gn 3). Portanto, a gênese da queda envolveu três personagens: Adão, Eva e a serpente, influenciada por Satanás. Outro fato que deve ser considerar é que o capítulo inteiro é uma continuação da profecia contra o império da Babilônia (Is 13.1; 14.4). Quem caiu foi o rei da Babilônia (Is 14.8), monarca que debilitava as nações (Is 14.12) e era soberbo (Is 13.19). A história nos relata que os reis babilônicos tinham todas essas características de grandeza (Dn 4.22); mas, por fim, foram abatidos (Cf. Is 14.23 com Is 47.10). O “homem” do qual fala o verso 16 não pode ser Adão, porque, em sua época, não havia reinos ou nações. Adão não tinha cidades e muito menos fazia pessoas cativas (v.17). Mas isso se encaixa perfeitamente com o rei da Babilônia, usado no texto como figura de Satanás.

Pedro foi inimigo de Paulo? 

“... Mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo” (Gl 1.6-8).

Declaram que este texto refere-se aos apóstolos, principalmente Pedro, que queriam perverter o evangelho de Paulo.

Resposta apologética

Certamente, o apóstolo Paulo está-se referindo à repreensão dada a Pedro em Gálatas 2.11. Mas daí construir uma aversão entre o evangelho de Paulo e o evangelho de Pedro é ser desonesto com o contexto bíblico, até porque este incidente foi tão irrelevante que Lucas não o menciona em seu livro: Atos dos Apóstolos. Havia, na igreja, muitos da circuncisão (At 10.45; 15.5). O próprio Pedro teve problemas com alguns deles (At 11.2). Este incidente, talvez, explique o receio na atitude de Pedro em Gálatas 2.12. O que Paulo condenava, ao que parece, era o fanatismo de alguns (Fl 3.2) e não o ministério da circuncisão que lhes fora confiado (Cl 4.11). Paulo chega a reconhecer os dois ministérios como sendo de procedência divina (Gl 2.7,8). Dois ministérios, mas um mesmo evangelho. 

Paulo se submeteu à igreja-mãe, em Jerusalém (At 15.2,3.22), e quando menciona aqueles “que pareciam ser alguma coisa” (Gl 2.6), parece referi-se aos mesmos que se diziam da parte de Tiago (Gl 2.12), mas que não foram enviados por este (At 15.24). Paulo, depois do incidente com os da circuncisão em Antioquia, subiu a Jerusalém para decidir sobre essas questões teológicas com os apóstolos e obteve deles todo o apoio, inclusive o de Pedro (At 15. 23-29). Portanto, a censura de Paulo em Gálatas 1.6,7 não é dirigida aos apóstolos, mas aos da falsa circuncisão (Tt 1.10), dos quais Pedro também foi vítima. 

Não ao batismo e ao arrependimento? 

“... Deixando os rudimentos da doutrina de Cristo...” (Hb 6.1,2).

Acreditam que este texto os isenta do batismo e do arrependimento. O batismo seria um rudimento a ser abandonado de vez pelos cristãos.

Resposta apologética

Mal interpretado pelos adeptos do MCG, o texto em referência não diz o que eles afirmam dizer. O que o escritor está dizendo tem sua razão em Hebreus 5.12-14. Todos os itens alistados nos versos 1 e 2 são os passos iniciais de quem ainda é novo convertido. Em contrapartida, pelo tempo que já estavam no evangelho, deveriam ser mestres. Mas, metaforicamente, ainda estavam se alimentando com “leite”; ou seja, com as primeiras doutrinas cristãs, da necessidade de se arrependerem dos pecados, de se batizarem, de terem fé em Deus, de ouvirem falar que haverá um juízo final, etc., ensinamentos voltados aos novos convertidos e não aos cristãos amadurecidos na fé, no conhecimento e na graça de Deus. Em verdade, já estava na hora de tais cristãos irem além dessas doutrinas e prosseguirem para a maturidade (perfeição) espiritual, tendo em vista as tribulações que estavam passando. 

O texto não desobriga nenhum cristão da observância do batismo e das outras doutrinas, antes, está alertando quanto o perigo de alguém estacionar naquilo que aprendeu. Se negarmos o batismo e o arrependimento, baseados nesse texto, teremos de negar também o juízo final, a fé em Deus e a ressurreição, coisas que os adeptos do MCG ainda crêem estarem em vigor. 

Não existe mais pecado? 

Pelo fato de não enfatizarem o arrependimento, acabam tolerando algumas práticas imorais. Dizem que não pecamos mais, porque Jesus destruiu nossos pecados de uma vez por todas (Hb 9.26).

Em resposta a uma pergunta relacionada à aceitação de homossexuais no MCG, e se os mesmos, vivendo na imoralidade, teriam a possibilidade de ser salvos, vejamos o que disseram: “Também é importante esclarecer que algumas manifestações carnais (bebedices, práticas homossexuais, iras, etc.) não podem, de maneira nenhuma, afetar a nossa posição em Cristo (Hb 10.14), tampouco afetar a nossa salvação: ‘Porque pela graça sois salvos, por meio da fé’ (Ef 2.8); as debilidades da carne não são tomadas em conta pelo Senhor, já que Ele vê o nosso crescimento espiritual e não a nossa atividade carnal”. 

Resposta apologética

O apóstolo Paulo constantemente incentivava os crentes ao arrependimento (2Co 7.6-10). Além disso, a palavra aniquilar, athetesis, no texto grego em pauta, não quer dizer destruição. Ela vem de atheteo, que significa “pôr de lado”, “desprezar”, “negligenciar”, “opor-se à eficácia de alguma coisa”, “anular”, “tornar sem efeito”, “frustrar”, “rejeitar”, “recusar”, “fazer pouco caso”. De fato, Jesus anulou os nossos pecados na cruz, mas isto não quer dizer que o homem não peca mais e, por isso, não precisa de arrependimento. Isso não é verdade. O próprio Paulo reconhecia que era pecador (1Tm 1.15). 

Considerações finais

Infelizmente, algumas questões não foi possível responder aqui. O emaranhado de desvios sustentados pelo MCG poderia nos render um livro sobre o grupo. Esgotar o assunto, porém, não foi o nosso objetivo. Como percebemos, o MCG não passa de mais uma seita (entre tantas outras) que está pregando outro evangelho com outro Jesus (2Co 11.4). 

O que expusemos neste artigo é uma pequena parte das inúmeras heresias que o movimento propaga, porém, cremos que tal abordagem seja o suficiente para alertar os verdadeiros cristãos, para que não se deixem enganar por “estes ventos de doutrinas” (Ef 4.14), especialmente pela roupagem evangélica que a maioria das seitas apresenta. 

Estejamos atentos e engajados na perseguição da graça e do conhecimento de Deus (2Pe 3.18). Esses elementos caminham juntos e é prejudicial à vida cristã privilegiar um em detrimento do outro. O exagero geralmente conduz ao erro. A verdadeira graça, tal como é pregada nas Escrituras, nos conduzirá ao conhecimento, e este, por sua vez, será a ferramenta que sempre utilizaremos para rejeitar toda e qualquer tentativa de distorção da graça divina.

http://youtu.be/koDUP74bJKI

Fontes de referência:

http://www.brazil.creciendoengracia.com 

Desafio das seitas. Ano IV, nº 13 – 1º trim. 2000, p.12.

Desafio das seitas. Ano IV, nº 14 – 2º trim. 2000, p. 4.

Revista El Apostolado. Outubro/ 1998.


Presbitero da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, professor de religiões, vice-presidente do CACP e escritor. * Cada autor é responsável pelo conteúdo do artigo assinado por ele.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Considerações sobre Silas Malafaia e a teologia da prosperidade


Caros leitores,

Coloquei essa postagem do blog do Pr Ciro Sanches Zibordi
pois achei muito interresante,alguem tem que se levantar contra essa vergonha que é a teologia da prosperidade.


Respeito o pastor Silas Malafaia. Gosto de suas argumentações sobre a defesa da vida e dos valores morais esposados na Palavra de Deus. Considero Malafaia uma pessoa preparada para representar os evangélicos em audiências públicas a respeito do PLC 122, do aborto, etc. Tenho também amigos na igreja pastoreada por ele: a Assembleia de Deus Vitória em Cristo, na Penha-RJ.

Foi por tudo isso que sempre evitei citar o nome de Malafaia, neste blog. Mas tenho uma palavra para ele e acredito que não ficará indignado contra mim, haja vista ser a minha mensagem bíblica e respeitosa.


Silas Malafaia, além de defender abertamente a teologia da prosperidade, costuma não economizar nos impropérios, ao responder aos seus críticos. Há alguns meses, por exemplo, ele concedeu uma entrevista à revista Igreja e deu uma resposta que o tornou repreensível, à luz da Palavra de Deus. Peço a todos que admiram esse renomado pastor que não vejam este artigo como um ataque pessoal. Atentem para as referências bíblicas que vou citar e as considerem como palavras inspiradas do Senhor que se aplicam a todos que o servem.


“O senhor está sendo duramente criticado pelo setor mais conservador da igreja por causa da teologia da prosperidade pregada por alguns convidados de seu programa, como Morris Cerrullo e Mike Murdock. Como o senhor responde a estas criticas de que a teologia da prosperidade não tem base bíblica e é uma heresia?” — perguntou o entrevistador, da revista Igreja.


Antes de discorrer sobre a resposta de Malafaia, é importante corrigir duas coisas na pergunta acima. Primeira: não é somente o setor mais conservador da igreja que critica Malafaia por causa da teologia da prosperidade. Não se trata de extremistas combatendo extremistas. Na verdade, todos os cristãos equilibrados, que têm a Bíblia como a sua fonte primária de autoridade, são contrários à falaciosa teologia da prosperidade. Outra correção: tal heresia não tem sido pregada apenas por Morris Cerullo e Mike Murdock. O próprio entrevistado é um dos seus propagadores.


Vamos à resposta do pastor Malafaia: “Primeiroquem fala isto é um idiota! Desculpe a expressão, mas comigo não tem colher de chá! Por que quando é membro eu quebro um galho, mas pastor não: é um idiota. Deveria até mesmo entregar a credencial e voltar a ser membro e aprender. Para começar não sabe nada de teologia, muito menos de prosperidade. Existe uma confusão e um radicalismo, e todo radicalismo não presta”.


Quem assiste às mensagens de Silas Malafaia, sabe que ele tem estilo próprio. Ele não escolhe muito as palavras. Mas tudo tem limite. Aliás, nosso limite está na Palavra de Deus. E o que está escrito em 1 Pedro 3.15? “Antes santificai a Cristo, como Senhor, em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós”.


Eu não sou perfeito. Silas Malafaia não é perfeito. Nenhum de nós é perfeito. Mas somos todos servos do Senhor. Qual é a recomendação do Senhor aos seus servos, em sua Palavra? Em 2 Timóteo 2.24,25 está escrito: “E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; instruindo com mansidão os que resistem”.


Que mansidão e temor vemos em xingamentos a pastores? Alguém dirá: “O Silas é assim mesmo. É o jeito dele. Eu o conheço há muito tempo”. Reconheço que cada um tem uma personalidade. Mas, para que existe o fruto do Espírito, isto é, o Espírito Santo agindo em nós? Para moldar o nosso caráter e mudar o nosso interior, a fim de que sejamos astros nesse mundo tenebroso (Mt 5.13-16; Fp 2.14,15) e demonstremos a todos que temos amor, humildade, verdade, alegria, paz, longanimidade, justiça, benignidade, bondade, fé, mansidão, domínio próprio, etc. (Gl 5.22; Ef 5.9; 1 Pe 5.5).


“Há casos em que é preciso botar pra quebrar. Não dou colher de chá para pastores” — Malafaia poderá argumentar. Concordo, em parte. Jesus, o nosso paradigma (1 Jo 2.6; 1 Co 11.1; 1 Pe 2.21), realmente foi firme, quando necessário. Chamou os fariseus de hipócritas e condutores cegos (Mt 23) e Herodes de raposa (Lc 13.32), bem como verberou contra os maus pastores de algumas igrejas da Ásia (Ap 2-3). Entretanto, Malafaia precisa reconhecer — não para concordar comigo — que a sua resposta aos oponentes da teologia da prosperidade tem sido generalizante e desproporcional.


Muitos homens de Deus respeitadíssimos se opõem à teologia da prosperidade e ao pensamento mercantilista de Mike Murdock e Morris Cerullo. São todos eles idiotas que precisam entregar a credencial? O próprio Silas Malafaia, durante muitos anos, foi um ferrenho oponente da teologia da prosperidade. Há, inclusive, vídeos no YouTube que apresentam sua verberação contra essa heresia. Mas ele não entregou a sua credencial de pastor nem voltou a ser membro para aprender. Pelo que tudo indica, a sua mudança de crítico da aludida heresia para propagador dela ocorreu por influência do telemilionário Murdock e outros.


Concordo que todo o extremismo é perigoso, como disse Silas. Não é porque sou contrário à teologia da prosperidade que serei, por causa disso, favorável à teologia da miséria. Afinal, a Bíblia diz que devemos nos contentar com o que temos, e não nos conformar com o que temos (Fp 4.11-13; 1 Tm 6.8-10). Conformar-se é uma coisa. Contentar-se, outra. Posso estar contente com um carro velho, pois o contentamento vem do Senhor. Mas não preciso me conformar com isso, pois Deus pode me dar um carro melhor.


Por outro lado, é evidente que a teologia da prosperidade é uma aberração, à luz da Bíblia. Por quê? Porque ela é reducionista e prioriza a prosperidade material. Ela faz com que toda a mensagem da Bíblia gire em torno de conquista de dinheiro, bens, riquezas. E induz o crente a supervalorizar as coisas desta vida terrena e passageira, em detrimento das “coisas que são de cima” (Cl 3.1,2; 1 Co 15.57).


Sinceramente, penso que o pastor Silas Malafaia é um grande comunicador, uma pessoa muito influente. Gostaria muito que ele fosse mais equilibrado, coerente e adotasse uma conduta em tudo pautada nas Escrituras. Lamento — lamento muito mesmo — por ele ter abraçado a teologia da prosperidade e por usar impropérios contra quem se lhe opõe. Se usasse os dons que Deus lhe deu e o seu carisma para pregar o Evangelho de maneira contundente, com verdade (Jr 23.28), seria muito mais respeitado por cristãos e não-cristãos.


Com temor e tremor,


 FONTE :Pr Ciro Sanches Zibordi